Fiquei na enfermaria com o Scorp até a enfermeira dispensa-lo. Depois ele precisou ir para o campo de quadribol pois já estava atrasado para o treino. Apensar da enfermeira aconselha-lo a não treinar hoje ele disse que iria para explicar ao capitão. Insistiu que eu fosse junto com ele, mas achei melhor ir para meu dormitório descansar um pouco.

Quando cheguei lá a Lyra já estava jogada na sua cama.

— Então o que o Carter queria? – perguntou assim que me viu.

— Ele me pediu uma chance.

— E você deu? - Ela perguntou se sentando.

Fui me sentar na cama dela para conversarmos melhor.

— Não. Eu disse a ele a verdade que estava meio enrolada com um cara e bem confusa e que não queria meter ele nessa confusão.

— E ele entendeu.

— Acho que não.

— Por que acha que não?

— Porque mesmo eu falando isso ele me beijou.

— E você retribuiu?

— No começo sim. Mas aí eu vi que estava errando e o afastei. Só que eu acho que já era tarde demais quando o afastei.

— Por que?

— Seu irmão passou lá quase no mesmo instante que nos separamos. Não sei se ele viu.

— Aí Merlin ele deve estar furioso. Já saiu da biblioteca bravo.

— Furioso e machucado.

— Como assim?

— Bom depois que eu o vi passando fiquei preocupada com o que ele poderia estar pensando de mim, não aguentei e fui atrás dele. O encontrei próximo a uma escadaria, sentado no chão de cabeça baixa.

— Tem certeza que era meu irmão?

— Claro que tenho. Eu me sentei ao lado dele e comecei a conversar com ele, até que vi sua mão machuca. Ele confessou que socou a parede para não socar a cara do Oliver. E quando ele me olhou eu vi que ele chorava.

— O Scorp chorando? Essa eu queria ver. Nem quando nosso pai brigava com ele, ele chorava. Este e um acontecimento do século. Você realmente está mexendo com ele.

— Ly eu não sei o que fazer. Estou ficando cada vez mais confusa.

— Confusa com as atitudes do Scorp ou com o Carter.

— Sinceramente com os dois. O Carter tem sido um amor comigo, ele se preocupa se eu estou bem, com tudo e se fosse pra ser logica eu deveria dar uma chance pra ele – ela fez um careta que eu ignorei – mas não acho justo com ele ficar com ele sem sentir nada entende – ela confirmou – já seu irmão eu gosto muito dele, chego a pensar que beira o amor, o carinho que eu tenho por ele. Meu coração dispara quando eu estou com ele, e todas as vezes que nós ficamos foi como se algo magico acontecesse, mas eu não consigo acreditar que daríamos certo.

— Por que?

— Porque eu não acredito que seu irmão seja capaz de mudar Ly. Não consigo acreditar que ele mudaria por mim. Não sei, mas fico insegura de dar uma chance pra ele e acabar quebrando a cara mais uma vez.

— Rose você o viu dando um fora na Katy você acha mesmo que ele faria isso se não gostasse realmente de você.

— Ele pode ter feito isso por eu estar perto. Quem sabe o que ele faria se estivesse sozinho.

— Você tem toda razão e direito do mundo de desconfiar dele, mas todo mundo merece uma segunda chance por que ele não merece.

— Eu sei Ly.

— Você e a pessoa que mais defende que as pessoas mudam. Lembro que quando seu pai descobriu que éramos amigas na estação quando íamos pro natal do primeiro ano você fez um discurso que as pessoas mudam e que acreditava que meu pai tinha mudado, pois eu e o Scorp éramos pessoas incríveis e que o babaca que seu pai descrevia na infância jamais criaria filhos tão bom quanto nós. Rose se você acreditou que meu pai poderia ter mudado por que não pode acreditar que o Scorp pode mudar. Eu acho sim que meu irmão pode deixar de ficar com as outras por ti.

— Você tem razão Ly. Não posso julga-lo sem antes dar uma oportunidade.

— Essa sim e a Rose que eu conheço.

Ela riu e me abraçou.

— Você ainda será minha cunhada.

— Você e terrível Lyra Malfoy.

Ela riu e nos afastamos, antes que pudéssemos dizer mais alguma coisa nossa odiável companheira de quarto Katy Parkison entrou.

— O professor Slugof está lá em baixo querendo falar com todo mundo.

Então nos descemos em direção ao salão comunal quando chegamos lá todos os alunos do terceiro ao sétimo ano da nossa casa já sem encontrava lá.

— Alunos gostaria de informar que este ano faremos um baile de inverno, ele acontecerá no dia vinte dois de dezembro véspera de vocês irem para casa passar as festividades. Apenas os alunos do terceiro ao sétimo ano participarão.

— Precisaremos de par? – Parkison perguntou.

— É um baile senhorita Parkison então obviamente precisam de par.

Vi quando alguns seguraram para não rir da cara de trouxa dela. depois disso o professor saiu os alunos foram dispersando. Me joguei em uma poltrona e a Lyra deitou no sofá.

— Com quem você vai?

