Table for two escrita por Florence


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

HO HO HO
Um presente de natal, cai bem?



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A segunda feira começou arrastada e depois tomou sua proporção, comentários sobre o coquetel que aconteceria naquele dia eram despejados e onde quer que você fosse alguém estava falando sobre aquilo.

Edward não estava em sua sala quando cheguei, ele passava mais tempo fora, do que dentro dela. Eu remexia em uns papeis quando ele chegou, logo após o almoço. Seu sorriso se alargou assim que ele me viu.

—Oi Bella.

—Oi Edward. –eu disse sorrindo em resposta.

—O que você está fazendo? –Edward perguntou andando até mim.

—Eu estava imprimindo alguns relatórios.

Disse com dificuldade, porque agora estava a centímetros de mim, abusando do poder que ele tinha sobre mim. Às vezes, eu realmente acreditava que Edward nem percebia tudo o que acontecia comigo, cada vez que se aproximava. Meu coração estava estupidamente em descompasso e quando olhei em seus olhos, eu suspirei. Eu estava muito perdida.

Edward puxou minha cintura e me beijou, com muita vontade, eu diria. Quando ele me soltou, me apoiei em seu braço, enquanto ele ainda me segurava.

—Agora sim, oi. –ele sorriu torto.

—Edward... alguém pode nos ver. –eu sussurrei.

Ele deu de ombros.

—Bom, foda-se.

Edward passou os braços ao redor da minha cintura e me abraçou com o rosto enterrado em meu pescoço.

—Eu senti sua falta. Odeio ficar sem ver você.

—E por que você fica?

Ele se afastou um pouco para olhar em meus olhos.

—Porque eu não quero te sufocar. Você precisa do seu tempo.

Eu ergui a sobrancelhas e sorri.

—Sendo assim, se o tempo é meu eu posso escolher com quem quero passar, certo?

—Sim. –ele sorriu.

Joguei meu braço sobre seu ombro, e sussurrei em seu ouvido.

—Então eu escolho você. –dei um beijo de leve em seu lóbulo e ouvi Edward gemer.

Eu me afastei dele, rindo, estava jogando demais com a sorte. Peguei os papeis que estavam na impressora e voltei para minha mesa.

Edward riu.

—Gostei da sua escolha. Apesar de quase nos matarmos você ainda me escolhe.

—Edward. –disse paciente. –Você é teimoso para caramba, mas eu gosto de você. –dei de ombros.

—Que sorte a minha. –Edward disse ainda rindo. –Já que você me escolhe, vamos começar por hoje.

—O que tem o hoje? –perguntei, desconfiada.

—O coquetel. Quero que você seja minha acompanhante.

Aquele seria mais um dos coquetéis de negócios onde Carlisle Cullen deveria comparecer, mas dessa vez além dele, estavam incluídos na lista Esme Cullen, Aro Volturi, Emmett Cullen, Rosalie Cullen, Jeremy Denali, Tanya Denali e Edward Cullen.

Quando Edward me deu aquela noticia, faltava exatamente menos de dez horas para o evento.

—Você só pode estar ficando louco se acha que eu vou a um lugar como aquele.

—E por que não? –ele me fitou achando graça.

—Porque eu não estou preparada, Edward. Estará cheio de CEO’s, empresários, chefes, todo mundo de maior escalão e eu vou fazer o que lá?

—Me acompanhar? –Edward disse como se fosse obvio.

—Você está louco. O que as pessoas diriam? Eu sou a pessoa que trabalha com você, não uma acompanhante.

Eu bufei.

—Bom, isso me dá o direito de exigir que você compareça então? Além do mais, você pode ser o que quiser.

—Não. –eu gemi.

Levantei da cadeira que estava sentada e fui para perto dele.

—Edward, o que exatamente você quer que eu faça lá? Meu nome nem está na lista.

Ele franziu o cenho.

—Você tem certeza de que viu os nomes da lista?

Eu formei uma linha fina com a boca. Tudo o que eu sabia era que as pessoas estavam me olhando de lado e comentando os nomes. Mas, eu não tinha visto a lista.

—Foi o que eu pensei. –ele sorriu vitorioso.

 -Por favor, não me obrigue. –choraminguei.

—Bella, vai ser uma ótima experiência para você, eu ficarei perto de você. Além disso, seu nome foi colocado na lista por Carlisle.

Ele segurou meu rosto entre suas mãos.

—Por favor, vai ser uma ótima noite para nós.

Eu não poderia negar nada a ele, ainda mais quando ele usava aqueles olhos para me convencer.

—Tudo bem.

—Você irá? –ele sorriu como uma criança recebendo um presente.

—Sim.

Edward me beijou e disse:

—Você não vai se arrepender.

.

Mas, eu já tinha me arrependido. Enquanto eu via Alice rodopiar em meu apartamento, extremamente empolgada, eu tentava me afundar cada vez mais na cadeira que estava sentada.

Edward havia me prometido que não sairia do meu lado, mas eu sabia como esses coquetéis eram, apesar de nunca ter ido, ele seria a pessoa que mais conversaria com os convidados. Além disso, no fundo, eu só não queria que Tanya tivesse a oportunidade de chegar perto dele. Talvez, eu me desse mal, mas eu não conseguia recusar algo para ele.

