Table for two escrita por Florence


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, tudo bom???? Voltei com um cap novinho para vocês, me desculpem se ele ficar enorme... hahahha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/782781/chapter/10

Ele andou ao meu lado, senti um vento um pouco mais frio passando por nós. Talvez deixar meu casaco em casa não havia sido uma boa ideia. Edward passou o braço sobre meus ombros e me puxou para seu lado.

Quando chegamos a roda, os meninos já assavam seus marshmallows.

—Oi pessoal. –eu disse. –Esse é Edward Cullen.

Todos foram apresentados um a um para Edward, que sorriu e lhes apertou a mão educadamente. Me sentei em um dos bancos e Edward se sentou ao meu lado, Jacob nos passou alguns espetos com o doce.

Após algumas conversas e risadas, finalmente estava na hora da história de terror.

—Ei Edward, você gosta de histórias de terror? –Jacob chamou a atenção.

—Às vezes sim. –ele disse rindo.

—Vou contar uma para vocês.

Jacob era bom naquilo, contar histórias, ele sempre contava alguma em nossas reuniões, e ali, sozinhos naquela parte da praia, com a escuridão ao nosso redor, tudo ficava mais real. Todas as vezes Seth precisava ir embora comigo, porque eu me sentia estranhamente apavorada com a ideia de ficar sozinha.

—Bella e Leah não gostam muito, mas podemos abrir uma exceção hoje?

—Sim. –murmuramos.

Edward me olhou curioso.

—Tem medo? –ele sussurrou para mim.

—Um pouco. –confessei. –Jacob conta histórias que parecem reais.

Ele sorriu e pegou minha mão sem dizer nada. Então Jacob começou, a história era sobre lobisomens, mas não os comuns de Hollywood, havia algo na história que me parecia que era real, algo diferente, algo magico e supersticioso. Edward deixou que eu ficasse com minha mão na sua, e durante a história eu me agarrava mais ainda em seu braço. Meus pêlos se arrepiaram e eu tremi quando um vento frio passou por mim, não sabia se era por eu estar realmente com medo ou se era somente frio. Edward me olhou pedindo permissão para algo, ele abriu o braço levemente e eu me aconcheguei em seu peito. Nunca havia ficado assim com alguém, tão confortável. Era tudo novo. E estranho. A sensação que eu sentia quando eu estava em seus braços, era algo como proteção, carinho, era como se ele pudesse reunir cada parte de mim que estava fora do lugar naquele abraço, e era aquilo que me assustava. Me assustava mais do que qualquer outra coisa, porque quanto mais eu experimentava, mais eu queria, e eu não queria que fosse assim. Não poderia ser assim. Porque eu tinha medo, medo de perder a única coisa que começava a dar sentido para minha vida. A única coisa pela qual eu começava a achar que não poderia viver sem.

—Ele sabe como contar uma história. –Edward sussurrou contra meu cabelo.

Eu levantei para olhar seu rosto, já sentindo falta do calor do seu corpo, depois olhei ao redor e pisquei algumas vezes.

—Já acabou?

—Sim, não percebeu?

—Eu me distraí.

Edward riu, e tombou a cabeça para o lado.

—Um dólar por seus pensamentos?

Cerrei os olhos.

—Muito pouco.

—Você está com aquela expressão. –ele disse ainda me observando.

—Qual? –sussurrei.

—Aquela que me confirma que você chegou a uma conclusão, ou pelo menos perto dela.

Eu sorri e acariciei sua bochecha com a palma da mão, Edward a segurou e virou o rosto para beija-la. Algo mudou naquele instante, talvez fosse a intensidade do seu olhar, ou do meu, ou talvez Edward conseguisse ver em meus olhos aquilo que eu ainda não conseguia dizer e tudo isso misturado com a eletricidade que passava entre nós. Seria sempre assim? Meu corpo sempre reagiria daquela forma sobre qualquer olhar ou gesto dele? Era como se ele pudesse ver e conhecer minha alma.

—Eu cheguei a uma.

—Posso...saber? –ele murmurou, com a voz rouca.

—Você saberá. –tentei sorrir.

Edward me observou e por um instante, ele só me beijou. Se afastou de leve e beijou minha testa, antes de me puxar para seus braços.

