Quando as Máscaras Caem escrita por Luana de Mello


Capítulo 7
Minha Linda Joaninha




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Os pássaros faziam festa, cantavam melodias harmoniosas, que mesmo ali no centro da Cidade Luz, podiam ser ouvidas por quem prestasse um pouco mais de atenção. O sol entrava pela janela sem ser convidado, iluminando o quarto e fazendo as pálpebras do Agreste tremular com a luz que o incomodava e tirava do seu sono, repleto de sonhos felizes; conforme vai despertando, Adrien percebe ainda sonolento, que o quarto está mais iluminado que o normal, mas isso era estranho, afinal ele tinha tido o cuidado de fechar as cortinas na noite passada. Ah noite passada, parece que tudo foi um sonho, o melhor sonho que já teve em toda sua vida; na madrugada estava todo machucado e cansado, sem falar no desanimo e apatia com que vinha levando seus dias, pela manhã estava solucionando o maior problema de toda sua vida, e logo estava assistindo com a maior surpresa do mundo, seu filho nascer e reencontrando o amor da sua vida, que além de ser a garota doce e gentil que estudara com ele, era a heroína amada por todos naquela cidade.

Pensando nessas coisas agradáveis, e ainda de olhos fechados numa preguiça gostosa, Adrien estica seu braço até o outro lado da cama, no intuito de abraçar Marinette logo pela manhã, como sempre quis fazer desde que se descobrira amando a Dupain-Cheng; mas seu coração gelou quando encontrou aquele lado vazio e frio, indicando que ninguém estivera deitado sob aqueles lençóis por muito tempo, sentiu o medo invadindo cada molécula do seu ser, será que ele tinha enlouquecido de vez e imaginado tudo aquilo? Ou será que Marinette tinha ido embora outra vez? Com o coração aos pulos, Adrien senta-se na cama, quase que em desespero, e a primeira coisa que vê para seu total alívio, é o moisés de Hugo, onde o filho dormia quietinho, com os dois Kwamis junto dele; ao ver isso, um sorriso involuntário surgiu em seus lábios, e logo seus olhos vagaram pelo quarto a procura dela, a encontrando sentada em uma poltrona de frente para a janela aberta, os olhos fechados como se estivesse dormindo, e sem blusa? Adrien achou aquilo tão inusitado, tão fora do comum, que ele até fez uma careta sem notar; levantou-se da cama sem fazer barulho algum, graças às suas habilidades de felino, e foi se aproximando com calma de Marinette, mas o que já estava estranho, ficou ainda mais, quando ele viu que a Dupain-Cheng estava totalmente desnuda da cintura pra cima, a surpresa foi tanta que ele até tropeçou nos próprios pés, e acabou caindo com o rosto no colo dela.

— Adrien! Que susto você me deu. — Marinette reclama baixinho e num ato involuntário, tenta cobrir os seios com as mãos.

— Des-desculpa Marin, eu queria te fazer surpresa, mas acabei tropeçando. — Adrien se explica, e levado pela reação dela, vira o rosto também envergonhado.

— Tudo bem, eu só não estou acostumada a fazer isso com outras pessoas vendo. — ela responde quando o Agreste já se levantava aturdido, e mesmo com a vergonha tomando conta dela inteira, Marinette fica na pontinha dos pés e dá um selinho em Adrien — Bom dia!

— Bom dia my Lady. — Adrien responde todo bobo com o gesto dela.

Tentando fazer aquilo parecer absolutamente normal e corriqueiro, Marinette pesca na poltrona, a blusa do pijama que tinha tirado mais cedo, a veste e prende os longos cabelos em um coque, e vai em direção ao berço do filho, já que seu peito denunciava que estava na hora da mamada dele; vendo que ela caminhava livremente pelo quarto, Adrien desperta do seu transe e quase surta com essa constatação, ele a vê se abaixar e pegar o bebê nos braços lentamente, o rosto tomado por uma expressão de puro desconforto.

— Marinette, você não devia estar deitada? O Dr. Kaleu e as enfermeiras disseram que você tinha que fazer repouso. — Adrien reclama ao mesmo tempo que arruma os travesseiros para ela se escorar na cama.

— Pelo amor de Deus Adrien, eu já estou bem, não sinto nenhuma dor horrorosa e consigo caminhar sozinha. — Marinette fala e vai baixando a blusa para amamentar o filho já desperto — Não precisa se preocupar tanto, eu estou tendo cuidado e fazendo tudo com calma, mas não quero ficar um dia inteiro em uma cama esperando ser carregada de um lado a outro!

— Mas Marin, não tem nem vinte e quatro horas que você esteve em trabalho de parto. — o Agreste contesta preocupado.

— Adrien, meu amor eu estou bem, o corpo das mulheres foi feito para suportar um parto, e apesar de ainda estar com a barriga levemente inchada, eu ainda posso caminhar, devagar mas posso. — Marinette explica com calma, e o modo carinhoso com que lhe fala, amolece Adrien sem nem ele ver.

Hipnotizado por ver aquele momento único entre mãe e filho, Adrien fica parado no meio do quarto, absorvendo cada detalhe daquela cena, desde as feições no rosto da amada, até a pequena mãozinha do filho segurando a blusa da mãe; ele fica assim até Marinette o chamar para se sentar ao seu lado, para participar e desfrutar daquela magia que era estar com seu filho. E como se sentisse a presença do pai ali, o pequeno Hugo abriu seus lindos olhinhos verdes, e apesar do bebê ainda nem ter um dia de vida completo, os papais babões ficaram encantados com a forma que o filho lhes "fitava".

— Ele é muito lindo Marin, tão lindo que nem consigo acreditar que é real. — Adrien fala acariciando os cachinhos loiros do bebê — Alias, o que você estava fazendo sem blusa na janela, dona Marinette?

O leve tom de ciúme disfarçado de pergunta e a cara birrenta que Adrien fez, acabou causando uma onda de risos na Dupain-Cheng, afinal não era possível que ela estivesse naquele estado e ainda causasse ciúmes no Agreste; mas o que ela não sabia, é que mesmo estando descabelada ou maltrapilha, ela ainda seria a mulher mais linda do mundo para Adrien, e principalmente agora, enquanto cuidava da melhor parte dos dois.

— Aquele é meu banho de sol, que a enfermeira me instruiu a continuar fazendo, serve para eu não ter rachaduras por amamentar. — Marinette explica superficialmente, fazendo Adrien se lembrar da conversa que ela tivera com a enfermeira.

— Ah, então era isso, mas Marin, como você fazia isso na universidade?— Adrien questiona curioso e logo outra dúvida importante lhe surge — E como é que nunca te encontramos na lista de estudantes de moda?

— Isso foi um favorzinho especial que a Ladybug pediu ao reitor, eu tinha medo que Kyoko pudesse estar me buscando e decidi ficar "invisível" até tudo se resolver. — ela conta sem desviar os olhos do bebê, que já dava sinais de estar satisfeito, ainda era estranho conversar sobre sua vida paralela com mais alguém, mesmo que esse alguém fosse Cat Noir — E você se esquece que temos dormitórios individuais na Mod'art?

— Quantos meses ainda faltam para você concluir, Marin? — o Agreste questiona e pega o filho para fazê-lo expelir o ar ingerido.