— Não sei Ly. Acabamos de saber do baile não recebi nenhum convite ainda – eu ri.

— Mas e obvio que meu irmão e o Carter vão te convidar. Você vai com qual deles.

— De verdade não sei Ly. Está muito cedo para aceitar a proposta do seu irmão, e não sei se vou aceitar o convite do Carter, vai que depois eu volto atrás né. Isso se ele me convidar.

— Divido que não convide. E tenho certeza que receberá mais que só dois convites.

Ela olhou para o lado aonde dois setimoanista estavam conversando e olhando em nossa direção.

— Quem sabe, estou precisando experimentar novos ares – zombei.

— São bem bonitinhos.

— Tira o olho que você é comprometida.

Ela riu.

— E você já está bem enrolada com dois, não precisa de mais.

— Você tem razão. Melhor irmos para o salão principal, já está quase na hora do jantar.

— Vamos.

Nos levantamos e fomos em direção a saída mas quando estava próximo da porta escutei alguém me chamando.

— Weasley – me virei e era um dos garotos.

— Oi – respondi sem graça por não lembrar o nome dele.

— Pedro Peterson – ele se apresentou se aproximando – você gostaria de ir ao baile de inverno comigo.

— Eu? – perguntei surpresa.

— Sim.

— Por que? – não consegui me conter.

— Bom você está solteira, e bonita e nos nunca ficamos, seria uma boa oportunidade de nos divertimos juntos.

— Obrigada, mas eu vou passar seu convite.

Me virei e puxei a Lyra pra sair, mas ele me interrompeu.

— Por que?

— Porque não quero simples assim.

Dei um sorriso sem graça e sai sem esperar por mais protestos.

— Você e muito grossa Rose – Lyra disse rindo – partiu o coração do pobre coitado, poderia ao menos ter dito que pensaria na proposta.

— Pra que se não vou aceitar, aí depois ele não convida mais ninguém por minha causa e eu vou me sentir culpada.

 Espero que essa seja a mesma resposta que você de ao Carter.

— Serio não entendo o por que você não gosta dele Ly.

— Não sei meu sangue não bate com ele – ela deu de ombros – ou é so porque eu prefiro meu irmão.

Eu revirei os olhos e ela riu novamente. Chegamos ao salão principal e o Carter estava parado na porta provavelmente me esperando já que sorriu quando me viu aproximar.

— Podemos conversar? – ele perguntou quando eu estava próxima.

— Vocês não estão fazendo muito isso ultimamente? – Lyra debochou.

— Não e da sua conta né Malfoy. Meu assunto e com a Rose, por que não vai procurar seu namorado.

— Depois você me pergunta porque eu não gosto dele né. É um lobo na pele de cordeiro.

Ela saiu sem esperar mais qualquer resposta.

— Por que você foi grosso com a Lyra?

— Desculpa Rose, mas e que é obvio que ela não gosta de mim e quer me afastar de você.

— Isso não justifica você ser grosso com ela Oliver.

— Desculpa minha linda, isso não vai mais acontecer te prometo.

— Tudo bem, mas o que você quer agora.

— Você já está sabendo do baile de inverno.

— Estou.

— Então vamos juntos? – ele perguntou sorrindo.

— Oliver eu já te disse que não acho certo nos envolvermos agora. Eu estou no meio de um relacionamento complicado, estamos tentando resolver nossa situação e eu não quero complicar mais ainda me envolvendo com você.

— Rose se está complicado e porque ele não te merece. Você merece o mundo minha linda e não um relacionamento complicado. Me de uma chance de te fazer feliz. Me de uma chance de te mostrar o que é um relacionamento de verdade. Fica comigo.

Ele me encarava com olhos pidões eu não sabia o que falar.

— Não posso fazer isso com você Oliver. Eu gosto de outro e sinceramente não estou pronta para me envolver com outra pessoa.

— Eu vou esperar. Mas por favor pelo menos pense no meu convite. Você adora pensar, nem que se for para irmos como amigo.

— Tudo bem eu vou pensar.

Ele sorriu e me deu um beijo no rosto saindo em seguida em direção a sua mesa. Olhei em direção a mesa da gifinoria e vi todos meus primos, irmão e a Lyra me olhando. O Scorp era o único que parecia prestar atenção ao prato. Fui em direção a mesa e me sentei ao seu lado.

— Como está sua mão?

— Boa.

Ele disse ainda sem me olhar.

— O Carter te convidou pro baile? – ele perguntou baixinho quando os outros começaram a conversar.

— Convidou.

— E você aceitou?

— Não.

— Então você vai comigo? – ele perguntou sorrindo.

— Não.

— Por que?

— Scorp não vou decidir isso agora. Está muito cedo para resolver isso.

— Então você não rejeito por inteiro o convite dele?

— Não. Ele me pediu para pensar e eu disse que pensaria.

— E em relação a mim. Você também pensará.

— Eu já te disse Scorp. Só depende de você. Você tem até antes do baile pra me provar que mudou e que merece uma chance, se eu ver que isso e só da boca pra fora vou aceitar o convite do Carter e seguir em frente sem olhar pra trás.