Pouco Além 2 - Harry Potter: The New Marauders escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 11
Peripécias dos Garotos Weasley




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                        As aulas de Astronomia eram as únicas ministradas à noite. A prof.ª Sinistra dava suas aulas na Torre de Astronomia por volta da meia-noite, quando as estrelas e os planetas podiam ser mais bem observados.

                        Foi depois de uma dessas aulas que Matt e Guga tiveram a ideia.

                        Avisaram prontamente a Betinho, Thiago e às garotas. Logo todos os alunos da Grifinória tinham sido avisados do plano dos Weasley – Will Stick fez vista grossa.

— Temos que avisar Godrico, Thomas e Nigel – lembrou Guga. – Assim eles podem avisar aos demais alunos da Lufa-Lufa.

— Então só é pra deixar os alunos da Corvinal e da Sonserina desavisados? – indagou Thiago.

— É a intenção – refletiu Matt. – Mas seria legal avisar ao Rubi e ao Snape. Eles não merecem pagar pelo que os colegas deles são.

                        E assim que os Weasley avistaram Augusto e Rubi na aula seguinte, trataram de avisá-los.

                        Quinzenalmente, os novatos tinham treino de quadribol. James Potter tinha uma flexibilidade incrível com Rony para agendar os treinos de forma precisa. Assim, numa semana eles se ocupavam com os treinos, na outra não.

                        O plano dos Weasley devia ser executado no Dia das Bruxas. À medida que a data se aproximava, eles reforçavam a ideia com todos os que não podiam ser alvos, mesmo com o olhar constante e desaprovador de Will perseguindo-os. James começou a dizer que Will estava baixando o espírito do pai Matt. Isso não ajudou nem um pouco a apaziguar o monitor.

                        Finalmente chegou o dia da festa. Matt, Guga, Thiago e Betinho sentaram lado a lado na mesa da Grifinória, defronte às meninas.

— Tudo pronto? – indagou Rina.

— Pode apostar – assegurou Beto.

                        A prof.ª McGonagall anunciou o início do banquete. Logo todos estavam comendo.

                        Guga e Matt fizeram sinal para Rubi e Augusto na mesa da Sonserina. Os dois assentiram e afastaram os pudins de seus pratos.

                        Então, os Weasley agitaram as varinhas simultaneamente.

                        Os pudins das mesas da Corvinal e da Sonserina explodiram. Os alunos das duas Casas ficaram com as vestes cheias de pudim. Os alunos da Grifinória riram ao ver a causa e as consequências da explosão.

                        Fidel Malfoy olhou para os lados com uma cara que podia ser tanto de assassino quanto de dor de barriga. Mark e Julius lambuzavam o pudim em seus braços. As garotas da Corvinal se limpavam com seus lenços.

                        Guga e Matt não continham as risadas. Mas a alegria dos dois durou pouco.

                        Quando a festa acabou, Hermione caiu em cima de ambos.

— Vamos conversar na minha sala, meus queridos. – Sem esperar resposta, ela saiu andando a passos largos para o saguão. Matt e Guga não viram alternativa senão segui-la.

— Sentem-se – disse a professora quando chegaram à sala. Os dois sentaram-se defronte à escrivaninha. Hermione ficou de pé, encarando-os. – Que ideia espirituosa vocês tiveram. Presentear seus colegas com pudim explosivo no Dia das Bruxas.

                        Matt e Guga olharam sem jeito para o chão.

— Normalmente eu tiraria pontos de vocês por isso. – A voz de Hermione estava espantosamente calma. – Mas Rony, Harry, Neville e a diretora não acham que seja o caso. Contudo, terei que lhes dar uma detenção.

— Ahn, tia... Professora? – arriscou Guga. – Nós já temos, hm, bastante dever de casa. A senhora podia, no lugar da detenção, mandar a gente só escrever umas linhas...?

— Receio que não. Vocês irão limpar os troféus da escola para o Sr. Filch. Ele, sim, já tem tarefas demais. É, Matt, e não me olhe com essa cara. AH, e sem usar magia.

...

...

                        Na noite seguinte, Hermione saiu de sua sala após terminar de corrigir as tarefas dos alunos e se dirigiu ao escritório da diretora.

                        A professora de Transfiguração bateu à porta, que se abriu magicamente.

— Entre – chamou a prof.ª McGonagall.

                        Hermione entrou e fechou a porta.

                        A sala estava cheia: Harry, Rony, Neville, McGonagall, Hagrid, Slughorn, Flitwick e Grella. Alguns conversavam, mas quando Hermione entrou, todos se calaram.

— Que bom que chegou, minha querida – saudou McGonagall. – Já podemos dar início à reunião.

                        Era a reunião da Ordem da Fênix. Ultimamente, só era realizada em ocasiões de apreensão na escola.

                        E aquela era uma ocasião de apreensão.

— Todos aqui estão a par dos recentes acontecimentos – continuou McGonagall. – Os jovens Matt e Guga Weasley mostraram a nossa escola uma de suas habilidades durante nossa festa das Bruxas.

                        Harry e Rony riram baixinho.

— Ah, vocês têm que admitir que foi engraçado. – Harry conseguiu recuperar um pouco de compostura. – Não queriam machucar ninguém.

— Os dois tem um talento natural. – Rony conseguiu juntar as palavras depois de muito esforço. – São como o Fred e o Jorge.

— Ah, certo – interrompeu Flitwick. – Mas os senhores Weasley não acabaram bem. Não queremos ter, de certo, um “déjà vu”.

                        Seguiu-se um silêncio espectral a essas palavras.

— Ora, Filio, não exagere – disse Slughorn. – Os garotos são adoráveis, e não há motivo para nos preocuparmos com eles.

