High School Blindspot escrita por blindrepata


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas voltei. Não desistam de mim, em breve terminamos



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Remi

Havia mil pensamentos saltitando em minha mente, Kurt não quis dar detalhes sobre para o que precisavam de mim, então fiquei quieta e fingi dormir durante maior parte do trajeto. Vi que ele também dormiu um pouco e em alguns momentos conversava com Edgar discutindo algo relacionado à trabalho que não consegui prestar muita atenção. Confesso que tomei um susto ao vê-lo na minha frente na casa abrigo onde estávamos. Fazia alguns anos que não nos víamos e ele nem sabia de muitas coisas que aconteceram comigo em todo esse tempo, e nem eu sabia dele, provavelmente estava com Allie e deveriam se casar em breve. Tentei afastar esses pensamentos e procurei dormir um pouco.

Após uma noite de viagem chegamos em NY, eu não estava muito cansada, pois meu corpo estava habituado a ficar na ativa por horas sem descanso. Já era de manhã e fomos direto para a sede do FBI, o que eu estranhei, pois não sabia que Kurt e Edgar trabalhavam lá. Me surpreendi ainda mais quando encontrei Patty, Natasha e Rich reunidos na mesma sala acompanhados de duas mulheres, uma delas, morena e muito bonita deveria estar na casa dos trinta anos, a outra negra e muito elegante já passava dos quarenta e cinco. Permaneci de pé em assim que passei pela porta, pois não sabia como agir com todas aquelas pessoas me estudando ao mesmo tempo, não sei se olhavam minhas tatuagens, ou minhas roupas, quer saber? Preferi ignorar.

— Sente-se, Remi. – A morena bonita falou comigo.

— Me chame de Jane, por favor. – Pedi com a voz baixa.

— Jane? Mas... – Kurt interveio. – Você mudou de nome?

— Olha aqui, eu não vou falar nada sobre mim até que alguém me explique tudo o que está acontecendo e por que estou aqui! – Falei um pouco mais alto que o pretendido.

— Sente-se, por favor. – A mulher mais velha me indicou uma cadeira.

Nos acomodamos e ela apresentou todos os que estavam na sala, eu fiquei um pouco surpresa com a ocupação de cada um e também intrigada por conhecer praticamente todos eles e estarem reunidos no mesmo lugar para uma suposta força-tarefa na qual disseram que eu tinha um papel muito importante.

A morena bonita chamada Nas, começou a explicar qual era o objetivo de tudo isso. Eles haviam interceptado informações importantes que indicavam que minha mãe adotiva, Ellen Briggs, fazia parte de uma organização terrorista que planejava ataques a várias partes do mundo, ela deu exemplo de alguns locais que eu nem sequer imaginava, mas garantiu que foram arquitetados por essa organização a qual ela nomeou de Sandstorm, o chefe da organização se intitulava Shepperd e eles não tinham certeza se era Ellen.

— Remi, nós precisamos...

— Jane, por favor, me chame de Jane. – Eu interceptei a fala da mulher. – Eu mudei meu nome para Jane Doe quando fui embora porque aconteceram algumas coisas... – Eu interrompi minha fala e olhei para Kurt que me olhava curioso. – Eu não queria mais vínculo com minha família, apenas fazia algum contato com Roman, às vezes e acredito que foi assim que vocês me acharam. Então não entendo o sentido de tudo isso já que não estou com eles há quase três anos.

— Jane, nós precisamos que você se infiltre na Sandstorm para nos ajudar a descobrir o que estão planejando, pois, as últimas conversas que conseguimos interceptar de membros deles falava em algo muito grande e precisamos impedir.

— E por que você acha que eu ajudaria? – A desafiei.

— Eu gosto de você. – Ela falou em meio a um sorriso. – Você vai nos ajudar, ou poderá acabar presa por alguns delitos que cometeu, inclusive por falsa identidade.

— Você não faria isso! – Murmurei entre dentes.

— Acredite ela faria. – Kurt interviu.

Parei por um minuto e fitei cada um na sala, todos mostravam expectativa pela minha resposta. Eu fiquei um pouco confusas e apesar de Ellen ter me criado eu não sentia que devia nada a ela e se ela estava planejando algo tão grande e perigoso eu poderia ajudar a impedir.

— Tá, e por onde começamos? – Senti que todos soltaram um suspiro aliviado diante da minha resposta. – Mas ainda tenho uma condição.

— Fale, Jane. – Mayfair pediu.

— Roman. Eu quero ele do nosso lado, me prometam que não vão prendê-lo e vão aceita-lo como ajuda na força-tarefa. Eu o conheço, ele tem potencial, só precisa de uma chance.

— Mas não sabemos se ele vai querer mudar de lado. – Nas parecia desconfiada do meu pedido.

— Eu tenho certeza que sim, eu só preciso de uma chance com ele.

— Podemos tentar, o garoto é jovem e tem potencial para mudar. – Kurt pediu e sustentou meu olhar por alguns segundos me fazendo estremecer por dentro com sua atitude.

— Tudo bem. Deixaremos você tentar. – Nas concordou.

Foi traçado um plano de como eu chegaria na casa de Ellen, eu sabia que ela devia ter se mudado, mas eu possuía um número de telefone para contatá-los em caso de emergência e eu iria usá-lo, depois eu os encontraria e pediria asilo, e tentaria passar as informações necessárias para a força tarefa todos os dias.

— Isso está me parecendo muito arriscado. – Kurt expressou sua opinião. – E se eles descobrirem Jane pode acabar morta.

— Eu quero tentar. Precisamos pará-los! – Eu disse categoricamente.

 

Edgar

Tudo aquilo parecia muito louco. Eu ainda não tinha digerido todo o plano e estava muito cansado da viagem e todas as informações. Ficamos de começar tudo no dia seguinte após descansarmos um pouco. Quando saí da sala Natasha me esperava no final corredor. Ela estava encostada na parede com os braços cruzados acima do peito e uma expressão enigmática. Estava linda, mesmo com as roupas de sempre, eu via um brilho no olhar dela e parei quando cheguei perto.

— E aí? – Ela começou. – Como foi a viagem? Virou herói porque conseguiu trazer a Remi. – Ela sorria enquanto falava.

Sorri e passei as mãos pelos cabelos um pouco sem graça. – Nada. Nem fui sozinho. – Justifiquei tentando ser humilde. Ela mexia muito comigo, meu Deus! Eu não sei qual era o jogo dela, mas com certeza estava conseguindo o que queria de mim.

— Eu sei, mas queria te cumprimentar por isso. – Ela soltou os braços ao longo do corpo e ficou muito perto.

— Obrigado. – Murmurei entre dentes.

Natasha aproximou seu rosto do meu e me deu um beijo na bochecha. Eu fechei os olhos por um segundo para absorver seu cheiro e o contato dos seus lábios em meu rosto. Ela se afastou e eu a olhei profundamente, ela tinha o rosto um pouco vermelho, talvez pelo impulso do que acabara de fazer.

— Tasha... – Resmunguei.

— Vai pra casa descansar, amanhã a gente se fala. – Ela deu um soquinho no meu braço e se afastou me deixando ali como se nada tivesse acontecido. Eu não conseguia entender essa mulher mesmo!


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura !



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