Survivor: Grécia escrita por News of the World


Capítulo 1
Capítulo 1: As coisas vão mudar radicalmente agora


Notas iniciais do capítulo

Olá povos e povas! Tudo bem com vocês? Hoje trago um crossover experimental entre universos que curto bastante, de maneira a criar novos fãs de Survivor. Sem mais delongas, boa leitura!
Obs: o (C) representa o confessionário dos participantes, geralmente feito em algum lugar muito aleatório da ilha.



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Um homem na faixa de quarenta cinco anos aparece em cima de um rochedo mediterrâneo, era o apresentador estadunidense Jeff Probst, que estava iniciando mais uma temporada de um dos mais famosos programas de entretenimento reality show do mundo: o Survivor.

 — Estamos em um local conhecido por sua cultura e por toda a mitologia que cerca a sua história. Um lugar famoso por ser um dos maiores pontos turísticos da Europa, mas também por apresentar um relevo único e montanhoso com um clima mediterrâneo muito especial. É na terra de Hércules, Perseu e companhia que 14 participantes travarão a maior batalha de suas vidas, concorrendo à um prêmio de um milhão de dólares. Nos próximos 39 dias essas pessoas serão forçadas a construir uma nova sociedade, ao mesmo tempo que enfrentam a natureza e a si mesmos para obterem o título de Único Sobrevivente. 39 dias, 14 participantes, 1 sobrevivente! Sejam bem-vindos ao Survivor: Grécia!

  Os participantes já estavam se dirigindo para a praia de encontro com o apresentador em dois barcos, fazendo os primeiros contatos visuais. No barco da direita, Yusuke Urameshi, um famoso detetive, tentava entender qual era a do homem alto e esguio na sua frente, meio que cambaleando e com uma face que lembrava profundamente uma raposa.

(C) – Yusuke: Mano, esse cara é muito esquisito! Já sei que tenho de tomar cuidado com ele, mas ao mesmo tempo tenho quase certeza que é pinguço! Isso está óbvio! Ele parece que veio bêbado para cá.

(C) – Ban: Que ressaca da porra, bicho! Não devia ter bebido até ficar com incontinência urinária ontem no hotel..., acho que a Elaine vai ficar bem brava comigo quando assistir isso! Ai, ai...

  Mais para trás nesse mesmo barco, Edward Elric encarava Hinata Hyuuga de maneira intimidadora. Após, alguns minutos de desconfortável silêncio, o rapaz finalmente diz:

— Ufa! Parece que existe alguém mais baixo que eu na competição!

— Mas..., mas não tem como saber isso se estamos sentados! E, aliás..., isso que você disse foi extremamente aleatório. Você está bem? – A garota perguntou.

— Digamos que estou bem..., isso é apenas um pequeno complexo que eu tenho.

— Compreendo.

(C) – Hinata: Não compreendo patavinas nenhuma, mas pelo menos esse cara parece ser legal. Talvez uma boa ideia para uma aliança no futuro caso sejamos da mesma tribo.

  Enquanto isso, no outro barco, Light Yagami tentava estabelecer suas primeiras impressões sobre o garotinho de cabelo branco sentado ao seu lado, chamado Killua Zoldyck.

(C) – Light: Não acho que esse seja o tipo de pessoa que eu queira manipular..., digo, me aliar! Ele tem uma aura meio estranha.

(C) – Killua: Aquele tio deve se achar muito foda, mas infelizmente ele encontrou alguém ainda melhor do que ele. Mal posso esperar para eliminá-lo num grande conselho tribal!

 Na frente desses dois, Chichi, a famosa esposa do senhor Goku, encarava a adolescente precoce ao seu lado.

(C) – Chichi: Esses peitos gigantes cheios de imoralidade já me parecem um câncer nesse jogo. Não sei como gente assim consegue entrar nesse programa, só sei que devo eliminar o câncer antes que ele espalhe. E aí do Goku se achar essa daí atraente!

(C) – Lucy Heartfilia: Aquela senhora provavelmente não gostou de mim..., ah, tanto faz! O que importa é que com isso já tenho um alvo para ser trabalhado.

   Após poucos minutos, os dois barcos conseguem ancorar perto da superfície, no caso, a praia. A poucos metros de onde os barcos foram ancorados para que os competidores descessem, estavam dois tapetes com as cores das tribos dessa temporada, amarelo para a tribo Dunamis e anil para a tribo Kardia. Todos os participantes se dispuseram a frente desses objetos.