Após um tempo, eu me desvencilhei dele.

—Venha, vamos socializar. –eu disse, me levantando e segurando sua mão.

Edward me seguiu, o grupo de amigos estavam conversando em uma roda perto a praia, fiquei longe o suficiente da agua para que a escuridão não me atingisse.

Quando percebi, uma roda havia se fechado só com homens, eu e Leah fomos deixadas de lado.

—Ele é muito divertido, Bella. Com certeza tem a postura de um CEO, mas não é voluntario.

—Sim, sua atenção não se desvia nunca da empresa.

—Tem certeza? A atenção dele parece não se desviar de você.

Ela indicou para eu olhar, quando olhei sobre o ombro encontrei os olhos de Edward.

—Ele só deve estar querendo ir embora.

Ela riu.

—Você é muito engraçada, se aquilo for olhar de quem quer ir embora, acho que eu e Jake estamos fazendo errado então, porque sempre acaba em sexo.

Eu corei. E ela riu. De novo.

—Ei, ele parece gostar de você.

—É parece mesmo.

—E então? –ela quis saber.

—Acho que estamos namorando. –sussurrei.

Leah gritou e bateu palma, e eu arregalei os olhos, indicando para que ela ficasse em silêncio.

—Shhh, você vai constrange-lo.

—Ele não me parece nada constrangido. –ela sorriu e me abraçou. –Estou tão feliz por você, Bella. Vocês realmente parecem que foram feitos um para o outro.

Leah tombou a cabeça e sorriu.

—Eu sabia que existia algo muito forte entre vocês desde quando os vi juntos.

—Não é só sexo, sabe?

—Não me refiro a sexo, porque eu imagino que deva ser impossível resistir a ele. –eu a olhei preocupada. –Eu amo Jake, mas não sou cega, o homem é lindo e gostoso, e deve investir pesado. Mas o que eu estou falando é, há algo perfeito, como se tivesse que ser assim.

—Obrigada Le, eu amo você. –disse enquanto a abraçava.

—Eu também te amo, Bells.

Talvez, tenha que ser assim. Sorri.

.

—E ai, vamos cantar um pouco, meninas?

A voz de Embry soou ao meu lado me fazendo pular. Leah piscou para mim e o seguiu, eu olhei para trás e Edward fitava o mar, andei até onde ele estava.

—Está cansado da reunião?

Ele me olhou como se eu fosse louca.

—Claro que não, só estou curtindo o tempo, Bella. É primeira vez desde que cheguei na Califórnia que eu não uso o celular ou trabalho até tarde. A não ser quando estamos juntos é claro.

Ele olhou para mim.

—Estou me divertindo. –ele disse novamente. –E devo a você, obrigado por ter me convidado. É bom conversar com pessoas que não estão interessadas no que você pode fazer ou na sua influência.

—Edward, estou feliz que você tenha gostado e pode vir quando quiser, eles gostaram de você.

Edward olhou para trás, meus amigos, agora estavam sentados em roda novamente.

—Bella, eu queria te fazer uma pergunta. –disse voltando a me olhar.

—Claro. –sorri.

—Se não quiser responder, sinta-se à vontade tudo bem? –eu balancei a cabeça me sentindo um pouco estranha. –Aquele dia, na mansão, você se afogou, não havia possibilidades daquilo, a não ser que...

—A não ser que?

—Você tivesse entrado em pânico. –ele concluiu. –E eu só queria entender o porque, você não parecia estar ali, seus olhos estavam sem foco... mas depois, parece que você me reconheceu e quando Alice se aproximou, você voltou.

A luz da lua refletia seu rosto, sua pele branca e seus olhos verdes, o deixando mais extraordinário. Talvez, apenas com aquela luz não fosse possível ver com exatidão o verde de seus olhos, mas eu sabia que eles eram surreais, havia reparado neles e sonhado por vários dias.

O vento batia em nós, balançando nossos cabelos.

Eu me sentei na areia, longe da agua, Edward me olhou e eu pedi que ele se sentasse ao meu lado e ele o fez, sem objeções. Quando me senti pronta, comecei a contar aquilo que me mantinha na escuridão, há muitos anos. Não sei o que me fez contar, talvez fosse a calma e a paz que Edward transmitia somente com sua presença, talvez fosse seus olhos cheios de carinho e paciência, ou o seu toque que me passava confiança, e acima de tudo, de repente eu soube que eu nunca conhecera alguém que pudesse me entender melhor do que ele. Nem mesmo meus amigos.

