High School Blindspot escrita por blindrepata


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Espero que ainda estejam aí e desculpem a demora, está muito difícil aceitar os últimos acontecimentos de Blindspot



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Edgar

Ao acordar naquela manhã me veio na cabeça tudo o que havia acontecido, foi uma noite muito intensa, nos entregamos totalmente. Eu senti tanta saudade dela, acho que ela nem imagina o quanto, e, pela intensidade da entrega acho que ela também sentiu. Foi perfeito. Olhei pro lado e ela não estava lá. Me levantei e a procurei pela casa e nada, suas roupas também não estavam ali. Só me restou seu cheiro no travesseiro e nos lençóis e suas marcas em meu corpo. Paciência. Ela deve querer ficar sozinha depois do que aconteceu com sua avó, e talvez eu tenha forçado a barra ao trazê-la pra cá, mas nem de longe era minha intenção fazer sexo com ela, isso só aconteceu porque ela quis primeiro que eu, e de alguma forma eu não poderia pará-la, eu jamais faria isso.

Organizo a cama e toda a bagunça que fizemos e antes de me dirigir para o banho confiro o celular. ‘Temos alguma coisa, mas podemos deixar para segunda-feira. Não se preocupe.’ Tomo banho com a intenção de ligar para Patty mais tarde. Será que enfim temos uma pista sólida? Porque até agora não chegamos a nenhum lugar.

Pego minha bicicleta e saio para me exercitar um pouco. Segundo Patty conseguiram através de uma chamada telefônica triangulada uma pista de onde Remi pode estar. A intenção é que na segunda-feira pela manhã a gente vá atrás dessa pista.

Fico cerca de duas horas fora de casa e quando chego confiro o celular e ainda não há nenhuma mensagem de Natasha, fico indeciso se devo ou não procura-la. Pego o celular várias vezes, iniciou uma mensagem várias vezes e desisto. Decido esperar até encontra-la no trabalho, não quero pressioná-la com isso, pode ter sido só um momento de carência e ela nem deve sentir mais nada por mim.

Natasha

— Ok pessoal, já que estão todos aqui, vamos começar. – Patty já estava nos esperando com o sistema aberto onde havia várias imagens mostrando um mapa e também coordenadas geográficas.

— Do que se trata esta localização? – Edgar perguntou e eu fixei meu olhar na tela na tentativa de me distrair da imagem que me vinha quando eu o olhava. 

Há dois dias eu tento tirá-lo da minha cabeça. Eu sabia que não devíamos ter ido tão longe, mas eu não conseguia me arrepender, estar com ele era algo que eu não esperava que acontecesse novamente, mas no fundo era tudo o que eu precisava e queria. Aquela noite me trouxe uma gostosa sensação de ainda estar viva, abraça-lo e beijá-lo são ações que acenderam meu corpo novamente e ao me lembrar do carinho que ele demonstrou por mim quando estávamos juntos foi tão bom que eu me entreguei totalmente. Mas eu sabia que eu não devia ter me aproveitado da situação, pois ele me ofereceu ajuda e eu me joguei em seus braços. Talvez eu tenha errado ao ir embora assim que os primeiros raios de sol apareceram, nem esperei que ele acordasse. Eu estava muito quebrada com a morte da minha avó e ainda estou, acho que preciso de um tempo pra me recuperar de tudo o que aconteceu e não quero que ele pense que estou me apoiando nele apenas por estar frágil e sozinha. O olhar que ele me dirigiu esta manhã foi muito profundo, mas eu apenas o cumprimentei, até porque havia várias pessoas por perto.

Patty explicou que as pistas que estavam na tela eram de uma ligação interceptada que eles suspeitavam que fosse de Remi. Foi traçado um plano para que as providências necessárias fossem tomadas para que a equipe fosse atrás dela e a trouxesse para New York. A princípio iria apenas Kurt, Reade e mais dois agentes experientes, eu me ofereci para ir, mas acharam melhor não envolver muitas pessoas.

— Ei. – Eu estava me dirigindo ao vestiário quando Edgar me chamou.

— Sim. – Eu me virei e o encarei.

— Está tudo bem? – Ele me perguntou com preocupação genuína.

— Está sim. – Eu afirmei, porém, evitei o encarar muito, pois não sabia que estava tentando convencer a ele ou a mim mesma.

