A Amorosa Bizarra Aventura de Bucciarati escrita por Mayara Silva


Capítulo 8
2º Epílogo: Narancia Ghirga




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Narancia Ghirga:

Eu acho que sou o menos engajado nesse lance que tá rolando entre o grupo. Eu não sou muito chegado a isso, não..., mas, sei lá... se for com ele, eu me sentirei mais seguro.

Ele cuidou de mim desde que eu entrei pra a gangue.

—- x --

22:54hrs.

 

Narancia estava trajando uma blusa sem mangas, mas de tecido quente, bermuda e meias quando tudo aconteceu. Fugo, que o abraçava por trás enquanto lia um livro com ele, estava com vestes mais sociais. Removera os sapatos para ficar na cama com ele, e utilizava as meias por conta do frio que fazia naquela noite. Era um livro de história, Narancia agora estava no início do ensino médio e as coisas estavam um pouco mais puxadas.

— Benito Mussolini fundou o movimento fascista, na Itália.

— Eu prefiro estudar o Renascimento, Fugo...

— O professor não vai te perguntar que assunto você quer ver na prova.

Disse o ruivo, meio impaciente. Ele perdia a razão muito rápido, mas ultimamente tem se controlado. Narancia tem levado menos garfadas na cara.

— Humf...

Murmurou o moreno, emburrado. Ele fechou a cara e Fugo desistiu de continuar os trabalhos por hora. Ele fechou o livro e o colocou de canto, logo em seguida entrelaçou os braços ao redor do corpo do garoto e encostou o rosto em sua nuca.

A sua respiração quente fez Narancia se arrepiar.

— E-ei...

— Hm? ...

Ficaram em silêncio por um tempo.

— Er... c-como você e o Giorno estão?

O ruivo deu ombros.

— Ele me perdoou. Nós saímos, às vezes..., mas... acho que ele prefere estar com outras pessoas.

— Por que acha isso?

— Deixa pra lá, Narancia...

E mais um momento de silêncio. Dessa vez, Fugo deu continuidade ao assunto.

— E você? .... Não tem saído com ninguém?

— Você sabe que não.

— E você sairia?

A pergunta pegou o moreno desprevenido. Narancia ia responder quando acabou sentindo as mãos fortes de Fugo adentrarem a sua camisa quente. Seus dedos passearam pelo abdome do garoto e suas unhas carinhosamente arranharam seus mamilos. Narancia ainda tinha aquela sensibilidade, devido a não ter contato íntimo frequente, como os outros tinham. Não foi difícil arrancar mais um arrepio dele.

— A-ah... F-Fugo...

— Melhor ainda, você deitaria com alguém? ...

— D-deitar? ...

Fugo deitou o rosto no ombro do garoto. Narancia era um ano mais velho que ele, mas o zelo que Fugo hora ou outra mostrava para com o moreno fazia parecer que ele era como um irmão mais velho, um confidente. Narancia gostava disso, embora Fugo tivesse seus ápices de estresse.

— Eu... d-depende…

— Depende do quê?

— D-da pessoa…

O ruivo ficou em silêncio por um tempo. Ele não sabia que Narancia era seletivo pelo fato de não estar ambientado em situações como aquelas. Ele já ficou antes, mas não era algo frequente em sua vida. Acontece que Fugo era a pessoa quem ele mais confiava depois de Bucciarati, se Narancia fosse escolher alguém para vê-lo e tocá-lo em um momento de tamanha fragilidade, seria um dos dois.

— .... Ficaria comigo? ...

Sussurrou o ruivo.

—----------------------------- X ------------------------------

Mista e Giorno demoraram a seguir Bruno e Abbacchio. Ficaram no quarto ainda para se vestir, enquanto os demais foram averiguar o que estava acontecendo. As Pistols ficaram com eles.

— Do jeito que o Aerosmith está agindo, até imagino o que está acontecendo…

Comentou Abbacchio. Bruno arqueou uma sobrancelha.

— Como assim?

— Ah, Bucciarati…. É a mesma reação que o seu stand tem quando transamos.

— O-o Sticky Fingers fica assim?

Indagou o moreno, parecia surpreso. Abbacchio deu ombros.