—Quando eu era criança, deveria ter uns 8 anos, eu e meus pais fomos acampar, era um camping onde muitas famílias se reuniam, e nós íamos sempre. Eu tinha um irmão mais velho, Edward. Ele se chamava Alec e era meu amigo e protetor, era tudo para mim. –eu disse olhando para minhas mãos. –Naquele maldito dia, Alec resolveu nadar no enorme lago, nossos pais estavam brigando muito, e eu queria fugir daquilo assim como ele, estava cansada de toda aquela discussão. Eu não tentei o impedir, seria impossível, mas ainda assim eu deveria ter tentado. Fui atrás dele, fomos de barco até o meio do lago mais ou menos, onde ele pulou e se divertiu.

“Vamos Bella, pule, ele disse, mas eu era covarde demais e não queria fazer aquilo nem sair do barco, tinha medo de me afogar ou de perdemos o barco. Eu disse não e ele me ignorou e voltou a nadar, indo para longe de mim. Eu gritei para ele voltar, mas parecia não me ouvir, então de repente ele desapareceu. Não o vi durante uns cinco minutos, não soube o que fazer, sabia que pular não seria de grande ajuda uma vez que não sabia nadar, mas eu tinha que tentar procura-lo, tinha que fazer qualquer coisa, então pulei. A correnteza estava forte, isso deve ter feito com que Alec não conseguisse voltar para superfície, e me puxou também, eu me afoguei e pensei que morreria. Voltei a realidade com alguém me fazendo compressões para expulsar a agua do meu pulmão, como você fez naquele dia, mas quando abri os olhos, a imagem que eu vi não foi tão boa, foi um pai extremamente bravo e irritado. O corpo de Alec foi encontrado dois dias depois, 200 km dali.”

Eu não olhei para Edward, poças de aguas de formavam em meus olhos e pingavam na areia em baixo de mim, eu fiz com que minha cabeça ficasse no meio das minhas mãos. Contar aquilo a Edward não trouxe a escuridão que eu estava costumada, só tristeza e a culpa que esmagavam meu peito.

—Eu nem lhe contei o quanto aquilo me consumiu e me destruiu. –a esse momento, eu já chorava desesperada e minha voz não era a mesma. –Eu passei dias, anos, tendo pesadelos, implorando por ter meu irmão de volta. Eu me sentia tão indefesa, fraca... Se eu não tivesse Seth, Jacob e Leah... –a frase ficou suspensa no ar.

Senti seus braços passando a minha volta e ele me aconchegando em seu peito, eu estava certa sobre minha teoria, aquele abraço tinha o poder de reorganizar cada parte minha que estava fora do lugar. Era a primeira vez que eu conseguia encontrar meus pulmões para respirar após contar para alguém sobre Alec.

—Eu certamente não estaria aqui hoje.

—Olhe para mim. –ele sussurrou contra meu cabelo.

Eu olhei para seu rosto que estava a centímetros do meu. Edward mantinha seu braço a minha volta. Senti meu coração rasgar com a expressão em seu rosto, parecia sentir dor, mas ainda assim tentava esconde-la. Eu não vira pena ali, só vira alguém com compaixão. Acima de tudo, eu via amor em seus olhos.

—Eu sou a culpada, Edward. Eu não fiz o que deveria ser feito.

—De forma alguma, você fez exatamente o que estava em seu alcance, eu não vejo como uma garota de 8 anos poderia lutar contra a correnteza, é um milagre você estar aqui.

—Eu poderia ter avisado meus pais...

—Não Bella, se alguém tem culpa nisso, não é você.

Ele secou minhas lagrimas delicadamente.

—Naquele primeiro dia que te vi, você disse que não tinha ninguém... mas seus pais estão vivos. –Edward disse aquilo realmente tentando entender, e eu não conseguia parar de falar agora.

—Estão sim, Charlie e Renée. –voltei a fitar o mar. –Eu sai de casa assim que atingi a maioridade, não suportava mais ver que eles tentavam esconder aquilo que estava em seus olhos todas as vezes que me olhavam. Eles queriam Alec ali.

