A Fênix escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
A Província da Carolina


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/6c-Hz6_8rAg-America assovia.
https://youtu.be/uUuTz9Hjc34-America ajuda a resistência
Sei que é doutra saga, mas eu achei que seria legal fazer uma referência.



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P.O.V. Maxon.

É exatamente como ela descreveu. Primeiro fomos até a casa dela onde ela mudou de roupa. Colocou um vestido simples longo e azul de linho, com um corpete cheio de nós e uma capa vermelha também de linho com um capuz e estava carregando uma cesta.

—O que há na cesta?

—Comida. Queijo, pão, bolo que a minha empregada fez.

Seus longos cabelos ruivos estavam amarrados para trás, semi-presos longe do rosto.

—Bora lá mauricinho. Fique perto de mim e vê se não morre.

—Eu posso cuidar de mim.

—É o que você pensa. Se for identificado por algum membro da Resistência, você vai virar presunto. Acredite, eles esfolariam essa sua pele lisinha, arrancariam as unhas dos seus dedos, as lágrimas de trás dos olhos. E ai mandariam seus pedaços para o papaizinho querido. Esse pode ser o Seu Reino, mas tá no Meu Território, garoto.

Nós caminhamos e chegou num ponto onde havia um enorme portão de madeira com espinhos enormes saindo do portão, guardas armados com bestas, arco e flechas, armas que não eram de fogo. De acordo com a lei, os que não eram membros do exército ou da guarda real não podiam portar armas de fogo.

Eles apontaram as armas para nós e então... ela assoviou. Não era um simples assovio, tinha um ritmo específico. E deixaram a gente passar.

As casas eram feitas de madeira de terceira como ela havia dito, eram casebres, barracos, não havia pavimentação na estrada, era uma estrada de terra, com carroças e cavalos que não eram cavalos. Alguns eram cavalos.

—Que tipo de animal é esse?

Ela respondeu como se fosse óbvio:

—É um jerico. Um burro, um jegue, uma mula se for fêmea.

Ela distribuiu comida para aquele povo magro, esquelético e quando era noite eles fizeram uma fogueira e começaram a cantar.

America tocou violino e eles aplaudiram.

—Obrigado.

—Olá.

—Aspen? O que está fazendo aqui?

—Soube de uma coisa. De fonte segura. Os cientistas do Rei Clarkson desenvolveram uma droga. Uma espécie de toxina controladora da mente, deixa as pessoas abertas a sugestões.

—Isso é história que o povo conta. Não existe uma coisa assim.

—É o que você pensa. Eles vão usar. Amanhã. Aqui. Sou parte do exército Real agora. Eu sou o General. Eu vi a coisa em ação!

E no dia seguinte, os soldados da guarda estavam massacrando o povo da província. Eles pareciam realmente dopados.

—Sinto muito, mas não vou ficar aqui assistindo o seu pai filho da puta massacrar pessoas inocentes por diversão.

Ela e um exército de rebeldes invadiu os laboratórios da minha família. Ela atirou uma faca na mão da médica chefe.

—Desculpe amor, doeu? Desliga.

A Doutora Clark olhou pra ela com cara de deboche. E respondeu:

—Não.

Então, ela arrancou a faca da mão da cientista chefe do departamento e colocou-a na sua garganta.

Nos telões imagens dos soldados de meu pai abrindo fogo contra cidadãos desarmados, homens, mulheres e idosos passava e a mulher ainda com cara de deboche.

—Não vou pedir de novo! Desliga!

—Admiro você querer morrer pelo o que acredita. Eu tenho isso também. Então faça. Faça! Você não consegue, não é?

A mulher louca estava rindo da cara de America.

—Talvez não seja tão corajosa e audaciosa quanto pensou que fosse.

Então... algo inesperado aconteceu. Havia um revolver que era usado para injetar a droga e um frasco com a mesma.

—Tem razão. Não sou parte da resistência, sou uma Fênix

O frasco foi para dentro da arma e a arma para as mãos de America. E ela injetou a droga na Doutora Clark, enfiou a agulha sem piedade.

—Agora, desliga isso e apaga o programa, vadia!

A Doutora obedeceu. Como um zumbi. Quando ela percebeu o que estava fazendo... já havia feito. O computador continuava repetindo:

—Simulação abortada. Limpeza do sistema realizada.

—O que?! Não! Não! Não!

A Doutora apertava os botões desesperadamente tentando desfazer o que havia feito.

—Não me entenda mal, tinha uma certa beleza na sua resistência.

Disse America debochando da cara da médica, usando sua fala contra ela mesma. Isso a tirou do juízo e ela atacou America, mas esta com um movimento de mão jogou a Doutora Clark longe.

—Uau!

—Ela mereceu. Falando nisso...

Ela fez alguma coisa com a doutora. Ela esqueceu de tudo o que havia visto. Tudo o que ela sabia era que os rebeldes haviam atacado e forçado-a apagar o programa usando o soro.

Já após o ataque, na casa dela eu perguntei:

—Como fez aquilo? O efeito da droga havia passado.

—Eu sei.

—Então como fez aquilo?

—Ainda estou... aprendendo. Vou... acessando devagar, tocando neste poder latente que está aqui dentro. Crescendo enquanto falamos. Telepatia, telecinése, projeção, indução e... agora que estou cheia...

America tirou uma faca da bota e abriu um talho no próprio braço. Não era um ferimento mínimo era, um talho! E eu assisti o ferimento cicatrizar em questão de segundos.

—Meu Deus! O que quer dizer com agora que está cheia?

—Não sei explicar direito. Uma pessoa normal tem uma quantidade de energia, uma resistência física e mesmo com treino, dieta e todas essas coisas... uma hora a energia acaba. A pessoa precisa dormir pelo menos sete horas por noite, comer. Sim eu preciso comer, mas... desde dois meses atrás, eu quase não durmo, não respiro com tanta frequência quanto antes, posso sentir o ar, as vibrações, as pessoas, a gravidade. Posso sentir o meu cérebro. Posso controlar o meu corpo. Meu metabolismo, até os batimentos do meu coração! Posso controlar o corpo dos outros. E suas mentes também.

Fiquei chocado.

—Não entendo como isso é possível. Eu sempre fui uma garota normal, eu me machucava e levava tempo para cicatrizar, eu sou desastrada, destrambelhada, não sei a diferença entre direita e esquerda, me perco direto, me distraio com as coisas mais tolas. Sou a pessoa que pensa vinte coisas ao mesmo tempo e está falando de um assunto específico e então...

Então, uma borboleta colorida entrou pela janela.

—Olha, uma borboleta!

Ela perdeu totalmente o foco.

—Viu? É disso que estou falando. Tchau bonitinha.


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