Christopher Watson era o orgulho de seu tio, Michael. Ele havia ido para o Brasil ainda cedo e conseguiu se formar em mecânica e era um dos melhores.

Quando soube sobre a morte de seu tio, ele jurou se vingar através das pessoas que o tiraram de sua família. Ver seu pai chorar no enterro de seu tio era muito desesperador.

Então, ele seguiu Penelope e Abby bem de perto e voltou sua atenção para as mulheres do time.

Agora, ele tinha duas mulheres com ele. Uma que ele sabia que estava a três dele há algum tempo.

Any e Penelope estavam deitadas em macas. Elas estavam com olhares de pânico, enquanto Christopher andava de um lado para o outro com uma faca nas mãos, pronto para matar alguma delas.

— Você vai fazer alguma coisa? – Penelope perguntou. – Eu tenho certeza de que você está esperando que o time entre por aquela porta e te matar.

— Cale a boca. – Christopher gritou. – Ou eu vou te matar sem dó.

— Me mate e você vai para o inferno no segundo seguinte. – Penelope sentiu uma bofetada na face. – Seu idiota. Se sente melhor em bater em uma mulher?

— Não, mas eu posso sentir poder. – Christopher respondeu. – Então cale essa boca ou eu vou te retalhar.

A equipe correu para o endereço que Eric e Nell conseguiram através de um gps. Penelope sempre foi esperta. Ela nunca havia dito que suas roupas haviam um GPS do tamanho de um grão de arroz.

De saias a sapatos, ela tinha GPS para esses casos. Felizmente, Derek sabia que Any estaria no mesmo lugar e eles estavam dispostos a recuperar ambas as moças.

Olhando para todo mundo da equipe, menos Abby, que ficou na BAU com as crianças, foram para o resgate.

Steve estava pronto para recuperar sua família, nem que isso custasse seu emprego. Eles tinham o apoio de Fornell também que estava querendo trocar idéias com Any sobre novelas.

Christopher sabia que o fim estava próximo. Seus pais haviam morrido há poucos meses e ele os seguiria logo. Pegando uma arma, ele se sentou na cadeira ao lado de cama e suspirou chateado por isso.

Bem, ao menos ele fez o que o tio não conseguiu. Ele levaria consigo uma das garotas.

Steve estava com fome de sangue. Sangue de Christopher. Ele salvaria a família que estava vindo e salvaria sua esposa. Ele nunca esqueceria de salvar Penelope também. Ele adorava a garota loira. Derek e ela eram muito amigos e ele tinha uma obrigação moral de protege-la.

Sentia como se ela fosse sua irmã. E ele a salvaria com a ajuda de Derek e de todo mundo.

— Muito bem, estamos aqui para salvar duas de nossas agentes. – Hotch começou a gritar. – Penelope Morgan e Any McGarrett estão dentro dessa casa, em estado ainda desconhecido.

— Nós vamos correr e não deixar as mulheres serem mortas. – Gibbs gritou. – Esse homem, Christopher Watson é o único homem que merece ser baleado. Tantas vezes quanto quisermos. Apenas deixem os alvos óbvios para Steve e Morgan.

Olhando para Any, ele a descartou. Christopher tinha limitações com grávidas e mesmo que ele quisesse matar ela, ele não faria. Pegando a faca nas mãos, ele foi em direção a Penelope.

— Eu vou fazer um serviço ao mundo. – Ele empunhou a faca no alto e depois a jogou contra o corpo de Penelope quatro vezes.

A porta literalmente voou quando Steve e Derek a chutaram. Derek congelou na visão de Penelope quase inconsciente. Ele sentiu o ódio subir nele e não hesitando, ele começou a atirar.

Steve e Jenny deram os três tiros fatais. Um no coração, um na cabeça e outro no estomago. O resto do time o furou de balas, tanto que ele caiu morto no chão instantaneamente.

Derek largou a arma e correu até Penelope, checando se ela ainda tinha pulso. Os olhos dela se abriram um pouco e Derek começou a chorar.

— Baby Girl, eu preciso de você. – Derek se ajoelhou na frente de Pen. – Nossa filha precisa de você, o mundo também.