—Bella...

—Então eu dei a eles o que queriam e sumi, eles devem saber que eu estou aqui, tentam contato, mas eu simplesmente não consigo responder, sabe? O último dia que os vi foi na minha formatura.

—Você realmente acha isso?

Balancei a cabeça positivamente.

—Você sente falta deles. –Edward afirmou.

Eu suspirei sentindo a dor. Era dilacerante.

—Eu não sei Edward, me sinto órfã desde aquele dia.

Eu não entendi o olhar de Edward nem sua expressão, mas ele me abraçou e ficamos assim por um tempo.

—Eu não vou deixar que se senta sozinha mais, estou aqui com você, mesmo você resistindo.

Eu me soltei do seu abraço para olhar em seu rosto.

—Eu sempre soube que por baixo daquela casca grossa existia alguém diferente, Bella. Estou feliz por conseguir te entender cada dia mais, e feliz por você me deixar te abraçar. –ele sorriu de lado. –Você nunca percebeu né? Mas, você não deixa que as pessoas se aproximem tanto, você evita contatos físicos.

—Os anos amenizaram minha dor Edward, algumas coisas aconteceram e me mostraram que ainda valia a pena lutar por mim, porque eu tinha muita coisa para viver. Alec certamente iria querer isso. Mas, nada me completava até agora.

Seus olhos brilharam e mais lagrimas caíram dos meus, enquanto eu sentia meu peito inflar.

—Eu não sei o que você está fazendo, eu só peço para que não pare. Nunca. –sussurrei.

Edward sorriu de uma forma que doeu meu coração, ele era perfeito e eu estava completamente apaixonada. Nunca iria entender como era possível alguém entrar e mudar por completo a vida de outra pessoa, mas era assim. Ele aproximou o rosto do meu e segurou-o em suas mãos, com gentileza, como se fosse a peça mais rara que ele já havia posto as mãos, e então depositou um beijo suave em meus lábios.

—Eu não pretendo parar. Nunca.

Se suas palavras não tivessem poder por si só, seus olhos me confirmaria, pois eram tão transparentes e intensos que tudo que eu fiz foi assentir e sorrir.

—Vamos lá, quero que você consiga participar da nossa cantoria. –eu apontei para a roda dos meus amigos.

.

Quando nos aproximamos o grupo cantava somebody to love, Jacob e Embry eram fãs alucinados do Queen, eles cantavam várias músicas da banda. Quill e Embry tocavam os violões e todos cantavam, inclusive Edward. No intervalo de uma das músicas, Edward me surpreendeu com seu pedido.

—Embry, eu posso experimentar? –ele disse apontando para o violão.

—Claro cara, manda a ver. –Embry lhe passou o instrumento se divertindo.

Edward começou a tocar as primeiras notas e Quill logo o começou o acompanhar. Eu reconheci a música de imediato, era Yellow – Coldplay. Mais perfeito do que o movimento e a precisão de seus dedos tocando as cordas do violão, era sua voz, rouca, soando incrivelmente, todos ficaram admirados, mas acredito que a voz dele só teve um efeito perturbador em mim. Eu não conseguia desviar meus olhos dele, era uma das coisas mais lindas que eu já havia visto e ouvido. Ele olhou para mim algumas vezes enquanto cantava, mais penetrante que seus olhos com certeza era sua voz cantando aquela letra.

Quando ele acabou, todo mundo aplaudiu, e pediu mais, envergonhado ele tocou mais duas músicas e devolveu o violão a Embry. A noite foi encerrada de uma forma interessante.

Enquanto ajudávamos a guardar as coisas do carro, Seth veio até mim enquanto eu terminava de ajudar Leah.

—Ei, Bells, acho que vou voltar com Jacob hoje, tudo bem?

—Ah eu pensei que fosse uma regra irmos embora juntos.

—Acho que hoje você não terá problema com sua companhia.

Seth piscou e me deu um abraço.

—Te vejo amanhã, no apartamento de Jacob.

—Claro, estarei lá.

Edward se despediu de todos, assim como eu e vimos eles partirem.

—E então vai me deixar dirigir seu carro? –ele perguntou sorrindo.

