Lei da Marca escrita por Donna Dan


Capítulo 1
Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Êpa!

Sete dias sem faltar nenhum? Nem eu tô acreditando!
Palavra do dia: Tatuagem!



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O ser humano é o animal mais desadaptado do planeta.

 

A ignorância humana era surpreendente, visto que se consideram os seres mais inteligentes da terra. A ganância e o comodismo da espécie, culminaram no que muitas pessoas chamavam de: o fim da humanidade.

 

As pessoas sempre viveram diversas dicotomias, entre seu lado animal e racional. As criações humanas - como a ciência e a religião - inventadas para o conforto humano, sempre travaram guerras devido aos princípios de cada uma, e seus choques sempre influenciaram o rumo do desenvolvimento. Quando cientistas começaram seus esforços em estudos genéticos, outra guerra havia começado. 

 

Não houve como prevenir. Independente do lado em que estava, o ser humano cometia o mesmo erro: Ver-se como algo à parte, superior, diferente do resto. Apesar da dificuldade de realizar estudos na genética humana, ninguém se preocupou em proteger o resto do mundo.

 

As intervenções feitas na natureza, ingenuamente vistas como inofensivas aos seres humanos, trilharam um caminho sem volta: a aparição de uma nova característica genética, devido ao abuso de alimentos modificados.

 

A crise alimentícia, encontrou nos transgênico sua solução ilusória. Aumento da produção e qualidade dos alimentos, diminuição dos impactos no solo. Tudo parecia perfeito.

 

Apesar de uma minoria ter tentado impedir, era muito lucrativo, ninguém ouviu.

 

Quando a primeira geração começou a apresentar problemas, que atingiam especialmente o coração, o sistema respiratório ou digestivo, devido ao gene, o aumento no número de casos não alarmou a população. Os que relacionaram a mudança à alimentação foram tachados de loucos, radicais, sensacionalistas.

 

Quando 30% da população era portadora da condição, não era mais possível ignorar. Várias pequenas guerras existiam entre as pessoas, dividindo tanto a ciência quanto a religião em lados. 

 

Era uma época difícil de sobreviver, pior ainda para viver, especialmente para os portadores. A confiança entre as pessoas estava totalmente abalada. O exame feito, antes mesmo do nascimento, era como uma sentença. Grande parte das famílias, escondiam a informação, para proteger seus filhos da discriminação e da violência, até a doença aparecer. 

 

A onda conservadora, vindo tanto da ciência (que julgava aquilo como um defeito a ser corrigido), como da religião (que via a condição como uma maldição jogada sobre os pessoas, pelos pecados cometidos ao longo do tempo), se disseminou devido ao pânico. 

 

A ideia de que era direito humano saber identificar os portadores, ganhou força rapidamente. Entre aplausos e luto, a lei da marca foi aprovada: Uma tatuagem, feita em ambos pulsos, daqueles que continham o gene mutante.

 

Quando pouco mais da metade da população era formada por portadores, discriminados e marginalizados ao longo do tempo, não havia mais muito interesse dos ditos saudáveis em proteger aqueles que eram diferentes, porém, eles ainda eram necessários como força de trabalho, mesmo que não vivessem tanto.

 

Especialmente quando a ideia de saúde pública deixou de existir.


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Notas finais do capítulo

E aí gente, que acharam da idéia desse universo? É a primeira vez que escrevo algo do tipo, tô ansiosa!



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