Diferentes mundos escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 6
The Witch and The Vampire




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P.O.V. Demitre.

Ela estava sentada num banco no jardim do colégio com um caderno no colo desenhando com grafite. Sua pele era cor de chocolate, olhos e cabelos castanho escuros.

—Você tem talento.

—Eu desenho porque eu gosto.

Respondeu esfregando o dedo no papel para fazer o efeito de sombra no desenho. Ela estava usando uma blusa regata branca, jaqueta de couro e calças jeans rasgadas. Em seus dedos haviam anéis e várias pulseiras nos pulsos. Suas mãos estavam sujas de grafite.

—Meu nome é Brunessa Bennett, á propósito. Mas, pode me chamar só de Bru.

—Eu sou Demitre Volturi.

—Eu sei. Apesar de eu realmente não entender direito como funciona essa coisa de rastreador. Você é como um feitiço de rastreio ambulante.

—Espere, existe um feitiço para rastrear alguém?

—Existe mais de um. Porque? Tá com medo de perder o emprego, é menino?

—Eu tenho mais de mil anos.

—Tá bem pra sua idade ein.

Disse caçoando de mim.

—Está caçoando de mim?

—Ai, mas que gente fresca. Não pode fazer uma piada. Com licença.

Ela fechou o caderno e saiu. Mas, foi interceptada por um dos alunos do primário.

—Brunessa! Brunessa!

—Calma, Pedro. O que que aconteceu?

—A Diretora Forbes precisa de socorro.

—E o que eu posso fazer?

—É que o computador dela deu tiu-tiu.

—Então tá explicado. 

Ela foi ajudar a diretora com os problemas técnicos.

—Ai, Bru socorro.

—Calma, calma Diretora Forbes. O que aconteceu?

—Ele morreu.

Disse a mulher loira apontando para um computador.

—A senhora tentou reiniciar?

—Tentei, mas o trem não vai pra frente.

—A senhora tem backup dos arquivos?

—Tenho. Mas, de que me adianta ter backup se o computador não funciona?

A garota deu risada. Abriu o notebook, desmontou e falou:

—Queimou o processador. Eu até diria pra você mandar no concerto, mas compensa mais se comprar um notebook novo.

—Ai, mas eu nem posso sair daqui... Brunessa. Já sei, você que é entendida de informática, compra um pra mim. Aqui, o dinheiro.

A Diretora Forbes tirou uma pasta cheia de dinheiro e deu na mão da menina.

—E como é que eu vou comprar um computador á vista e sem levantar suspeita?

—Ih, se tem razão. O meu cartão de emergência. Aqui ó, to confiando em você, porque é filha da Bonnie.

—Pode deixar. Eu tive uma fase ruim, não nego, mas eu não faço mais aquelas coisas não.

Ela pegou o cartão e saiu dirigindo a van da Escola. Sei que existe uma maneira de um de nós sair ao sol. Os Cullens saem, os Denali e quero saber qual é.

Como a Cullen é uma bruxa, vai que ela sabe? Ela estava traduzindo alguma coisa, um feitiço creio eu.

—Não.

—Olá para você também.

—O que é que tu querendo de mim, urubu? Espera ai, já adivinhei. Tu quer sair no sol e levar os três... chupa-cabra velho contigo. Nem vem, que não tem. 

—Como você sabia?

—Qual é Demitre, eu posso não ser tão vivida quanto você, mas eu não sou trouxa não. Posso não ser rastreadora, mas eu tenho os meus truques. Tu fez a tua cama, agora vai ter que deitar nela. Ou será que a cambada de Volturi pensou que ia fazer tudo aquelas coisas torta, matar, torturar, infernizar, os outros pra sempre e se safar, pra sempre? O Karma é mesmo uma droga.

Disse ela olhando pra todos nós.

—Tão comendo o pão... que vocês mesmo amassaram. Com licença que eu tenho que traduzir esse feitiço.

Disse se levantando e levando o livro embora.

—Olha, não sei o que vocês aprontaram... mas, o bicho pegou.

—Hope Mikaelson.

—Vocês fazem alguma ideia de como é difícil deixar Renesmee Cullen com raiva? Ela é uma das pessoas, mais gente boa que eu conheço. Ela releva, deixa pra lá, não dá trela. Se tu precisa ela ajuda, mas de vocês... ela tem ranço. E eu vi assim, o jeito que ela olha pra aquele loiro lá, o tal do Cassius. Dele, ela não gosta mesmo!

—Caius.

—Que seja. O dia que ela pegar ele... ele vai ver só uma coisa. Vai rezar pra levar mordida de lobisomem.

—E quanto a tal Brunessa Bennett?

—Que tu quer com a Bru? Ela não é pro teu bico não. Ela merece coisa melhor.

—E você se acha melhor que eu?

—Honestamente, acho. Mas, eu aprendi desde criança que a única diferença entre um herói e um vilão, alguém digno de redenção e uma causa perdida... é só quem tá contando a história. Quem sou eu pra falar alguma coisa? Venho duma longa linhagem de vilões das suas histórias. Sou filha de uma lobisomem e um vampiro, neta de uma bruxa malvada. Minha mãe era a Alfa da matilha dos Crescentes, minha vó praticamente inventou a magia negra e o meu pai é... o Niklaus Mikaelson. O híbrido Original. Não somos todos bons, nem todos bons, mas somos com certeza, todos diferentes. Querendo ou não, qualquer um de nós, a qualquer momento pode surtar, perder o controle e virar o vilão da história de alguém. Agora é a nossa vez. Essa é a nossa história, mas a única pergunta que fica é, seremos os heróis ou os vilões?


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