Luz da Escuridão escrita por A OLD ME


Capítulo 5
E assim foi o 1º ano




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Era o início da quinta semana e com ela o início de outubro. Freya e eu já havíamos terminado o café da manhã, mas estávamos esperando o correio que logo chegou.

— Pedi para minha mãe me enviar um livro do tio Gild autografado para você mandar para sua irmã, mas ele está viajando.

— Não tem problema. E olha minha irmã respondeu. – Disse pegando a carta presa na pata de Gipsy – Vá descansar no corujal Gipsy... – falo acariciando-o – Esse é o jornal em que ela escreve, a primeira página de dentro e as bem do meio são delas.

Freya pegou e começou a ler. Peguei um outro envelope, era de meu amigo Henri, Yannis deve ter dito que para falar comigo deveria entregar as cartas a ela e repassaria para mim. Antes de ler a carta abri o embrulho todo amaçado que com certeza Henri havia feito, dentro havia uma moldura, pintada por Henri, uma imagem minha em frente à minha casa quando estava indo embora.

— Recebendo presentes de seu namoradinho trouxa Ayla? – gritou Malfoy pegando a carta e abrindo-a para ler em voz alta.

“Querida Ayla,

A escola se tornou chata sem vocês, aprontar com o zelador e com a vice-diretora é bem mais difícil sem você para me dar cobertura. Voltei para a Academia, mas as aulas mirins ainda são muito chatas, porém prometi a você que tentaria permanecer com eles ao menos um semestre.

Espero que esteja gostando de sua nova escola e que lhes deixem vir para as festas de fim de ano, pois ouvi falar que algumas academias para moças do sul da Europa não permitiam saídas nem mesmo nas férias de inverno.

Espero que esteja bem e me mande notícias logo...

P.S. Gostou da tela?”

— Ele lhe mandou uma pintura Ayla? Ele também é um pobretão para quem sua família paga aulas de artes?

— Sim Malfoy ele me mandou uma pintura... Veja – eu praticamente grudo a tela no nariz de Draco – Não é linda? Sou eu em frente à minha casa, no dia em que vim para Hogwarts.

Alguns “uauuuus” correm pelo salão ao verem a pintura maravilhosa que representa minha casa. Eu realmente tinha uma casa linda, e enorme, o que era um exagero já que morávamos só eu e minha irmã.

— Nossa Ayla, quantos quartos tem na sua casa? – Pergunta Freya, fingindo espanto, já que ela já vira fotos da minha casa, mas entendi que ela queria esfregar na cara de Malfoy que ele não era a pessoa mais rica do mundo.

— Sinceramente não sei, uns oito ou dez.

— E ouwn, o seu vizinho é tão fofo, nunca recebi uma tela minha. – falou minha amiga e agarrando a carta da mão de Draco me puxou para fora do salão rindo.

***********

Cada dia na escola parecia passar mais rápido agora e quando percebemos mais um mês estava chegando ao fim e com ele veio o dia das Bruxas. Todos estavam no salão principal comendo todos os tipos de guloseimas que se possa imaginar, Gipsy beliscava-me vez e outra para pedir mais amendoins e chocolates e Freya olhava-me torto a cada vez que eu cedia e dava a ele um doce.

— Isso não é comida para coruja, ele pode ficar doente.

— Ah Freya, uma vez lá que outra não vai lhe fazer mal, ele está adorando veja.

— Mas e se ele ficar viciado?

— Escute a mamãe Gipsy, você só vai comer doces no halloween entendeu?

Gipsy piou animado e saiu voando, provavelmente para o corujal.

Estávamos todos distraídos com toda aquela comida quando o professor Quirrell entrou gritando.

— Trasgo, TRASGO... Nas masmorras! – disse entre gritos e respiradas forçadas até que caiu desmaiado.

— Vamos... – Freya disse segurando minha mão e seguindo nosso monitor como o diretor Dumbledore havia mandado.

No salão comunal os Sonserinos não davam a mínima para o que quer que estivesse acontecendo fora do conforto de nossa casa. Freya e eu conversávamos próximas a lareira, Draco e sua turma estavam atirados no sofá, alguns se agarravam pelos cantos e outros jogavam xadrez ou papeavam em seus quartos. Cerca de uma hora havia se passado quando o professor Snape entrou e disse que o trago havia sido detido e todos deveriam ir para as camas. Em nosso quarto, continuamos conversando mais um pouco até que adormecemos.

Acordei no meio da noite com sussurros na porta.

— Eu falei Draco, elas protegeram o quarto com magia.

— Mas elas são primeiranistas, como sabem fazer isso?

— Deixa para lá, essas ai não valem a pena.

— Droga!

Se eu não havia sonhado então teria que me cuidar, porque Draco estava tentando nos pregar uma peça. Voltei a me deitar com calma para não acordar Freya e adormeci novamente.

****************

Mais duas semanas se foram e o primeiro jogo de Quadribol chegou, eu nunca havia visto um, mas havia lido um livro sobre ele então estava curiosa. Nossa casa iria jogar contra Grifinória.

— Não sei se torço para nossa casa ou se torço para Grifinória! – disse Freya aflita vestindo seu cachecol.

— Porque torceria para a Grifinória? – perguntei confusa...

— Porque, querida amiga, o Harry Potter vai jogar! – sussurrou ela.

