Percy Jackson e a Maldição de Eco escrita por BabiBressan


Capítulo 19
Capítulo 15 - Hera cultiva empousai


Notas iniciais do capítulo

Olá semideuses lindinhos do meu core. Desculpa a demora para postar, é que agora tá difícil por causa da escola. Eu posso ser filha de Nyx e afilhada de Ártemis. mas fui abençoada por Atena, então me esforço na escola. Leiam, e nos vemos lá em baixo.



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"Cuidado, filho. Não confie demais."

Acordei com a frase que meu pai dissera no sonho tamborilando em minha mente. Lá fora uma luz vermelha iluminava o local. Senti uma pontada de raiva de tudo e de todos. Como se uma lâmpada acendesse em minha cabeça deduzi que a única pessoa que poderia me deixar assim era ele. Ares.

_Bom dia, pessoas. E Perseu. - Ares me lançou um sorriso cínico. Eu apenas bufei. - Vou direto ao assunto. Fui obrigado a ajudá-los. Por mim você ficariam sem o ingrediente, mas o chato do meu pai disse que eu ficaria um milênio naquele Acampamento se não ajudasse, então aqui estou eu. - ele fez uma pose esquisita e depois voltou ao normal. - Faz um tempo que eu quero comer uma romã da árvore de Hera, mas mamãe não deixa e jogou uma magia esquisita pra EU não poder chegar perto. Eu quero que vocês simplesmente peguem uma romã e me tragam. Simples não?

E sumiu numa fumaça vermelha e fedorenta. Estranhei a atitude dele, normalmente Ares era um crápula que fazia de tudo pra acabar com a gente, mas agora ele estava calmo (?).

Fomos de táxi até o Empire State Building e lá estava o chato do ascensorista lendo um livro esquisito com um garoto segurando um raio e um chifre de minotauro nas mãos na capa.

_Seiscentésimo andar, por favor. - pediu Danielle.

O homem finalmente tirou os olhos de seu livro e nos encarou, cético.

_Não existe o seiscentésimo andar, garota. - e então ele me viu. - Ah, certo. Aqui está a chave.

Quando chegamos lá em cima, o queixo de todos caiu, menos o meu e de Annabeth, é claro. Nenhum deles tinha visto a entrada do novo Olimpo, nem mesmo Danielle. QUando eu a trouxe, pousamos exatamente na porta da sala do trono. E por falar na Sala do Trono...

Ares estava parado com um grande sorriso (macabro, por assim dizer) no rosto nos esperando. Afinal, nenhum de nós sabia onde ficava a bendita romãzeira de Hera. O deus nada disse apenas olhou para uma porta ao longe e fez sinal para irmos logo. Héstia cutucava sua fogueira com uma vara e ao lado dela Oliver, o ofiotauro, nadava alegremente em sua bolha. Os deuses haviam trocado o nome da vaca-serpente, porque Bessie não era nome para um monstro, embora eu ache que Oliver também não.

Passamos pela porta de ouro maciço e vimos o jardim mais belo de todos. Eu me sentia dentro de um filme da Disney. O céu estava limpo e azul, haviam pássaros coloridos nas árvores cantando e as árvores eram todas verdinhas. As flores eram tão coloridas que os olhos ardiam. Apenas um jardim era mais bonito que esse, o jardim de Lady Perséfone e eu apostaria Anaklusmos que tinha dedo dela aqui. E então eu vi. A romãzeira de Hera. Tão linda e majestosa quanto a própria deusa. Era a maior árvore do local, suas folhas eram tão verdes e brilhantes quanto esmeraldas, seus galhos eram bem marrons, e suas romãs tão tentadoramente vermelhas que pareciam que queriam pular da árvore direto para sua boca. O cheiro doce inundava o local, e quando percebi estava inspirando profundamente aquele delicioso aroma.

 Aquilo seria fácil. Era só ir até lá, pegar a romã e pronto. Teríamos o ingrediente de Ares.

"Cuidado, filho. Não confie demais."

A voz de meu pai sobrevoou minha mente. Não fazia sentido, não havia nada para se preocupar, pelo menos era o que eu achava.

Andamos até meio metro da romãzeira e uma aura medonha me atingiu. Olhei ao redor e nada vi então estendi a mão e toquei na romã. Aí a coisa ficou feia.

 O chão começou a pegar fogo, mas segundos depois me toquei que eram cabeças. E os únicos montros que tem cabelo de fogo são...

_Put* merda. Empousai. - gritou Thalia

As empousai brotaram do chão como plantas. Primeiro apareceu a cabeça, depois os braços e por últimos as pernas esquisitas. A empousa do meio me encarou.

_Olá, Perseus. Lembra de mim? - E então ela tomou a forma humana. O cabelo ficou loiro, a pele bronzeada e as roupas de líder de torcida roxas e douradas da Goode com um K bordado do lado direito.

_Mas você morreu. - Repliquei patéticamente.

_Monstros retornam rápido, Perseus.

_Rápido demais pro meu gosto. - murmurei, contrariado.

A empousa tomou sua forma verdadeira. A pele branca como giz fazia os olhos vermelhos se sobressaírem. Seu corpo perfeito deixavam evidenciadas as pernas, uma de burro, a outra de bronze. Mais vinte ou trinta empousai estavam postadas estratégicamente atrás dela, pronta para um combate. Destampei minha caneta e Contracorrente cresceu em minha mão, tomando sua forma de espada. Vi, pelo canto do olho, que Annabeth sacou sua faca (ela deu o nome dela de Machaíri, faca em grego). Nico pegou sua espada de ferro Estígio, Thalia seu arco e Aegis, Danielle pegou Sofía (sabedoria em grego), sua espada que vira um bracelete e Wendy pegou... nada. Sua espada, Trélla, ainda estava embainhada.