Alice estava radiante, por finalmente me transformar em sua modelo. Ela fez cachos em meu cabelo, e prendeu metade deles, deixando o resto solto. E em meu rosto, ela fez uma bela arte, meus olhos ficaram destacados e enigmáticos e minha boca extremamente convidativa. Não estava nenhum pouco vulgar, apenas muito chamativo.

Uma beleza extraordinária, algo incomum.

—Meu Deus, eu sou mesmo talentosa, olhe para você.

—Alice, você é mesmo incrível.

O vestido preto tubinho marcava minhas curvas, acabava na altura dos joelhos, tinha um decote profundo nas costas e deixava meus seios um pouco a amostra. Agradeci internamente, por ter comprado aquele vestido, um dia antes.

.

Senti que por onde eu passava olhares me seguiam, eu andava decidida pelo salão do hotel luxuoso, mas ainda assim sentia como se eu pudesse sumir. Aquele salto fino, estava começando a querer me incomodar. Queria tanto dar meia volta e ir embora, e eu cheguei muito perto disso. Mas, quando vi Edward, de longe, todas minhas dúvidas foram encerradas.

Eu sorri, estava ali por ele.

Ele estava conversando com um grupo de homens quando me aproximei, e ainda não tinha me visto, então aproveitei para reparar em como ele estava extraordinariamente lindo, ele já era um insulto a qualquer homem naquela festa, mas vestido com aquele terno escuro de corte feito milimetricamente para seu corpo, e uma camisa azul escura, eu sabia que ele era a coisa mais linda do mundo e ninguém chegaria aos seus pés. Eu tive de suspirar.

De repente uma certeza me inundou e eu tive ciência que Seth estivera certo o tempo todo, eu queria aquele homem mais do que minha sanidade podia esperar. Eu não queria que ele fosse uma foda enquanto eu não estivesse exatamente sóbria, eu queria que ele gostasse de mim assim como eu estava gostando dele.

Edward se aproximou de mim, sorrindo. Aquele maldito sorriso.

—Sra. Swan. –ele pegou minha mão, e beijou cada nó dos meus dedos.

—Edward.

—Devo dizer que você é a mulher mais bonita que eu já vi. –disse, ainda segurando minha mão.

—Talvez seu raio de visualização seja pequeno.

—Não, de todas, você ainda é a mais bonita.

Eu revirei os olhos sorrindo. Edward me olhava diferente de todos os dias, eu não estava acostumada com aquele olhar, havia algo misterioso, hipnótico, sensual, e me dava a impressão que ele queria alguma coisa... Eu corei sob seu olhar, e tomei um gole da bebida que estava em minhas mãos.

—Err...obrigada. –murmurei. Eu deveria dizer quanto ele tava lindo também? Talvez eu não tivesse palavras suficientes para expressar. –Você está muito elegante.

—Acho que você quis dizer bonito? –ele disse fazendo graça, talvez para quebrar a tensão entre nós.

—Você está lindo. –admiti.

—Oi Bella! –Rose chegou perto de nós com Emmett ao seu lado. No mesmo momento que Edward soltou minha mão.

—Oi Rose. Oi Emmett.

Ela me cumprimentou com um curto abraço e Emmett também, depois ele trocou um aperto de mãos com um abraço de lado com Edward.

—Está tudo bem? Você parece meio assustada. –Rose sussurrou para mim.

Ela estava linda, seus cabelos loiros estavam trançados e um vestido vermelho, marcava perfeitamente cada curva de seu corpo.

—Eu estou nervosa, nunca estive num desse antes.

—Como dica, tome várias bebidas para você suportar essa noite, geralmente, esses eventos são chatos.

—Vou fazer isso.

—Alice, queria muito ter vindo, é sério que você não conseguiu colocar ela na lista? –Emmett perguntou a Edward.

Edward ainda me olhava, quando o irmão chamou sua atenção.

—Não fiz a lista. Carlisle, achou melhor trazer apenas pessoas da empresa.

—Rose não é definitivamente da empresa. –Emmett observou.

—Mas, ela presta serviços para a Cullen e é sua esposa, assim como a mamãe também veio. Além disso, Jeremy quis trazer Tanya. –Edward disse mais baixo a última frase.

—Por que diabos ele trouxe aquela maluca? –Emmett disse abaixando o tom também.

—Não sei, eles me parecem estranhos.

—Será que estão planejando algo?

—Ei, vocês não estão falando do sócio de Carlisle? –eu perguntei, me sentindo confusa.

—Sim, Bella. Você não sabe da história? –Emmett perguntou.

—Na verdade eu nunca tive muitas amizades dentro da empresa, então nunca soube de nada concreto a não ser boatos. –disse dando de ombros. As fofocas nunca me influenciaram.

Edward me encarou.

—Ele sempre quis mais do que deveria ter. –Edward disse. –Mas, nos últimos tempos parece que ele anda fazendo alguns negócios ilícitos.

—Que tipo de negócios? –eu perguntei.

—Não sabemos. –Emmett afirmou e depois bufou. –Só sabemos que isso pode atrapalhar muito nossa empresa e se tiver acontecendo mesmo devemos descobrir antes que tudo venha à tona.

—Ou ele comece a ser caçado pelo FBI. –Rosalie disse.

—Ou, ele atrapalhe nossos negócios, com a merda suja dele. –Edward disse tenso. –Jeremy pode nos fazer muito mal.

