A canção de Sakura e Tomoyo: melhor chamar Sakura escrita por Braunjakga


Capítulo 42
Anexo: Reis e Rainhas da Espanha




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Capítulo 40

Apêndice: Reis e Rainhas da Espanha (usados nessa história)

 

Por mais incrível que possa parecer, a Espanha real que todos nós conhecemos foi formada pela união de SETE REINOS (Castela, Leão, Galícia, Aragão, Valência, Granada e Navarra), dois principados (Catalunha e Astúrias) e três reinos menores (Mallorca, Murcia, Toledo, apesar que o que vai ser mostrado nos livros de história é só a união de Castela com Aragão, mas tem bem mais...), num processo que durou quase quinhentos anos, desde as guerras de reconquista até o casamento dos reis católicos. Até hoje, o país é uma monarquia, com dois breves períodos de sua história em que foi uma república.

Hoje em dia, Espanha é um país diverso e plural, com muita gente distinta vivendo em suas fronteiras e muitos idiomas sendo falados ao mesmo tempo. Quando digo línguas, não falo coisas que todos conhecem, como espanhol, Francês ou Árabe, mas sim, Asturiano, Extremandurenho, Leonês, a língua Aranesa, o Valenciano, e por aí vai.  Por causa disso, há diversos povos em seu território pedindo por mais identidade própria, como os Bascos. Baseado na pluralidade de seu povo, essas “Canções de Sakura e Tomoyo” entram em seu quarto movimento pegando emprestado um pouco da sua história e da sua cultura (e fazendo uma livre interpretação dele em alguns casos).

Abaixo vai uma listagem com os reis e rainhas da Espanha usados nessa história. Deve ser levado em conta que é uma lista puramente fictícia sem compromisso nenhum com a historiografia real, feita unicamente com propósitos de dar um corpo e uma roupagem histórica para alguns personagens que vão aparecer de agora em diante por aqui, como o Rei Felipe VII e a Princesa Sophia.    

 

Os reis e rainhas da Espanha até os dias atuais:

(Datas em parênteses marcando o início e o fim dos mandatos)

 

Dinastia dos Trastâmaras

 

Isabel e Fernando (1492-1519) — os católicos

Joana (1519-1525) — A louca. O governo foi assumido por seu marido, o príncipe Maximiliano.

 

Dinastia dos Habsburgos 

 

Carlos I (1525-1580) — Filho do Príncipe Maximiliano. Investiu na colonização das Américas.

Felipe I (1580-1640) — O grande. Expandiu o império até os confins do mundo.

Felipe II (1640-1680) — Enfrentou crises territoriais.

Carlos II (1680-1700) — O amaldiçoado. Nasceu cheio de problemas de saúde e não deixou filhos. Nomeou como herdeiro seu sobrinho, filho de sua irmã, Felipe de Bourbon, mas seu irmão, O Arquiduque de Áustria, se opôs à ideia e iniciou uma guerra de sucessão ao trono que rachou o reino ao meio.

 

Dinastia dos Bourbon

 

Felipe III (1700-1730) — O francês. Enfrentou uma guerra de sucessão no país e travou combates contra a Áustria e a Inglaterra, perdendo ambos.

Carlos III (1730-1775)

Felipe IV (1775-1799) — O duro. Depois da revolução francesa, sofreu pressões para criar um parlamento próprio no país, mas conseguiu se segurar e a monarquia continuou absoluta.

Carlos IV (1799-1807) (1814-1822) — O infeliz. Viu as colônias da América declararem independência e ser afastado do governo por Napoleão. Muitos acham que a invasão do país foi facilitada pelos parlamentaristas insatisfeitos com o absolutismo do rei. Enquanto esteve afastado, José Bonaparte, irmão do mandatário francês, ocupou o trono. Sem ter o desejo de um parlamento próprio realizado, o povo derrubou o francês e voltaram com o Rei Carlos IV novamente, mesmo ele sendo e continuando absolutista. Em seu reinado, ele não cedeu à pressão popular por mais liberdades.

Felipe V (1822-1839) 

Felipe VI (1839-1860) — Durante o seu reinado, aconteceu uma tentativa de levante republicano. Sentindo-se ameaçado pelo irmão, Carlos, o rei se refugiou em Barcelona.

