Caixão De Cristal. escrita por Any Sciuto
Ela mal podia acreditar que estava viva. A última coisa que ela lembrava era estar em um caixão. Ainda que fosse transparente, não fez nada para acabar com seu medo.
Havia terra por cima e ela podia estar alucinando com os beijos de Derek, mas eles eram bastante reais. Então, ela sentiu uma nova onda de esperança e abriu os olhos. O branco do hospital inundou sua visão e Derek entrou diretamente nela.
— Baby Girl, bem-vinda de volta. – Derek olhou com lágrimas para a namorada. – Está tudo bem.
— De-Derek? – Penelope disse, sentindo a garganta incrivelmente seca.
— Aqui, beba isso. – Derek colocou nos lábios dela um copo de agua. – Devagar, ok?
Sentir a agua escorrer pela garganta fez Penelope mais alerta. O médico a examinou e fora as dores, ela parecia bem.
— É impressionante. Ela não tem nenhum dano cerebral, nada de dano psicológico ainda. – Ele escreveu na prancheta. – Mas sugiro que fale com ela sobre ver um psicólogo.
— Obrigado. – Derek entrou e viu a atenção dela mudar para ele. – Como se sente?
— Como se eu tivesse sido resgatada de um caixão. – Penelope suspirou. – Eu vou ficar bem.
Hotch se aproximava sem saber como Penelope reagiria a presença dele. Entrando no quarto, ele viu a mudança de Penelope e hesitou.
— Tire-o daqui! – Penelope gritou. – Não deixe ele chegar perto de mim!
— Hotch, por favor. – Derek segurava Penelope. – Depois, sim?
Ele apenas acenou e saiu do quarto, chorando. Difícil. Ele agora tinha a inimizade de Penelope por ele, mesmo que ela tenha dito palavras doces antes. Ela iria odiar ele para sempre?
Ele escorreu na parede e acabou sentado no chão do hospital, chorando sabendo que as consequências daquele momento de raiva mal direcionada afetariam a todos.
— Está tudo bem, Baby Girl. – Derek a deixou chorar em seu ombro o quanto ela quisesse. – Pen, eu sei que é muito cedo, mas quem sabe você devesse falar com um psicólogo. Pode ajudar.
— Eu estou com medo. – Penelope confessou. – Estou com medo de ter medo.
— Depois de uma situação como a que você passou é compreensível, Baby. – Derek pegou a mão dela e deu um beijo. – Só quero que você fique bem.
— Eu falo com alguém, apenas mantenha Hotch longe de mim. – Penelope quase implorou. – Não estou pronta para ele.
— Ele ficara longe. – Derek prometeu. – Você tem uma consulta com um médico hoje à tarde. Eu estarei na recepção.
Penelope se sentiu mais à vontade a medida que a equipe, tirando Hotch chegou. Conhecendo Abby, Tim, Tony, Ziva, Gibbs e Jenny, ela estava imensamente grata por ter sido resgatada com a ajuda deles.
Mas foi só ficar sozinha com o psicólogo que as coisas tomaram um rumo inesperado. Ele era na verdade, um dos cumplices de Jake.
Duas horas se passaram e a porta foi aberta. Derek notou que Penelope parecia distante, quase como se estivesse em outra dimensão.
— O que aconteceu? – Derek estava verdadeiramente preocupado. – O que ela tem?
- Receio que a senhorita Garcia esteja passando por catatonia severa. – Andrew olhou para Penelope. – Vou começar com antibióticos pesados e anti-histamínicos.
Gibbs, porém não conseguia engolir aquela história. Por algum motivo, ele não conseguia engolir o médico também.
— Hotchner, posso falar com você? – Gibbs perguntou. – Agora.
Hotch se desculpou e foi com Gibbs até um lugar mais afastado. O agente da NCIS parecia incrivelmente perturbado.
— Acho que Andrew não é quem diz ser. – Gibbs foi direto ao assunto. – E Penelope pode estar sendo ameaçada.
— E com base em que você diz isso? – Hotch podia não demonstrar, mas pensava do mesmo jeito.
— Com base na cara de assustada que ela fez quando Andrew falou com Derek. Parece que ela estava vendo algo de ruim. – Gibbs mandou um sms para Abby. – Vamos torcer para que eles descubram.
Depois que Penelope voltou para seu quarto, Derek segurou a mão dela. Olhando em seus olhos, ele resolveu fazer algo que julgava necessário.
— Baby Girl, eu quero passar a vida toda com você, sabe disso. – Ele retirou a caixa delicada em forma de coração e a colocou nas mãos dela. – Você quer se casar comigo? Ser a senhora Morgan até ficarmos bem velhinhos?
— Eu quero. – Penelope falou, uma voz cortante. – Eu quero.
Abby revirou todos os bancos de dados a procura de Andrew e se deparou com uma coisa reveladora.
— Andrew é na verdade Andrew Lynch, irmão de Kevin e Everett Lynch. – Abby disse apressadamente para Reid. – Eu consegui as filmagens do dia em que Kevin foi morto no hospital, foi ele.
Mal desligando o telefone, tanto Gibbs quanto Hotch chutaram a porta do consultório de Andrew. Penelope estava tendo uma sessão naquele dia e já parecia bem fora do ar.
— Se afaste dela. – Gibbs gritou. – O que acha que está fazendo?
— Meu trabalho. – Andrew sorriu diabolicamente. – Ela é responsável pela morte de Kevin. Se ela não tivesse terminado para ficar com aquele monte de músculos, nada teria acontecido.
— Seu irmão traiu Penelope primeiro. – Hotch fez sinal para Gibbs pegar Penelope. – Andrew Lynch, você está preso.
— Nunca! – Ele pegou uma seringa do bolso e se auto injetou.
— Não morra, desgraçado. – Hotch queria que ele fosse punido. – Eu preciso de ajuda!
Derek entrou correndo. Vendo Andrew no chão, ele passou direto e foi para Penelope. Ela parecia altamente drogada e o anel de noivado jogado em cima de uma das mesas.
— Aaron, ele morreu. – Emily se abaixou com o namorado. – Andrew está morto.
— Ele teve a saída mais fácil. – Hotch se lamentou. – Por tudo o que ele fez com Pen.
— Vamos levar ela para o quarto. – Derek pegou Penelope em seus braços e a levou para o quarto dela.
Foi inserida uma nova IV e amostras de sangue foram tomadas. Derek ficou ao lado dela todo o tempo.
Hotch estava sendo consolado por Emily quando o beijo aconteceu. Eles encontraram o armário do zelador e resolveram dar uma rapidinha ali mesmo.
— Hotch, meu Deus. – Emily sentiu a dureza dela. – Agora, por favor.
Abaixando a calça, Hotch colocou a calcinha de Emily um pouco de lado e entrou nela. A beijando para evitar gemidos altos, ambos chegaram ao mesmo tempo ao orgasmo.
Eles continuaram a se beijar antes de se vestirem. Saindo de lá, parecendo mais culpados do que inocentes, eles foram para o quarto de Penelope.
Finalmente os exames chegaram e mostraram que Penelope tinha escopolamina no sistema. Eles a observaram dormir. Todo mundo sabia os efeitos a longo prazo. Pesadelos, flashbacks, e medos de tudo.
Mas a equipe nunca iria deixar ela sozinha. Derek havia colocado a aliança de volta no dedo dela. Era hora de fazer Penelope sua esposa.
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