—Ele é tão ruim assim?

Os olhos de Edard se tornaram sombrios.

—Você nem imagina o quanto.

—Tanya nunca veem para esses eventos. –Emmett observou.

—Não sei se ela está envolvida, é burra demais para isso. –Rosalie disse com uma pontada de ódio. Nós três, viramos para ela. –Vão dizer que ainda não perceberam? Ela morre de amores por Edward, desde quando ele voltou está em todos os lugares que possa o encontrar.

Eu trinquei meus dentes e não encarei ninguém. Tive medo de eles verem qualquer reação em meu rosto. Não havia visto Tanya, e nem queria.

—Você poderia se aproximar dela para saber qual é a do pai, Edward. –Emmett disse.

E olhei para ele, o fuzilando com os olhos. Que ideia mais estupida.

—Eu não vou fazer isso, esse trabalho é da polícia e não meu. –Edward disse áspero.

—Bom, as vezes a polícia não da conta. Você sabe como é. –ele disse dando de ombros.

—De qualquer forma, nós temos que estar de olho em tudo, inclusive na segurança dos dados da empresa. Ainda mais agora que vocês estão criando um novo produto. –Rosalie disse.

—Você tem razão, Rosalie. Vou mandar o pessoal do TI revisar todos os nossos dados.

—É bom pararmos de criar teorias e fazer o que deveríamos estar fazendo, Carlisle está observando. –Rosalie disse olhando para o lado, onde Carlisle estava a uma boa distância de nós.

—Vamos. –disse me virando, eu precisava me livrar daquele assunto sobre Tanya e Edward, só de pensar eu tinha enjoos.

Senti um aperto de leve em meu braço e congelei quando senti uma respiração em minha nuca.

—Você vem comigo. –Edward sussurrou. Não era uma ordem, era apenas um pedido. Eu aceitei de boa vontade.

Rosalie e Emmett seguiram na nossa frente e se infiltraram em um grupo ao nosso lado, Edward iria até eles, se dois homens grisalhos não tivessem chamado sua atenção.

Ficamos ali por um tempo, Edward me apresentou a eles e eu percebi olhares sugestivos para mim, ele também deve ter percebido, pois logo se colocou no meio, entre eu e os homens. Eles conversavam algumas coisas sobre finanças, bolsa de valores e ações, por mais que eu soubesse tudo aquilo, não estava interessada. Peguei mais uma taça de bebida e voltei acompanhar a conversa sem vontade, observava como Edward sabia conduzir uma conversa, ele era inteligente e astuto.

Depois de alguns minutos Edward os dispensou e foi para o grupo onde estava Emmett e Rosalie, ali me senti mais à vontade, a conversa era mais agradável, sobre negócios também, e eu me senti confortável para expressar minha opinião, no começo Edward me encorajou e depois fluía naturalmente. Após minutos de conversa, Rosalie nos deixou, e depois alguns do grupo, entre eles Edward e Emmett, eu fiquei mais um tempo por ali gostando da minha liberdade, por mais que eu gostasse de estar perto de Edward, não queria viver em sua sombra.

Quando eu estava no bar, pegando mais uma bebida, vi que alguém se aproximou de mim, se sentando ao meu lado.

—Isabella Swan. –Mike Newton me cumprimentou com um largo sorriso.

—Oi Mike, como vai?

Ele se aproximou de mim, deixando sua mão em minha cintura e beijou meu rosto.

—Melhor agora, e você?

—Bem, obrigada. –sorri educadamente.

Perceber que talvez nenhum homem causaria o efeito em mim, que eu desconhecia até conhecer Edward, havia me deixado desanimada. Mike era bonito, chamava a atenção, eu queria muito lutar contra o sentimento dentro de mim, queria que ele me convencesse que a atração que eu sentia por Edward não era nada, eu queria que ele me fizesse esquecer aqueles malditos olhos e boca. Mas, quando olhava em seus olhos, não existia o mesmo brilho, não existia o mesmo sorriso fácil, e o pior, eu não sentia exatamente nada por ele.

Vi Edward do outro lado do bar, por cima do ombro de Mike, eu congelei sobre seu olhar, era perturbador. Edward ficou lá por um tempo, ele estava rígido, tenso e mesmo de longe eu sabia que sua mandíbula estava travada, e eu não sabia mais sobre o que Mike conversava comigo.

—E então Bella, o que acha?

—Sobre o que Mike?

Ele riu nervoso.

—Irmos para algum lugar mais calmo, a sós?

Olhei para ele e olhei para Edward, eu não conseguiria mentir para mim mesma, eu não tinha como esconder minha preferência, na verdade, não existia nem concorrente, só havia um homem que eu queria, e que acabara de virar as costas para mim.

—Acho que fica para outra hora, me desculpe. Preciso trabalhar.

Eu sai atrás de Edward antes que ele pudesse sumir da minha vista, mas o lugar estava lotado e eu acabei o perdendo. Suspirei derrotada.

—Bella. –Rose disse atrás de mim. Virei-me para ela. –Achei um bar privativo no andar de cima, quer ir lá comigo? As melhores bebidas a vontade, só para os vips.

Ela levantou uma espécie de identidade para mim e sorriu. Eu balancei a cabeça positivamente, precisava daquilo.