— Os exatos seis meses da minha licença maternidade, e você o que está cursando? Eu tenho tantas coisas pra te perguntar, achei que conseguiria algumas informações suas nas revistas de moda, mas você quase sumiu completamente desse meio. — Marinette pergunta, e vai arrumando a cama para trocar Hugo.

— Pra mim ainda falta um pouco, mesmo fazendo três turnos, você sabe que eu nunca gostei de posar pra essas revistas, e quando você foi embora, tudo ficou pior. — Adrien conta ao mesmo tempo que deita o filho na cama e passa a trocá-lo como se sempre tivesse feito isso — A única designer pra qual eu tenho posado é uma tal de Désir, conhece? Então pra mim a contabilidade foi como uma tábua de salvação, eu ainda poderia trabalhar nos negócios da família e não teria que aguentar horas e horas de ensaios, e eu realmente gosto de ciências contábeis, mas acho que agora vou ter que trocar de modalidade.

— Como assim? Por que vai trocar? — Marinette pergunta e alcança a roupinha que é para ele vestir no filho.

— Bom, eu não vou conseguir ir para o estágio pela manhã, e a tarde e a noite ir para a faculdade, agora eu tenho você e o nosso filho pra cuidar, então a melhor opção é a modalidade EAD. — Adrien responde entretido em fechar a fralda do bebê, e mesmo assim acaba se lambuzando com a pomada.

— Adrien, eu não voltei para ser um atrapalho na sua vida, não tem um dia que estamos aqui e você já está tendo que fazer todos esses arranjos, olha eu acho melhor eu voltar para a casa dos meus pais com o Hugo. — Marinette fala enquanto fecha o macaquinho do bebê.

— Marinette. — Adrien fala sério e seu tom de voz faz a Dupain-Cheng parar o que fazia — Ontem eu disse a você, eu nunca mais vou me separar de você ou do nosso filho, posso fazer um milhão de arranjos, eu mudo e reestruturo totalmente a minha vida, mas você e Hugo permanecem comigo, nós somos uma família e vamos ficar juntos! Por favor Marin, não diga mais que vai embora, nem que seja só até a casa dos seus pais, eu só quero vocês dois aqui comigo.

O tom magoado e o medo presente na voz dele, fez Marinette perceber o quanto a sua súbita partida deve ter doído em Adrien, o quanto perder aqueles preciosos momentos que ela teve que vivenciar sozinha, o machucaram; mais uma vez ela sentia o impacto das ações drásticas e turbulentas que tivera que tomar há exatos nove meses atrás.

— Desculpe Adrien, eu também não quero me separar de você nunca mais, demorei tanto tempo para ganhar seu coração e quando finalmente o alcanço, nada aconteceu como eu queria. — ela fala e as feições do Agreste se tornam gentis, e logo tristes, quando ele vê as poucas lágrimas que escapam das safiras dela — Você tem razão, nós devemos ficar juntos, nós três, no resto damos um jeito depois.

Levado pelas emoções acumuladas, pelo momento e pelas palavras dela, Adrien a beija, sem aviso e sem dar tempo de Marinette reagir, simplesmente toma a sua boca; acaricia os lábios feridos dela com os seus, deposita ali toda sua saudade, todo seu amor e devoção para aquela menina-mulher que lhe devolvera toda a razão de viver.

— Isso Marin, agora somos uma família, você, eu e nosso filho. — Adrien fala baixinho, ainda com o rosto próximo ao dela — Agora deixa que eu termino aqui e vai se arrumar, nós vamos tomar café e depois ir registrar nosso garoto.

— Você tem certeza que consegue sozinho? — Marinette pede, agora era ela quem estava preocupada.

— Por favor Marin, é meu dever como pai, saber trocar meu filho, e não se esqueça das minhas habilidades de Cat Noir, my Lady! — Adrien faz graça e arranca um sorriso dela.

— E não se esqueça da gente, também vamos ajudar a cuidar dessa coisinha linda. — Tikki fala pela primeira vez na manhã.

Os dois Kwamis tinham ficado quietinhos, apenas observando a conversa dos portadores, esperando o momento certo de lembrar a eles de sua presença ali.

— Isso aí torrãozinho de açúcar, vamos cuidar muito bem desse bebê, desde que ele não queira meu Camembert. — Plagg fala sobrevoando os dois.

— Deixa de ser tonto Plagg, bebês não comem queijo. — Tikki retruca e os dois se entretém em uma discussão sobre o que os bebês comem.

— Sendo assim, eu vou só tomar um banho rapidinho, é só colocar o restante das roupinhas nele e o babador, quando eu voltar arrumo a bolsa dele. — Marinette explica, mas só recebe um aceno de cabeça, Adrien voltara sua atenção ao filho.

Com o Agreste concentrado em fazer tudo certo, ela ruma a passos lentos para o banheiro, estava preocupada, morria de medo de Adrien ou Hugo precisarem dela, e não estar por perto na hora; mas sabia que precisava dar espaço a Adrien, para que ele tivesse também seu momentos com o filho, e para que aprendesse como cuidar dele, sem que ela ficasse em cima, lhe dizendo o que fazer. Deixando esses pensamentos de lado, e se concentrando no que estava nas suas mãos no momento, Marinette se despiu do pijama cheio de minúsculos gatinhos pretos, que agora sem sua barriga de grávida, ficava enorme e todo desleixado no seu corpo; quando entrou em baixo do chuveiro e fez contato com a água morna, sentiu todos os músculos relaxando, ela se lavou com calma, já que não podia se mexer muito rápido ainda, teve um cuidado especial com as mamas, que ainda estavam sensíveis por conta das primeiras mamadas de Hugo, e também lavou com cuidado a ferida em seu ombro, que já estava quase fechada graças às pomadas e unguentos feitos pelo mestre Fu. Quando ela desligou o chuveiro, escutou atentamente para verificar se tinha algum som de choro, ou que indicasse que Adrien estivesse com problemas, como tudo parecia tranquilo, Marinette começou a passar o seu hidratante, o mesmo creme de morangos que usou na noite do baile, e que usara durante toda a gravidez, para prevenir possíveis estrias e manchas na pele; com o friozinho que fazia lá fora, ela vestiu uma meia calça mais grossa, uma saia jeans e uma blusa de mangas curtas, vestiria o suéter quando saísse, calçou também uma botinha marrom de cano curto e sem salto.

Ao voltar para o quarto, encontrou Adrien sentado na mesma poltrona que ocupara antes, com Hugo em seus braços enquanto cantarolava baixinho, Tikki e Plagg repousavam em seus ombros e entoavam a canção de ninar também; para Marinette, que passara meses com medo do filho nascer antes dela poder voltar para casa, ver Adrien ali agindo como ela sempre sonhara que ele fizesse, era mais do que tinha pedido em suas orações. Ela se aproximou deles devagar, apreciando aquela bela visão, sentindo seu coração se encher de amor e alegria, mas principalmente de paz, uma paz que ela há muito tempo não tinha; quando chegou ao lado de Adrien na poltrona, sentou-se na guarda e naturalmente, como se fizesse aquilo todos os dias, passou o braço por sobre os ombros de Adrien e passeou com os dedos finos por entre os fios loiros do Agreste. A aproximação dela, seu gesto espontâneo, fez aquela sensação de 'estar completo', que Adrien vinha sentindo se intensificar, fez seu coração ficar pleno e entrar em sintonia com sua alma; ele só acordou dos seus pensamentos, quando sentiu Hugo ser tirado dos seus braços, e logo depositado no bercinho com cuidado pela mãe.

