Amnésia escrita por leviathan


Capítulo 2
O Estranho chamado Erwin




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   Levi recebe alta. Mas não tem para onde ir, ele não sabe para onde ir.


       O médico disse que o levará para sua casa, em Sina; para a surpresa dele, significa que eles moram na mesma cidade? Levi não sabe dizer onde é isso e o que significa. Ele apenas observa o homem preenchendo uma lista de papéis para sua liberação, conversando com um homem mais alto que o doutor, mas igualmente loiro, outro médico, ele sabe, talvez o amigo que mencionou.


     Apenas um dia se passou desde que ele voltou definitivamente do coma. O Dr. Erwin foi o único a examina-lo e questiona-lo frequentemente sobre coisas que provavam sua lucidez sem traumas neurais. A enfermeira ruiva era silenciosa, e parecia assustada toda vez que o Dr. Erwin se aproximava, outro detalhe que Levi percebeu é que ele mesmo se sentia ansioso e enjoado quando o médico se aproximava muito dele. Nenhum outro médico ou enfermeiro entrou no quarto dele.


         - Vamos? Levi?


         - Ah... sim... - Levi se levanta do acento no corredor em um banco, Erwin vem e segura gentilmente em seu braço para ajudá-lo a andar - Obrigado, senhor.


       Erwin o conduz para o estacionamento do hospital cuidadosamente, Levi têm costelas fraturadas, ombros deslocados e um braço trincado, sem contar a rachadura no crânio. E o homem anda devagar com ele, era um hospital grande e o estacionamento estava cheio de veículos. Esse homem disse que eles estão em um dos distritos de Maria na região de classe 3, Levi não tem ideia do que isso signifique.


         - Sente devagar. - Erwin diz ao abrir a porta de trás para ele.


         - Obrigado. - Levi entra e senta perdendo o fôlego, ele sente seus ossos protestarem.


         - Levi?


         - Estou bem.


         - Me desculpe. Mas temos uma grande viagem para Sina. - Erwin diz com ar de dó a ele.


          O homem vai par o banco da frente ligando o carro e o ar condicionado deixando o lugar agradável, Levi vê ele colocando o cinto e por algum motivo ele sabe que também dever colocar. Ele tenta puxar a fivela, mas seus braços feridos com colaboram.


         - Ai. - ele geme com o esforço.


         - Não precisa colocar, o cinto só irá te machucar. Não é obrigatório usar se você está no banco de trás.


         - Ah. - Levi sorri em agradecimento.


         Eles partem para essa viagem. Depois de uma hora, Erwin liga um dispositivo e música começa a soar baixinho. O som suave embala Levi a um cochilo.


         Quando Levi acorda novamente. Ele vê Erwin dando dois cartões a um homem em uma cabine de concreto e um túnel claustrofóbico, há também uma barreira na frente do carro. Ele vê que os cartões são na verdade suas identidades, como a dele mostrado antes. E quando o homem da cabine devolve uma das identidades, Erwin mantém seguro na mão apoiado no volante facilitando a visualização de Levi atrás:


         - - : Erwin Smith
         - - .: - -   - - : 34 anos
         - - : Paradis
         Classe: 1° ( Sina )
         Dinâmica: Alpha ( male )
         Filiação : Comandante / Dr. Traumologista
         - - : - -
         - - : - -


       Levi lê rapidamente as partes que lhe chamaram a atenção. Quando o homem entrega o outro cartão, a barreira na frente do carro se abaixa e Erwin dá a partida segundo em frente.


         - Já estamos chegando? - Levi questiona um tempo depois.


        - Quase. Estamos na metade do caminho para chegarmos a outra guarita de segurança, aí estaremos quase em casa. - Erwin diz sem tirar os olhos da estrada.


        Levi sussurra um: tudo bem, e olha para a janela, não havia quase nada do lado de fora, apenas uma estrada sem fim e campos verdes, bonito de se ver, mas depois de um longo tempo fica tedioso de olhar, ele fecha os olhos cansado de ficar sentado o dia todo.