— Bom dia a todos! Sejam bem-vindos ao Survivor: Grécia. Nessa temporada, selecionamos grandes personalidades do mundo dos animes para participarem do jogo. Antes de tudo, cara baixinho, o que está achando de seus adversários?

— Projeto de anão é a avó – Vociferou o pequeno Edward.

— Mas eu nem disse isso...

— Mas quis dizer! Enfim, eu acho que todos aqui talvez tenham chance de vencer.

— Por que talvez?

— Porque todos, exceto um, serão eliminados.

— Boa resposta, gostei. Agora..., você aí, de chapéu de palha, qual o seu nome?

— Você não perguntou o meu nome! – Interrompeu o salva-vidas de aquário.

(C) – Light: Estava demorando para aparecer os doentes mentais da vez...

— Ah, verdade. Qual é o seu nome?

— Edward Elric.

— Ok..., agora, você chapéu de palha.

— Meu nome é Luffy.

— E o que você acha que será mais difícil?

— Ainda não posso responder isso porque não vi a quantidade de comida que temos.

— Já adianto que ela é pequena.

— Aí dá pra chorar.

— Okay..., você aí no canto, com o lacinho no cabelo, qual o seu nome?

— Meu nome é Chitoge.

— Quem você acha que será o primeiro a ter a bunda chutada daqui?

  A menina gelou com a pergunta, se ela respondesse de maneira equivocada e indicasse alguém que poderia ser de sua futura tribo ela estaria encrencada. Para consertar isso, apenas disse:

— Não tem como escolher isso agora porque ainda não sabemos dos desafios e nem de como será a dinâmica das tribos. Mas se fosse para escolher alguém eu falaria que era aquela mulher mais velha ali.

— Só porque sou mais velha. Pode isso, Arnaldo? Todo esse preconceito aí. – Respondeu indignada Chichi.

(C) – Chitoge: Sabia que isso poderia dar merda, mas pensei em escolher alguém do outro barco..., vai que as equipes serão formadas assim e geralmente os mais velhos são os primeiros a serem chutados.

— Pensei que não iria responder. Enfim..., eu não pude notar que o cara com blusa de couro vermelha está quase caindo no chão e nós ainda nem começamos a temporada direito.

— Acho que ele está bêbado. – Disse Yusuke.

— Já eu acho que ele morreu. – Debochou Karma Akabane, um maluco ruivo que até então não tinha dito absolutamente nada, inclusive durante a estadia nos barcos.

— Calma gente..., eu estou bem..., só acho que me animei um pouquinho ontem.

— Meu filho, quer dizer que você encheu a cara um dia antes de começar o jogo? – Perguntou, incrédulo, o apresentador.

— Parece que sim. Aliás eu sou o Ban.

— Beleza, Ban..., se você disse que está suave então eu posso seguir com isso. As tribos serão divididas de acordo com quem estavam sentados nos barcos. Ou seja, seus companheiros de primeiras impressões serão seus colegas de tribo. Tribo do pinguço, vai para a direita, vocês serão a Dunamis e os outros vão para a esquerda, são os Kardia.

(C) – Chitoge: IUPI! Eu sabia que a minha teoria estava certa! A véia que se dane, ainda mais com o alvo que já coloquei nela.

(C) – Hinata: Pelo visto já posso estabelecer uma aliança com o Edward bem cedo.

  Após se organizarem em cada tapete, as tribos fizeram pequenos cumprimentos. O apresentador, em seguida, entregou um mapa para cada equipe, que indicavam a localização de onde construiriam seus acampamentos.

— Com os mapas entregues, só posso dizer uma coisa: boa sorte! Nos vemos daqui a dois dias para o primeiro desafio de imunidade.

  Assim, as tribos se dispersaram e foram em busca do acampamento.

Dia 1

KARDIA

— Pessoal, acho que antes de tudo, deveríamos ler esse mapa com calma. Dessa forma conseguimos estabelecer uma rota específica ao mesmo tempo em que nos livramos de possíveis empecilhos no caminho.  -  Comentou, meio que ordenando, Light.

— Por mim tudo bem! Gostei da ideia – Concordou Lucy, que já estava percebendo que aquele poderia ser um bom parceiro em potencial.

— Firmeza! – Gritou Luffy.

— Todos de acordo? – Perguntou Light.

— Sim!

