High School Blindspot escrita por blindrepata


Capítulo 13
Cap 13


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a falta de assunto. Prometo atualizar mais rápido.



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Remi

Aque já me dou conta do que é ser mãe, não que eu tenha tido um bom exemplo com Ellen, mas tenho algumas lembranças da minha mãe de sangue. Às vezes quando fecho os olhos sinto o perfume dela e quando estou muito triste me lembro do seu abraço. Ela era uma mulher forte que fazia de tudo pelos filhos. Eu sinto que Roman sofreu muito calado após a morte de nossos pais, talvez por isso haja tanto rancor em seu coração, mas quem sabe a chegada de um bebê a essa casa possa lhe trazer boas recordações de nossa infância e ele venha a amolecer um pouco seu coração.

Ontem Ellen me levou a uma consulta, parece que está tudo bem com o bebê, fizemos o ultrassom e não deu pra ver o sexo, ou talvez o médico não quisesse me falar, o achei muito frio e distante, típico da Ellen me levar a alguém assim. Estou passando para o sétimo mês, ele se mexe o tempo todo e, às vezes, à noite lembro de uma ou outra canção que minha mãe cantava para dormirmos e canto para ele. Ele deve nascer no início de agosto, mas queria que esse tempo se prolongasse, pois enquanto está dentro de mim posso protege-lo do mundo aqui fora.

Estou embaixo de uma árvore em um parque perto de casa, fecho os olhos e sinto o cheiro das flores e ouço o canto dos pássaros, tudo parece tão puro e simples que pra mim só há uma coisa que importa, dar uma vida digna ao meu filho que vai chegar.

Kurt? Sim, penso muito nele, sinto saudade do seu beijo, do carinho e das noites que passamos juntos, já peguei o telefone várias vezes para falar com ele, mas me falta coragem de completar a ligação, depois da última vez que liguei e Allie atendeu decidi que talvez seja melhor não procurá-lo mesmo, e ele deve estar na escola militar e um bebê só lhe traria preocupação que é algo que ele não precisa nesse momento. Quem sabe um dia ele possa conhecer seu filho, mas acho que ainda não seja a hora dele saber disso.

Natasha

Início de julho e Edgar já está na cidade, me sinto plena quando estou com ele, ele me satisfaz em todos os sentidos, como mulher, como pessoa e também me faz querer ser melhor. Ter ele aqui é tão bom, acordar ao seu lado é a parte mais feliz do meu dia, eu sei que as férias vão acabar, mas não quero pensar nisso, só quero aproveitar o tempo que passaremos juntos.

Estou acordada há um tempo e estou de bruços apoiada em meus cotovelos olhando-o dormir. Às vezes ele se mexe e faz umas caretas que parece estar sonhando com alguma coisa, rio sozinha e contenho a vontade de beijá-lo, quero deixa-lo descansar, pois sei que os dias na faculdade são muito intensos e agora que ele está aqui pode dormir um pouco mais.

Já estou observando-o há um tempão e ele parece que não vai acordar nunca, rsrs. Agora ele se mexe de forma mais intensa e parece que vai acordar.

— Ei! – Ufa! Não aguentava mais esperar. – Bom dia linda! Está me olhando com essa cara por quê?

— Nada, estava te esperando acordar e você devia estar sonhando com alguma garota muito linda e eu não quis te chamar.

— Hum, então eu só podia estar sonhando com uma garota morena, latina, de cabelos longos e que possui o sorriso mais lindo que existe.

— Ah, não precisa exagerar. – Edgar me puxou para seus braços e eu fiquei por cima dele e fui beijada de uma forma tão gostosa e com tanto carinho que desejei ficar pra sempre perdida nos seus braços.

— Eu te amo, Natasha. Eu te amo de uma forma tão única e eu não sei como consigo passar tanto tempo longe de você. – Eddie possui um olhar tão intenso que às vezes me assusta, a forma como nos amamos é incrível, porém, tenho medo do que algo estrague isso, talvez a distância venha a esfriar nosso relacionamento, mas não quero pensar nisso, só quero viver nosso amor com intensidade e sem pensar demais no que possa nos atrapalhar.