— Você devia se arrumar também, vou preparar a bolsa dele. — Marinette lhe sussurra já separando mudas de roupas e fraldas.

— Você está linda Marin, a mulher mais linda do mundo. — Adrien fala se aproximando dela, enlaçando sua cintura, a abraça com uma mão e a outra leva até a mão direita da Dupain-Cheng, sentindo o metal frio do anel que lhe enviara pela Ladybug — Acho que está na hora de te entregar o par dele, eu devia fazer algo bonito, um jantar, comprar flores, bem como você merece my Lady, e vou fazer, mas hoje eu não quero perder mais nem um minuto.

— Adrien, não precisa tudo isso, eu já estou feliz só de estar aqui com você, sabe tudo está acontecendo tão rápido, mas eu não posso negar que é muito mais do eu um dia sonhei, e só por você me amar Adrien, eu me sinto a pessoa mais realizada do mundo! — Marinette confessa emocionada.

— Eu que sou a pessoa mais realizada desse mundo Marin, eu te fiz esperar tanto tempo, fui idiota demais para não perceber que a heroína que roubou meu coração e a garota espetacular que se tornou minha amiga, eram na verdade a mesma pessoa extraordinária. — Adrien fala suavemente e deixa Marinette mais emocionada, ele se afasta dela e anda até o criado mudo, pega uma caixinha vermelha aveludada da gaveta e volta até ela — Eu planejava te dar isso, quando completássemos um ano de namoro, quando nossa relação estivesse estável e depois que eu me tornasse digno de te propor isso; mas acho que acabamos pulando muitas etapas do processo, então ontem a noite eu decidi que não faz nenhum sentido seguir um roteiro normal, até por quê não temos uma vida muito normal. Por isso Marinette Dupain-Cheng, aceita se tornar a minha esposa, minha companheira para a vida e a mulher mais adorada e amada da face da Terra?

Adrien faz toda uma pose para pedir, se ajoelha no chão com apenas um joelho, abre a caixinha lentamente, cena digna de um filme de romance parisiense; dentro da caixinha Marinette descobre um segundo anel, também feito de ouro branco igual o solitário que se encontrava em seu dedo anelar, só um pouco maior que o primeiro anel, e com uma esmeralda maior que este também, era simplesmente lindo, tinha um designer sofisticado, mas não deixava a desejar em delicadeza. Chorando copiosamente, sem saber o que dizer ou o que responder diante aquilo, ela simplesmente estendeu sua mão trêmula para o Agreste, que abriu um sorriso de rachar o rosto, ele retirou o solitário do dedo dela, e sentiu uma enorme satisfação ao ver em seu dedo, uma marquinha esbranquiçada no lugar onde ele repousava, sinal de que Marinette nunca o tirara desde que ele lhe dera; Adrien deslizou o segundo anel em seu dedo e beijou a mão dela em um gesto tão antigo quanto o mundo, e depois devolveu o mesmo solitário ao seu lugar de direito, agora na mão direita de Marinette, duas esmeraldas repousavam, a menor simbolizando o primeiro compromisso dos dois, a maior simbolizando o segundo compromisso, e mostrando para quem quisesse ver, que aquela joaninha era dele.

Apesar de Adrien dizer que deveria ter feito um pedido com toda pompa e cerimônia que Marinette merecia, ela não pensava dessa forma, para a garota sonhadora que ainda residia em seu interior, não haveria lugar melhor para esse pedido, do que ali naquele quarto, onde a história dos dois realmente começou; foi ali que eles confessaram seu amor um ao outro, foi ali que se entregaram aos seus sentimentos, e mesmo que acidentalmente, foi ali que seu amor gerou seu primeiro fruto. Sem saber como agir, Marinette abraça o Agreste, ignorando totalmente o leve dolorido do seu corpo, o aperta como se fosse se fundir a ele, emocionada e incapaz de falar qualquer coisa, apenas fica ali, naquele abraço que tanto sentiu falta e desejou nos últimos meses; Adrien por sua vez, estava explodindo de alegria, tanto que mal se continha para não sair pulando e gritando que ela o aceitara, se não fosse por Hugo que dormia tranquilo no berço, e pelo fato de sua amada ainda estar se recuperando de um parto, ele com certeza faria isso, e ainda com ela em seus braços.

— Eu te amo Marin, amo a Marinette gentil, prestativa, adorável e as vezes atrapalhada, e amo a Ladybug forte, corajosa e destemida, amo quando você mistura as qualidades da Ladybug na Marinette e amo quando faz o mesmo com a Ladybug, eu amo todas as suas faces my Lady. — Adrien declara apaixonadamente.

— Eu também amo você Adrien, amo o modo como sempre foi sincero comigo, a sua gentileza, a atenção que dá aos pequenos detalhes, como se importa com os sentimentos dos outros, tudo isso me conquistou naquele dia chuvoso mesmo, quando me estendeu aquele guarda chuva; e mesmo que eu não admitisse em voz alta, o jeito leve e brincalhão que Cat Noir conduz as coisas, a perseverança e lealdade desses quase quatro anos protegendo Paris, também me conquistou, e cada vez mais eu via Cat Noir em você, e Adrien em Cat Noir, acho que mesmo que eu não soubesse, meu coração já sabia e me dizia isso a todo momento. — ela confessa tudo aquilo que estivera guardando para si, com medo de estar equivocada ou maluca, mas que agora sabia ser a mais pura verdade.

Depois de mais um tempo assim, abraçado a ela, absorvendo suas palavras e agradecendo à Deus por ter lhe dado a chance de conhecer Marinette, Adrien decide que já pode se aprontar para encarar esse dia que mal começara e já lhe proporcionou as melhores emoções de sua vida; ele deixa Marinette com um beijinho demorado e corre para o banheiro, enquanto ela termina de montar a bolsa do filho, com as coisas que ele provavelmente usaria durante as próximas horas. Quando o Agreste finalmente sai do banho, vestindo um suéter meia manga, calças jeans e um coturno, encontra a Dupain-Cheng terminando de passar nos lábios, um batom matte de um rosa fraquinho, os cabelos estavam soltos e agora alcançavam a altura da cintura, o perfume que ela exalava era doce e envolvente; sorrindo abertamente, ele pega sua carteira com seus documentos, a bolsa e o bebê conforto onde Hugo já se encontrava junto de Tikki e Plagg, que se passariam por bonequinhos para ficarem junto dele. Marinette até tentou insistir em carregar o filho, mas Adrien disse que o faria e que seria melhor para ela e que não devia carregar peso; ao chegarem na sala de jantar, depois que Adrien a fez descer as escadas vagarosamente, o relógio na parede marcava exatamente oito e meia, e Gabriel já se encontrava sentado os aguardando enquanto lia o jornal da manhã.

— Bom dia pai. — Adrien saúda felicíssimo.

— Bom dia Sr. Agreste. — Marinette também o cumprimenta, a diferença é que as maçãs do seu rosto ficam vermelhíssimas.

