Ele não é um nerd qualquer escrita por Kusumary


Capítulo 1
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ~~



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  Richard estava em seu grupo da escola enquanto pegava a refeição do dia, grupo esse que estava agoniado para saber o que aconteceu. Acabará de sair de 1 hora e meia de puro sermão da sua mãe e da Coordenadora, que se juntaram como se fossem antigas parceiras de guerra e fizeram um discurso sobre futuro e sentido da vida.  

  Não é como se Richard fosse um pessimista e não visse sentido na vida, muito pelo contrário, mas o que ele não via sentido era em estudar. Por que eu iria querer descobrir a velocidade de um carro? Posso simplesmente olhar para o velocímetro, e por que raios tenho que saber números racionais e o caralhaquatro? Eu sei contar. E também, não é como se eu quisesse ser um Físico ou um Arquiteto. É o que ele pensava.

  Mas dessa vez ele estava levemente ferrado, Se voce não melhorar suas notas neste bimestre, diga adeus á sua Educação Física. Disse a coordenadora. Caso voce não melhore suas notas, seus amados videogame e notebook irão para o meu quarto. Falou a sua mãe. Ou seja, ele estava levemente ferrado. Minha educação física... Meus videogames! Eu estou ferrado, não é como se eu conseguisse me concentrar para estudar, o que eu faço?! Enquanto pensava, ele se afastou de seu grupo e se sentou no primeiro assento que ele viu. Seus colegas de grupo, olhando para aquilo, seu querido amigo tão atordoado e sem querer contar piadas e nem ajuda-los a pegar algumas garotas, simplesmente se afastaram.

  Não se importando com o seu redor, Richard colocou seu prato na mesa e se sentou virado para o lado, olhando para toda a cantina. Pense positivo cara, voce é foda, voce consegue fazer uma bela reviravolta nisso, o mundo gira, lembre-se. Talvez, se eu conseguisse alguém para me ajudar a estudar...não uma garota, iria tirar minha concentração...talvez um garoto... Neste momento, chifres poderiam ser vistos em sua cabeça. Um nerd para zoar...nerds geralmente sofrem grande discriminação...se eu escrever um livro sobre ele e colocar no mural da escola...Hihihi.

  Richard ativou seu sexto sentido, também chamado por ele como “Dom do Tio Lu”, se é que me entendem. Olhando ao redor, começou a procurar por algum nerd, alguém que ele achasse que fosse o oposto dele, bom nos estudos, mas ruim no emocional e físico. Até que seus olhos caíram sobre ele. Bryan. Bryan Williams. Um estudante do segundo ano, um ano mais velho que Richard. Ele, em pouco tempo, conseguiu ser um dos melhores alunos de sua sala. Pelo que Richard havia ouvido, Bryan não praticava Educação Física e nunca foi visto com outros alunos, afetivamente falando. Claro, tudo eram meras especulações que qualquer outro não se importaria, mas mesmo assim o dom da boa memoria, também um dom de seu tio, não o deixava se esquecer de ninguém, muito menos as características delas, como gostos e aversões, principalmente aversões.

 Muito bem, Bryan Williams, prepare-se para conhecer-... Seu pensamento foi interrompido por algumas cutucadas em sua costela. Olhando para trás, Richard percebeu que havia sentado junto a um grupo de garotas, algumas coradas, outras cagando e andando para ele, mais preocupadas com sua nutrição. A pessoa que havia lhe cutucado era uma garota provavelmente do segundo ano, que estava levemente corada.

— Adams, a-aconteceu alguma coisa? – Perguntou a jovem, até mesmo os de ano mais elevado que ele lhe respeitavam, o chamando pelo sobrenome. Aquilo lhe fez lembrar o quanto ele era legal, o cara mais sexy da escola, o cara que todo mundo quer ver soado, o bicho mais louco para chamar nos finais de semana, o rapaz mais belo nos encontros, logico, a partir do titulo de mais sexy, era tudo da cabeça dele, começando que ele não saia nos finais de semana com outros caras por causa de sua mãe que o obrigava a fazer faxina.

— Hehe, muito obrigado. Não aconteceu nada, agradeço pela preocupação. – Richard, se lembrando de que a popularidade é algo que todo, não, quase todo mundo quer, ele se sentiu realmente agradecido por ter uma mãe tão bonita. – Bem, vou indo. – Olhando ao redor, percebeu que Bryan já estava saindo da cantina, e dando um sorriso para as garotas, saiu correndo antes que perdesse seu alvo.

  Ao sair, havia várias pessoas conversando e andando para lá e para cá. Como era uma escola apenas para o ensino médio, foi meio difícil encontra-lo novamente, a maioria eram pessoas altas. Vamos lá, não perca seu alvo. Antes que o sinal toque! Depois de algum tempo, encontrou aquele suéter que tão pouco se destacava. Aquilo no Bryan era completamente ridículo, ele parecia um palito alto naquela blusa grande e com nem um pingo de charme. Richard até hesitou em pedir ajuda á ele, mas deixou essa ideia de lado. Eu o escolhi com meu sexto sentido, vai ser ele!

  Bryan entrou na biblioteca, e Richard continuou a segui-lo. Quando ele entrou em um corredor, Richard achou esse momento propicio e começou a andar mais rápido e quando estava preste a colocar o braço ao redor dos ombros de Bryan, ele, com certa destreza, se abaixa, assim evitando o braço de Richard, esse continuou andando com o braço erguido, ainda processando o que aconteceu, e quando terminou de processar, se virou irritado.

— Cara, voce estragou tudo! – Ele pisa forte no chão.                                                        

— Fale baixo. Aqui é uma biblioteca. E quem é voce? – Bryan pergunta com as sobrancelhas franzidas, quase não perceptíveis com aqueles óculos de aro redondo. Logo depois ele se levanta.

— Quem eu- Voce não sabe quem eu sou? – Richard se segurou para não gritar novamente. Bryan não o respondeu, olhando para ele com cara de poker. – Voce esta pensando que eu sou um idiota, não é?

— Quase. Estava me perguntando quem é esse idiota. Mas não importa, voce não veio até mim para contar quem voce é. O que voce quer? – Bryan começa a olhar para a fileira de livros na prateleira.

— Então... Voce poderia me dar aulas particulares? – Richard fala engolindo seu orgulho, não poderia voltar agora.

—... - Bryan fica em silencio por alguns segundos, até que aparece um sorriso em seus lábios. – Vamos fazer uma troca de favores.

— Troca de favores? Como assim? – Richard não havia pensado sobre isso, seu inconsciente narcisista já havia pregado que qualquer um iria querer ficar perto de Richard Adams, por isso era uma surpresa para ele alguém querer algo além de sua própria presença.

— Preciso de um “amigo” por alguns dias. – Ele faz aspas no ar na palavra amigo. – Poderia fazer algo simples como isso? Enquanto esses dias passam, eu lhe ajudarei com as matérias que precisar.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo~~



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