Resolvi que esperar pelo fim da oração era o caminho mais seguro, porém, após longos minutos eles continuavam lá, aos berros, clamando a Deus pelo meu perdão, o pastor, que tremia mais que eu, já tinha mudado até de língua, então com grande pejo fui obrigada a interromper…

— Eu preciso de um copo d'água.

Minha mãe abriu os olhos com alívio ao me ouvir, já o pastor parecia contrariado pela minha interrupção, mas mesmo assim continuou, colocou a mão na minha cabeça e começou a empurrar e gritar ainda mais…

— Pare com isso, eu fiz um aborto, não estou possuída!