Caixão De Cristal. escrita por Any Sciuto


Capítulo 5
Cereja Do Diabo




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Já passavam das dez da manhã. Derek acordou sobressaltado ao lado da cama de Penelope. Ela ainda estava no suporte de vida.

Depois de ser resgatada, os médicos descobriram que ela fora envenenada. Porém pouco sabiam sobre o que havia sido usado. Alguma coisa havia sido usada e eles tinham pouco tempo.

Hotchner entrou na sala de espera, com o olhar fechado em Gibbs. O agente não havia saído desde que Pen havia sido trazida.

— Agente especial Gibbs? – Hotch observou o homem se levantar. – Agente Hotchner.

— Muito prazer. – Gibbs sabia que Hotch não estava exatamente em um bom lugar. – Agente Hotchner, eu não estou aqui para discussões, só preciso que saiba disso.

— Eu aprecio seus serviços, mas podemos lidar sozinhos. – Hotch viu o rosto de Gibbs mudar de expressão. – Façam uma boa viagem.

— Não. – Gibbs resolveu recusar. – Eu não vou sair desse caso.

— Não é sua jurisdição, agente Gibbs. – Hotch olhou para o homem com punhais. – Penelope é minha agente.

— Bem, você mandou ela sozinha para a cena de crime e ela foi raptada. – Gibbs sabia que havia atingido o ponto certo. – Então, eu não vou deixar ela sozinha com você.

— Senhores, não é hora de discutir. – Jenny se colocou entre os dois. – No momento temos de descobrir o veneno usado na senhorita Garcia então eu sugiro que guardem essa luta para o estande de tiros.

— Mas Jen... – Gibbs tentou.

— Mas nada, agente Gibbs. – Ela olhou para o namorado. – Eu posso ser sua namorada, mas Deus me ajude se você desobedecer uma ordem direta da sua diretora.

Isso fez Gibbs recuar e se sentar. Tanto quanto ele amava Jenny, ele sabia onde era seu lugar. E ele não a desafiaria quando ela ficava brava, especialmente com ele.

— Agente Hotchner, eu peço desculpas pelos modos do agente Gibbs. – Jenny se aprestou. – Diretora Jenny Shepard. Quero que saiba que ficamos felizes com a volta de sua agente, mesmo que ela esteja em coma. Entendo que é um caso do FBI, mas se concordar eu gostaria de ajudar.

— Falando assim, claro que eu aceito. – Hotch coçou a cabeça. – Eu peço desculpas pelo meu comportamento, estamos todos estressados desde o sumiço.

— Que foi culpa dele. – Gibbs murmurou e Jenny apenas revirou os olhos.

— Na verdade, foi minha culpa sim. – Hotch admitiu. – Estava com raiva de minha ex mulher. Ela levou meu filho poucas horas antes de Penelope ser raptada. Eu descontei sobre ela e ela foi raptada.

Hotch ainda podia ouvir aquele momento em sua mente.

— Não me importa se você não é agente de campo. – Ele gritou. – Eu quero que você pegue os malditos computadores e os traga para cá.

— Eu posso levar alguém junto? – Penelope se sentiu com medo.

— Só você, Garcia. – Hotch olhou para ela ameaçadoramente. – Não quero você e Derek lá porque não é hora de namoro. Agora vá.

Penelope desceu as escadas rapidamente, tentando se recompor.

Hotch imediatamente se chutou. A mensagem de Haley ainda bem clara no seu cérebro.

— Foi um erro e Penelope talvez já o perdoou. – Jenny o fez se sentar. – Diga-me o que sabe até agora.

— O que sabemos até agora é que há mais de duas pessoas envolvidas. – Reid estava com Abby na BAU. – Jake Matters e mais dois cumplices. Alguém para conseguir os materiais, alguém para fazer o helicóptero explodir e para ajudar Jake com o clorofórmio envenenado.

— Acha que eles tem informações privilegiadas? – Abby digitou e encontrou a ficha de cadeia de Jake. – Ele tem dois amigos. Um no Texas e outro em Ohio.

— Alguém mais? – Reid se inclinou perto de Abby. – Hum, que cheiro é esse?

— Perfume de pólvora. Você gostou? – Abby corou um pouco. – Então?

— Fica maravilhoso em você. – Reid sentia uma atração grande pela cientista. – Achou alguém?

— Kevin Lynch. – Ela viu Reid se afastar, assustado. – Conhece ele?

— Ele é o ex namorado de Penelope. – Reid correu, tentando ligar para qualquer um no hospital. – Vamos Hotch. Atenda esse maldito celular.

Se aproximando do quarto de Penelope, Kevin se sentiu profundamente com vontade de matar a garota. Simplesmente desligar os aparelhos que a mantinham viva naquele momento era fácil.

— Adeus Penelope. – Kevin tocou no botão ainda sem apertar. – Uma pena que você nunca acordou.

— Não se mexa. – Gibbs e Hotch gritaram juntos.

— Kevin Lynch, se afaste dela. – Hotch o obrigou. – Desista Kevin.

— Ela terminou comigo só porque eu estava beijando uma outra mulher. – Kevin tentou justificar. – Ela não acreditou que foi a mulher que me beijou.

— Você e essa mulher estavam nus. – Hotch viu Gibbs revirar os olhos. – Quando eu beijo não tiro minha roupa.

— Vá para o inferno. – Kevin apertou o botão e se virou.

Quando ele o fez, um tiro soou e parou em seu peito. Ele caiu e Gibbs correu para Penelope, apertando novamente o botão.

Houve uma confusão depois daquilo. O alarme soava no hospital, uma equipe correu para cuidar de um Kevin inacreditavelmente vivo. A outra foi para Penelope, tentando trazer ela a vida.

Derek precisou ser contido antes de causar mais danos.

O som continuo do bip era demais para ele. Saindo do espaço médico, Derek sentiu a água fria fazer contato com sua pele. Estava chovendo muito. Ele apenas caiu de joelhos e começou a chorar.

Reid e Abby correram para o hospital. O hospital havia descoberto o veneno e agora era hora de aplicar um antidoto.

— A senhorita Garcia está estável de novo. – O médico se sentou. – Descobrimos que o veneno é Belladonna, mais conhecido por Cereja do diabo. Uma planta que pode ser usada na forma de chá. A cereja é bem doce e causa alucinação rapidamente.

— Em grandes quantidades pode causar envenenamento. – Reid completou.

— Exatamente. – O médico deu uma pequena risada. – Lavamos o estomago dela e estamos confiantes que ela vai ficar bem. Ela teve uma lesão nas costas, um braço quebrado, as unhas estão quebradas e ela precisa ficar no respirador até o corpo se acostumar de novo. Quando ela acordar, sugiro levar ela para um psicólogo.

Todos se sentaram de volta, menos Derek que voltou para o lado de sua amada. Ele tinha ido comprar um anel de noivado para ela e estava em dúvidas se quando chegasse ela estaria morta ou não.

Kevin, de algum estranho jeito não morreu. Ele estava atualmente se recuperando.

Um enfermeiro entrou e aplicou algo no IV de Kevin e foi embora, levando consigo as provas. Segundos depois, o coração de Kevin parou completamente e qualquer tentativa de trazer o homem de volta foi inútil.

Derek ouvira o alarme soar pelo prédio e imaginou que algo estava errado. Não foi até ouvir que Kevin Lynch havia morrido que ele sabia que alguma coisa estava errada.

Penelope iria precisar descobrir o que aconteceu com seu ex e não seria fácil.

Mas ele estaria lá por ela.


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