— Não é um problema grande. Consigo controlar o Moody Blues, mas precisa de muita concentração. É difícil quando estamos concentrados em outra coisa.

Caminharam por pouco tempo, o quarto não estava longe, mas não foi isso que chamou a atenção deles: havia uma imensa quantidade de fumaça roxa espalhada pelos corredores. Pelo visto Purple Haze havia sido invocado… e estava furioso.

O stand de Fugo acertou uma mobília, quebrando-a em questão de segundos. Estava salivando mais que o normal e arfava em fúria. Nenhum dos dois entendia por que motivo ele estaria tão furioso, e foi então que, ligando os pontos, talvez Fugo fosse sexualmente mais violento. Só Giorno poderia dizer isso.

— Vamos…

—- x --

Assim que chegaram ao quarto, que estava destrancado, se depararam com Narancia completamente vulnerável nos braços de Fugo. O ruivo estava sobre o moreno, já havia lhe tirado a blusa, não satisfeito em parar por aí. Não estavam propriamente no sexo, mas aquele pouco carinho já estava fervendo com o sangue do garoto.

— A-ahhn… Fugoo…

A voz dengosa do moreno deixava Fugo excitado, e suas reações refletiam em seu stand de forma violenta.

— O que vocês querem aqui, porra??!

Exclamou Fugo. Seu domínio naquela relação era tão evidente que qualquer um que o atrapalhasse, facilmente, o deixava furioso.

— Vamos, Abbacchio…

Bruno não tinha medo, não havia ficado chateado nem nada do tipo, apenas queria respeitar a privacidade do ruivo, todavia não compartilhava da mesma visão com Mista, que chegou instantes depois e não iria embora tão cedo.

— Que porreéssa? O Purple Haze tá louco ali no canto. Giorno foi lá dar uma acalmada nele.

— Bem pensado, ele é imune ao veneno.

— Vocês tão me desconcentrando, caralho, vão embora!!

Fugo exclamou novamente. Narancia começou a ficar nervoso. O ruivo havia usado sua bandana laranja para vendar seus olhos, o garoto só conseguia identificar as vozes, mas, devido ao Aerosmith que vez ou outra passava por ali, ele sabia quantas pessoas haviam no local.

Giorno chegou logo em seguida. Sua presença fez o grupinho ali esquecer por alguns segundos o que tava acontecendo para conversar sobre a situação atual do Purple Haze. Fugo aproveitou esse momento para sussurrar no ouvido de Narancia.

— Finge que eles não estão aqui, Narancia…. Se concentra em mim… nos meus beijos…

Sussurrou o ruivo, que apertava os pulsos do moreno, pressionando seu corpo na cama. Narancia estava completamente entregue a ele, sua posição era de submissão total.

— S-sim…. Ahm Fugo...

O garoto naturalmente começou a reagir aos afagos de Fugo, roçando discretamente em sua perna como forma de tentar aliviar o tesão que sentia. O ruivo sentiu que já era a hora.

— Se ficar quietinho, não vai doer muito…

Sussurrou. Enquanto ele se resolvia com Narancia, o grupo conversava como se nada estivesse acontecendo.

— Então ele era violento mesmo?

Indagou Mista. Giorno deu ombros.

 

— Vão embora daqui, porra!! Eu quero ficar sozinho, caralho!!

Bruno começou a puxar Abbacchio para longe, se sentia indelicado por atrapalhar um momento que era pra ser só do casal.

— Vamos...

Mista, por outro lado, custou a fazer alguma coisa. Giorno segurou o seu braço, a fim de estimulá-lo a sair dali.

— Acerta no ponto dele, hein? Vai doer pra cacete se tu não f...

— Mistaaa...

O moreno, enfim, se retirou com Giorno, deixando o casal sozinho. Fugo finalmente teria paz para concentrar-se no seu parceiro, ao mesmo tempo em que conheceria ainda mais o próprio lado protetor. Narancia nunca lhe despertou tamanha sensação de zelo quanto agora.

Fugo era um dos poucos ali que não queria manter uma amizade colorida.

— Eu vou cuidar de você, Narancia… Eu… vou cuidar de você...


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