— Bom dia Adrien, Marinette! — Gabriel demonstra a mesma alegria do filho — E eu já disse para me chamar de Gabriel, nós somos família agora.

— Senhor, posso mandar servir o café? — Nathalie surge a porta da sala ao mesmo tempo que Adrien e Marinette se sentavam a mesa com Hugo — Bom dia Adrien, Marinette.

— Bom dia Nathalie! — os dois respondem juntos.

— Pode mandar servir Nathalie, e agora eu quero ver como está o garotão do vovô. — Gabriel fala, concentrando toda sua atenção em Hugo — Ele dormiu bem a noite? Não teve febre?

— Hugo é um anjinho, só acordou na hora das mamadas, nem para trocar a fralda ele acordou. — Marinette fala boba, igual uma mãe coruja adulando a cria.

— Você tem que ajudar Marinette nessa hora Adrien, é muito cansativo para a mãe nos primeiros dias de adaptação do bebê. —  Gabriel faz o seu sermão.

— Calma pai, Marin e eu somos uma equipe. — Adrien responde no momento em as serventes entram na sala trazendo o café da manhã — Embora eu não tenha tido muito tempo pra me preparar, acho que estou me saindo bem.

— Você está indo muito bem Adrien, Hugo tem o melhor pai do mundo. — Marinette afirma com carinho, emocionando a Adrien e a Gabriel.

Mas essa era a verdade, Marinette passara meses imaginando qual seria a reação de Adrien ao descobrir sobre a gravidez, o que fariam depois disso, como ficaria a vida e a relação que eles mal começaram; mas todas essas preocupações se mostraram infundadas no momento em que Cat Noir desfez sua transformação e Adrien apareceu no seu lugar, e quando ele imediatamente se posicionou ao seu lado e segurou a sua mão na hora do parto, a voz firme e confiante lhe dizendo que tudo ficaria bem, sem questionar nada, sem dúvidas em seus olhos, naquele momento Marinette soube que por mais que precisasse dar-lhe uma explicação, as palavras não seriam tão necessárias. Orgulhoso do filho, Gabriel teve que se manter firme para não chorar ali mesmo na frente de todos, e perguntava-se se sua amada Emillie de onde está consegue ver a linda família que seu garotinho estava formando e o homem que ele se tornara, com alguém que realmente merecia estar ao lado dele; e Gabriel têm certeza que ao lado da Dupain-Cheng, Adrien terá uma vida prospera. Quando o café estava finalmente servido, Adrien passou a montar o prato de Marinette com tudo que ele sabia que ela gostava, mesmo com ela alegando que não conseguiria comer tudo aquilo, em resposta a isso ele alegava que ela estava amamentando e precisava se alimentar bem; logo os dois Agreste's passaram a questionar como tinha sido a gestação, quando ela descobrira o sexo do bebê, quando ele mexera pela primeira vez; curiosamente ou não, isso ocorrera durante uma patrulha da Ladybug e Cat Noir, quando a heroína teve mais um dos sintomas da gestação e foi amparada pelo bichano, naquele instante Hugo fez o primeiro movimento perceptível no ventre da mãe, a partir dali ele sempre se mexia durante as patrulhas e quando os dois enfrentavam um Akumatizado. Logo eles passaram a perguntas sobre o curso de moda que ela fazia na Mod'art, se já tinha começado o trabalho de conclusão de curso e o que pensava em fazer depois que concluísse; Marinette não parava de falar um instante, e logo quando terminava de contar uma coisa, os dois achavam outra para questionar, era como se eles quisessem se fazer presente nos nove meses que ela estivera longe, através de perguntas.

— Eu estou curioso sobre algo, achei lindo e diferente o nome do meu neto, mas gostaria saber como você o escolheu, Marinette? — Gabriel pergunta ninando o bebê, que a essa altura ele já tinha pego no colo.

— Ah isso é uma história antiga, um dia Alya foi me buscar em casa para irmos na praça, por que ela disse que Adrien estava fazendo um ensaio ali, e mesmo eu dizendo a ela que estava trabalhando de babá, não teve jeito e ela me arrastou pra lá. — Marinette conta e suas bochechas se avermelham imediatamente.

— Eu lembro desse dia, foi quando lutamos com a garota do tempo. — Adrien sussurra para apenas os três ouvirem.

— Sim, foi isso mesmo, e enquanto estávamos ali assistindo o ensaio, Alya começou a implicar comigo, dizendo que Adrien iria me notar e que formaríamos uma família e teríamos lindos bebês, foi quando ela me questionou que nomes eu daria a eles. — Marinette conta parcialmente, encarando o croissant que restava em seu prato.

— E além do Hugo, quais outros nomes você escolheu Marin? — Adrien pergunta presunçoso, o sorriso maior que o rosto podia comportar.

— Emma e Luis. — Marinette responde de olhos fixos em seu anéis, evitando contato visual com o Agreste, que agora parecia muito o Gato de Cheshire.

— Eu mal posso esperar, estou até vendo daqui uns anos essa casa cheia de crianças correndo. — Gabriel fala e gargalha contente, mostrando aos empregados um lado seu que ninguém conhecia — E o enxoval dele Marinette? Você conseguiu montar todo sem problemas? Sabe que o que vocês precisarem, pode falar diretamente comigo.

— Obrigada Sr. Agr...— ela começa a falar, mas Gabriel faz uma leve indicação e ela para em seguida — Obrigada Gabriel, mas eu consegui montar tudo que Hugo precisa, na verdade eu que fiz todas as suas roupas, paninhos, mantas e babadores; aliás esse que ele está vestindo agora, foi feito especialmente por que Hugo adorava mexer perto de Cat Noir, então fiz esse maquinho do bichano pra ele.

Adrien fica tão surpreso que nem tem palavras para dizer o quanto aquilo lhe tocou, e era extremamente satisfatório saber que mesmo ainda tão pequeno, seu filho já o reconhecia desde o ventre da mãe; talvez a presença e apoio que ele queria e deveria ter dado a Marinette durante a gestação não tenha acontecido como ele gostaria que fosse, mas de algum modo aconteceu, sempre que Ladybug se sentia tonta e fraca, era Cat Noir quem a amparava, quando ela quis comer sorvete de morango com frutinhas cristalizadas no meio de uma patrulha, foi com o gato preto que ela fora a todos os mercados abertos em busca das frutinhas usadas nos pratos de natal, e apesar de não saber que tudo isso era causado pelo seu filho, ele participara desses poucos e preciosos momentos. Eles terminaram o café naquela calmaria, apreciando o primeiro dia em família, após a refeição Gabriel pediu que avisassem o motorista para tirar o carro da garagem, e assim que os três saíram de casa, os funcionários se juntaram na cozinha para fofocar sobre Marinette e o bebê, que de uma hora para a outra apareceram ali.

— Aposto que ela deu o golpe da barriga, não é possível que só tenha aparecido esse filho agora. — uma das serventes cochicha.

— Mas o Sr. Agreste não aceitará isso tão facilmente, quer apostar que ele vai dar um jeito de criar a criança longe dessa garota interesseira. — outra retruca.

