Hostage Situation. escrita por Any Sciuto


Capítulo 10
Baby Steps




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— McGee! – Abby gritou, procurando pelo namorado. – Tim!

O agente se levantou da cadeira correndo e entrou no quarto de Abby. Ele a olhou e viu nos olhos dela que agora ela se lembrava. Se lembrava de todos os dias que acordaram juntos, dos dias em que eles...

— Tim, por que está tão longe de mim? – Abby queria que ele a abraçasse e dissesse que tudo ficaria bem entre os dois. – Eu preciso de você.

Dando um passo à frente, Tim envolveu os braços ao redor da cintura de Abby, com cuidado e a beijou. Ele sorriu contente com o fato que sim, agora ela se lembrava de tudo.

Pegando a pequena caixa de anel no bolso, McGee não podia esperar mais.

— Casa comigo? – Ele perguntou, quase em um sussurro. – Eu não posso esperar mais.

— Eu caso sim. – Abby o beijou com tanto carinho quanto conseguia pensar. – Eu preciso saber uma coisa. Você me pediu em casamento apenas porque eu estou aqui? Ou já planejava fazer isso?

— Isso foi muito antes de você estar aqui. – Ele não sabia quanto ela realmente sabia. – Meses antes de a gente oficializar nosso namoro. Muito tempo.

— Eu te amo, Tim. – Abby suspirou. – Do jeito que meu pai e minha mãe se amavam.

— Eu sei. – Timothy abraçou Abby. – Mas, tem algo que eu deveria te contar. Uma moça chamada Penelope está em cirurgia. Logo depois que você, Jenny, eu e Gibbs fomos resgatados, Watson a sequestrou e atirou nela.

— Ela vai ficar bem? – Abby perguntou, nervosa.

— Nós não sabemos ainda. – McGee suspirou.

Derek observou os médicos saírem da sala de operações, cobertos de sangue nos aventais. Ele sabia que era o sangue de Penelope. O que não o impediu de imaginar o que estava por vir.

Sua esposa está morta. Foi uma das primeiras coisas que ele pensou. Fizemos tudo o que podíamos, mas a bala acabou machucando ela o suficiente e ela sangrou até morrer.

— Penelope Morgan? – O médico viu Derek pular para frente. – Fizemos tudo o que podíamos. A bala machucou o suficiente e seu bebê acabou morrendo, mas ela vai sobreviver.

Derek caiu na cadeira, anestesiado com o momento. Penelope estava viva, mas o bebê não.

— Eu posso ver ela? – Derek perguntou. – Eu preciso ver Pen.

— Claro, ela está na UTI cirúrgica, mas você pode ver ela. – O médico disse e uma enfermeira levou Derek até lá. – Agente Gibbs, posso falar com você?

— Claro. – Gibbs sabia que tinha algo que o médico deixou de fora, tentando poupar Derek de algo. – Qual o problema?

— Descobrimos algo em Penelope e eu tenho medo de perguntar. – O médico entregou o relatório médico dela. – Ela tinha uma grande quantidade de ferimentos que não eram de hoje, mas de muitos anos. Alguns não receberam tratamento adequado e curaram de qualquer jeito.

— Acha que ela foi torturada? – Gibbs precisaria perguntar a Hotch sobre aquilo.

— Provavelmente. – O médico olhou para os agentes. – Deixo isso com você.

Hotch encontrou Emily dentro de um quarto, sendo examinada. Seu romance secreto quase era uma tortura para ele, mas parecia ser perfeito para ele.

— Você está bem? – Hotch a ajudou a descer da cama.

— Aaron, eu tenho que dizer algo. – Entregando um papel, Emily aguardou a reação do marido. – Estou grávida.

Hotch olhou para o exame e começou a chorar de emoção. Apesar de ter Jack, ele sonhava com outro filho. Ele a beijou nos lábios e a levou para sala de espera. Agora era a hora de revelar para todos.

Quase todo mundo havia se mudado para o NCIS. Eles se arrumaram no MTAC para que todos recebessem instruções. Jenny, Hetty e JJ estavam pronta caso houvesse um conflito entre agências.

— Estamos aqui porque Michael Watson sequestrou a mim, Gibbs, McGee, Abby e Penelope Morgan. – Jenny começou. – Como todos sabem, Penelope acabou de sair da cirurgia e parece que vai ficar bem. Abby finalmente se lembrou de McGee.

