Caixão De Cristal. escrita por Any Sciuto


Capítulo 4
Fuga Em Vermelho




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/783061/chapter/4

Quando a equipe finalmente chegou a floresta, eles saltaram do helicóptero mesmo antes de ele pousar completamente. Pás nas mãos, mãos prontas para cavar e Derek sentia uma angustia.

Eles viram algo que parecia ser uma cova recém-aberta e todos correram para escavar. Penelope iria precisar de ajuda.

— Penelope, eu estou vindo. – Derek gritou. – Aguenta, Baby Girl. 

— Garcia, pode me ouvir? – Hotch tentou chamar.

— Retirem toda a terra! – Rossi soltou a pá e começou a cavar com as mãos. – Estou vendo algo.

Derek literalmente jogou terra para o alto quando viu Penelope deitada naquele caixão de vidro. Abrindo a caixa com cuidado, ele a pegou nos braços e a colocou ao lado de fora. Ela não parecia respirar.

— Nos deem licença. – O paramédico pediu urgentemente. – Prepara o respirador. Ela não respira. Prepara o desfibrilador.

— Vamos Baby Girl. – Derek torceu para que sua bebê voltasse para ele.

— Carrega em 360. – O paramédico colocou as almofadas. – Afastar.

Derek foi segurado por Hotch e Rossi quando o corpo de Pen saltou com o choque.

— Nada ainda. – Ela já tinha oxigênio e soro. – De novo. Afastar.

O corpo de Penelope saltou e Derek dobrou os joelhos na frente dela. Gibbs e Tony estavam paralisados com a cena a sua frente. Reid abraçou uma JJ chorosa e Hotch fez o mesmo com Emily. Rossi tentou sem sucesso se acalmar. A cena a sua frente era terrível.

Tim desviou o olhar e Ziva quase nem acreditava.

Um bipe fez todos olharem para frente. Derek começou a chorar de alivio ao ver que Penelope estava de volta.

— Vamos levar ela para o hospital. – O paramédico fez sinal para Derek. – Eu quero você com ela.

O agente não demorou e subiu no helicóptero, segurando a mão da mulher que amava mais do que a própria vida.

— Ela vai ficar bem, certo? – JJ perguntou. – Ela precisa.

— Vai sim. – Reid tinha um brilho no olhar. – É de Penelope que estamos falando.

Todos entraram nos helicópteros e foram em direção ao FBI, pegar SUV’s para ir ao hospital. Reid subiu para buscar Abby e leva-la ao hospital com ele.

No caminho até o hospital, o SUV ficou em um silêncio ensurdecedor. JJ ainda chorava e ligou para Will ir com ela e encontrar ela no hospital. Hotch ligou para Jéssica cuidar de Jack.

Derek, no entanto, não falava nada. Ele apenas se sentou lá, com a mão dele na dela, chorando com a dor em que Penelope foi mantida.

— Pressão caindo. – O paramédico falou. – Precisamos chegar a tempo no hospital.

— A unidade intensiva está pronta para quando chegarmos. – O piloto disse. – Essa não.

Um alarme começou a apitar e um movimento arriscado, o piloto pousou na auto estrada. Derek e os paramédicos tiraram Penelope com o respirador e oxigênio e correram para o hospital.

Logo que o piloto e o resto do pessoal se afastou, o helicóptero explodiu. Havia claramente algo errado com o helicóptero desde a vez em que eles voaram da cena do crime. Felizmente, quando o helicóptero explodiu, eles estavam longe de lá. Derek se preocupava com o estado de Penelope. Era claro que havia mais do que apenas falta de oxigênio.

— Mulher, trinta anos. – O paramédico Sanders rolou Penelope para dentro do hospital. – Foi enterrada viva, codificou uma vez. Pressão caindo e sintomas de envenenamento.

— Unidade intensiva pronta. – O médico correu para Penelope. – Coloque-a no respirador automático. Vamos testar a reatividade das pupilas.

— As pupilas estão dilatadas. Precisamos de soro urgente. – Os enfermeiros correram ao redor de Penelope. – Leve esse sangue para o laboratório agora.