— Beleza então! O mapa nos mostra que o acampamento fica depois de um pequeno lago à noroeste de onde estamos de acordo com essa rosa dos ventos no canto superior direito do mapa. Como o Jeff é camarada e nos deu esse mapa aqui, então é só seguir no sentido padrão para noroeste.

— Será que o Jeff é tão camarada assim mesmo? – Questionou Maka Albarn, uma garota magra e de ar bem sério/intelectual.

(C) – Light: Eu já devia saber que alguém iria questionar minha liderança logo no início. Eu preciso controlar esses idiotas e minha posição de chefe “democrata” da tribo não pode ser perdido para umazinha dessas que paga de gênia.

— Não, eu acho que ele não sacanearia ainda no primeiro dia.

— Em Pearl Islands os participantes no primeiro dia nem sabiam que já era o primeiro dia quando subiram no convés daquele navio. Eu te digo, Jeff é o rei da insanidade! Só perde para um tal de Chris McClean...

— Ora, acho que você está se preocupando atoa - Sugeriu Ochaco Uraraka, uma aspirante a heroína teen, de voz suave e acolhedora.

— Okay..., tudo bem..., talvez eu esteja exagerando..., vamos seguir o plano original. – Suspirou Maka.

— Ótimo!  Assim não perdemos mais tempo. – Concordou Chichi.

(C) – Maka: A boa samaritana já tinha que aparecer para trazer sua mensagem de apaziguamento. Aquele padrãozinho pedante já está começando a criar suas garrinhas sobre a tribo de maneira bem simpática e até agora eles não perceberam! Eles não podem ser tão burros assim ou sairão conforme a vontade daquele corno!

(C) – Uraraka: É óbvio que a busca do poder já começou..., mas ainda é cedo para essas duas feras se atracarem. Até lá, vou ir tentando acalmar os ânimos de geral.

   A ideia de Light se provou realmente certa e depois de aproximadamente 30 minutos eles encontraram a bandeira da tribo junto com o logo da temporada. Além disso os buffs estavam amarrados ao mastro da bandeira, que foi distribuído para todos pelas mãos de Light e Killua.

— Esse local é realmente apaixonante! Fico muito grata de estar aqui! – Comentou Lucy.

— Acho que concordo com isso. Só espero que não tenha muitos animais perigosos – Inferiu Uraraka.

— Ora, senão existir o perigo qual seria a graça desse programa? – Caçoou Killua.

— Acho que para mim, definitivamente, a graça não se encontra aí.

   Percebendo que já estavam perdendo o foco para a coisa mais essencial a se fazer no primeiro dia de Survivor, Light chamou a todos, dizendo:

— Pessoal, devemos construir o nosso abrigo de uma vez vai saber o que esse clima bisonho nos espera. Pois estamos no inverno e como bem sabemos no mediterrâneo, diferente dos outros ambientes, é uma época de chuva.

— Concordo, acho que primeiro de tudo devemos buscar sustentação com tocos de madeira e procurar folhagens para providenciar o “telhado” e as “paredes”. – Disse Maka.

    Nesse ponto, Maka e Light comandavam a tribo enquanto os outros procuravam as coisas para fazer o abrigo.

    Após algum tempo nesse processo, Lucy começou a conversar com Light, parecendo querer alguma coisa além de uma simples conversa casual.

— Você é com quem eu mais me identifiquei aqui, logo de cara! Acho que podemos fazer uma coisa boa juntos – Disse a menina empolgada.

— Senti uma vibe boa de você também, além da melhor pessoa para me aproximar. – Respondeu Light, já pensando que teria um segundo voto para controlar tranquilamente.

(C) – Light: Isso é ótimo! Já posso formar um capacho obediente logo no primeiro dia! Que grande notícia! Já vejo: bye bye Maka!

DUNAMIS

 Diferente da outra tribo, eles só deram uma olhadinha no mapa e começaram a correr igual um bando de consumidores na liquidação do shopping, a única diferença é que não tinham nenhum rumo. E, para piorar, o Ban ainda estava completamente, totalmente, loucamente bêbado.

— Acho que devemos dar uma outra olhada nessa merda de mapa! Ou jamais seguiremos a lugar nenhum. – Protestou Yusuke.

— Será que você vai conseguir entender? – Debochou Karma, o garoto ruivo estranho que agora começava a se mostrar bastante irônico.

(C) – Karma: Bem, acho que essa tribo estava tranquila demais. Sempre é bom começar a mexer alguns pauzinhos para deixar essa experiência um pouco mais interessante. Sinceramente, alguém tinha uma dúvida de que um boy magia igual aquele iria tolerar esse desaforo?