— Eu não acho que seja isso não, eu vi essa garota aqui muitas vezes com Adrien e ela nunca foi esse tipo de pessoa. — um dos cozinheiros ressalta.

— Vocês deveriam se preocupar com os seus afazeres, ao invés de especular sobre a vida dos patrões! — Nathalie fala a porta da cozinha, o tom severo dela assusta tanto, que uma das serventes quebra uma xícara — E para esclarecer as coisas e não deixar mais espaço para mexericos, aquela garota como vocês estavam falando, é Marinette Dupain-Cheng, a namorada e agora noiva de Adrien, ela é a famosa designer que o Sr. Agreste anunciou ontem na coletiva de imprensa, e esteve escondida em Boulogne-Billancourt durante toda a gestação por estar sofrendo ameaças da Srta. Tsurugi, e o próximo que se atrever a falar sobre ela ou o bebê vai ser despedido imediatamente.

Nathalie deixa a cozinha sem se importar com as expressões de medo dos funcionários, sabia que o que Gabriel mais odiava, eram funcionários fofoqueiros. No cartório houve uma enorme comoção quando Gabriel Agreste foi avistado descendo do carro e entrando no prédio, e mais ainda quando Adrien foi visto em seguida com Hugo nos braços e Marinette ao lado; quando o tabelião questionou a ida deles ali, Gabriel respondeu simplesmente que o filho e a nora precisavam registrar seu neto, e nesse momento os cochichos se espalharam feito fogo pelo prédio. Mas nada disso abalava o humor de Adrien, ele estava felicíssimo e sorria a todo instante para quem quer que fosse, e seu rosto parecia que racharia ao meio a cada vez que alguém comentava como Hugo era idêntico a ele; e também ajudava o fato de Hugo se manter acordado desde que chegaram ali, os pequenos olhinhos verdes acompanhando todo e qualquer barulho do lugar. Gabriel passara o tempo todo junto deles, sem se importar com as reuniões ou o seu celular que pipocava de mensagens do trabalho, tudo que lhe importava era seu neto, que em dado momento lhe agarrou o dedo indicador e fixou seus olhinhos no avô, o deixando mais abobalhado do que já estava; vendo a situação complicada que seu pai ficara, com as costas arqueadas e não querendo se soltar do neto, Adrien entrega o filho para Gabriel pegar no colo, e ele prontamente faz isso, com um enorme sorriso no rosto fazendo vozes engraçadas para conversar com o bebê, como se ele o entendesse. Marinette assinava a folha de registro, quando o celular de Adrien começou a tocar, e involuntariamente ele suspirou alto ao ver o nome no visor.

— Oi Alya, o que você precisa? — Adrien saúda ouvindo uma grande algazarra ao fundo.

Adrien, bom dia! Marinette está com você? — Alya começa muito animada.

— Sim Alya, a Marin está aqui do meu lado, estamos terminando de registrar Hugo, o que você está querendo Césaire? — Adrien questiona desconfiado da animação dela.

Se você não lembra Agreste, hoje é o nosso encontro de turma para encerrarmos o ano; Nino, Chloé e eu já estamos aqui na lanchonete, queria convidar vocês pra virem também, afinal faz muito tempo que não nos reunimos com todos. — Alya responde do outro lado.

— Eu não sei Alya, a Marin ainda está se recuperando. — Adrien responde assinando a folha de registro — E a gente ainda está se adaptando a rotina do Hugo, e não quero que Marin se canse.

— Por favor Adrien, vocês não precisam ficar muito tempo, é só um pouco. — Alya suplica e Adrien tem certeza que ela deve estar fazendo o maior bico.

— Alya está querendo que a gente vá ao encontro da turma? — Marinette questiona guardando seus documentos na bolsa, e deixa Adrien surpreso por ela saber que dia era — O que foi? Eu podia não vir nos encontros, mas sabia quando eles aconteciam; acha que não podemos ir nem um pouquinho?

— Você não está cansada Marin? Sabe que não pode se esforçar demais amor. — Adrien contesta preocupado.

— Está tudo bem, só vamos um pouquinho, eu também estou com saudades deles. — ela responde e levanta pegando Hugo no colo para saírem do prédio.

— Aí Marin, você vai me deixar louco. — Adrien suspira resignado — Charles pode nos deixar lá pai?

— Sim, sem problemas, eu vou ficar mais um pouco, vou fazer a transferência da casa pra vocês, diga para ele me buscar aqui depois, ainda vou dar uma passada na empresa hoje. — Gabriel responde contente, era a primeira vez em meses que o filho iria encontrar os amigos.

— Certo, então daqui a cinco minutos estaremos aí Alya, guarde lugar na mesa pra nós. — Adrien fala para Alya, que ainda aguardava na linha, e encerra a ligação em seguida — Tem certeza que está bem, Marin?

— Claro que sim Adrien, eu descansei bem a noite, e já estou recuperada graças aos tônicos do mestre. — ela responde sorrindo gentilmente — Mas prometo que vamos embora assim que ficar tumultuado, nós voltamos para casa.

— Você sabe que eu faço tudo que você quiser, my Lady! — Adrien retruca abrindo a porta do carro pra ela.

— Bom gatinho. — Marinette brinca e finge mexer no sino que Cat Noir tem no uniforme.

Mesmo contrariado, Adrien estava mais que contente em fazer as vontades dela, faria tudo que Marinette quisesse, desde que isso significasse que ela estaria sempre ao seu lado; durante o caminho até a lanchonete, ouviram as notícias que ainda falavam sobre os acontecimentos de ontem, e essa questão também estava preocupando os dois, eles teriam que fazer uma aparição logo, para acalmar as pessoas que estavam preocupadas com Ladybug, e teriam que pensar em como fariam quando tivessem que enfrentar um Akumatizado, em quem poderiam confiar para cuidar de Hugo, sabiam que Gabriel poderia ajudar já que sabia do segredo, mas ele nem sempre estaria em casa. Quando chegaram na lanchonete, Adrien pegou Hugo no colo e ajudou Marinette a descer do carro, ele passou o filho para ela e pegou as bolsas e o bebê conforto, e assim que os dois entraram na lanchonete, foram engolidos pelos abraços de Alya, Chloé e Nino, que os aguardavam ansiosos; quando os dois sentam-se a mesa, os três amigos quase se engalfinham para ver quem poderia segurar o bebê primeiro, e só se acalmaram quando Marinette disse que todos teriam a vez, e ela como a mãe coruja que se tornara, ficava sempre ao lado deles, auxiliando e vigiando se estavam segurando Hugo direito.

— Quem vão ser os padrinhos dele? — Chloé pergunta na sua vez, deixando de lado a sua aparência desinteressada de costume.

Adrien e Marinette se olharam e sorriram, já tinham combinado aquilo na noite passada.

— Logicamente que Queen Bee, Carapace e Rena Rouge. — Adrien fala sorrindo aos amigos.

— Aí meu Deus! Você ouviu mini Adrienzinho? Você vai ter que me chamar de dinda. — Chloé fala a Hugo fazendo voz de criança.