— Ah, eu também te amo demais. E, você está muito animadinho a essa hora da manhã, mas é melhor nos levantarmos, pois preciso iniciar os treinamentos, ou você esqueceu que mês que vem são meus testes e preciso estar preparada.

— Você vai conseguir, Tash. – Ele me olha novamente e eu sinto meus olhos arderem e as lágrimas ameaçam cair. – Você é a mulher mais incrível e persistente que eu conheço, essa vaga já é sua.

— E se eu não conseguir, Eddie? Eu não sei o que vou fazer, esse é meu sonho há tanto tempo que não me vejo fazendo outra coisa.

— Ei, olha pra mim. – Eu ainda estou sobre ele e ele passa o polegar em meu rosto secando uma lágrima teimosa que não conseguiu deixar de cair. – Você está treinando há tanto tempo e merece mais que ninguém. E tem mais uma coisa, se você não conseguir pode tentar novamente ano que vem.

— Só você pra levantar minha bola desse jeito quando me sinto um lixo.

— Nunca mais diga isso! Você não é um lixo, não se sinta assim! – Balanço minha cabeça concordando e Edgar me beija novamente na tentativa de fazer meu dia melhorar. – Agora é melhor você sair de cima de mim pra não perdermos o treino.

Rimos juntos e passamos um pouco de tempo no banho trocando carícias e beijos. Ah se todas minhas manhãs fossem assim! Talvez algum dia sejam.

Kurt

Minhas férias não são regulares como as dos demais estudantes, mas consegui uma semana de folga e estou em casa. Combinamos de reunir no barzinho de sempre para colocar o papo em dia. É bom estar em casa, sinto falta de tudo isso, a rotina da escola é muito pesada e não tenho muito tempo de me divertir, é claro que alguns recrutas e eu às vezes damos um jeito de escapar para tomar uma cerveja.

— Ei Kurt, você está um pouco distraído, não está se divertindo?

— Oi, não, está tudo bem. – Edgar se aproxima com sua cerveja e tento responder à pergunta da forma mais natural possível, mas ele é um cara muito observador e não vai deixar isso passar tão fácil.

— Sério mesmo? Você está sozinho e está cheio de garotas no bar que não param de dar bola pra um rapaz solteiro como você que não parece estar nem aí e ainda me diz que está tudo bem?

Solto um longo suspiro e respondo. – Não tenho notícias da Remi há meses, sabe, a gente tava apaixonado, não fazíamos muitos planos porque tinha todo esse lance da mãe dela nunca ter aceitado nosso namoro, mas quando a gente tava junto eu sentia que ela também estava apaixonada, e ela foi embora e eu não tive mais notícias, o único número que eu tinha era da casa dela e está desligado desde que ela foi embora. Eu vejo vocês todos felizes e eu não consigo me sentir assim, eu tentei com a Allie, mas não dá, porque não acho justo ficar com ela pensando em outra.

— Olha, Kurt, eu sei como você deve tá se sentindo, não sei o que seria de mim se perdesse minha Tasha. Deve haver alguma pista, já tentou conversar com a Patterson, ela é sempre muito antenada e não deixa nada passar, e você também pode pedir o Rich pra ajudar a procura-la.

— Não, não. – Olho pro nosso grupo de amigos reunidos algumas mesas à frente e vejo Rich fazendo graça para todos rapazes que passam perto. – Melhor não, não quero dever nenhum favor ao Rich.

Rimos um pouco e Edgar insiste em voltarmos para junto do pessoal. Entramos na conversa e consigo me divertir um pouco mesmo sentindo um grande vazio dentro de mim.

Há algumas horas dali

Ellen abriu a porta do carro e entrou. O homem que a esperava sorriu maliciosamente e recebeu o pacote que lhe foi entregue.

— Metade agora e o restante quando estiver tudo feito.

— Certo. – O sorriso metálico respondeu sem hesitar.

Da mesma forma que entrou a mulher saiu do carro e mergulhou novamente na escuridão.


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Notas finais do capítulo

Se tiver alguma ideia sobre que como levar a história de Kurt e Remi deixe sua ideia aqui no comentário. ;)



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