— Não entendi o que quer dizer com isso.

— Calma gente! Sem confusão agora ou todo mundo vai levar “cocão” meu. – Inteferiu Chitoge, uma garota que já era bem conhecida por sua personalidade forte nas redondezas em que morava. Mas na verdade não se podia esperar outra coisa da filha de um dos mais importantes chefes da máfia ítalo-japonesa.

(C) – Karma: Olhem só o que eu estava falando. Isso já está ficando bem divertido!

— Acho que isso também não é preciso. Podemos ser todos amigos – Disse pela primeira vez Kikyo Kushida, uma bela garota de cabelos castanhos claros, com um ar bem doce e olhar acolhedor. — Olhem aqui no mapa – Gentilmente pegava o mapa das mãos de Yusuke. — É só seguirmos na direção nordeste, à esquerda daquela colina ali na frente.

  Provavelmente todos ficaram encantados com aquela voz (ou com a dona daquela voz), fazendo com que ninguém fizesse outra coisa senão seguir o que ela havia acabado de orientar. Dessa forma, com pouco mais de 15 minutos, inclusive Ban (só Deus sabe como), todos chegavam ao local onde seria o acampamento, com a bandeira da tribo presa em uma grande árvore. Ao seu mastro, assim como da outra equipe, estavam presos os buffs (bandanas tribais do jogo) em uma grande sacola de pano.

   Após os primeiros conhecimentos da área, Edward exclamou:

— Acho que já podemos construir nosso barraco aqui. – Ele apontava para a parte da praia mais próxima ao mar.

— Não acha que é melhor fazer mais no interior da floresta? – Questionou Yusuke, olhando para a pequena floresta que circundava a ilha costeira grega em que estavam.

— Antes de qualquer coisa, acho que só quero dormir. – Disse Ban, que logo em seguida capotou sobre a areia. A ajuda dele não era mais possível.

— O porra, o maluco morreu ali. -  Disse Karma, acho que ele fica assim até amanhã de manhã.

— Sendo assim pessoal, acho que devemos construir o abrigo perto da praia mesmo. Agora é só usufruir do que a natureza nos proporcionou e fazer isso acontecer! – Liderou mais uma vez Kushida.

   Após todos assentirem quase que praticamente na hora que ela havia terminado de falar, eles foram em busca dos materiais para a construção do abrigo. Óbvio que agora só estavam atrás de um provisório para passar a primeira noite, que é considerada a mais difícil nesse jogo.

  Em busca de coletar folhas para forrar o telhado, uma dupla, Hinata e Yusuke, começava a conversar durante essa tarefa.

— Poxa vida, é até estranho essa calmaria no primeiro dia, parece que o pessoal ainda não está jogando para valer isso aqui. Só quero ver quando perdermos pela primeira vez. – Disse a primeira.

— Acho que isso não será tão demorado. Se você perceber duplas estão começando a se formar, é só olhar para a tal da Chitoge e nossa projeto de Líder. Elas não se desgrudam mais, ao mesmo tempo em que não fazem nada além de mandar.

— Então você também achou que aquela garota já está bancando a líder?

— Obviamente. Acho que temos que começar a tomar cuidado, apesar de pensar que gente igual ao Ban serão os primeiros alvos.

— Isso se ele não se recuperar até o desafio.

— Se ele for bem e mesmo assim perdemos acho que já está na hora de a gente se preocupar.

(C) – Yusuke: Com certeza já estou começando a manter uma relação com essa menina porque estamos tendo alvos em comum. Mas não podemos seguir no curso desse jogo só com nós dois em uma pequena aliança!

— Hum..., acho que já estamos podendo criar uma relação de confiança. – Disse Yusuke, que já planejava colher bons frutos daquela conversa.

— Que bom! Também gostei de você! Acho que podemos jogar juntos! – Exclamou a garota, que já estava feliz apenas por alguém ter se aproximado dela.

(C) – Hinata: Fico muito feliz que já estou mantendo esse contato com o Yusuke, porque jamais pensei que alguém conversaria de estratégia comigo de maneira tão fluída e ainda no primeiro dia!

  Enquanto esses pequenos grupos se formavam, Karma já analisava que esse jogo não seria movimentado por alianças majoritárias e sim por blocos de votação. Isso poderia tanto ser positivo quanto extremamente negativo, ainda mais no início do jogo. Pensando nisso, ele já estava planejando formar uma pequena aliança de 3 pessoas com os até então menos sociáveis: Edward e Ban.