— Cuide.... Dela.... Por... Favor. – Penelope falou com pausas. – Eu te amo.

Ela parou de respirar. Derek pulou sobre ela e começou a fazer massagem cardíaca nela, tentando trazer o amor de sua vida de volta.

Steve desamarrou Any da maca e a puxou para seus braços. Ele percebeu que apesar de fraca, ela estava bem.

— Eu tive medo de não te ver mais. – Any beijou Steve nos lábios. – Eu sinto muito não te contar sobre o bebê. Era para ser uma surpresa.

— Eu sei. – Steve colocou a cabeça dela em seu ombro. – Descanse um pouco, certo?

Ela fechou os olhos e sentiu Steve a levar para fora. O comandante olhou para a equipe de emergências, atendendo Penelope. Any foi colocada em uma maca para ser levada a emergência e fazer exames.

Penelope precisou ser atendida rapidamente e como ela já estava em uma maca hospitalar, eles colocaram tudo e a levaram assim mesmo.

Derek foi segurado pelo time todo quando Penelope foi levada para fora. Danno o colocou literalmente contra parede, impedindo que Morgan fosse e atrapalhasse no atendimento.

— Morgan, olhe para mim. – Danno segurou Derek na parede, o impedindo de sair. – Você precisa juntar a cabeça e deixar Penelope ser atendida.

— Ela morreu nos meus braços. – Derek literalmente gritou. – Ela tem uma filha que acabou de nascer e merece a mãe! Será que não me entende?

— Eu tenho dois filhos, Derek. – Danno colocou um pouco de juízo em Derek. – Eu entendo o que você está sentindo. Você quer proteger sua esposa. Ela passou por muita coisa. Penelope parece uma irmã que eu, mesmo tendo algumas, é maravilhosa. Agora você precisa chegar naquele SUV, entrar e ir para o hospital, cuidar da sua filha e da sua esposa. Porque quando ela acordar, ela vai te querer.

Derek suspirou quando entendeu o recado. Ele respirou fundo e entrou na SUV, esperando o resto da equipe.

Gibbs estava sobre o corpo de Christopher, olhando para o homem morto a sua frente. Ele estava esperando Ducky e Palmer para buscarem o corpo.

— Vamos para o hospital, Jen? – Gibbs colocou a mão nos ombros da esposa. – Eu acho que você pode estar em choque.

— Eu só queria ter acabado com esse lixo há muito tempo. – Jenny balançou os cabelos. – Talvez eu deva mesmo ir ao hospital.

Steve chegou com Any no hospital e observou a equipe médica examinando ela e as palavras que ele ouviu, fizeram seu coração melhorar.

Sam e Callen estavam com Hetty, Kensi e Deeks já no hospital.

Any foi liberada pelos médicos, apesar de ter uma leve concussão. Steve prometeu cuidar dela em casa e a obrigar a ficar sentada o tempo todo.

— Então? – Fornell perguntou. - Como você está?

— Com vontade de comer uma torta inteira. – Any brincou. – Eu comeria uma torta inteira que minha mãe sempre fazia lá no Brasil. A gente assistia novela e comia um pedaço de torta.

— Novelas? – Fornell adorava as novelas brasileiras. – Eu queria perguntar, é verdade que Avenida Brasil vai voltar nas tardes? Eu adorava a Carminha e o Tufão.

— Eu vou comprar os dvd’s das novelas para você maratonar. – Any deu um sorriso irônico. – Mas eu te recomendo chocolate com pimenta, Alma gêmea ou quem sabe verdades secretas.

— Se eu começar a maratonar as novelas vou ficar uma vida toda. – Fornell sorriu. – Então, você está grávida?

— Sim, Steve trabalha rápido. – Any deu uma risada. – Nadadores maravilhosos.

Todos olharam para Derek ainda em silêncio. Ziva estava com LJ nos braços e Abby entregou Jennifer para Derek e beijou sua cabecinha.

— Penelope Grace Morgan? – Um médico se aproximou e todo mundo se levantou em expectativa.

As coisas finalmente melhorariam?