 

(depois que o Rei Felipe VI se refugia em Barcelona, tem início uma fase da história real chamada de “reis catalães”, ou seja, reis que nasceram na cidade de Barcelona ou arredores)

 

Os reis catalães 

 

Maria I (1860-1864) — A breve. Nascida em Barcelona durante a fuga do pai. No pouco tempo que ficou no poder, ela criou finalmente o parlamento, transformando a monarquia em constitucional pela primeira vez na história, restringindo o poder do rei e dando toda a autoridade ao primeiro ministro. Nesse tempo, foram criados dois grandes partidos: Conservador e Liberal. Os conservadores buscavam manter o rei no poder, mas os liberais queriam uma república. Curiosamente, foi obrigada a renunciar ao poder por pressão dos Conservadores e de seu tio Carlos, que não queriam ver uma mulher no poder.

Sergi I (1864-1936) — O cruel. Nascido em Tarragona. Assumiu o poder quando tinha apenas 10 anos. Durante o seu longo mandato, viu a revolução industrial chegar ao país, a criação do partido trabalhista e o racha no partido liberal, entre os mais liberais e os republicanos. De início, era um rei amável e vivaz, mas depois de perder a primeira esposa, ver a ascensão do comunismo e sofrer levantes nacionalistas na Galícia, no País Basco e na Catalunha, tornou-se um rei cruel e amargo. Nos últimos anos de sua vida, perdeu a confiança na política e entregou o poder do primeiro-ministro aos generais. Teve três filhos: Albert, Miquel e Andoni.

Albert I (1936-1939) — Nascido em Badalona. O Atleta. Participou das primeiras olimpíadas modernas e ganhou as primeiras medalhas para a Espanha. Tirou o poder dos generais e organizou eleições livres no país, eleições estas vencidas pelo partido trabalhista, que não era simpático à monarquia. Em seu mandato, sofreu tanto pressões dos republicanos para realizar um referendo entre monarquia e república, quanto pressões dos generais que seu pai havia posto no poder para acabar com os partidos políticos, assim como havia acontecido na Alemanha e na Itália. Foi morto sob condições misteriosas, até hoje não totalmente esclarecidas. Até hoje, os republicanos são considerados culpados da morte do rei. Morreu sem filhos e muitos acreditam que era efeminado. 

Andoni I (1939-1980) — O basco. Terceiro filho de Sergi I, nascido em Lleida, filho da segunda mulher de Sergi (o rei se casou com uma basca, Petra Iriarte, para ver se acalmava os ânimos nacionalistas por lá, mas no fim, teve um casamento infeliz, culpa do próprio amargor do rei. A Rainha Petra ainda viveu por muitos e muitos anos, até a década de 70). Em seu reinado, o país foi governado pelos generais. Para despachar outros serviços administrativos e políticos, o partido conservador foi o único autorizado a funcionar. Os outros partidos continuaram a existir, só que com capacidades limitadas. Viu o irmão Miquel ser exilado pelos generais por suas posições nacionalistas catalães, mas viu-o voltar do exílio em 1976, em plena reabertura democrática. Em seu reinado, acabou com a regra em que apenas homens podem assumir o trono, mudando-a para o primeiro filho, seja homem ou mulher. Mesmo assim, suas duas primeiras filhas, Uxue e Maitê, renunciaram ao trono em prol do irmão mais novo, Felipe, por acreditarem que um novo levante republicano era iminente. Foi assassinado por um agente das brigadas bascas infiltrado na guarda real, grupo este que lutava pela independência da região no século XX. Gostava tanto de Euskadi que Foi apelidado de "O Basco". Casou-se com uma mulher de lá, Rainha Begoña Pozueta. Amava tanto a mulher que, depois que ela morreu, demorou anos para se recuperar.     

 Felipe VII (1980- ) — O rei soldado. Assumiu o trono quando tinha 15 anos apenas. No começo de seu mandato, ele não exerceu todas as suas funções como rei, nem sequer se casou. Resolveu terminar sua formação militar e lutar na guerra civil basca contra as brigadas que tomaram o poder no país e assassinaram seu pai. Enquanto esteve na guerra, nomeou seu irmão caçula, Jordi, como vice-rei. Cansado de ser um substituto do irmão enquanto a guerra se prolongava, Jordi renunciou à todos os postos e deveres reais que tinha direito em 1999, escrevendo um polêmico artigo no jornal conservador "ABC", abandonando definitivamente a família real.

 

Atualmente, se nada acontecer, a próxima na linha de sucessão é a princesa Sophia, filha da Rainha Helena da Turquia. Hoje em dia, há muitos protestos contra a monarquia, que se tornaram mais evidentes depois da renúncia do infante Jordi à família real. Outro problema enfrentado pelo rei é o desejo da Catalunha, País Basco e Galícia de terem um estado próprio, alegando razões históricas para isso e baseando-se também na desfragmentação da Iugoslávia. Os galegos apenas querem ser um estado dentro do estado, como a Escócia e o País de Gales são, mas os catalães e bascos vão além, reivindicando independência total. 

       

 


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