High School Blindspot escrita por blindrepata


Capítulo 14
Cap 14


Notas iniciais do capítulo

Voltei rápido! Preciso dar andamento nos acontecimentos antes de sair a quinta temporada, porque depois não sei o que será de mim.



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Remi

Final de agosto, quase não dormi à noite. O dia amanheceu chuvoso e venta tanto que posso ouvir o barulho pelas frestas da janela da velha casa onde moramos. Nos mudamos novamente mês passado, nem sei quantas vezes fizemos isso no último ano. A cidade é pequena e a vizinhança parece não se interessar muito por nós, então é mais fácil levarmos nossa vida do nosso jeito estranho. Minha barriga está bem grande e sinto que não demora para o bebê nascer, tenho sentido algumas dores desde ontem. Minha vontade era fugir para ter o bebê longe de Ellen, mas sozinha não sei até onde conseguiria ir, se ao menos pudesse contar com Roman, mas não quero colocar essa responsabilidade nas mãos dele. Quando o bebê estiver maior dou um jeito de ir para um lugar distante onde possa cuidar sozinha da nossa vida.

Uma pontada forte na barriga me tira do devaneio. Sou acostumada a sentir dor, pois já teve vezes em que infligi dor em mim mesma na tentativa de esquecer algo que me incomodava ou também como uma maneira de me sentir forte. Já pratiquei provas de resistência onde a dor chega a te anestesiar a ponto de não mais senti-la, mas agora é diferente, sinto que está na hora e terei que avisar Ellen. A dor é um sonho.

Estamos a caminho de uma clínica segundo Ellen me disse, não sei onde fica. Seguro a barriga com a mão entre uma contração e outra, não sei muito sobre nascimentos de bebês, mas pelo pouco que sei parece que está chegando o momento. Ellen juntamente com uma senhora de jaleco branco me leva para uma sala parecendo um centro cirúrgico. Sou instruída a retirar minha roupa e me deitar em uma maca.

O tempo passa e a dor é intensa agora, a senhora de jaleco, Maria parece ser o nome dela, me instrui a fazer força e ficamos nessa por quase uma hora até que entra um homem, o mesmo médico que me atendeu no consultório há algumas semanas. Juntamente com Maria ele me instrui no que devo fazer até que sinto que parece que vou morrer de tanta dor então ouço o choro do bebê que parece uma canção para meus ouvidos. Sinto as lágrimas caírem dos meus olhos e, então tudo fica escuro.

Edgar

Hoje é o teste de aptidão de Natasha, estou muito ansioso, sei que precisava estar lá, mas voltei de férias a poucos dias e as disciplinas já se acumulam e não tenho como faltar, mas logo estarei com ela. Liguei pra ela bem cedo e a senti muito nervosa, conversamos por alguns minutos, tentei tranquiliza-la, mas não sei se consegui, espero que ela se saia bem, ela está muito preparada, mas quando te colocam a prova é outra história. Na prova escrita ela se saiu muito bem, ela é uma garota muito inteligente e vem se preparando há muito tempo e nada mais que merecido ela conseguir essa vaga.

Já está no final da tarde e ela ainda não ligou. Chego na república e vou direto para o meu quarto. Assim que me guardo minhas coisas e me jogo na cama recebo sua ligação. Ficamos um bom tempo conversando e ela me conta em detalhes como foi cada parte da prova, pelo que ela me conta acho que ela se saiu bem, mas não parece muito confiante, então a tranquilizo tentando fazer com que diminua a ansiedade, pois o resultado só sairá na próxima semana. Nos despedimos mais uma vez entre lágrimas e sinto que ela está mais calma. “I love you” ela me diz entre lágrimas.

Às vezes sinto que não faço bem a ela, não porque não a amo, eu a amo, muito, muito mesmo, mas não sei se é justo fazê-la se sentir tão sozinha devido à distância que estamos, só queria estar perto dela, já pensei em largar a faculdade, mas sinto que nosso futuro depende disso, nunca falei pra ela que largaria a faculdade pra ficar com ela, não acho justo fazê-la se sentir um peso em minha vida, eu só queria estar por perto, sempre.

Kurt

Hoje estou me sentindo estranho desde a hora que acordei, tenho pensado em Remi e sinto que preciso encontra-la, desde a conversa com Edgar que tenho pensado em falar com Patty e hoje de manhã enviei um e-mail pra ela pedindo ajuda. Preciso encontrar Remi. Ela ainda não me respondeu, mas sei que fará de tudo para me ajudar.

Natasha

Hoje foram meus testes para a polícia, acho que me saí bem, mas foi muita tensão e tinham muitas pessoas boas concorrendo, então tenho dúvidas se vou conseguir ou não. Eu fui forte durante os testes, mas quando cheguei em casa e liguei pra Edgar me desabei em lágrimas, não é justo sempre que ligo pra ele eu ficar chorando assim, pareço uma fraca que não consegue viver longe do namorado. Esse ano está sendo muito difícil e se eu passar nessa prova ficará mais difícil ainda no próximo ano porque minha carga horário será bem pesada e nos veremos menos ainda. Não sei se nosso relacionamento resistirá com toda essa situação.

Quando estou me preparando para me deitar chega uma notificação de e-mail no computador, penso em deixar pra ler amanhã, pois pode ser coisa à toa, mas quando abro a caixa de mensagens é um e-mail de Eddie. Leio com atenção cada palavra que ele escreveu e logo estou chorando de novo, ele reforça que me ama e que está muito confiante sobre meu teste, dentre outras coisas e diz que esse período difícil vai passar, só temos que continuar sendo firmes e logo estaremos juntos rindo de toda essa situação.

Após ler a mensagem umas três vezes respondo com poucas palavras e logo adormeço deixando esse dia pesado pra trás.

Remi

Acordo e vejo luz através da cortina. Olho pro lado e estou no meu quarto. Como isso é possível? A última lembrança que tenho estava na clínica. Levo a mão até minha barriga e me lembro, me lembro do choro. Onde está meu bebê? Tento me levantar e Maria vem ao meu encontro.

— Onde está o meu bebê? – Pergunto desnorteada.

— Calma, minha filha, fique sentada, sua mãe está vindo falar com você.

Ellen entra com uma expressão triste.

— Remi, as notícias não são boas.

— O que houve, Ellen? Cadê meu bebê?

— Ele não resistiu...

— Como não? Eu ouvi o choro, e...

— Ele só respirou por algumas horas, o Dr Ari explicou que seu pulmão estava muito fraco e ele não conseguiu.

— Você está mentindo! Eu quero meu bebê! – Desabo em lágrimas, e elas precisam me segurar na cama, pois estou histérica.

— Você precisa se acalmar e guardar repouso, pois teve hemorragia assim que ele nasceu, por isso ficou desacordada e precisou ser medicada.

Sinto me espetarem uma agulha. Meu bebê, eu nem tive a chance de segurá-lo. Tudo volta a ficar escuro...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanhar!
Espero não ter me enrolado muito nos acontecimentos.
Deixa suas ideias e opiniões!
Até breve ; )



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