Derek observava Penelope cercada por todos os médicos disponíveis naquele andar. Ela parecia tão frágil e pequena, nada como quando ela estava com seus belíssimos vestidos coloridos, sorrindo e alegrando.

Emily e JJ não foram ao hospital. No caminho, Hotch pediu para que as duas fossem a BAU e fizessem o interrogatório do sequestrador. Jake sabia que provavelmente seria acusado de sequestro e tentativa de assassinato.

Penelope quase teve o que Jake achava que ela merecia, mas a equipe BAU conseguiu encontrar ela antes dela morrer.

— Jake Matters. – JJ jogou a pasta sobre a mesa e cruzou as pernas. – Quer confessar de uma vez e poupar nosso trabalho?

— Nem em seus sonhos, princesa. – Jake fez questão de provocar JJ. – Eu não fiz nada.

— Para começar, nunca mais me chame de princesa, a menos que queira perder sua língua. – JJ o ameaçou literalmente. – E sim, você machucou uma das melhores pessoas desse mundo por motivos que não são reais.

— Vocês abandonaram o caso da minha irmã para salvar sua amiga. – Jake cuspiu. – Como isso pode ser justo? Vocês nem a salvaram. Minha sobrinha era uma criança recém-nascida.

— Eu tenho um filho, senhor Matters. – JJ respondeu. – Sei o que você deve estar passando com a morte da sua sobrinha, mas Penelope estava ajudando a buscar pelo assassino delas e do seu cunhado.

JJ passou uma folha de papel. Era todas as placas vistas naquela noite em uma câmera de segurança. Também continha uma amostra de DNA e um nome. O nome do assassino.

— A polícia o prendeu na noite passada saindo de um bar na Avenida Boulevard. – JJ viu o choque no rosto de Jake. – Talvez, se esperasse mais algumas horas, teria visto Penelope nos ajudando a prender o homem.

— Como pode ver, Senhor Matters, você atacou uma mulher que se dedicou ao máximo em achar o homem. – Emily deu um sorriso nervoso. – Espero que viva com isso.

— Ok. – Jake sabia que poderia até pegar pena de morte.

— Ok o que? – Emily continuou olhando para ele.

— Estou pronto para confessar. – Com isso, Jake queria pelo menos evitar a pena de morte. – Eu só quero garantias que não vou pegar pena de morte.

— Você tem a minha palavra. – JJ respondeu. – Se disser tudo mesmo então vamos garantir isso.

— Eu sequestrei Penelope Garcia na casa onde minha irmã foi assassinada com sua filha e seu marido. – Jake começou. – Eu sabia que um amigo tinha clorofórmio, já que ele era cientista. Então peguei um pouco e usei para sequestrar Penelope. O tumulo no cemitério era uma distração apenas.

— Você pretendia matar Penelope Garcia? – Emily mantinha uma expressão séria. – Por que?

— Vingança. – Jake suspirou. – Achei que se o agente Morgan soubesse o que era perder alguém que ama, ele iria em busca do assassino da minha irmã. Eu deixei as pistas, porque no fundo eu pretendia que vocês a encontrassem.

— Ela está em terapia intensiva agora. – Emily deu um olhar irritado para Jake. – Suspeitam de envenenamento.

— Eu não a envenenei. – Jake se defendeu rapidamente. – Se algo aconteceu, não tem a ver comigo. Eliezer, o homem de quem eu peguei o clorofórmio faz certas experiências com isso.

— Jake Matters, você está preso por tentativa de assassinato e sequestro. – JJ se levantou e colocou as algemas novamente no homem. – Tem o direito de ficar em silêncio. Tudo o que disser pode e será usado no tribunal. Tem direito a um advogado. Se não puder um, o estado lhe atribuirá um defensor público.

Saindo da sala de interrogatório, ele viu os olhares das outras pessoas quando ele passou. Cada um ali queria ele morto, ele sabia disso.

Erin Strauss cruzou as mãos sobre o peito e observou o homem repugnante passar pela sua frente. Ela queria bater nele, mas sabia que iria presa se o fizesse. No entanto, ela poderia garantir que esse homem nunca mais visse a luz do dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Caixão De Cristal." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.