—Só se você me deixar colocar minhas mãos no seu volvo. –ele contorceu o nariz. –Foi o que eu pensei, vamos embora. –eu disse rindo.

A volta para casa foi silenciosa, mas não desagradável. Em algum momento, ele pegou minha mão, a levando até os lábios e a beijou, depois entrelaçou os dedos nos meus e ficamos assim.

—Acho que tenho um vinho ainda em minha adega, você aceita? –eu disse.

—Claro que sim.

.

Abri a porta do meu apartamento e acendi as luzes, Edward entrou logo atrás de mim e trancou a porta.

O telefone piscava anunciando algumas chamadas perdidas, busquei o vinho e dei para Edward abrir, enquanto voltei para a sala para ouvir as mensagens. A maioria era de Alice, algumas irritadas por não conseguir falar comigo e outra me convidando para um almoço na mansão. Senti minha garganta fechar quando a voz do meu pai soou no telefone.

“Oi Bella. Er... tudo bem? Bom, não sei como dizer isso, você sabe como sou, mas já fazem mais de cinco anos e... sua mãe e eu só queríamos saber se você está bem. Nós sentimos sua falta. Por favor, ligue para nós.”

Me sentei no sofá, com a mão no peito, eu sentia meu corpo desabando e meu peito ardendo. Eu sentia muita falta do chefe Swan.

Meu pai e Alec, dominavam minhas memorias, eu sabia que o filho preferido era Alec, eles faziam tudo juntos, mas Charlie nunca nos tratou diferente. Por muitas vezes, Renee havia sido ausente, mas ele sempre fez além do seu papel.

 Um braço passou pela minha cintura e me aconchegou, Edward me puxou para seu colo, meu corpo reconhecendo aquele toque e se acalmou.

—Trouxe vinho. –murmurou.

Eu levantei minha cabeça para olhar em seu rosto.

—Obrigada.

Edward ofereceu a taça para mim que estava cheia até a metade, ficamos em silencio enquanto bebíamos.

—Era meu pai. –eu disse, não sabendo exatamente se ele tinha ouvido a mensagem.

—Quantos anos faz que eles não têm notícias suas?

—Não sei, eu os vi na minha colação de grau, depois disso, só tiveram notícias através de Seth e Leah. Então, não sei até que ponto eles sabem.

—Você já pensou em falar com eles?

—Edward...

—Bella, me escute, eu vejo o quanto sofre com essa distância, você não precisa fazer isso agora, só pense sobre isso.

—Eu nunca tive coragem de fazer isso. –murmurei. –Eu sinto falta dele.

—Quero que saiba que você não está mais sozinha. Independente de qual escolha tomar, eu vou estar do seu lado.

—O que você faria? –disse muito baixo.

—Eu... levando em consideração que você é muito mais forte que eu? –ele sorriu de lado. –Eu tentaria falar com eles. As pessoas mudam e muito. E eu acredito que não há nada pior que para os pais, perder um filho, imagine dois.

—Você é um homem muito bom, Edwar Cullen. –sorri para ele.

—Você desperta o que há de melhor em mim. Eu só quero te ver e fazer feliz.

Aproximei o rosto do dele, deixando nossas testas coladas e as bocas a centímetros.

—Eu já sou feliz, muito e muito.

Edward passou a mão pelos meus cabelos, e segurou minha nuca. Ele roçou os lábios pelos meus, e desceu pelo caminho do meu pescoço, subiu novamente e depositou beijos suaves pela minha têmpora e testa.

—Eu quero te fazer minha.

—Eu sou sua. –sussurrei.

.

.

Coloquei as taças encima da mesa de centro, e me sentei sobre Edward, colocando um joelho de cada lado do seu corpo. Beijei sua boca, e ele invadiu a minha com sua língua, enquanto segurava firme minha cintura. Minhas mãos foram para os botões de sua camisa, desabotoando devagar. A cada botão que eu abria, beijava a pele exposta, com leves lambidas e fazia isso, olhando dentro dos olhos de Edward. Ele gemia e quando cheguei perto do botão da calça, agarrou meu cabelo, me puxando para cima.

—Tire sua roupa para mim. –ele pediu.