O lugar era uma sala, com alguns sofás e poltronas, algumas pessoas estavam ali, alguns casais outros não. A sala era escura e no fundo tinha uma parede de vidro dando uma visão da cidade iluminada lá embaixo, o bar estava de frente para a parede, e podíamos beber tudo o que quiséssemos.

—Você está calada. –Rose observou depois de um tempo.

Nós estávamos sentadas em um dos bancos que dava visão para a parede de vidro.

—Rose, não me leve a mal, mas, você poderia estar com seu marido, mas preferiu estar aqui comigo, por que?

Ela riu.

—Você é mais legal que todos eles, Emm quando esta nesses eventos fica muito sério, eu odeio ter que acompanha-lo.

Assenti.

—E você precisava de alguém para conversar, Mike Newton não é legal. –ela retorceu o nariz.

E eu olhei para ela sem entender.

—Eu vi você conversando com ele. –ela explicou. –Não me parecia estar se divertindo, mas ele estava te paquerando. Na verdade, estava só esperando uma brecha para entrar nas suas calcinhas.

Eu gemi e Rose riu, depois tomou um longo gole da sua bebida.

—O que Edward tem com Mike Newton?

Rosalie pareceu pensar se me contava sobre aquilo, e por fim decidiu. Ela se endireitou no banco, virando seu corpo de frente para mim.

—Mike sempre teve problemas com Edward, eu posso imaginar porquê. Edward sempre foi melhor que ele, em tudo, se destacava, era o melhor em tudo que fazia, enquanto ele ficava nas sombras. O pai de Mike tem uma pequena empresa de equipamentos para esportes aquáticos, mas sempre fora amigo de Carlisle, por isso ele deu uma ajuda para o Sr. Newton.

Rosalie pegou uma bebida e encheu nossos copos.

—Carlisle sempre se preocupou, mas o sr. Newton era um caso perdido. Mike cresceu com Edward e Emmett, ver aonde eles chegaram e ver que ele nunca conseguiria, não ajudou em nada.

—Mas, o que eles fazem aqui então?

—Mike trabalha para uma outra empresa, que presta serviços para a Cullen’s. Mike já deu muitos problemas para Edward. Ele está muito interessado em você Isabella, e só há uma coisa que ele pode tomar de Edward.

Ela parou de falar e me encarou.

—O que?

Ela deu de ombros e sorriu.

—Não é possível, Rosalie.

—E por que não? Mike é um bom concorrente.

Eu balancei a cabeça, negando.

—Não existe competição. –sussurrei.

Rose segurou minha mão e me fez encara-la.

—Eu vejo querida, você não consegue esconder o que sente pelo meu cunhado. Só que talvez, Edward não saiba disso.

Arregalei os olhos, mas ela me tranquilizou.

—Não acho que outras pessoas tenham reparado, eu sou muito sensível para essas coisas.

—Não acho que eu seja correspondida, Rose. –admiti.

Ela sorriu.

—Então você não está enxergando com clareza. –ela jogou seus cabelos loiros para trás. –Mas, ninguém melhor que ele para te dizer.

Suspirei.

—Você tem razão.

—Deixe que ele fique sabendo dos seus sentimentos. –Rose disse e piscou para mim.

Rosalie levantou um dedo para mim, como se tivesse esquecido de mencionar alguma coisa.

—Outra coisa, Edward nasceu para ser CEO, você vê pela sua pessoa, habilidade, talento, ele será melhor que o pai.

Fiquei confusa pela mudança repentina no assunto.

—Emmett não quis esse cargo?

—Não exatamente, ele não quis assumir sozinho. Conversaram com Edward sobre isso e ele disse que na hora certa voltaria. Quando Carlisle se aposentar, os dois assumirão. Alice foi a única que não quis se comprometer.

—Eu a admiro. Ela lutou para ter seu próprio negócio e está muito bem.

—Eu também, seria muito mais fácil aproveitar o império pronto.

—Achei vocês.

Levei um susto quando a voz de Emmett surgiu atrás de nós, nós viramos para olhar e ele estava parado ao lado do irmão.

—Oi lindo. –Rosalie sorriu, e caminhou lentamente até ele, se enroscando em seu corpo.

Ela havia bebido muito, eu deveria ter a freado, mas, nós merecíamos.

Edward virou o rosto e se sentou ao meu lado em um dos bancos.

—Nós vamos nos retirar. –Emmett anunciou e Edward maneou a cabeça.

E então se foram

Ele encheu seu copo com alguma bebida que eu não reparei e tomou de uma só vez, encheu outro e bebeu. Depois ficou em silencio, enquanto eu remexia nervosamente meu copo.

—Mike Newton não te agradou? –ele disse amargo, depois de muito silêncio.

Eu observei seu perfil, Edward estava sem gravata, sua camisa estava com alguns botões abertos, e seu cabelo levemente desdenhado. O terno repuxava em seu braço, marcando seus bíceps, sua mão segurava o copo com a bebida e a outra estava fechada em punho, revelando algumas veias saltadas. Ele bebeu o liquido do copo, seus lábios se fecharam tão bem ali, que eu imaginei fácil estarem em minha pele, vi quando ele engoliu o liquido, eu queria passar minha língua por toda aquela mandíbula e pescoço. Bebi todo o liquido de uma vez que estava em meu copo, eu sentia meu corpo pegando fogo.