Sorri entendendo finalmente, a dias estávamos conversando e Freya estava encantava com Harry.

Corremos para o estádio e nos colocamos entre os Sonserinos em um local mais baixo pois Freya tinha medo de altura e esperamos o jogo começar. Sonserina estava perdendo feio até que começou a roubar e ser desonesto, eram nesses momentos em que eu me perguntava porque o chapéu seletor havia me colocado nessa casa ao invés de Lufa-Lufa. Eu sabia que não era inteligente o suficiente para ser uma corvina, nem valente o bastante para pertencer a Grifinória, mas eu com certeza não jogava sujo como meus colegas Sonserinos.

Feliz ou infelizmente o jogo terminou com a vitória de Grifinória, graças a Harry que apanhou o pomo de ouro com a boca. Uma cena muito engraçada que não irei esquecer tão cedo. Todos voltaram para suas casas. Avisei a Freya que ia ao banheiro e ela disse que iria na frente para o jantar e me esperaria lá. Quando estava saindo do banheiro ouvi duas vozes discutindo baixo.

— Você fracassou!

— Foi Snape... Ele tentou salvar o garoto, mestre.

E então as vozes sumiram.

Não contei o que ouvi a ninguém, nem mesmo a Freya, pois umas das vozes era conhecida e pertencia ao professor Quirrell.

*****************

As coisas andaram rápido no meu primeiro ano em Hogwarts. Depois de passar as férias de natal com minha irmã voltei a Hogwarts para continuar meus estudos. Freya adoeceu e passou duas semanas na enfermaria então todo dia eu ia até lá, passava a lição para ela e a ajudava. Sonserina embora tivesse perdido para Grifinória, conseguiu ganhar de Lufa-Lufa, mas perdeu para Corvinal por 10 pontos no Quadribol e com isso o fim do ano letivo se aproximava.

Me sai tremendamente bem nas provas finais e fui a melhor aluna de Sonserina. Freya passou raspando em quase tudo exceto Poções e Transfiguração, matérias para as quais ela me pediu ajuda.

Hogwarts também teve seus momentos obscuros naquele ano, pois quase no último dia de aula ficamos sabendo que o professor Quirrell não era mais nosso professor e que Você-Sabe-Quem, tentou usá-lo para pegar algo que estava dentro do castelo e que o professor Dumbledore garantiu que, no momento em que nos contará, o tal objeto já havia sido destruído. Harry, que enfrentou o professor Quirrell, teve que passar uns dias na enfermaria, mas voltou a tempo das provas, assim como Hermione e Rony que o ajudaram. No fim das contas, não precisei contar a ninguém sobre o que havia ouvido.

Estávamos todos no salão principal tendo nossa última refeição do ano letivo em Hogwarts, esperando para o anuncio da taça das casas. Sonserina estava na frente, havíamos ganhado.

— Bem, parabéns Sonserina, com tudo, tenho alguns pontos a somar de acontecimentos recentes. Primeiro ao senhor Rony Wesley pelo jogo de xadrez mais emocionante que essa escola viu em séculos eu concedo 50 pontos. Em segundo para a Srta. Hermione Granger pelo uso impecável da logica concedo a Grifinória 50 pontos. Terceiro ao Sr. Harry Potter pela frieza e excepcional coragem concedo a Grifinória 50 pontos. E por último, é preciso muita coragem para enfrentar nossos inimigos, mas mais coragem ainda para enfrentar nossos amigos, por isso concedo ao Sr. Neville Longbotton 25 pontos. E bom, se não estou errado, precisamos de uma mudança na decoração.

E assim o verde e prata sumiu substituído pelo vermelho e dourado e todas as casas exceto a minha explodiu em palmas e gritos, Freya e eu nos olhamos e levantamos para aplaudir também, rindo da cara de nossos colegas de casa, afinal eles tinham merecido, tinham lutado por todos nós.

***************

Já no trem de volta para casa Freya e eu fazíamos planos para o verão, eu iria para a casa dela na terceira semana de férias e ela iria para minha casa na quarta semana de férias, pois minha irmã e eu estávamos planejando ir para o Brasil antes de eu voltar a Hogwarts.

Chegando na estação Freya e eu puxávamos nossas coisas que estavam extremamente pesadas até que os pais delas vieram nos amparar.

— E onde estão seus pais Ayla? – perguntou carinhosamente a mãe de Freya.

— Eu moro com minha irmã, ela deve estar do outro lado da barreira.

— A seus pais são viajantes? Viajam a negócios? – perguntou curioso o pai de Freya que trabalhava no ministério da magia e era um obliviador.

— PAIIII! – chamou Freya e sussurrou para que eles parassem de perguntar sobre meus pais, afinal ela sabia que estavam mortos.

— Tudo bem Freya, meus pais faleceram Sr. Lockhart.

— Ah, bom... sentimos muito Ayla, não fazíamos ideia.

— Não tem problema, não tinham como saber.

Draco passou por mim esbarrando sua mala na minha.

— Olha por onde anda Sangue-Ruim. – Falou e olhou satisfeito para seu pai que fez cara de nojo para os Lockhart.

— Esses Malfoy! – disse o pai de Freya com raiva e sua esposa o tranquilizou segurando seus ombros e sorrindo gentilmente para mim.

Era o fim de nosso primeiro ano e mesmo com todas dificuldades o melhor da minha vida.


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