Luz da Escuridão escrita por A OLD ME


Capítulo 4
O chapéu seletor




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Fomos escoltados por um homem muito grande e cabeludo que nos acompanhou para barquinhos que nos levariam até Hogwarts. Sentamos Suzana, eu e duas meninas gêmeas, as irmãs Pervati. Hogwarts era um castelo imenso e incrível. A cada passo os alunos exclamavam um “Ooooah”. Dentro do castelo fomos recebidos por uma professora que nos encaminhou para a seleção onde o chapéu seletor diria a que casa pertenceríamos. A chamada era de acordo com o sobrenome por isso fui uma das primeiras.

Caminhei nervosa até o chapéu que foi colocado em minha cabeça e começou a resmungar.

— Hum, menina bondosa, muito decidida, bem esperta se daria bem na Corvinal, mas ambiciosa, de família poderosa ... já sei onde te colocar. – ele falou e então gritou – Sonserina!

A mesa de Sonserina aplaudiu e eu corri para lá, fui a primeira a entrar para Sonserina dos primeiranistas que até então só haviam entrado para Lufa-Lufa e Corvinal. Suzana foi logo depois de mim e também entrou para Lufa-Lufa. Mila me acompanhou para Sonserina assim como Crabbe, Goyle, Malfoy e Pansy Parkinson e um garoto chamado Harry Potter que parecia ser popular pois todos estavam torcendo para que ele entrasse em suas casas, acabou indo para Grifinória assim com um garoto Weasley. Com certeza meu primeiro dia em Hogwarts não indicava que eu era uma pessoa sortuda. Todos que eu cogitei que pudessem ser meus amigos foram para outras casas e aqueles que tentaram me humilhar e fizeram pouco caso de mim eram agora, minha família, como a professora Minerva havia ressaltado.

************

Minha primeira semana passou-se chata e cansativa, cheguei a cogitar minha saída de Hogwarts, voltar para a escola de meu bairro e quando terminasse o ensino fundamental fosse estudar música e dança na Academia da minha família.

Tive realmente que ser muito forte para não mandar minha coruja levar uma carta a minha irmã pedindo que fosse me buscar quando Malfoy gritou no salão comunal que eu era uma nascida trouxa, uma sangue-ruim. E assim todos aqueles que falavam comigo porque me achavam inteligente, pois eu realmente era a melhor da turma depois de Hermione Granger – uma garota muito legal, e como eu nascida trouxa, porém, da Grifinória –, assim depois que todos de minha casa começaram a me odiar tomei o habito de passar a maior parte do meu tempo fora de aula na biblioteca e lá acabei me tornando amiga de Hermione.

Além de passar muito tempo na biblioteca, organizei meus horários de maneira que era sempre a primeira a acordar, a primeira a tomar café da manhã e a última a ir para cama, isso me permitiu que os únicos momentos em que tinha que conviver com os demais alunos da minha casa era durante as aulas e durante as refeições principais.

Já era noite de sábado o jantar iria ser servido logo, logo. Entrei em meu quarto deixando meu material guardado em meu malão, o qual era fechado por um encantamento que Hermione e eu achamos em um livro da biblioteca, agora ele abriria somente com o toque da minha varinha combinado com uma senha, a minha era Nascida Trouxa, veja que ironia.

De repente, uma porta bate forte atrás de mim, uma garota loira e mais baixa que eu, entra furiosa.

— Qual é a cama de Pansy Parkinson? – pergunta ela irritada.

— Essa aí. – disse apontando para a única cama existente no quarto além da minha.

Pelo o que eu havia entendido, a casa de Sonserina era bem maior que as demais, e isso era visível logo na entrada em nosso salão comunal, que tinha uma área com jogos, uma área para estudos e a área da lareira que era imensa e, com certeza, cabia cinco de mim confortavelmente. Isso também era visto no quarto, na Lufa-Lufa e Grifinória eles dividiam o quarto entre cinco pessoas, somente a Corvinal dividia entre quatro pessoas porque segundo Hogwarts: uma história, foi assim de Rowena quis, mas ali na Sonserina dividíamos de dois em dois, mesmo o lugar tendo espaço para umas três pessoas tranquilamente.

Quando voltei a atenção para a garota ela estava fazendo as coisas de Pansy levitarem e irem porta a fora para o quarto do lado.

— O que está fazendo?

— Trocando de quarto. Dá para acreditar? – ela diz fechando a porta e se jogando na cama – Aquela ridícula burra, me infernizou para trocar de quarto comigo, não sei porque não pediu como uma pessoa normal faria, eu teria trocado de bom grado, tenho certeza que você não ronca nem é chata como aquela Mila. Mas ao invés de pedir ela começou a roubar minhas coisas e aprontar pegadinhas e quando eu "me obriguei" a retribui o professor Snape veio e disse que eu estava errada, peguei detenção e ainda tive que levar as coisas dela para lá.

— Pode acreditar em mim... concordo e acredito em cada palavra sua. Pansy pode não roncar, mas é tão chata quanto Mila.

— Já gosto mais de você só por te ouvir dizer isso, além do mais preciso ser sua amiga porque sou péssima em Transfiguração e vou precisar de umas aulinhas. – diz ela sorrindo gentilmente – Alias, sou Freya Lockhart...

— Acho que você já sabe quem sou, mas há, seu sobrenome é o mesm...

— Sim – ela me cortou – O mesmo do escritor... você comprou algum livro do meu tio?

— O escritor é seu tio? Não cheguei a comprar, mas vi muitas bruxas comprando um sobre um vampiro que ele enfrentou elas pareciam animadas lendo.

— Meu tio é cheio de histórias... – ela faça revirando os olhos e abanando as mãos.

— Ele também era da Sonserina?

— Ah, não... Eu sou a primeira da família a ser da Sonserina. Minha avó por parte de mãe era da Corvinal, assim como praticamente toda minha família por parte de mãe exceto minha mãe que entrou para Lufa-Lufa no mesmo ano em que tio Gild entrou na Corvinal como meu pai, seu irmão dois anos mais velho,  também é da Corvinal. Meu avô por parte de pai era trouxa mas minha avó é bruxa e orgulhosa. Eu tenho uma tia trouxa que nunca conheci por causa do orgulho da minha avó.

— Nossa legal! Como sua tia é trouxa?

— Filha de bruxa abortada, confuso demais para entender agora.

— Ah, sim, li sobre isso.

— Inteligente como você é não sei como não foi para Corvinal.

— Obrigada. O chapéu cogitou, mas disse que eu era ambiciosa.

— Bom acho melhor irmos jantar...

Seguimos caminho para o salão principal, rindo e nos conhecendo. Eu havia finalmente encontrado uma amiga em minha casa.


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