—Não, ele não me agrada.

Edward olhou para mim e eu engoli em seco.

—Estive muito perto de fazer algo que eu me arrependeria depois. –ele disse voltando a olhar para o copo em sua frente.

—Do que? –eu murmurei.

—Tirar você do olhar daquele cara, ele não é digno nem de colocar os olhos em você.

—Isso poderia acabar mal. –eu disse.

—Sim, mas sabe por que eu não o fiz? Porque você parece se interessar por ele. –ele disse sem esperar minha resposta.

—Eu não estou interessada nele, nem todas as mulheres conversam com os homens por interesse Edward. Eu estava pegando uma bebida e ele me encontrou e conversamos.

Edward me fuzilou com os olhos.

—Eu disse que ele é perigoso.

—Mas, eu não faço o que você diz!

—É perceptível.

—Edward, eu não acho que seja bom você ficar falando com Tanya, mas isso é porque eu não quero que você fale com ela, aquela mulher só quer te usar e você não merece aquilo.

—Como se eu não soubesse o que ela quer. Mas, eu não posso dar o que ela quer, há algo que me impede.

—E mesmo assim você não deixa de falar com ela. –disse, com uma pontada de dor.

—Bom, se quer o Mike então que seja. –ele se levantou do banco.

Eu coloquei a mão em seu braço, sentindo a firmeza de seus músculos. Ele olhou minha mão e depois meu rosto.

—Eu não quero o Mike. –eu me levantei, ficando na sua frente. –Eu nunca quis e nunca vou querer. Na verdade, estou enlouquecendo com isso, porque eu não sei o que fazer com o que eu estou sentindo. Eu não sei ver outra pessoa além de você, e isso parecia tão surreal que eu preferia não pensar, mas então teve aquele dia na mansão e você de alguma forma se aproximou de mim. Edward, eu não sei o que você quer, mas eu quero você e se eu estiver pirando novamente, me diga, pelo menos eu tiro isso de uma vez por todas da minha cabeça.

Minha respiração estava rápida quando terminei de falar, era a bebida, tinha que ser. Eu nunca teria coragem de dizer tudo aquilo, daquela forma. Os olhos de Edward se arregalaram e escureceram, sua boca abriu e fechou.

Edward roçou a ponta dos dedos em meu braço, subindo até meu ombro, nunca quebrando o contato com meus olhos. Eu senti como vários socos em meu estomago e meu coração tomou uma velocidade desconhecida. Edward puxou minha cintura, de modo que eu estivesse colada em seu corpo.

—Você pode repetir? –ele pediu, olhando diretamente em meus olhos.

—Isso é sério?

Eu estava tão perto dele, que descansei minhas mãos em seu peito, e senti sua respiração em meu rosto.

—A parte que você me quer. –ele sorriu torto.

—Eu quero você. E se você estiver me fazendo passar vergonha, eu mato...

Então sua boca e língua estavam nas minhas, eram urgentes e decididas. Quando ele parou o beijo estava ofegante.

—Eu pensei que tinha deixado claro o quanto que eu quero você, Isabella.

—As pessoas podem mudar de opinião.

—Não. Desde o primeiro dia que te vi, minha opinião continua a mesma.

Minhas pernas fraquejaram. Edward voltou a olhar em meus olhos, de repente tive uma súbita certeza, eu estava entregue. Eu abri a boca para fizer algo e a fechei novamente, ele me olhou com urgência e eu entendi a necessidade no seu olhar, era a mesma que me queimava. Eu aproximei meu rosto do dele, ficando muito perto, seu perfume me invadiu, era cítrico, forte mas nada que fosse demais, era na medida certa, e combinava perfeitamente com ele.

—Me tire daqui. –sussurrei.

Ele franziu o cenho, reconhecendo a verdade no meu pedido. Edward segurou minha mão, e caminhamos para fora da sala. Não dissemos nada no caminho, esperamos o elevador, quando entramos havia mais um casal, Edward beijava meu pescoço, sem muita paciência e sem se importar com as pessoas a nossa volta.

—E onde estamos indo? –disse quando sua boca estava na minha.

—Aluguei um quarto mais cedo para mim, eu queria ir para um lugar que não fosse minha cobertura. E eu prometi a você, que essa noite valeria a pena.

Saímos do elevador, enquanto eu ria e absorvia aquilo.

—Você já esperava por isso?

Paramos diante de uma porta, e ele me encarou.

—Sinceramente? Sim. Só se você não quisesse. Aliás, você pode desistir, se quiser.

—Abra logo essa porta. –eu disse ansiosa e nervosa. Edward sorriu.

Vi quando Edward passou o cartão na porta e ela destrancou, ele deu passagem para mim e depois fechou a porta atrás de nós, e então ascendeu as luzes. O quarto era mais refinado do que eu esperava, seu notebook estava no centro de mesa e vi uma jaqueta dobrada em cima do sofá. O lugar tinha o mesmo perfume que ele estava usando.

Eu podia sentir a tensão entre nós, ainda estava de costas para ele e sabia que ele me avaliava, eu sentia seus olhos queimando em mim. Meu corpo inteiro tremeu quando seus dedos passarem lentamente pelo meu braço, subindo para meu ombro, colocando meu cabelo de um lado só e deixando meu pescoço livre. Ele passou seus lábios levemente por ali, deixando rastros de beijos, eu tremi quando ele beijou logo abaixo da minha orelha e suspirou.