Eu sorri sacana, lambi seu lábio inferior e fiquei em pé, na sua frente. Me livrei da regata, ficando de sutiã rendado branco, abri o botão da minha calça jeans e a desci devagar pelas pernas, virando meu traseiro para ele.

—Porra. –Edward gemeu, logo depois senti suas mãos agarrando meu quadril e uma mordida em meu traseiro.

Eu ri me livrando dele.

—Você me mordeu?

Edward gemeu novamente e deixou cair os braços.

—Você é irresistível demais.

Eu sorri de lado, enquanto me ajoelhei na sua frente.

—Prometa ser bonzinho para que eu possa fazer o que eu quero.

—Bella...

—Prometa. –eu murmurei olhando em seus olhos.

Seus olhos azuis estavam escuros e sua mandíbula estava tensa. Meus dedos viajaram todo seu abdômen, enquanto eu lambia e chupava sua pele, sentindo as mãos de Edward em todo meu corpo. Abri o botão da sua calça e ele me ajudou a livrar dela, sua ereção estava evidente dentro da boxer preta e eu logo a libertei daquele espaço. Rodeei seu membro e apliquei a pressão certa enquanto o masturbava, ajoelhada na sua frente e olhando em seus olhos. Edward gemeu e passou o polegar pelo meu lábio inferior, e então empurrou para minha boca. Eu chupei seu dedo, assim como faria com seu membro que crescia cada vez mais em minhas mãos. Peguei a mão de Edward na minha e beijei sua palma, depois a levei para meu cabelo. Eu gostava quando ele os segurava.

E então, no segundo seguinte, seu membro estava em minha boca, passei a língua por todo seu cumprimento e depois só pela cabeça, e continuei a manipulá-lo com a mão, eu engoli o máximo que consegui e voltei para a cabeça, enquanto trabalhava minha boca ali, podia ouvir os rosnados e gemidos de Edward e sentir seu aperto cada vez mais forte em meu cabelo.

—Bella...

Engoli novamente e ele assoviou, eu olhei para cima e seus olhos estavam rolados pela orbita, depois encontraram os meus.

—Sua boca é perfeita, mas... eu tenho que estar dentro de você.

Sorri e aumentei o ritmo, Edward começou a investir em minha boca e eu tomei cuidado para não o machucar.

—Eu vou gozar, Bella. –ele disse entre dentes.

Fiz o meu melhor, ele tentou me tirar dali, mas, eu ia até o final, e então Edward se entregou e gozou, violentamente. Ele me puxou para cima, e beijou minha boca com vontade, livrando-se do meu sutiã.

Edward abocanhou um dos meus seios e torceu o outro mamilo entre os dedos, eu gemi enquanto ele me chupava e enquanto revezada entre os seios, senti seus dedos dentro da minha calcinha atingindo meu ponto de tensão. Curvei meu corpo dando mais acesso a ele, era incrível como ele sabia cada ponto certo para me estimular.

—Me leva para cama. –eu pedi, em seu ouvido.

Edward se levantou no mesmo instante, comigo em seu colo, ele não tinha pressa alguma, após me encostar na parede do meu quarto, voltou a beijar e chupar meus seios, aquela cena me excitava tanto e eu só sabia querer mais dele. Agarrei aos seus ombros, costas e cabelos, arranhando, beijando e lambendo sua pele do pescoço e ombro.

Quando meu corpo começou a se tensionar, Edward voltou a beijar minha boca e me colocou na cama.

Ele me olhou, e se eu já não estivesse excitada, aquele olhar seria o suficiente, era sexy, selvagem, perigoso, cheio de luxuria e desejo e além de tudo, tinha muita veemência. Era como se ele adorasse meu corpo, apenas com o olhar. Edward retirou minha calcinha, e depois colocou um joelho de cada lado do meu corpo, voltando para cima de mim. Ele lambeu de leve a pele do meu pescoço e mordeu minha orelha, e então sussurrou.

—Eu nunca senti por ninguém o que eu sinto por você.

Nesse momento, seus dedos foram para o meu sexo novamente, e começaram a me masturbar.

—Ao mesmo tempo que eu sinto um desejo primitivo de foder com você, até não conseguirmos andar, eu quero te amar de forma lenta, sentindo todo seu corpo ao meu redor. Faz sentido?

