A Única Esperança escrita por ImperatrizPersefone
Julian
Infelizmente viajar não é fácil quando seus companheiros são tão diferentes uns dos outros e já tinham vários dias que estávamos em alto mar sem nenhuma parada e por isso resolvi que passaríamos dois dias na Argentina e depois voltaríamos para a Grécia, meus marinas precisam de tratamentos psicológicos e isso não pode mais demorar pois estou com medo que acabem brigando entre si.
Estou um pouco chateado por não ter encontrado o dragão marinho que costuma ser o meu general que tem o maior controle do cosmo, mas terei que me acostumar com essa realidade.
Descemos do navio e vamos para um shopping no centro de Buenos Aires, que é uma novidade para quase todos os meus marinas, vejo como Io fica fascinado com as vitrines e a arquitetura do shopping e percebo que fiz o certo os trazendo aqui, eles sofreram muito, alguns viveram nas ruas por anos, farei o que estiver ao meu alcance para os ver felizes.
Passamos o dia inteiro no shopping, fazemos muitas compras, almoçamos na praça de alimentação, vamos ao cinema, sei que gastei muito e não me importo com isso, ver seus olhos brilhando por um momento é a melhor recompensa que poderia ganhar.
No início da noite saímos do shopping e iamos caminhando até a praia quando vimos o que parecia ser uma guerra, mas na verdade, é um confronto entre polícia e bandidos, alguns minutos depois, tudo se tranquiliza e voltamos a caminhar, quando viramos uma esquina, encontramos um jovem bastante ferido, estava baleado e sinto um cosmo vir do seu corpo.
Sei que não estou enganado, esse garoto é o meu dragão marinho e vivia na criminalidade, ele está muito machucado, deve ter despertado o cosmo após ser ferido, não sobreviverá por muito tempo e sou o único capaz de o curar e fazer que larga essa vida.
Entrego as sacolas que estão nas minhas mãos para os outros e o pego no colo, o seu sangue cai nas minhas roupas claras, como não tinha ninguém perto de nós, uso o meu cosmo para chegar mais rápido ao navio, o deito no chão e uso o meu cosmo para lhe curar.
Adrian: Acordo, vejo que estou deitado no chão, minhas roupas estão sujas de sangue e tem um loiro sentado ao meu lado, sei que estava enfrentando a polícia, só não entendo porque estou vivo, lembro que fui baleado duas vezes.
Julian: Consegui lhe curar usando o meu cosmo, mas ainda se sentirá fraco e cansado por causa da perda de sangue, mas com o tempo e com cuidado você ficará bem.
Adrian: Não me importa o que seja cosmo, mas não deveria ter me salvado, eu não desejava mais viver nesse mundo horrível.
Julian: Você é muito jovem e pode fazer escolhas para que o futuro, não tem que continuar vivendo na criminalidade.
Ele não responde, mas tenta caminhar e por causa do esforço acaba desmaiando, o coloco deitado em uma suíte e tento imaginar por qual motivo um garoto de 14 anos desejaria a morte.
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