— Michael era capitão da marinha antes de mandar sequestrar a filha que é deficiente visual e a esposa para conseguir dinheiro. – Hetty assumiu. – Ele tem parceiros em todas as partes do mundo. Washington, Havaí, Los Angeles, Brasil e Iraque.

— Nós estamos reunindo alguns integrantes brasileiros para encontrar e capturar esses parceiros por lá. – Jenny reassumiu. – Todas as agencias irmãs aqui reunidas serão responsáveis por informar o NCIS.

— Em outras palavras. – Gibbs se levantou. – O NCIS de Washington será a agência que comandara a coisa toda.

— Um segundo. – Steve se levantou. – Eu acho que a Five 0 deveria ser a responsável.

— Nada disso. – Hotch encarou o comandante. – O FBI tem jurisdição nesse caso. Nossa analista foi sequestrada e baleada.

— Mas o NCIS de Los Angeles foi a primeira agência a enviar relatórios sobre ele. – Callen se opôs. – Temos jurisdição.

— SENHORES! – Jenny gritou atraindo a atenção de todos. – Todos aqui terão jurisdição. Todo mundo aqui precisa pegar os cumplices de Watson. Eu vou colocar vocês no canto da disciplina se começarem a quererem ser os alfas. Nesse momento, as mulheres serão as líderes do caso.

— As mulheres? – Tony perguntou, achando engraçado. – Vamos discutir o caso pintando unha?

Ele logo se arrependeu, mas não antes de receber três tapas em sua cabeça.

 Ziva, JJ e Kensi davam olhares mortais para ele e sabiamente ele se sentou de volta.

— Se for necessário, sim Dinozzo. – Jenny cruzou as mãos sobre a barriga. – Vamos discutir o caso pintando as unhas e eu vou providenciar um esmalte rosa para você.

— Não precisa. – Tony sentiu as bochechas ficarem vermelhas. – Apesar de rosa ser a cor preferida da Ziva na hora...

— TONY! – Ziva o fez se calar.

— Desculpe. – Tony se encolheu. Ele não desafiaria a esposa. Afinal, ela era do Mossad.

— Certo, agora há outra coisa que precisamos discutir. – Jenny colocou uma cópia do relatório médico de Penelope na tela. – O médico de Penelope nos mostrou isso. É uma cópia do relatório médico onde Penelope tem marcas de tortura, e outras coisas de anos anteriores a sua entrada no FBI.

— Eu nunca vi isso. – Hotch se levantou. – Como vamos descobrir isso?

— Precisaremos esperar. – Jenny suspirou. – Só Penelope poderá nos dizer como e quando isso aconteceu.

Derek entrou no quarto de Penelope. A esposa parecia muito frágil e ele se sentiu pequeno. A mão dela estava sobre o estomago e ele a pegou. Como a outra tinha o soro em seu braço, ele olhou para o rosto dela.

— Eu vou estar com você, Baby Girl. – Derek sussurrou. – Com você para sempre.

Abby insistiu para McGee a levar até onde Penelope estava. Ela olhou para o homem escuro, segurando a mão dela enquanto olhava para ela.

— Com licença? – Abby perguntou. – Senhor Morgan?

— Sim. – Derek se ajeitou. – É Abby, não?

— Isso. – Abby sentiu McGee empurrar a cadeira de rodas mais perto. – Eu precisava vir aqui e ver Penelope. Como ela está?

— O médico disse que ela vai ficar bem. – Derek limpou as lágrimas. – Mas ela perdeu o bebê.

—Sinto muito que ela tenha sido arrastada para isso. – Abby pegou a mão de Derek. – Eu sei que você não acredita muito em Deus, eu consigo sentir que você tem um segredo que esconde de algumas pessoas, mas Penelope tem um motivo para voltar.

— Como você sabe? – Derek olhou para a jovem.

— Penelope e eu nos conhecemos em uma feira de computação há cinco anos. – Abby sorriu. – Ela foi a única que conseguiu me derrotar na batalha gamer.

Derek sorriu. Era a coisa que Penelope faria. De repente, Derek ainda com a mão em Penelope, sentiu a dela se contrair ainda que fracamente na dele.

As coisas talvez estavam melhorando.


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