Os Encontros da Nossa Vida escrita por Foraquel


Capítulo 3
Capítulo 2 - Bee




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/783464/chapter/3

A parte de fora do lugar onde nos trouxeram era cheio de árvores. Para qualquer lado que eu olhava só tinha árvores. Olhei para nossas mãos unidas e foquei principalmente no anel de casamento do Vin. O que nos restava era apenas esperar, mas depois que um guarda a mando dele começou uns dos dias mais assustadores da minha vida, eu parei completamente de confiar em quaisquer guardas e isso fez quase a minha paranóia de olhar por cima do ombro voltar. Os meses têm sido cheios e o plano começando a ficar em andamento em sigilo para não termos furos como no passado.

           Por esses motivos, trocávamos a cada seis meses de guardas e só ficavam Marcos e Josh, que eram camaradas de confiança do nosso chefe de segurança, por ironia do destino tínhamos concedido férias há três semanas para eles.

           Apertei mais a mão de Vin.

           - Essa hora Yure já deve ter acionado o chip – disse procurando algum guarda que talvez tenha se escondido e observando o local detalhadamente.

           Yure, meu cunhado/irmão de Vin, estava treinando com Quin, nosso chefe de segurança. Então, quando Quin pediu licença paternidade ontem, porque a menininha dele resolveu mostrar sua beleza ao mundo hoje de madrugada, ele confiou a Yure o cargo. Eu confiava nele, mas ele podia ser bem troll de vez em quando. Ainda mais porque nós dois garantimos a ele que íamos só visitar a moçinha que nasceu e voltaríamos para o casarão direto, sem desvios no meio do caminho. Esse era o plano, mas fazia tempo que não saíamos e o dia estava perfeito, quer dizer, chuvoso e nublado, e seria menos provável deles nos reconhecerem e tentarem algo.

Franzi o cenho.

           - Desta vez você apagou?

           - Por alguns minutos - respondeu olhando para cima onde as folhas das árvores impediam de vez o céu – Quando eu acordei já estávamos nos colocando dentro de um avião.

           Por estarmos tentando achar a localização dele sem saberem que podiam me usar como isca e resolvendo problemas em algumas áreas essenciais para seguirmos em frente com as marcas que ficaram logo que descobrirmos golpe, mal tinha tempo para fazer a visita do mês e as visitinhas a padaria é claro.

           Pax é um país pequeno, banhado de águas. Toda semana visitávamos as quatro partes da ilha tentando colocar os assuntos de mais urgência em pauta nas reuniões, mas está cada dia mais difícil manter a economia sem multinacionais interessadas em nosso território virgem. Quando aceitamos o primeiro contrato com uma, bom, não foi uma experiência muito boa. Descobrirmos coisas assustadoras e os problemas não pararam de surgir nos levando ao quarto sequestro no meio do nada.

           - Tira essa cara de preocupação – disse colocando o dedo no meio da minha testa. Franzi o cenho novamente.

— Quem aqui está preocupada?

           Ouvimos um barulho antes de ele responder. Era um assovio alto feito por humano, mas que com as árvores e o som dos pássaros não era transmitido perfeitamente. Olhei ao redor tentando ver de onde saia me colocando em alerta para o caso de algo aparecer, só que parecia vim de todo lugar. Quando eu pensei que iria acabar, voltou a se repetir.

           Voltei par Vin e vi um sorriso se abrindo em seus lábios. Observei-o leva a sua boca dois dedos da sua mão esquerda e assoviar, agora com o som perfeito respondendo o que fosse. Ele se virou pra mim ainda sorrindo começamos a ouvir um grande barulho de pessoas vindo de encontro para a clareira. Eu tinha certeza que não era Yure, não seria tão rápido.

Vi homens nativos atravessarem a clareira caminhando com arcos de flechas e lanças enormes. Eles tinham desenhos no rosto do que parecia ser vermelho e preto. Suas roupas eram de

Comecei a ficar tensa com a proximidade deles, então Vin puxou minha mão e a largou quando chegou perto do que parecia ser o líder.

           - Vovô - Vin disse animado indo abraçar o que parecia ser o líder - Você envelheceu.

           Vovô? Ele não nunca falou que tinha um avô vivo. O senhor fez uma careta, mas um sorriso tímido surgiu. Eu conhecia esse sorriso, era o mesmo do Vin e era fantástico. Ele tinha desenhos por todo corpo. Era um coroa forte, alto e negro.

           - Só faz dois anos. Não envelheci tanto assim, Vin! - responde o olhando atentamente - Em que confissão você se meteu, nyeto?

           - Prometo que não foi minha culpa. - meu marido disse com um ar inocente e apontou para mim com muita maturidade de um homem casado e com vinte e cinco anos - Foi culpa dela! Toda dela, vovô.

           Franzi o cenho. Que adulto, hum? Voltei-me para o avô dele.

           - Então, você é a minha nova nyeta? - perguntou pegando a minha mão e me puxando para o abraço. Não fazia ideia do quanto eu sentia falta de uma figura paterna até o momento que eu abracei ele. Seus braços estavam quente mesmo com a temperatura baixa da clareira. Era reconfortante e me fez pensar que se eu tivesse um problema com certeza poderia contar com ele como um pai para dar um conselho - Obrigado por trazer as confusões para vida do meu nyeto. Ele precisa ver algo real na vida. - sussurrou e começou a ser afastar quando Vin me puxou para colocar ao seu lado. Olhei feio pra ele. Criança. Havia algo no meu marido, que quando estava em família virava uma criança mimada e chorona.

           - Não se abraça a esposa dos outros antes de serem apresentada – resmungou fazendo um bico enorme. O avô dele apenas revirou os olhos e deu um sorriso de lado.

           - Vá em frente. Não podemos deixar a princesa na floresta tempo demais – disse fazendo uma reverência – Parece que eu terei que te ensinar o lugar certo para levar uma mulher, príncipe de araque.

           - Vovô! – grunhiu Vin - É claro que eu sei onde se deve levar uma dama, mas a minha querida esposa gosta de aventuras com eu. - disse com um sorriso inocente.

Eu troquei olhares com o avô dele e juntos reviramos os olhos incrédulos. Nós dois sabíamos que ele estava brincando.  Mesmo tendo acabado que conhecer o seu já sabia que íamos nos dar bem.

           - Vin - chamou o avô, lembrando ele de algo.

           - Claro, claro! - lembrando de algo. - Senhor Kaiaw está é minha esposa Bee - o rosto do seu avô se contraiu no "senhor" - E Senhora Pax este é meu avô Kaiaw.  - nos apresentou de forma seria, pegou minha mão e foi andando sem esperar pelo resto - Já que o senhor pulou a parte dos comprimentos, então já podemos conhecer sua nova casa até nos acharem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Encontros da Nossa Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.