—O seu cheiro... é o melhor que eu já tive o privilégio de sentir. –ele disse.

Minha pele se arrepiou, eu mordi o lábio inferior. Virei lentamente para encará-lo e ele já me olhava, seus olhos azuis queimando os meus chocolates. Levantei uma das mãos e levei até seu rosto, onde o puxei para mim e o beijei, devagar no começo e aumentando o ritmo gradativamente, ninguém tinha pressa e eu sentia que ele queria experimentar tudo de mim assim como eu.

Meus dedos escorregaram para seu ombro tirando seu paletó, puxei a camisa de dentro da sua calça e desabotoei, lentamente. Pude ver que ele se controlava, mas ainda assim deixou que eu fizesse no meu ritmo.

 Não consegui ver seu corpo, pois logo ele me virou, segurando minha cintura com uma mão, a boca em meu pescoço, chupando e mordiscando minha pele e a outra descendo o zíper do meu vestido. Retirei meu sapato deixando tudo no chão e virei para ele. Edward já estava sem sua calça e então tive uma visão do seu corpo, se eu não tivesse excitada o suficiente aquilo me levaria a êxtase. Ele era perfeito, seus ombros largos, braços grossos e definidos, barriga lisa e alguns gomos a vista, pernas musculosas e sua ereção crescia em sua boxer.

—Você é linda. –sua voz saiu carregada de desejo.

Eu me aproximei dele, passando a mão pelo seu abdômen e peito.

—Você também, é incrível.

Edward me beijou segurando meu rosto enquanto caminhávamos e de repente eu me choquei com a cama. Edward caiu sobre mim, não quebramos o beijo em nenhum momento. Ele desceu para minha clavícula, beijando e lambendo, depois estava em meus seios, ele chupou meu mamilo e rodeou a língua enquanto brincava com os dedos, estimulando o outro, Edward gemeu enquanto começava a trabalhar sua língua. Arqueei meu corpo, aquele toque era perfeito, enrosquei minha mão em seus cabelos e segurei forte ele ali, uma de suas mãos escorregou para dentro da minha calcinha onde eu mais precisava dele, e então ele rosnou.

—Você é maravilhosa, seus seios são lindos.  Céus, eu amo.

Edward voltou a chupar meus seios, enquanto eu gemia, absorvendo suas palavras e toques. Era tudo demais para mim. Quase chorei quando ele me abandonou, para beijar minha barriga e por fim chegar em meu sexo. Ele tirou minha calcinha e enterrou seu rosto ali, gemendo alto, Edward agarrou minhas coxas e afastou minhas pernas dando espaço para ele. Sem demora, ele começou a me lamber, em um ritmo lento e torturante, depois que eu entendi, que ele estava beijando meu sexo, eu gemi alto, e agarrei o lençol embaixo de mim. Edward estimulou, e chupou, eu gritei quando senti seus dedos me penetrarem, ele sabia fazer uma combinação perfeita, sua outra mão pesava sobre minha barriga me mantendo no lugar. Edward esfregou sua língua em meu ponto de tensão me fazendo arquear e meu corpo ganhou movimento próprio, ele seguia os estímulos de Edward, eu fechei meus olhos e me entreguei a sensação incrível, eu estava perto podia sentir, Edward aumentou seu ritmo, mais e mais e eu não conseguia mais suportar, meu corpo debatia contra a cama, e então ele atingiu meu ponto, me fazendo atingir o limite, eu recebi aquela sensação poderosa.

Quando abri os olhos, o vi ajoelhado na cama, ele me encarava, e estava nu, colocando o preservativo em seu membro. Gloriosamente nu.

—Por que você está me olhando?

Edward se abaixou, colocando um braço de cada lado da minha cabeça.

—Porque eu nunca vi nada mais bonito que você tendo seu orgasmo.

—Você vai me matar.

—Só se for de prazer.

Edward afastou minhas pernas com seu joelho, e então me penetrou, enquanto olhava em meus olhos. Ele gemeu alto, e agarrou o lençol, enquanto eu recebia todo o seu membro. Quando ele estava inteiro dentro de mim, colou sua testa da minha de olhos fechados.

—Você é perfeita, perfeita... –ele murmurou.

E então, ele saiu e me penetrou novamente, lento e absorvendo cada sensação. Sua boca se entreabriu, e nossas respirações começaram se acelerar, ele me beijou e aumentou o ritmo. Eu implorei por mais e ele me deu, um ritmo mais rápido, mais beijos, mais toques, mais, mais...

Tudo o que eu sentia era Edward, e eu deixei meus olhos abertos para não perder um só momento. Edward murmurava coisas sem sentidos e meus gemidos parecia o estimular cada vez mais, ele segurou meus cabelos em suas mãos, enquanto lambia a pele do meu pescoço e seios. Meu corpo começou a se tencionar e eu gozei, gritando seu nome, ele me beijou e me apertou mais embaixo do seu corpo, gozando logo em seguida.

Edward relaxou em cima de mim, e depois de beijar meu pescoço, deitou ao meu lado.

—Bella?

—Hum?

—Você está bem?

—Perfeitamente, e você?

—Ótimo, estou ótimo.

Ele se levantou sobre um braço e me beijou, trazendo para perto de si.

