Mãos e língua exploravam-me com carinho e malícia.

Tinha no peito uma bomba-relógio. Na cabeça, Edward e a sensação de não merecê-lo.

Ofegante, resolvi encará-lo, segurando sua cabeleira hirsuta. Gostava ainda mais daqueles olhos de perto – despiam-me, alma e corpo.

— Isabella... Me pegou de surpresa... — Testas unidas, dedos alisando minha cintura.

— Gosto como fala meu nome.

— Isabella? — Caprichou na voz aveludada. — Isa... — Beijou meu pescoço suado, quase desfaleci. — ...Bella.

— Isa era meu apelido, antes... — “De casar”, suprimi.

— Quer ir pro quarto, Isa?

Abruptamente, um medo materializou-se.

— Preciso fazer o jantar — afastei-me, envergonhada. — Perdão.

— Não precisa se desculpar. Você volta?

— Amanhã.