Estranha Sensação escrita por Loreh Rodrigues


Capítulo 51
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Agora sim, o verdadeiro fim dessa história. Como eu disse, o epílogo é para dar uma pitadinha do que será A mesma sensação. Desfrutem!



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***

Antonieta acertava os últimos detalhes da festa de casamento enquanto a maquiadora terminava a maquiagem de Victoria. Heriberto, que já estava pronto, estava muito nervoso no local da festa, a ansiedade para aquele sim, era pungente, facilmente podia se dizer que ele estava mais nervoso que Victoria.

Fernanda finalmente chegou de viagem e teve uma rápida conversa com a mãe. Aquela animosidade de Miami não havia desaparecido completamente, mas o fato de que ela tenha aceitado assistir à cerimônia, depois que Victoria cedeu às chantagens de Osvaldo, demonstrava que a relação das duas ainda podia ter solução. Um abraço selou aquela paz que engatinhava porque, acima de tudo, se amavam verdadeiramente.

Tudo parecia perfeitamente acomodado em seu lugar e o que não estava, parecia que ia se acertar. O céu do fim da tarde trouxe um arco íris para abençoar aquele amor e produziu um ambiente perfeito para que Victoria e Heriberto se unissem e que ele soubesse que ia ser pai de um filho da mulher de sua vida.

Luiz ficou muito encabulado com a beleza de Antonieta. Os cabelos loiros e os grandes e vívidos olhos azuis da melhor amiga da noiva eram a vitrine de uma beleza que ele acreditava que nunca havia visto e o flerte começou antes mesmo do início da festa. 

Todos estavam acomodados em seus lugares e tudo estava preparado para a festa, Victoria dava os últimos retoques na maquiagem e, com Antonieta era a última pessoa que estava dentro da casa além das empregadas quando uma delas subiu até o quarto para dizer que a polícia estava lá embaixo insistindo em falar urgentemente com Victoria. 

É claro que a jovem explicou que era o casamento dela e que a cerimônia estava para começar, mas os policiais trouxeram um mandado. Quando Victoria apareceu, vestida e maquiada para seu casamento, o dia no qual ela imaginou concretizar seu maior sonho de amor, se tornou um pesadelo. 

— Senhora, nós temos um mandado e a senhora terá que nos acompanhar até a delegacia. — Disse um dos policiais com seriedade.

— Por quê? Como pode ver, senhor policial, hoje é o dia do meu casamento e meu noivo, assim como o juiz e todos os meus convidados estão esperando no jardim. — Explicou ela de cabeça erguida, consciente de que não devia nada a ninguém. 

— Eu sinto muito, mas eles terão que seguir esperando. Seu ex marido, Osvaldo, foi assassinado hoje pela manhã e uma testemunha afirma que a senhora foi a última pessoa a estar com ele. 

— O quê? — Ela questionou perplexa. — Osvaldo está morto? — Seus olhos se abriram num grande susto. — Mas se o único lugar onde eu estive hoje foi minha casa de modas e, sozinha! — Ela começou a ver a situação com desespero. 

— Sinto muito, senhora! — O policial foi ríspido. — A senhora deve nos acompanhar para prestar esclarecimentos imediatamente e, dependendo do entendimento do delegado que cuida do caso, ficará presa preventivamente. Por favor! — Apontou a porta de entrada da casa.

Victoria virou para Antonieta e viu seus próprios sonhos serem desfeitos numa fração de segundos. Não havia muito mais que ela pudesse fazer a não ser acompanhar aquele policial e tentar não ficar muito nervosa para não fazer mal a seu filho. Desde aquela manhã, ela não era um, senão dois. 

— Antonieta, ligue para meus advogados, avise a Heriberto por favor. — Pediu com lágrimas nos olhos enquanto deixava sua luxuosa mansão acompanhada de homens de roupas pretas e coturnos imponentes. 

Antes mesmo de ela terminar de sair, Antonieta avisou o advogado e depois correu para avisar Heriberto. Ele saiu da festa alarmando os convidados e deu de cara com Bernarda quando ia ligar seu carro, ela estava parada ao lado dele, elegantemente vestida e com uma incontestável cara de satisfação.

— Saia da minha frente, Bernarda, eu vou para a delegacia, Victoria precisa de mim. — Ele disse tomado por uma coragem que só se explicava através de seu amor. 

— Acalme-se Heriberto. — Ela disse com um sorrisinho de canto de boca. — Victoria não vai ficar presa, eu posso tirá-la de lá com uma única declaração, e mais sendo eu sua inimiga. 

— Bernarda, eu preciso ir a delegacia e você também... — Ele recordou o que havia acontecido de manhã. 

— Claro, eu vou fazer isso. Mas você não. Você tem nas suas mãos a chance de libertar Victoria, Heriberto, tudo vai depender de sua predisposição em fazer o que é melhor pra ela. — Explicou a mulher. 

— Do que você está falando? — Ele finalmente entendeu que ela o chantageava.

— Se você quer que Victoria seja inocentada de todas as acusações ainda hoje, você só precisa fazer o que eu vou te pedir. A liberdade de Victoria está em suas mãos. Qual a dimensão de seu amor por ela, Heriberto? 

Suas palavras lhe recordaram tudo que ele e Victoria haviam vivido e que ele havia lhe prometido fazer tudo, absolutamente tudo por ela. A mesma sensação de entrega e abnegação que os havia unido, naquele momento, os separava. 

 

***

Em breve... A mesma sensação 

 

 

 

 

 

 


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