—Nunca os meus sonhos chegaram perto disso. Você é incrível, perfeita.

Eu sorri.

—Você é incrível. –disse olhando em seus olhos.

—Você se tornou meu vicio, Bella Swan.

Ele me beijou e recomeçamos.

Eu não sei exatamente que horas caímos no sono, exaustos. Edward me fez gozar quatro vezes e teve seus momentos de gloria também. Ele dormia profundamente quando eu acordei, seu braço estava em minha barriga e seu rosto enfiado em meu pescoço.

Era de madrugada, quando tentei me libertar do seu braço sem o acordar, me sentei na beirada da cama, tentando não fazer barulho.

Soltei um grito quando senti uma respiração em meu ouvido.

—Aonde você vai? –ele perguntou sonolento.

—Tenho que ir embora.

—Você só pode ter enlouquecido. Não vou deixar você ir embora de madrugada, Bella.

—Edward... –eu protestei, quando ele me puxou para a cama novamente.

—Por favor, fique.

—Eu pensei que você não dormia com mulheres.

—Só com você. E eu quero acordar com você.

Edward passou seu braço sobre mim e voltou na mesma posição que estava.

—Depois, vou querer uma recompensa por me acordar. Eu não dormia tão bem por dias. –Edward reclamou.

Virei meu rosto em sua direção, e beijei sua têmpora. Passei meus dedos entre seus cabelos, sentindo a maciez e o cheiro masculino.

—Você pode ter tudo o que quiser.

Eu disse, mas ele não ouviu.

.

.

POV EDWARD

Eu sentia meus ouvidos zunirem enquanto Carlisle repassava os danos.

Merda.

Alguém havia invadido o firewall da empresa e roubado informações sigilosas. Informações sobre uma nova fonte de energia que estávamos construindo que seria muito útil para todos, e de uma forma sustentável para o meio ambiente. Porém, se modificada através de códigos, poderia virar algo muito mais potente e se caísse em mãos erradas seria ruim, muito ruim.

Eu puxei meus cabelos com as mãos.

Tudo aquilo havia acontecido exatamente quatro dias depois do coquetel, justamente quando pensávamos que Jeremy poderia estar armando para nós.

Era ele. Tinha que ser.

Emmett compartilhava o mesmo pensamento que o meu, pois eu via em seu olhar e eu conhecia meu irmão para ter certeza disso.

—Pai, temos que começar investigar agora mesmo.

—Nós vamos, Emmett, mas existem coisas que não podemos chegar.

—Como não? –eu rugi. –Quem agiu, fez exatamente isso. Chegou aonde não podemos chegar. Se for ilícito, foda-se. Precisamos pegar esse filho da puta.

—Edward. –Carlisle disse calmamente. –Não é assim que funciona. Nossa empresa é vigiada e renomada, não podemos nos meter com coisas obscuras.

—São vidas que correm perigo! –eu quase gritei.

—Edward está certo, pai.

—Não. Eu não vou submeter o meu império a isso. –Carlisle disse decidido. –Eu não posso ocorrer esse risco, se existe uma falha só, poderia nos arruinar para sempre.

—Então vai deixar que algo ruim aconteça? –Emmett perguntou.

—Não. Nossa equipe está trabalhando nisso, nesse exato momento.

Carlisle se recostou na cadeira, ele não aparentava estar nervoso quanto nós, talvez, ele tivesse algo em mente, eu sabia que ele era um verdadeiro líder, até nas dificuldades e dessa vez não seria diferente. Ele teria que demonstrar calma.

E eu teria que aprender muito com isso.

—Não comentem com ninguém, espere até que tudo esteja resolvido. Eu contei a vocês, porque são meus filhos e futuros CEO’S dessa empresa.

—Ótimo. –Emmett disse.

—Certo. –disse já me levantando para sair da sala. –Qualquer novidade, nos avise.

Emmett saiu comigo e caminhamos juntos para sua sala, quando estávamos nela, ele começou a falar.

—Eu já sei o que você tem a dizer.

—Não é possível que Carlisle não enxergue isso, Emmett. –eu disse indignado.

Ele suspirou, exausto.

—Ele disse que a empresa não pode se comprometer com projetos obscuros, mas não disse que não podemos.

Eu cerrei os olhos.

—Você não está querendo dizer para nós irmos atrás disso?

—Sim, é exatamente isso. Eu conheço um pessoal que pode me passar informação sobre quem devemos procurar. –quando não respondi, ele continuou. –Precisamos de hackers Edward. Vamos pegar esse filho da puta antes que o FBI bata na nossa porta.

—E o que a gente faz com ele?

—Entregamos na porta do FBI.

—Emmett, se descobrirem podemos ser presos.

—Não vamos fazer nada clandestino, Edward. Só vamos fazer o que a empresa não pode. Confie em mim.

Quando não respondi ele tornou a falar.

—Eu sei que você está pensando que é perigoso, e sim, é muito, porém, eu não vou ficar parado enquanto esses merdas roubam nossa ideia e a usa para o mal de muita gente.

—Vamos ter cuidado, Emmett.

Emmett sorriu determinado e demos nosso cumprimento de socos, que era um costume desde adolescentes.

Sai de sua sala, e caminhei para a minha, subitamente sentindo alegria. Isabella estaria lá. Na verdade, o prazo para ela ficar em minha sala estava se esgotando e em breve ela retornaria para sua sala.