 Já que Ed estava tentando pescar (sem muito resultado e quase se afogando no processo) igual a um maluco, ele precisava primeiro entender qual era a do Ban, que por algum motivo estava tentando fazer uma fogueira após ter acordado de sua longa ressaca.

— Que isso, já está tentando fazer fogo? – Perguntou Karma, bastante curioso.

— É uma forma de pelo menos provar meu valor nisso aqui. Já tinha feito fogo antes apenas com lasca de madeira, então..., acho que conseguirei.

(C) – Ban: Acho que vou conseguir porra nenhuma, nunca fiz fogo na minha vida! Só tô fazendo isso porque sei que o alvo na minha bunda já está ficando reluzente.

— Quer ajuda?

— Não precisa..., acho que consigo sozinho.

— Okay..., mudando de assunto..., o que você me diz de nossa tribo até agora? – Karma já estava acendendo o pavio daquela conversa.

— Bem..., pelo que eu percebi (nos poucos mais de 30 minutos em que eu estava acordado) você e o cara bad boy lá já estão se encarando e aquela baixinha peituda já está jogando charminho por aí.

— Acho que ele já esqueceu..., quanto a menina, Kushida, eu concordo com você. Ela já está me parecendo bem estranha. Sendo assim, acho que já podemos cortar o mal pela raiz... – A bomba já tinha sido lançada.

— Já tem um alvo pessoal assim tão rápido? Contando que não seja eu, por mim tudo bem.

(C) – Karma: Obviamente ele sabe o quão em perigo ele está. Não sei se vai ser bom nos desafios ou coisa assim, mas o importante é que já posso começar a trabalhar pra me livrar de Kushida de uma vez sem ela precisar reinar por aqui.

  No início da noite, a dupla feminina também já estava começando a idealizar seus planos, enquanto trançavam palmeiras para a forragem do abrigo.

— E então? Acho que não podemos ser só nós duas – Começou Chitoge.

— Verdade..., mas o mais importante é que já temos uma relação de confiança mútua. O que é muito difícil nesse jogo! – Respondeu Kikyo Kushida. – Contudo, para nos estabelecermos seguramente aqui precisamos de mais duas pessoas..., acho que deveríamos juntar todas as meninas e escolher algum menino de confiança.

— Você gosta da outra garota? Hinata o nome dela né? Não sei..., talvez seja meio perigosa.

— Ainda não nesse momento do jogo.

(C) – Kushida: Não sei quanto à minha “amiguinha” ali, mas para jogar isso precisamos do maior número de pessoas possível, gostando delas ou não. O meu único objetivo nisso aqui é ganhar e não me importa com quem eu jogue e muito menos o que tenha de fazer. Acho que pegar a liderança de maneira suave já me estabeleceu no centro disso aqui, mas provavelmente meu nome deve surgir na roda em pouco tempo. Então..., já devo garantir um ídolo só meu o quanto antes!

— E o Yusuke? Ele parece já possuir alguns certos problemas com pessoas específicas da tribo, tipo o Karma e o Ban..., - disse Chitoge, que mais parecia querer alguma outra pessoa na aliançam a qualquer custo do que pensar se essa alguma outra pessoa a faria avançar ou não no jogo.

— Não sei..., penso nele como um plano de médio prazo..., aliás! Acho que estamos indo rápido demais com esse papo de plano estratégico. Quem já começa a pensar bem a frente logo no início sempre se ferra bonito.

— Isso pode ser verdade. Em Cagayan, os Brains se ferraram nos primeiros conselhos justamente por esse tipo de pensamento.

— Ou é só pensar em Christian, em David vs. Goliath, que foi visto como ameaça-mor logo no top 12, com vinte e poucos dias de jogo. E o pior dessa visão, é que o pessoal acabou não percebendo que Davie e Nick poderiam ser empecilhos ainda piores ao 1 milhão de dólares!

Noite 1

KARDIA

  Na tribo Kardia, quando já estava anoitecendo, pelo menos um abrigo mixuruca e provisório já havia sido construído, contudo o maior problema é que ele foi feito muito rente ao chão, o que poderia destruí-lo caso tivessem que passar por uma chuva muito forte durante a noite, ainda mais sendo a PRIMEIRA noite, a mais azarenta e imprevisível de todas.

  Dentro do abrigo, Uraraka, Maka e Lucy conversavam um pouco sobre a vivência até ali e suas projeções para o futuro.