        Enquanto ele tenta dormir para o tempo passar, as informações que ele descobriu vem em sua mente: Erwin tem 34 anos; ele é bem mais velho que eu aparentemente, e ele também é da classe 1 ou 1° classe, havia muito mais informações no cartão dele que no meu. Ele suspira ao notar que ele não leu tudo e não entendeu quase nada... A parte da dinâmica, o dele era diferente do seu também... O que isso significa?


         - Está sentido dor?


         Levi abre os olhos para o homem olhando para trás, diretamente para ele.


         - Não, senhor.


         - Você cheir... parece ansioso, quer que eu pare um pouco? Está com fome?


         - Não. Estou bem.


        Erwin volta sua atenção a estrada novamente, agora estava escurecendo em um degrade bonito ao horizonte se formou. A viagem durava mais ou menos cinco horas e meia, Levi cochila mais um pouco e é acordado com a mão levemente tocando seu ombro bom.


         - Chegamos. - Erwin anuncia com um sorriso.


         - Oh. - Levi olha para os lados, ele não tinha percebido que havia dormido tanto. Estava a noite, mas dava de ver as casas próximas.


         Com a ajuda de Erwin, Levi saiu do carro e olha em volta novamente, eram casas enormes com muros baixos com flores e árvores nas calçadas. Então ele olha para frente, a casa que ele ficaria hospedado era tão grande e bonita como os dos vizinhos.


         - Eu quero que enquanto estiver aqui, que você se sinta em casa, por favor. - Erwin falar o levando para dentro.


         Quando o homem ascende as luzes, Levi pisca com dificuldade, seus olhos ardem com a luz forte tão de repente.


         - Você está com fome? Foi uma longa viagem. Você quer que eu o ajude no banho ou dá conta sozinho?


         - Sozinho. - Levi responde rápido demais, mas ele fica surpreso e nervoso com a possibilidade desse homem olhando-o nu por completo.


         - Ótimo. Assim poderei fazer o jantar enquanto você se lava. - Erwin diz satisfeito parecendo não perceber nada.


         Levi acompanha Erwin escada acima, o homem se desculpas de cinco em cinco segundos por não ter pensado que as escadarias seriam um tormento para Levi e seus ferimentos.


         - Está tudo bem, senhor. - Levi força um sorriso, e para a surpresa, o homem para no degrau e toca seu rosto estranhamente.


     - Mesmo? Estou tão contente em te ver sorrir. Isso é bom. - Erwin diz. Para Levi isso foi embaraçoso, sem contar que isso foi estranhamente esquisito, a sensação de enjoo borbulha seu estômago, ele acha que fez uma careta, pois o homem se afasta e pigarea - Esse é o seu quarto.


         Levi fica confuso, bom, a casa era uma legítima mansão luxuosa, e ele não se lembra de como deve um quarto de visita para comparar, mas ele acha esse quarto é muito luxuoso e cheio de coisas para um quarto destinado a visita.


         - Hã... obrigado, senhor. Mas é um quarto... muito para mim...


         - Não não, eu quero que você se sinta em casa e acolhido. - Erwin se apressa conduzindo Levi para o meio do quarto - Enquanto você estava em coma e eu procurava alguém da sua família, eu também comecei a preparar esse quarto para caso precisasse, tudo o que está aqui é para você, pode usar o que quiser. O banheiro é ali. - ele aponta para uma porta no canto do quarto - Eu vou descer para fazer nosso jantar agora, sugiro que você fique aqui, para não se esforçar. Eu trarei seu jantar.


         - Ok. Obrigado.


       Levi não olha muito pelo quarto quando fica sozinho, ele vai apenas para o banheiro e começa a tentar se despir, esse simples ato o provoca muito dor, mas ele consegue. Ele se lava devagar, seus braços e tórax doem a cada tentavira de movimento, a água morna arde suas feridas em baixo das ataduras pelo corpo.


         Ao terminar o dificultoso banho, ele descobre que tem que trocar de curativo antes de se vestir, todos os curativos na verdade.


         - Droga. - Levi resmunga ao ver que o Erwin terá que ajudá-lo sim, mesmo que ele não queira. Então ele se enrola na toalha e senta na cama para esperar a volta desse homem.