Eu sorri.

Nunca havia conhecido alguém como ela, mesmo morando pelo mundo a fora. Quando era adolescente, havia tido minha primeira paixão, coisa de moleque, acabei dando meu primeiro beijo, o que foi um desastre e acabou por isso mesmo. Aquilo me acarretou alguns traumas que foram superados e esquecidos no decorrer da minha juventude. Na faculdade, eu era da noite, gostava de sair e beber com os amigos e quando estava afim sempre arrumava uma companhia feminina. Eu não poderia reclamar por conhecer apenas pessoas que desejavam meu corpo ou meu pau, porque na maioria das vezes era só uma transa que eu buscava nas mulheres.

Mas isso mudou.

Passei a morar fora dos Estados Unidos. Em Londres, tive um caso com a modelo da empresa, não passamos de cinco meses. Na Austrália, namorei Alessia por oito meses, eu gostava dela, mas não o suficiente para abrir mão da minha transferência para o Japão. Chegando no Japão, desisti de qualquer compromisso, minha maior regra era não me relacionar com mulheres da onde eu trabalhava e nem sócias. Por isso, meus casos eram isolados e muito particulares.

Mas, então senti falta da California, exatamente no momento que Carlisle precisava de mim.

E conheci Isabella. Mesmo não entendendo porque Alice não havia comentado exatamente nada para mim, hoje, eu sabia que fora o melhor.

Porque eu realmente a pude conhecer, sem influencias da minha irmã.

Desde o primeiro dia que a vi, soube que era diferente. Isabella carregava algo consigo, seu olhar era maduro e determinado e ela era prepotente. Ela tinha marcas do passado, talvez, mas nada que me fizesse perder o interesse, pelo ao contrário, só me fazia querer conhecer ela.

Mas, eu mantive a distância. Eu precisava manter minha regra número um. E pensava que seria fácil. Porém, começamos a trabalhar no mesmo espaço, dia após dia, um conhecendo ao outro. Ela não era mulher para uma noite, mas tinha certeza que aceitava algum cara que tivesse sorte. Isabella dava atenção ao que eu falava, pedia minha opinião e sempre me admirava, pelo que exatamente eu ainda não sabia. Quando me olhava, parecia que poderia enxergar minha alma e nas outras vezes parecia que transaria comigo até não andarmos mais e porra, só aquele pensamento, viajava direto para o meio das minhas pernas. Na verdade, só a sua visão já me deixava excitado, ela era incrível. Magra, curvilínea, seios e traseiros avantajados porém na proporção certa, longos cabelos castanhos escuros e olhos cor de chocolates derretidos e intensos.

Eu a queria. Eu a desejei desde o primeiro momento. Mas, ela tornou tudo muito difícil e eu cedi, assim como ela.

Nós aproximamos, nos conhecemos, nos beijamos e transamos. Tudo foi exatamente natural e um acontecimento levando ao outro. Entretanto o que eu não esperava era que ela fosse minha melhor noite e meu melhor sexo.

E mais ainda, eu não esperava que eu me apaixonaria por ela. Perdidamente. Eu estava louco por aquela mulher, e quando acordei naquela manhã com Bella ao meu lado, eu quis muito dizer o quando eu gostava dela, mas ainda não era o momento certo. Muitas coisas precisavam acontecer para nos dar a segurança que buscávamos. Mas, ela gostava de mim. Eu podia sentir isso, através de seus olhares, palavras e sinais.

Quando abri a porta, la estava ela, concentrada em seu trabalho. Bella era dedicada, e eu sempre a via trabalhando duro, conquistando e merecendo seu cargo.

—Ei, bom dia. –ela disse sorrindo.

—Bom dia, Bella. Como você está?

—Um pouco ocupada. –ela sorriu. –Você parece tenso, aconteceu alguma coisa?

Lá estava o seu poder de ler todas minhas expressões.

—Sim, mas não quero falar sobre isso agora. Eu vim te convidar para almoçarmos.

Seu olhar se iluminou.

—Apesar de eu querer muito, nós não podemos sair.

—Podemos sim. Eu digo que nós podemos.

Ela sorriu e se levantou vindo em minha direção. Seu perfume me invadiu e porra, aquele cheiro me excitava para caralho. Afundei meu rosto em seu pescoço e me deixei ser abraço pela minha garota. Eu estava morrendo de saudades dela, aquela semana havia sido um verdadeiro caos, e eu senti que ela se sentiu abandonada após nossa primeira noite juntos, mas conversamos e ela finalmente entendeu que não era por opção que não tínhamos nos visto mais.

Bella me beijou e eu me perdi naquela boca. Eu precisava tirá-la dali, e aproveitar as duas horas que tínhamos.

 


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Notas finais do capítulo

Cá estou eu me apaixonando cada vez mais por esse casal. Finalmente tivemos a primeira noite deles UHUUUU
E altas revelações da Rosalie, uh?
E a ideia da empresa Cullen foi roubada! Muita coisa ainda vai rolar nessa historia toda.
FINALMENTE UM POV EDWARD!!! Quem gostou?
Estou aqui postando de presente de natal para vocês, nao esqueçam de deixar mimos nos comentários como presente de natal também, ein ? hahaha amo vocês!



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