A euforia dela causa uma onda de riso nos outros quatro, e quando seus pedidos chegam, eles engatam em uma conversa sobre os acontecimentos do outro dia, e hora Adrien, hora Marinette explicava o que tinha ocorrido desde o dia depois do baile de formatura, sobre as investigações, ameaças de Kyoko e como eles descobriram o que a família Tsurugi, e principalmente sobre onde Marinette estivera durante aqueles meses, o seu curso de moda e como ela fez para ficar "invisível" durante todo esse tempo, além de todos os acontecimentos da sua gestação, ou todas as vezes em que ela tivera que voltar a Paris como Ladybug e vira algum deles e não pode se revelar; nesse momento os olhos da Dupain-Cheng não suportaram mais e acabaram deixando as emoções vazarem, e acabaram os cinco em um abraço coletivo desajeitado com Hugo no meio, isso até Chloé fazer uma careta e começar a ter ânsias de vômito, para total divertimento dos papais.

— Nossa bebê, o que foi que você comeu?! — ela fala dramática e tampa o nariz quando Marinette pega Hugo do seu colo.

— O que foi dinda? Você acha que ter um bebê é só divertimento e risinhos? — Adrien zomba igualzinho Cat Noir faria.

— Eu vou trocar ele amor, já volto. — Marinette fala espontaneamente para a alegria de Adrien, ela pega a bolsa do bebê e se levanta para ir ao banheiro.

— Deixa eu te ajudar my Lady. — Adrien fala todo bobo se pondo em pé também.

— Não precisa, está tudo bem e também os trocadores estão no banheiro feminino mesmo. — ela rebate já lhe dando as costas.

— Ela parece outra pessoa, não lembra em nada a mulher abatida que vimos ontem, quando a transformação foi desfeita. — Alya comenta bebericando seu suco.

— Eu tive muito medo naquela hora, quando Ladybug se colocou a frente do ataque de Kyoko, e depois quando a transformação foi desfeita, primeiro veio o choque e depois aquele medo se multiplicou por mil, e quando entendi que Marinette estava em trabalho de parto, nossa foi uma surpresa tão grande e naquele momento eu só conseguia rezar para o ferimento não ser grave. — Adrien externaliza as angustias que sentira.

Nesse momento Alex,Rosita, Max, Kim, Nathanael, Mylene, Ivan, Sabrina e Lilá entraram na lanchonete, e todos ficaram muito surpresos de ver Adrien ali, os próximos minutos foram de muita euforia, brincadeira e comentários jocosos a respeito da reclusão repentina do partido mais disputado de Paris e cada um fazia uma especulação diferente dos motivos que levaram Adrien a se afastar de tudo; nesse meio tempo, Marinette já retornava com Hugo do banheiro, totalmente entretida com o filho, nem nota que os outros amigos já haviam chegado, somente quando se coloca ao lado de Adrien bem no momento que Chloé explode com Lilá, que aproveitara a distração de todos para se sentar ao lado do Agreste sem se importar com a bolsa que ocupava a cadeira.

— Essa cadeira já tem dona Rossi, pode ir levantando essa bunda de falsidade daí! — Chloé fala alto, chamando a atenção de todos.

— Tudo bem Chloé, eu posso sentar em outra cadeira. — Marinette fala anunciando sua presença a todos, e dessa vez eles ficam a ponto de explodir de estarrecimento e alegria, menos Lilá — Amor, você segura ele um pouquinho? Vou pegar mais guardanapos, acabei espirrando água na minha blusa.

— Claro Marin, me dê ele aqui. — Adrien responde já estendendo os braços e pegando Hugo, para total espanto dos outro nove — Oi filhão, você bagunçou o banheiro com a mamãe foi?

O modo como ele age, as suas falas bobas para o bebê e como Adrien se refere a ele e a Marinette, causa as mais diversas emoções e reações nos recém chegados; mas os mais abalados foram Nathanael, que ainda tinha esperanças de conquistar a Dupain-Cheng, e Lilá que ficara furiosa com a revelação. No balcão de atendimento, Marinette pegava mais alguns guardanapos e já voltava para mesa enquanto limpava sua blusa, quando esbarra em Juleka que acabava de chegar com o irmão, que sempre ia aos encontros da turma dela, na esperança de que em um desses, pudesse rever Marinette; e ao que parecia, dessa vez ele conseguira, e a Dupain-Cheng estava mais linda do que ele se lembrava, aparentou estar um pouco abatida, mas ainda assim linda.

— Marinette, quanto tempo sem te ver! — Luka saúda feliz, o que é claro, não passa despercebido pelos olhos de gatuno de Adrien que a seguiram a todo momento.

— Luka, nossa que bom te rever! Tudo bem com você? — Marinette cumprimenta educada.

— Melhor agora que estou te vendo, senti saudade de você. — Luka declara e faz Juleka revirar os olhos atrás de si, e ainda deixa Marinette envergonhada.

— Eu também senti saudades de todo mundo, como vai Juleka? Tudo bem com você? — Marinette se vira para a amiga e a abraça, e aproveita para mudar o rumo da conversa.

— Posso acompanhar você hoje, Mari? Que acha de irmos ao cinema, depois do encontro da turma? — Luka questiona sem perder tempo.

— Hã... nossa, Luka eu...— Marinette fica sem jeito com o modo como o Couffaine foi direto ao ponto.

Na mesa, Adrien assistia tudo com a maior carranca do mundo, tentava ao máximo não deixar o ciúme tomar conta, para não chatear Marinette e principalmente por que estava com seu filho no colo; mas como se fosse uma provisão divina, Hugo começou a chorar nesse momento, um chorinho fino que foi aumentando e nem quando Adrien tentou niná-lo passou, por fora o Agreste se mostrava preocupado com o filho, mas por dentro agradecia imensamente que já estava na hora dele ser amamentado, e no fundo ele se perguntava se Hugo também não estava com ciúmes da mãe. Ouvindo o chorinho do filho, Marinette esqueceu de todo o resto, esqueceu onde estava, com quem estava e esqueceu de responder a pergunta de Luka, o deixando plantado no lugar onde o encontrara; ela caminha até a mesa o mais rápido que podia, já que ainda era dolorido caminhar, e mesmo que já desconfiasse o que poderia significar aquele choro, não queria dar chance para o azar, afinal ela ainda estava aprendendo a reconhecer os diferentes choros de Hugo, e não queria cometer erros de interpretação.

— O que houve? — ela pede preocupada, sem se importar com os dois irmãos que a seguiram de perto.

— Acho que já está na hora, Hugo já deve estar com fome. — Adrien responde depositando o filho nos braços estendidos dela — E eu posso saber por que você estava correndo, dona Marinette? Não combinamos que você não deve fazer esforço?

— Eu só fiquei preocupada, não gosto de deixar ele chorar. — ela responde se acomodando na cadeira e se escorando na almofada que Adrien retirou da bolsa para ela — Você está com fome meu príncipe? A mamãe já vai tirar essa fome de você, meu amor!

Como das outras vezes, Hugo parou de chorar assim que ouviu a voz da mãe, e quem ainda estava perdido no meio daquela situação toda, começou a se encontrar e encaixar as pontas da história quando viram Marinette amamentando o bebê sem cerimônia, e Adrien os fitando com cara de pateta. Como se aquilo fosse alguma lei, todos ficaram em completo silêncio naquela mesa, encanto ouviam sua ex-colega cantarolando para o pequeno bebê enquanto o amamentava e acariciava os cachinhos loiros, e Adrien como sempre estava ali ao lado dos dois, tendo seus olhos verdes fixos, aprisionados pelos olhos verdes do filho.