         Quando o homem volta, ele antes de entrar bate na porta.


         - Pode entrar, a casa é sua. - Levi observa que o homem também se lavou e trocou de roupas assim que entrou, bermuda e uma camisa branca simples.


         - Mas por hora, o quarto é seu. - Erwin diz encostando a porta, então ele olha para a figura de ataduras ensopadas - Quer que te ajude?


         - Sim, por favor. - Levi diz baixinho e ele vê o sorriso estranho que o homem dá. Ele segura a toalha no quadril debilmente.


         - Você vestiu a roupa íntima?


     Levi nega corando levemente, então ele se dá conta que provavelmente está sozinho com um homem desconhecido, estando nu, vulnerável. O instinto interno de Levi o faz entrar um leve pânico.


         - Tudo bem. - Erwin diz gentilmente sentindo o pânico de jovem, ele vai a uma porta mais estreita do outro lado da porta do banheiro e entre, quando o homem saiu porta outra vez, ele carregava uma muda de roupas e uma caixa branca - Tudo bem? Pode confiar em mim.


         Levi acena levemente. Então o homem coloca a caixa ao lado dele, assim como as roupas, ficando só com a cueca na mão, Levi corou violentamente agora.


         - Só... só levante os pés. - Erwin diz baixo. Levi obedece para ver o homem vestir a roupa nele rapidamente pelas pernas, um pouco mais confiante, ele se levanta para Erwin subir o tecido por baixo da toalha - Pronto.


       - Obrigado. - Levi diz envergonhado, mas o homem somente acena e vai para o caixa mostrando ser uma caixa de suprimentos para curativos. Então Levi agradece internamente pelo fato que seu bem-feitor ser um médico.


         - Irá doer um pouco para retirar os curativos.


         - Tudo bem.


         Com isso, Erwin começa seu trabalho minucioso e com capricho ele seca e limpa todos os ferimentos, aplica remédios e envolve novas ataduras. Levi percebe o cuidado desse homem para não o expor desnecessariamente ou machucar em cada troca de ataduras, quando Erwin se dirigiu para as pernas, ele se preocupou em vestir a camisa do pijama de botões para facilitar a colocação. Levi novamente agradeceu por ter sido posto uma cueca nele, e quando o doutor trabalhou em suas pernas, ele não estava completamente te nu e vulnerável. Quando as últimas ataduras foram enroladas em seu tornozelo, Erwin o vestiu com as calças frouxas e confortáveis do conjunto do pijama.


         - Você quer o jantar agora? Ainda são 18:40, ou...


         - Eu quero jantar agora... por favor. - Levi tenta ser educado, ele não sabe exatamente como era antes, o melhor é ser educado e arredio para todos os efeitos.


         Erwin sorriu parecendo encantado.


         - Não precisa ficar dizendo por favor ou obrigado por tudo, Levi.


         - Como quiser, senhor.


         - E sem senhor, também. - Erwin diz colocando as mãos na cintura - Sabe meu nome, pode usá-lo.


         Levi acena, péssima decisão, isso faz eu ombro latejar.


         - Levi?


         - Não é nada...


         - Está com dor. - Erwin tira do bolso da bermuda um frasco - São analgésicos. Tome um quando a dor vier.


         Ele entrega a Levi que rapidamente toma um comprimido.


         - Obrigado. - Levi diz e Erwin morde os lábios, então ele percebe o que acabou de dizer e sorri timidamente.


         - Eu... vou trazer seu jantar. - Erwin diz saindo.


         - Erwin...


         - Sim? - O homem para na porta.


         - Pode jantar comigo? Não quero comer sozinho...


         - Claro. Será um prazer. - Erwin sorri amplamente.


         Ao ver esse sorriso, Levi se sente tonto, levemente amedrontado por algo. O que foi isso? Levi põe a mão na cabeça ao ficar sozinho, ele olha para a porta fechada de seu aparentemente, novo quarto.


         Levi de repente sente que não devia estar nessa casa.

 

 


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