— Será que seremos vistos como vilões ou heróis pelo público...? – Começava a divagar Ochaco.

— Sinceramente, para mim isso é indiferente, todos vieram ao jogo sabendo que precisam mentir, trair e enganar. – Respondeu Maka, que se mostrava cada vez mais cética.

— Isso tão é verdade que o jogo é justamente sobre como prevalecer, predominar e permanecer mais que o restante. – Concordou Lucy.

(C) – Lucy: Sabe..., apesar de estar me aproximando mais do Light e tals..., essas meninas são bem donas de si mesmas, talvez não seja tão ruim ficar com elas por algum tempo.

  Enquanto as três conversavam distraídas, a mulher mais velha do grupo, Chichi, as observava com atenção.

(C) – Chichi: É óbvio que não vou conseguir me adaptar com essas garotas e nem com o grupinho todo. Mas..., eu posso prejudicar o jogo dessas putinhas! Vejam só: a tal Lucy parecia manter uma boa relação com o belo jovem Light, pareciam estar unidos, trabalhando juntos! Mas..., adicionando um pouco de exagero talvez essa INCRÍVEL parceria de um dia possa ser quebrada e dê lugar a mim!

  E lá foi ela ao encontro de Light, que conversava um pouco com Killua sobre serial killers e séries de psicopata.

— Err..., Light, certo? Digamos que eu precise conversar com você sobre uma coisa que te diz respeito. – Chegou interrompendo Chichi.

— Eu não posso escutar? – Interferiu Killua.

— É particular.

— Você tem algo “particular” para tratar com alguém que acabou de conhecer? Isso me parece ser meio estranho.

— Mas eu digo que realmente é PARTICULAR!

— Já que é assim vou deixar vocês dois a sós. Vou ver se o Luffy precisa de ajuda com a forragem dos telhados.

(C) – Killua: Acho que alguém quer difamar alguém para um outro alguém aí..., vamos ver como isso vai suceder! O pessoal já tá jogando hard desde cedo..., vou ter que me acostumar com essa dinamicidade dessa galerinha...

— Depois de toda essa tensão, o que é que você tem pra me dizer? Porque uma coisa tenho que concordar com Killua, você nunca abriu um “a” para falar comigo e agora vem me dizer uma coisa “extremamente” importante. – Disse Light finalmente para a sua interlocutora.

— Falando desse Killua, eu não gosto muito dele..., ele é espertinho demais! Mas enfim, eu vi você batendo alguns papos com a gostosona lá...

— A Lucy?

— Essa mesma. Para mim, parecia que vocês já estavam estreitando suas relações para poderem trabalhar juntos..., mas penso eu que ela muda de opinião, ou melhor, é influenciada bem rapidamente, já que ela e as outras garotas parecem já estar construindo uma aliança sólida a fim de te eliminar.

— Não consigo imaginar aquelas três trabalhando muito bem juntas..., mas se você está me dizendo quer dizer que está muito desesperada por se sentir excluída da tribo.

— Hunf, eu tento ajudar e ainda sou humilhada! Passar bem, mas lembra do que eu te disse! – Disse Chichi resmungando, enquanto voltava para o abrigo, deixando assim Light sozinho.

(C) – Light: Apesar de não ter levado muito a sério o que ela falou, é melhor observar mais e ter um pouco mais de cuidado, ainda mais com alguém tão facilmente manipulável. Realmente já podem estar fazendo a cabeça dela e vou ter que cortar esse mal pela raíz...

Dia 2

KARDIA

   No amanhecer do dia seguinte, enquanto todos os outros ainda dormiam, no meio da floresta, um pouco longe do abrigo, alguém decide começar a fazer uma pequena busca e tem sucesso no que desejava:

— Olha só o que temos aqui dentro dessa bela árvore! Um majestoso ídolo de imunidade! As coisas vão mudar radicalmente agora!

 

 


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Notas finais do capítulo

Aqui vou trabalhar alguns conceitinhos importantes para compreender melhor esse jogo maravilhoso:

Tribos: As equipes da competição
Buff: Bandana tribal, elemento que identifica o participante quanto a qual tribo participa.
"Hidden Immunity Idol" ou Ídolo Escondido de Imunidade: artefato escondido na ilha que garante a seu portador anulação contra os votos dados no Conselho Tribal ("Tribal Council") antes dos mesmos serem contados. Não pode ser roubado mas poder ser dado ou usado em outra pessoa pelo seu usuário.
Até a próxima!



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