Caixão De Cristal. escrita por Any Sciuto


Capítulo 2
Presa Em Um Inferno




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/783061/chapter/2

A equipe trabalhava sem parar desde que descobriram que Penelope fora levada de uma cena de crime. Penelope Garcia, a técnica extrovertida e animada fora levada por algum estranho.

Um estranho que pretendia machucar ela.

Derek voltou a sala de reuniões, ansioso por algum trabalho real. Tudo o que ele queria era encontrar a mulher que amava antes dela se machucar. Mas naquele momento, ela ainda estava viva.

— Com licença? – Um homem alto e franzino estava nas portas de vidro. – Eu tenho uma encomenda para o agente Derek Morgan.

— Sou eu. – Derek colocou um par de luvas e pegou a correspondência. – Obrigado.

Sentando na mesa, eles abriram a carta e JJ soltou um gemido estrangulado. Dentro do envelope havia uma mecha de cabelos loiros, um Pen drive colado com fita e um cd de áudio.

Colocando no computador da sala, todos aguardaram. As melodias assustadoras da música de Vera Lynn tocavam no lugar. We’ll Met Again uma música sobre se encontrar de novo alguém.

Derek quase podia ouvir aquela música no cérebro. Era uma música sombria demais.

Emily se aninhou no abraço de Hotch e chorava copiosamente. Assim como JJ que estava soluçando ao olhar para aquela mecha. Era com certeza o cabelo loiro de sua amiga Penelope.

— Ele vai matar ela? – Reid fez a pergunta que todos estavam com medo de perguntar. – Quero dizer, a gente sabe que ele está tentando provar algo. Ele não quer dinheiro, ele quer usar Garcia para algo pessoal.

— O que está dizendo? – Morgan tinha uma veia pulsando na testa. – O que quer dizer? Que alguém que nós ajudamos levou Penelope para fazer uma vingança?

— Morgan, já chega. – Hotch olhou severo para seu agente. – Vamos olhar o drive USB e ver o que está dentro.

Abrindo o dispositivo, Kevin se sentia nervoso. Ele e Penelope não terminaram em bons ternos e Derek estava olhando para ele com uma cara de quem arrancaria seus olhos.

— Há três arquivos. – Kevin mostrou para todos. – Um de áudio, um de vídeo e um link que você pode acessar um site online.

Ele saiu correndo, quase se protegendo da fúria de Derek.

Clicando no arquivo de áudio, JJ respirou fundo. Esperando realmente que não fosse algo desagradável.

Olá agentes BAU. Eu peguei algo de vocês e agora minha vingança começara de verdade. Você não salvou minha irmã, agora terão que salvar sua agente. – A voz irritante de Jake soou pelo alto falante. – O link que está nesse USB levará vocês para uma viagem. Coloquem seus cintos, agentes. O show começa agora.

Derek respirou fundo. Seja o que fosse que estava prestes a ver, ele precisava ser forte.

Penelope acordou no caixão de cristal. Sua cabeça girava e latejava em uma impressionante dor de cabeça. Ela tentou se levantar, só para descobrir que não podia abrir a tampa. Olhando em volta, tudo o que ela viu foi terra.

Tocando cada parte de sua prisão abaixo de sete palmos de terra, Penelope começou a chorar. Agora, ela queria ter levado Derek com ela.

— Oi! – Penelope bateu na tampa. – Deixe-me sair.

— Penelope querida, você está aqui para sempre. – Uma voz soou de um dos lados do caixão. – Porque não relaxa e aproveita.

— Seu maluco. Quem pensa que é? – Penelope não sabia que seus colegas poderiam ver tudo. – Meus amigos virão e vão me tirar daqui.

— Tirar de onde exatamente? – Jack riu e encerrou a transmissão de voz.

Derek olhou para a imagem completamente assustada de Pen na tela. Penelope e ele estavam juntos há quase seis meses. Foi depois de Kevin a machucar. Não fisicamente, porque ele nem estaria vivo.

Penelope havia flagrado o namorado com outra. Ela apareceu em sua porta, largou a bolsa e o beijou apaixonadamente.

— Eu terminei com Kevin. – Penelope descansou sua cabeça na de Derek. – E eu quero você.

Aquelas palavras eram tudo o que Derek queria ouvir. Ele a pegou nos braços e a levou para o quarto. Eles fizeram amor naquela noite e pela primeira vez para Morgan, significou algo.

Eu também te amo, Baby. – Derek disse antes de chegarem ao orgasmo juntos.

Para sempre. Ambos concordaram.

Aquilo doeu em Derek. Frustrado, ele saiu do prédio, tentando acalmar seus medos. Ele precisava de uma bebida, talvez duas.

— Não vou deixar você sozinho. – Rossi viu o amigo espantado. – Kitten não iria gostar de ver você em um hospital.

— Como pode ficar tão calmo? – Derek o olhou como se tivesse crescido quatro cabeças. – Como pode não surtar?

— Mas eu estou pirando. Por dentro. – Rossi suspirou. – Eu estou querendo socar esse cara que sequestrou Kitten.

— Sabia que você é o único que eu deixo chamar Penelope de Kitten? – Derek riu. – Penelope literalmente me convenceu de que você a ve como uma filha.

— E ela está certa. – Rossi sorriu um sorriso orgulhoso. – Eu a considero minha filha, mesmo com Joy.

— Vamos encontrar ela, Rossi. – Derek agora estava confiante.

— Vamos sim, Morgan. – Rossi olhou para o amigo. – E vocês vão se casar.

Derek o olhou chocado. Claro que ele saberia.

— Ah qual é? – Rossi deu um tapa no ombro de Derek. – Todos nós sabemos desde o primeiro dia. Achei que teríamos que colocar os dois na sala de interrogatório.

— Apenas aconteceu. – Derek falou, olhando para uma foto de Penelope no painel do carro – Eu e minha Penelope estamos juntos há seis meses.

— Nós vamos achar Penelope. – Rossi estava fazendo uma promessa. – E vocês dois vão ser marido e mulher.

Derek olhou para a foto de sua linda namorada no painel do carro. Ele sabia que Penelope era forte, mas ele também sabia sobre seu medo de ser enterrada viva.

Ela havia contado a ele sobre como aquele medo de ser enterrada a fazia ter pesadelos.

Penelope achou que bater na porta de sua prisão era inútil. Ela ouvia Reid em sua mente pedindo que ela poupasse ar. Ela podia ver Derek pedir calma. Então uma luz acendeu e ela gritou, pedindo para que alguém a salvasse.

— Vamos deixar as luzes acessas. – Derek clicou no link e as luzes se acenderam.

— Certo, temos todos os casos onde Garcia trabalhou ou foi parte essencial dele. – Reid colocou a primeira de seis caixas. – Foram 1.090 casos em dez anos no FBI. Ela esteve na unidade de Sam Cooper e deu assistência para a IRT.

— E quanto ao caso recente? – Emily perguntou. – Clara Lisbon. Ela tem um irmão chamado Jake Matters.

— Mande uma patrulha para a casa de Jake. – Hotch ordenou. – Se ele está nos punindo por causa de sua irmã, temos que correr.

— Ele vê como se não salvamos a irmã dele de ser morta. – Reid começou. – Penelope deveria ser uma vítima pretendida.

— E a mandamos para a armadilha. – JJ olhou profundamente a foto da amiga. – Temos que achar ela.

Todos suspiraram profundamente quando uma mensagem chegou. 1 milhão de dólares ou a vadia morre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Caixão De Cristal." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.