Despertar escrita por Binhablack


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem da história. Qualquer dúvida deixem nos comentários. ^_^
Ela também é postada no Spirit por mim mesma, então não é plágio. É totalmente de minha autoria.
Bora ler!



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Droga! Não acredito que mais uma vez minha família fez o que mais me enoja. Como pude pensar que eles mudariam, estava na cara que eu só estava alimentando uma falsa esperança. Agora estou aqui, trancada nesse quarto, tentando ignorar meus instintos e atacar os seres inocentes que estavam gritando, chorando e implorando por suas vidas, no andar de baixo. Fechei meus olhos e deitei-me em minha cama, tentando abafar os sons com o travesseiro.

Eu não agüentava mais aquele pesadelo. Como podiam ser tão cruéis? O cheiro de sangue era forte e estava em todo lugar. Prendo a respiração tentando aplacar um pouco a sede, afinal eu tinha essa marca em mim. Era filha de um vampiro, o ser mais abominável que poderia existir.

— BEATRICE!!!

Ah, não!! Tudo que eu não queria era escutar esse chamado de meu pai. Não deu tempo nem de responder. Logo a porta de meu quarto era escancarada, fazendo com que eu pulasse da cama num átimo de segundo e começasse a tremer, rapidamente me encolhi no outro canto do quarto, a visão que eu tinha de meu pai naquele momento era a pior de todas. Ele parecia um monstro pronto para dar o bote e eu a sua preciosa presa. Sabia exatamente o que ele queria e essa era a última coisa que faria em toda minha vida.

— Como está a minha vampirinha?

Seu olhar, de um vermelho vivo e intenso, veio direto para mim e meu coração acelerou de forma absurda. Um calafrio percorreu a minha espinha, no fundo eu sabia que aquela era minha última chance.

— Eu não... vou... fazer aquilo! – tentei manter minha voz firme, mas como sempre eu fraquejava diante daquele ser.

— Vai! Ah, você vai! Chega de ser bonzinho, estou cansado de toda essa sua ladainha. - Ele gritou! Estava tão assustada que não fui capaz de abrir minha boca para contestar.

Apenas gritei de dor, quando ele em sua velocidade sobrenatural, se aproximou de mim puxando-me pelos cabelos e arrastando-me até a sala onde estavam os humanos.

Mesmo com os olhos embaçados pelas lágrimas, pude visualizar duas mulheres no sofá, essas ainda estavam vivas, e se encontravam abraçadas, chorando, dava para sentir o quão receosas estavam por suas vidas.

Logo o cheiro de sangue invadiu minhas narinas, fazendo com que o monstro dentro de mim acordasse. Fechei meus olhos e prendi a respiração tentando dissipar o instinto de sugar todo o sangue das garotas. Meu pai ainda segurava meus cabelos com ódio.

— Eu... não vou m...matar!! – Falei entre os dentes, mesmo sabendo que meu pai não iria deixar passar em branco, essa minha negação.

Senti seu hálito bem próximo ao meu ouvido, trinquei meus lábios e fechei fortemente meus olhos, já esperando pelo pior.

— Vai! – Ele me lançou do outro lado da sala.

O impacto me deixou tonta e a dor era absurda, mesmo sendo meia-vampira, ainda tinha meu lado humano que me deixava vulnerável aos ataques de um vampiro puro, e por não tomar sangue, meu corpo era muito mais frágil. Tentei me reerguer e quando consegui, vi que tinha mais três humanos já sem vida no outro cômodo. Provavelmente minhas irmãs e a atual companheira de meu pai já haviam se fartado e se retirado da casa, assim ele não teria mais com o que se preocupar além de mim. Como isso foi acontecer, não quero ser uma assassina. Lágrimas de dor, ódio e tristeza já desciam como cachoeira de meus olhos.

Olhei mais uma vez para as garotas e elas me olhavam com medo e compaixão.

— Solte as garotas, elas não me servirão de alimento. Não sou uma assassina.

— Então o que você é? – meu pai em milésimos de segundos já estava me erguendo pelo pescoço, me deixando completamente sem ar.

— Vo...v...vo..c..cê é um monstro! – juntei o pouco de ar que ainda tinha e disse o que achava dele.

— Por acaso se esqueceu de quem é filha?! Mas agora não importa, quero você longe de mim e de suas irmãs, você é uma péssima influência, só não te mato, pois não vale a pena.

Ele ainda apertava meu pescoço, quando saiu pela floresta correndo na velocidade dos vampiros e então quando estávamos longe o bastante me jogou contra as árvores, juro que levei junto comigo umas três, antes de me perder na escuridão.

‘Hum! Droga eu tenho certeza que quebrei vários ossos. Como dói!!’

Abri meus olhos, era dia, por quanto tempo fiquei desacordada? Essa dor de cabeça está me matando, aliás, meu corpo inteiro dói. Tentei enfim me levantar, mas não consegui nem me apoiar sobre meus próprios pés, lágrimas de dor desciam pelo meu rosto. Não queria chorar, mas a dor era demais, precisava ir a um hospital, mas como? Não tinha nem mesmo um celular, já que me jogaram para fora de casa como um lixo.

‘Ai, o que eu vou fazer?’

Foi quando escutei um uivo e estava próximo. Ai, não! E agora... Só me faltava essa; lobisomens. O pânico já tomava conta de todo meu corpo, meu coração já se encontrava a mil por hora. Acho que darei ao meu pai o que ele tanto quer, logo estarei a dez palmos do chão. Tentei sentir o cheiro para ver se estavam perto e pelo visto não tardariam a chegar, pois o cheiro de lobos estava próximo, mas não era nem um pouco ruim, acho que somente aos vampiros esse cheiro era repugnante.

Tentei mais uma vez me levantar, mas uma dor aguda em minha perna direita fez com que eu voltasse a me encolher e fechar os olhos tentando evitar a dor, o que era impossível. Percebi que passos já estavam próximos, então o vi, meu coração deu um solavanco parecendo que ia sair do meu peito.

Não sei o porquê, mas ao olhar aqueles olhos negros; vi-me perdida, totalmente entregue, era como se eu pertencesse á ele, somente a ele. Nossa, o que eu estou pensando, será que é assim... É assim, que vou morrer? O grande lobo castanho-avermelhado estava vindo em minha direção devagar, era como se ele quisesse prolongar a minha morte, mas eu não via ódio em seu olhar, se não tivesse enganada, poderia jurar que via dor, sim ele estava sofrendo. Mas ele iria me matar, não iria? Então porque era ele quem estava sofrendo?

Não soube a resposta, pois meus olhos já não me obedeciam, eles foram se fechando e então a figura do lobo foi sumindo dando lugar a um homem forte e de pele avermelhada, tentei me manter acordada, mas a última coisa que ouvi antes de perder totalmente a consciência... Foi ele se aproximar e dizer: “Fique! Não me deixe...”


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Espero que sim. Vejo vocês nos comentários. ^_^
Bjinhoss!!



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