Eu consegui murmurar apenas em concordância e ele sorriu contra meu pescoço. Edward olhou para mim.

—O que eu sinto por você, nunca mais sentirei por ninguém e estou disposto a te provar cada dia.

Senti seu membro na minha entrada, e então ele o guiou para dentro de mim e gemeu. Eu agarrei seu ombro.

—Eu te amo, Isabella. Eu te amo.

Então, tudo aquilo me atingiu. Todos acontecimentos da noite, tudo o que eu o contei, a voz do meu pai... a sensação de estar nos braços de Edward, de sentir seu corpo contra o meu, de o sentir dentro de mim, de sentir seu coração batendo acelerado e de saber que talvez ele não me ame mais do que eu o amo, mas de eu estar tão feliz por ele dizer que me ama, mesmo eu tendo visto em seus olhos, tudo me atingiu. Com uma força inexplicável. Eu o puxei para mais perto. E ele começou a se movimentar. Eu pedi mais e ele deu. Não seria de forma lenta. Mas, desesperada e apaixonada. Seria da nossa forma.

—Vire-se. –ele pediu.

Eu fiquei de quatro, e segurei no lençol, me preparei, pensando que seria rápido, mas não. Edward me penetrou devagar, sentindo cada centímetro, eu gemi quando ele estava inteiro em mim, saiu e entrou novamente, e começou a aumentar o ritmo. Edward passou um braço pela minha cintura, e desceu o outro para meu ponto de tensão, onde o começou estimular, ele gemia em minha orelha, me fazendo gritar, naquela posição ele conseguia ir mais fundo e cada vez mais. Meu corpo arqueou para trás, Edward beijou meu pescoço, sua mão em minha cintura subiu para meus seios, enquanto a outra aumentava seu ritmo em meu clitóris, eu virei meu rosto para trás, para o beijar. Foi tudo demais e então meu corpo começou a convulsionar, eu gritei, caindo na cama e Edward me segurou mais forte, ele estocou de forma que eu não aguentei e atingi meu limite.

Edward gritou meu nome e gozou logo em seguida. Ele deitou na cama, me puxando para seu peito. Senti as lagrimas arderem meus olhos, eu nunca havia sido mais feliz. Enquanto recuperava o folego, senti seu carinho em meu cabelo. Então eu soube, eu tinha que falar. Ele merecia saber que eu era a mulher mais abençoada do mundo.

Levantei para olhar em seus olhos, estavam tão felizes e satisfeitos... ele era a minha pessoa preferida no mundo.

—Eu amo você.

—Bella, você não precisa...

Coloquei um dedo em seus lábios o impedindo de continuar.

—Eu preciso. –afirmei. –E você precisa saber o quanto eu o amo, foi exatamente isso que eu pensei na praia.

—Na praia? –ele sorriu. –Então descobriu hoje?

Eu sorri.

—Não bobo, eu soube disso desde que me mudei para sua sala. Eu amo você. –dei de ombros. –E eu sou a mulher mais feliz do mundo inteiro e você é perfeito, exatamente perfeito para mim.

Seu rosto se iluminou tanto e ele sorriu de uma forma, que se eu não o amasse, começaria agora mesmo.

Ele passou os braços ao redor de mim, e me jogou com a costa na cama, enquanto beijava qualquer pedaço de pele exposto, me fazendo rir.

—Você não imagina o quanto eu sonhei com isso, Isabella. Eu amo você.

Edward me tocou de forma inocente, até que nossos corpos se acederam novamente e então, nós fizemos amor, de forma lenta e muito, muito deliciosa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai gente, fiquei diabética depois de tanto açúcar desse capítulo! EU AMO UM CASAAAAAL.
Tivemos um pouquinho da trama da Bella, e a partir de agora, a fic vem com um pouco de drama.
Sera que teremos um reecontro Bella e Charlie?
E o roubo na empresa dos Cullen, aonde isso nos levará?
E nosso casal, vai se manter forte até o final???
Muitas coisas para acontecer e é extremamente reconfortante saber que vocês ainda estão por aqui.
Perdoem essa autora pela demora, mas ultimo ano de faculdade com tcc e estagio obrigatorio não é facil. Mas, eu nao vou abandonar nossa historia, certo?
Amo vocês e espero comentarios ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Table for two" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.