— Se precisar de alguma coisa, ou se quiser conversar... – Edgar se ofereceu.

— Está tudo bem mesmo. Só preciso te falar uma coisa.

— Sim, o que é?

— Eu... eu não quero que você pense que eu saio me atirando na cama do primeiro homem que aparece na minha frente. – Ao acabar de dizer isso já me arrependi, mas já era tarde.

— Tasha... – Eu o senti ficar sem palavras, ele balançou a cabeça em um gesto negativo. – Então é sobre isso? É por isso que você está assim comigo? – Ele disse ao se recuperar do choque que minhas palavras geraram. – Olha, fique sabendo que eu nunca pensaria isso de você!

 

Os rapazes partiram naquela tarde. Patty, Rich e eu ficamos por um tempo no laboratório. Eu estava preocupada com todos eles, principalmente com Reade, eu sei que o feri com minhas palavras, mas eu precisava fazer isso, não acho que esse era o momento certo pra nos envolvermos de novo. Agora ele estava viajando para o outro lado do oceano e eu torcia para que nada acontecesse a ele. Eu sabia claramente dos meus sentimentos por ele, mas estava com medo.

— Ei Tasha, está tudo bem? – Acho que Patty estava me observando há algum tempo até que resolver perguntar. – Você está aérea. Tá, que bobagem a minha perguntar isso, você acabou de perder a sua vó.

— Não. Eu estou bem sim. – Respondi rapidamente. – Essa viagem dos garotos pra irem atrás da Remi, acho que estou um pouco preocupada.

— Eles vão ficar bem, e vão trazer ela. E, Edgar vai ficar bem.

Parece que ela sabia que eu ainda tinha sentimentos por ele. Será que sou tão transparente assim? Mudamos de assunto porque não queria ficar ali discutindo meus sentimentos.

Kurt

A viagem foi cansativa e eu estava muito ansioso e com medo. Não sabia ‘quem’ eu iria encontrar lá, ou se pelo menos a encontraríamos. Eu não sabia o quanto ela poderia ter mudado nesses anos que não nos encontramos e a última vez que nos vimos não foi muito amigável. É claro que eu ainda pensava nela, mas não tinha certeza do nível dos meus sentimentos por ela. E, depois, esse tempo todo eu não a via, ela já devia ter me esquecido.

E também tinha a Nas, estamos trabalhando a pouco tempo juntos e ela me deu uns sinais e eu fraco como sou acabei cedendo e saímos uma vez. Ela é uma mulher realmente muito bonita, mas é claramente o oposto de Remi. Não quero levar isso longe, mas já percebi que ela não é mulher de desistir facilmente.

Chegamos no local indicado pelo GPS, estava escuro e não havia muitas casas na região. Havia uma casa antiga e mal cuidada. Fomos dois agentes pela frente da casa e os outros dois pelos fundos. Eu forcei a porta e ela abriu, a sala estava na penumbra e havia uma lareira aquecendo o ambiente. Remi estava de pé em frente a lareira e ao nos ver se assustou e sacou uma arma.

— Calma, Remi, Sou eu. – Tentei falar o mais calmo possível. Ela me reconheceu e senti seu olhar vacilar, mas  continuou nos apontando a arma. – Abaixe a arma, você está em desvantagem aqui e não pretendemos atirar.

— Por que você está aqui? Como me achou?

— O que está acontecendo aqui, Jane? – Um homem emergiu do quarto, com uma arma na mão, ele tinha cerca de um metro e oitenta, era magro, cabelos negros e possuía barba.

“Jane?” Por que ele a chamou assim? E mesmo no escuro eu pude perceber que ela tinha uma tatuagem no pescoço que não consegui decifrar totalmente.

— Nós viemos te buscar, Remi. Precisamos de sua ajuda. – Falei de uma vez.

— E se eu não quiser ir? – Ela me desafiou.

— Terá que ir por bem ou te levaremos de qualquer forma. – Mostrei a ela as algemas em meu coldre.

— Você não teria coragem. – Ela falou entre dentes.

— Não me desafie. – Me aproximei um pouco. Edgar e o outro agente haviam entrado pelos fundos e mais dois rapazes surgiram dos quartos.

— Está tudo bem, Clem. Eu vou com eles.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler
Me deixe saber o que você está achando ; )



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