— Aí é que está o erro, Horácio. – McGonagall sentou penosamente em sua cadeira. – À primeira vista, parecem crianças brincalhonas. Mas dadas as circunstâncias... Eu digo que há, sim, motivos para nos preocuparmos.

— Ah, minha cara Minerva, por favor! – exclamou Grella. – Você não está pensando seriamente em acreditar no que Trelawney disse, está?

— Se eu fosse você, Fabian, daria mais credibilidade aos vaticínios de Sibila – respondeu McGonagall. – Afinal, ela já previu o nascimento do Eleito e o retorno do Lorde das Trevas. – A diretora fez uma pausa profunda. – Agora, parece que andou dialogando com o Chapéu Seletor e está tentando nos alertar sobre algo relativo aos Enviados do Juízo.

                        Um novo silêncio após esta frase.

— O que exatamente a prof.ª Trelawney disse, professora? – indagou Hagrid.

                        McGonagall suspirou e disse:

— “Aqueles que se julgam mensageiros do fim dos tempos voltarão a nos assombrar. Eles enfrentarão jovens que demonstraram espírito de aventura e buscarão vingança pelos malogros passados. Muitos se envolverão na batalha, buscando a força dos tesouros perdidos.”

                        Hermione suspirou.

— “Jovens que demonstraram espírito de aventura”. Faz muito sentido. Podem não ser só Matt e Guga. Não gostei da cara dos Felton, como se tivessem colaborado. A expressão da Rina Lupin também a traiu.

— Ora, francamente – interpôs Grella. – Com tantos garotos perspicazes nessa escola, vocês se preocupam com alguns só porque foram longe demais uma única vez?

— Precaução nunca é demais, Fabian – disse Neville.

                        Todos encararam Grella, que engoliu em seco.

— Ora, vamos. Como querem ter certeza que isso se refere a alunos de nossa escola?

— As duas últimas profecias de Sibila se referiam – lembrou Flitwick. – Por que não essa?

— Além disso, Fabian – disse Hermione -, devo lhe lembrar que há nesta escola pelo menos três pessoas que já enfrentaram os Guerreiros do Apocalipse.

                        Ela indicou a si mesma, a Rony e a Harry.

— Se há alguém interessado no resultado dessa profecia – afirmou Harry -, somos nós três.

                        Os três encararam Grella, esperando que ele contra-argumentasse. Mas o professor não se manifestou.

— Todos aqui concordam – retomou McGonagall -, que devemos ficar de olho nos Weasley e em seus amigos?

                        Todos assentiram, até mesmo Grella.

— Não temos toda a Ordem da Fênix reunida aqui – continuou a diretora -, lamentavelmente, mas devemos agir por todos, dentro dos nossos limites. Se os Guerreiros do Apocalipse demonstrarem o menor sinal de retorno devemos ficar atentos. Devemos agir com sapiência.

— Lembrem-se de todos os que já deram seu suor e sangue nessa guerra – disse Harry. – Sejamos fortes por eles. Por Matt, por Thaila, por Robert. Por Kingsley, Percy, Silvanus e Fuller. Por Gina, Luna e Rolf. Vamos mantê-los a par de tudo o que fizermos. E eu, Rony e Hermione prometemos ficar de olho em nossos sobrinhos e nos amigos deles.

                        Ele olhou para Rony e Hermione, que assentiram.

                        Tão logo os professores se comprometeram a proteger a escola, a prof.ª McGonagall declarou a reunião concluída.

...

...

                        Na segunda-feira, após as aulas, Matt e Guga deixaram seu material no dormitório, acenaram melancolicamente para Thiago, Rina e Beto e foram para a sala dos troféus.

                        Filch ordenou que limpassem os troféus antigos e importantes pelo menos três vezes. Os Weasley acabaram se demorando mais nos troféus de Harry e Rony por serviços prestados à escola (matar o basilisco na Câmara Secreta).

                        Lá pelas dez horas eles conseguiram terminar a limpeza, e saíram amaldiçoando Filch e o tamanho dos troféus.

— Eu me pergunto por que os troféus têm que ser enormes. – Matt esfregou as mãos doloridas. – Se algum dia eu ganhar um troféu aqui, vou pedir que seja do tamanho de uma taça de vinho.

— Será que a tia Mione acha que vai nos fazer parar com os logros depois disso? – indagou Guga.

— Não vão me parar só com isso – afirmou Matt.

— Nem eu. – Guga chupou o polegar inchado. – Sabe, Matt, estou tendo ideias novas. O que você acha se... Ahhhh!!!

                        Guga escorregou em algo e caiu de costas, para trás. Matt ajudou-o a se levantar e observou o chão.

                        O primeiro pensamento dele foi: casca de banana. Mas mesmo com a luz fraca do corredor onde estavam, uma banana seria facilmente perceptível. Então os olhares dos Weasley foram atraídos para algo aos pés de Guga.

                        Era uma carta, retangular, marrom, com as letras “DM” inscritas. Matt apanhou-a.

— O quê...?

                        Guga se aproximou para averiguar o achado. Matt virou a carta.

                        No verso havia uma figura: um símbolo prateado de um triângulo, contendo um círculo, cortado por uma reta. Embaixo, um boxe com um texto.

                        Abandonado, deserdado, traído.  Mas obtive algo precioso que fará falta.

                        Matt olhou confuso para Guga.

— O que será isso?

— Não sei – indagou Guga, olhando preocupado para a carta. – Mas algo me diz que devíamos ficar com isso. Certamente...

— Significa algo – completou Matt. – Talvez esteja certo.

                        Matt meteu a carta no bolso, e ele e Guga voltaram para a Torre da Grifinória.


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