— Gente, alguém me explica isso direito? Como assim você tem um filho, Marinette?! — Alex não se aguenta e expressa a curiosidade de todos os presentes.

— Correção Alex, nós temos um filho. — Adrien intervém e para dar mais ênfase no que disse, passa um braço pelos ombros de Marinette.

— Pessoal, vocês que ainda não conhecem, esse é o Hugo, nosso filho. — Marinette apresenta com um enorme sorriso nos lábios.

— Ai meu Deus, Marinette! Como ele é lindo, e é a sua cara Adrien, sem tirar nem por. — Rosita comenta se aproximando para ver melhor, com seu habitual jeito sonhador.

— Nem tanto, esse narizinho e as sardinhas são da minha Marin, é só prestar atenção pra ver, isso sem falar na marquinha de nascença que ele tem nas costas, igualzinho a mãe, é até no mesmo lugar, quatro dedos abaixo da cintura. — Adrien responde animado e para quem ouvia parecia um comentário comum e espontâneo, mas para Luka àquilo soou como uma demarcação de território.

— Nossa, ele é tão fofinho, não é amor? — Mylene comenta se virando para Ivan, que só concorda — Quantos meses ele têm, Marinette?

— Hugo só tem um dia, ele nasceu ontem as dez e meia da manhã. — Adrien conta orgulhoso.

— Mas como é possível ele ser assim tão grandinho? Como ele é fofinho! — Sabrina se derrete inteira.

Quando Hugo finalmente fica satisfeito, Adrien o pega de volta e com delicadeza passa a dar leves palmadinhas em suas costas, para fazê-lo expelir o ar, como já tinha virado habito dos dois, e assim que Hugo arrota, Adrien o deita nos braços de modo que todos possam vê-lo bem; os amigos recém chegados, se surpreendem ao verem os olhinhos do bebê, idênticos ao do Agreste. Nathanael assistia tudo calado, com sentimentos mistos o invadindo, era um agridoce controverso, afinal ele estava feliz por ver Marinette e constatar em primeira mão o quanto ela estava feliz, mas se entristeceu ao ver os anéis na mão direita dela e saber o que aquilo significava de certa forma machucava o rapaz, que se amaldiçoava por não ser ele ali, ao lado da garota gentil e de sorriso fácil; já Luka começava a ficar irracional, o ciúme o impedia de pensar com clareza, nublando seus pensamentos, e a cada troca de carinho entre o casal, o Couffaine ficava mais irado e buscava incansavelmente por formas de abalar Adrien de algum jeito. Lilá por sua vez, estava prestes a explodir, via os esforços de anos tentando se aproximar do Agreste, de pouco em pouco, sendo jogados na sarjeta, pelo simples retorno de Marinette, que ainda por cima voltara trazendo um filho a tira colo, a jogada mais clássica e antiga do mundo, ela pensava ensandecida; mas o que a pequena Rossi não sabia, é que nunca fora sequer notada por Adrien, nem mesmo quando ele pensava que considerava Marinette apenas como amiga, a verdade é que o jovem Agreste odeia pessoas mentirosas, e por isso mesmo nunca suportou a garota.

— Você não devia estar descansando, Marinette? Quando minha prima ganhou bebê, ela não saiu da cama por vários dias. — Kim pergunta aproveitando a oportunidade para se mostrar mais maduro para Chloé.

— Eu tentei convencê-la a ir pra casa descansar, mas a Marin é tão teimosa, ela vai acabar me enlouquecendo! — Adrien fala fazendo uma leve brincadeira.

— Não sou tão teimosa assim, Adrien! — ela retruca fazendo bico e acaba tendo um beijinho roubado — Bobo, é que eu já estou bem pessoal, de verdade eu já me sinto recuperada, e também estava morrendo de saudade de vocês todos.

— Ai Mari, a gente também sentiu sua falta! — Sabrina fala espalhafatosa, fazendo os outros rirem — Por onde você andou que sumiu de Paris? Nunca veio em nenhum encontro, aliás você e o Adrien nunca vieram, a gente pensou que não queriam mais saber dos colegas.

— Nada disso Sabrina, eu só andei muito ocupada mesmo, a faculdade tomou todo meu tempo, e eu tinha que me dividir entre as aulas na Mod'art, as criações para a Agreste e logo que descobri a gravidez, tudo ficou mil vezes mais difícil e corrido. — Marinette se explica parcialmente para eles, tinha coisas que eles não podia contar.

— Então é verdade o que foi dito ontem pelo seu pai, Adrien? — Max questiona impressionado — Marinette é a mesma Désir que esteve fazendo os últimos lançamentos de vocês?

— Claro que sim, minha Marin é a melhor designer do mundo! — Adrien responde ao mesmo tempo que deposita Hugo no bebê conforto com Plagg e Tikki, o filho já ressonava novamente — Os últimos tempos foram complicados para nós pessoal, mas agora vamos dar uma desacelerada e aproveitar todo tempo com nosso filho.

— Nossa, deve ser muito bom mesmo, ficar rodeado de fralda e vômito, quando podia estar aproveitando uma viagem relaxante pra qualquer lugar do mundo. — Lilá alfineta só para provocar discórdia, fazendo Marinette ficar vermelha de raiva.

— Calma amiga, lembra que não pode fazer muito esforço. — Alya intervém pressentindo o perigo, Marinette já não era a garota calma que resolvia tudo na conversa como antigamente.

— Não se preocupe Alya, essa eu tenho o prazer de responder. — a Dupain-Cheng rebate manso, a voz baixa e contida — Você Rossi, nunca entenderá o que é esse amor, essa grandiosidade que é gerar uma nova vida, simplesmente por que você é seca, é oca por dentro. É uma pessoa mesquinha, amargurada que só liga para bens materiais, nunca vai saber o que é ganhar um abraço cheio de carinho, um beijo de boas vindas, ou vai ouvir um 'eu te amo' de um filho. Esse é o dom mais importante que Deus deu às mulheres, a capacidade de ser mãe, e você nunca entenderá o que é isso, por que simplesmente não têm a capacidade de amar!

— E só pra constar aqui, não existe nada no mundo mais satisfatório, do que saber que aquela pessoinha pequenininha ali, que dependerá de você por muito tempo, é uma mistura perfeita sua e do amor da sua vida, é um pequeno milagre que você fez! — Adrien fala, chamando a atenção de todos — Então Lilá, eu não me importo com as fraldas ou o vômito, eu troco todas as viagens e regalias que o dinheiro pode comprar, por estar em casa com a Marin, cuidando do nosso filho e dos irmãozinhos que o Hugo ganhará!

— Mas você não perde tempo mesmo, não é Agreste? Você ficou com medo de não se garantir e foi logo engravidando a namorada, só pra não ter como ela te deixar? E ainda fala que vai encher ela de filhos! — o Couffaine pergunta ácido, estava mordido pelo ciúme que ele não tinha direito de ter, sem qualquer pingo de racionalidade — Agora faz sentido Marinette nunca ter vindo aos encontros da turma.

— Você está tirando conclusões precipitadas, Luka. — Marinette fala baixo, a voz tremulando de raiva pela insinuação feita.

— Mesmo que não lhe devamos satisfações do que acontece entre Marinette e eu, vou te dizer a verdade Couffaine, a gravidez da Marin foi um acidente, não foi planejado nem premeditado por nenhum de nós dois. — Adrien fala calmo e então vira seus olhos para Marinette, que se sentindo observada também o olha — Mas vou te dizer também, que eu não me arrependo de nenhum segundo sequer daquela noite, e graças àquele feliz acidente, Marinette me deu o maior presente que um homem pode querer, a maior prova do nosso amor, não é my Lady? Ah e antes que eu me esqueça, Marinette não é minha namorada, ela é minha noiva e muito em breve a Sra. Agreste, então vê lá como fala com a minha futura esposa, Luka!

— Se você não tivesse feito esse filho nela, duvido muito que iria assumir um compromisso, aposto que Marinette é só um brinquedo nas suas mãos. — Luka retruca mordido, mostrando uma versão sua bem diferente da que todos estavam acostumados, e tão feia, que os amigos não o estavam reconhecendo.

— Você está sendo ridículo, irmão! — Juleka se pronuncia pela primeira vez na manhã.

— Adrien, eu quero ir para casa. — dessa vez é Marinette quem se preocupa, Adrien era calmo todo o tempo, mas ela não podia confiar no jeito explosivo de Cat Noir — Já está quase na hora do almoço, eu preciso tomar as vitaminas e o remédio da pressão antes do meio dia.

A simples menção dos medicamentos dela, que o Agreste sabia que por serem controlados, deviam ser tomados na hora certa, desfez as feições assassinadas que estavam presentes no seu rosto, e logo ele se mostrava outra pessoa, completamente solicito e preocupado com Marinette; ele puxou o celular do bolso e ligou para o motorista, e logo em seguida começou a organizar suas coisas, deixando sob a mesa a sua parte da conta e a de Marinette.

— Cara, nós podemos ir até sua casa essa semana? Ainda temos que organizar algumas coisas. — Nino pergunta levantando-se junto com os dois, seguido de Alya e Nino.

— Se vocês forem nos próximos três dias, sim Nino, vocês ainda vão nos encontrar na casa do meu pai. — Adrien responde no momento em que vê o carro estacionar na frente da lanchonete, e logo aquele sorriso maroto, tão travesso como Cat Noir era, volta a brincar nos seus lábios — Depois disso, Marin e eu vamos nos mudar para a nossa própria casa.

Ao ouvirem a informação dada por Adrien, Rosita e Sabrina suspiram sonhadoras, pensando em como Marinette era sortuda, pensando que tudo que a amiga estava vivendo, se assemelhava a um conto de fadas; mas o que as duas cabecinhas de vento não sabiam, era as dificuldades que os dois tiveram que passar para chegar até aquele ponto.

— Então nós vamos logo e depois iremos fazer uma visita na casa nova. — Chloé sentencia, surpreendendo os demais colegas que não sabiam daquele lado dela, mas a garota nem liga para eles, sua atenção está toda voltada para Hugo no bebê conforto — Tchau coisinha fofa da dinda, agora eu quero saber o que significa essa roupa de gato preto que ele está usando, Marinette? Pode deixar que eu vou dar um jeito nisso, a dinda vai te dar uma linda roupinha de abelhinha; é ridículo, simplesmente ridículo o meu afilhado usar roupas daquele gato abusado!

Chloé alfineta Adrien, que no momento só pode olhar feio para a Bourgeois, os demais ficam sem entender nada novamente, vendo a garota agir tão naturalmente e aceitar tão bem a relação do Agreste com a Dupain-Cheng, e mais estarrecedor ainda, era ouvir ela chamando o filho dos dois de afilhado.

— Não se esqueça que ele também é nosso afilhado, Chloé. — Alya contesta e também se abaixa para se despedir do bebê — Não se preocupe Hugo, a dinda Alya não vai deixar a maluca da dinda Chloé fazer experiências com você.

— Vocês sabem que podem contar com a gente, né? Pra tudo cara. — Nino fala dando tapinhas nas costas de Adrien.

Os três acompanham Adrien e Marinette até o carro, depois que eles acenam e se despedem dos outros colegas, que continuavam com a mesma expressão de completa incredulidade no rosto, apenas aguardando Alya, Nino e Chloé retornarem, para fazê-los contar tudo que aconteceu e que eles não estavam entendendo. Rumando para a mansão Agreste, Adrien permanecia em silencio, completamente absorto nos próprios pensamentos, nem se dando conta das olhadas de esguelha que recebia da Dupain-Cheng, nem o quanto ostentava uma carranca de dar medo em qualquer um. Ele só percebe, quando Marinette resolve quebrar aquele clima, e como fez durante o baile de formatura deles, começa a puxar assunto sondando o terreno.

— Adrien? — ela o chama, e quando seus olhos pousam na jovem mamãe, se suavizam ao constatarem a preocupação estampada no rosto dela — Está tudo bem?

— Está sim Marin, eu só fiquei distraído. — ele responde evasivo, não queria deixar Marinette irritada.

— Distraído com o quê exatamente? — Marinette volta a questionar.

— Estava pensando que talvez eu tenha que mandar fazer alguns reparos na casa, antes de nos mudarmos, e que talvez precise ser dedetizada, isso sem falar na pintura. — Adrien dá uma desculpa plausível.

— Hum, mas acho que não era só isso, tem mais alguma coisa te incomodando. — Marinette não pergunta, ela afirma.

— Desculpa my Lady, eu só fiquei um pouco chateado, mas já já passa. — ele vai enrolando mais, fugindo do assunto.

— Por que você ficou chateado? — ela pergunta e quando vê que ele não vai querer falar, faz a típica expressão Ladybug mandona.

— É só que o Couffaine não larga do seu pé, no baile eu até que aguentei bem, a gente não namorava na época, então eu não tinha direito de falar nada, mas agora é diferente, temos um compromisso e um filho, ele podia se tocar né?! Isso sem falar nas olhadas furtivas que Nathanael deu em você. — Adrien responde exasperado, controlando o tom de voz para não assustar Hugo — Em resumo? Eu passei a última hora morrendo de ciúme!

— Adrien, não seja bobo! — Marinette rebate tentando conter o riso estrangulado na garganta — Luka agiu daquela forma por que foi pego de surpresa igual aos outros, logo ele percebe como foi idiota e seu comportamento melhora, e se não adiantar eu só posso dizer que sinto muito, mas ele não poderá continuar sendo meu amigo, se não respeita as minhas escolhas. Já Nathanael é assim mesmo, ele faz isso com todos, fala pouco e gosta de observar as pessoas, ele não faz por mal. Adrien, você não têm com o que se preocupar, eu já tinha feito minha escolha a muito tempo, e poderiam se passar mil anos, meu coração ainda seria seu!

— Ah Marin, não sabe como eu te amo! Eu sei que sou bobo, é só complicado de controlar, ainda mais quando se tem uma noiva tão linda assim. — Adrien fala baixo e beija o topo da cabeça dela, tentando conter a emoção — Acho que ser um gato preto deu muita sorte, ou eu nunca poderia começar essa família com você Marin, minha linda joaninha!


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