_Wendy, o que pensa que está fazendo? - gritei para ela.

_Não vou lutar contra elas. Não vou sujar Trélla de sangue de vampiras bizarras. - rebateu ela.

_Somos empousas, não vampiras, filha de Dionísio. - esbravejou Kelly.

_Você tem presas, é muito branca e bebe sangue. Se isso não é um vampiro, eu não sei o que é. E, na real, que diferença faz. Não vou te atacar, então fique quieta aí, sim?

 A empousa sibilou, ela não sabia que os filhos de Dionísio tinham esse lado "não me enche, senão vai levar patada".

Kelly olhou diretamente para mim. As outras empousai se viraram para meus amigos, e Wendy foi se sentar a sombra da romãzeira. Kelly me atacou junto com três de suas amigas aberrações, o que não foi muito bom para elas. Uma das empusai me atacou pelo flanco direito e eu cortei a cabeça dela fora. A outra me atacou pelo flanco esquerdo, essa foi mais difícil. Eu a ataquei com Contracorrente e ela bloqueou meu ataque com as unhas compridas (compridas de verdade, tinham mais ou menos uns cinco centímetros [N.A.: Cinco centímetros de unha é bastante coisa, peguem uma régua e confiram] de comprimento). Eu pulei para o lado tomando impulso, mas a empousa me atacou novamente com as unhas/garras a centímetros do meu rosto. Não queria uma cicatriz ali, e eu teria, se ela chegasse muito perto, porque o veneno daquelas daímones nojentas ainda corriam por minhas veias, e de acordo com Annabeth, sempre correríam. Decepei sua mão com velocidade e desespero e a empousa virou areia. A terceira veio pela frente, e esssa foi tão fácil quanto a primeira. Dei uma estocada em sua barriga e a empousa disse adeus ao mundo humano.

Kelly sorriu e eu a chamei com o indicador. Ela negou com a cabeça e bateu palmas duas vezes. Seis empousas vieram para cima de mim e a coisa complicou. As duas que vieram pela direita foram facilmente derrotadas, e com um giro a cabeça delas rolaram e viraram pó aos pés da maníaca da Kelly, que parecia se divertir com o showzinho. Me senti de volta a arena de meu irmão Anteu, mas não deu tempo de pensar muito nisso, porque as outras duas demônias me atacaram. Eu chutei as costelas de uma delas e a outra cravou a unha em meu antebraço, derramando sangue o bastante para atrair a atenção das outras duas que estavam paradas esperando sua hora de entrar em ação. Agora eram quatro empousas contra um guerreiro. Eu não era muito bom em matemática, mas tinha certeza de que eu estava em desvantagem. Pensei em chamar Annabeth para me ajudar e olhei na direção dela. Annie não me ajudaria, estava ocupada demais salvando a própria vida. Assim como todos os outros. A empousa que eu chutei veio atrás de mim com os olhos fervilhando de raiva.

Descrevi um arco com Contracorrente e acertei uma das monstrengas bem no meio da cara. As outras três se revoltaram comigo e me atacaram de uma vez só. Sinceramente, foi mais fácil atacá-las juntas. Com um só giro de espada acabei com as três de uma única vez. Parei de lutar arfando e olhei em volta. Não haviam mais empousas, só meus amigos machucados e pilhas de pó dourado em todo canto. Olhei para Kelly e sorri, cinicamente.

_Achou que era só isso, Jackson? Errou. De onde essas saíram tem muito mais. - e então ela bateu palmas de novo e mais uma centena de demônias sugadoras de sangue apareceram.

Segundos depois todas elas comaçaram a dançar a 'Macarena' e a cantar. Franzi as sobrancelhas.

_Sabem, é melhor irem logo. Isso só vai durar alguns minutos. - disse a voz que eu não esperava ouvir. Todos olhamos incrédulos para Wendy. - O que foi? Acharam que eu ficaria sentada na sombra só olhando vocês se matarem? - Asentimos. - Credo, que confiança vocês tem em mim.

_Espera, falta a romã... - eu parei e me virei,

_Essa aqui? - perguntou Wendy, jogando a romã para o alto e a pegando de novo. - Achei que seria mais fácil se elas não estivessem prestando atenção em mim. - Wendy deu de ombros.

Olhei de novo para as empousai. Kelly estava dançando valsa com uma outra demônia, enquanto as outras dançavam ballet.

_Plano digno de Athena. - Danielle e Wendy bateram os punhos, como em um toque.

Saímos correndo do jardim de Hera e encontrei um Ares entediado mutilando bonecos de argila com petelecos. Olhei para ele, incrédulo. O detestável deus percebeu nossa presença apenas algum tempo depois.

_Oh, vocês trouxeram minha romã. Obrigado. - ele foi pegar a romã da mão de Wendy.

_Primeiro, o ingrediente, Ares. - replicou a garota. - Não confio em você, seu miserável.

_Cuidado com o que diz, filha de Dionísio. Posso lhe transformar em pó em segundos. - esbravejou Ares. - Mas aqui está a lasca do dente de meu javali, Krápos.

Estendi o saco dourado para ele e Ares jogou o pelo lá dentro. Nos viramos para irmos embora e uma luz cegante apareceu do nada. Fechei os olhos instintivamente e quando abri havia outro homem lá. Ele usava uma bermuda preta e uma camiseta de corredor branca. Em seus pés estavam um par de All Star pretos com asas e ele tinha um pote em suas mãos.

_Lorde Hermes. - me ajoelhei.

_Levante-se, criança. Não lhe dei o devido agradecimento por trazer minhas filhas sãs e salvas. Aqui está um dos ingredientes da poção de vocês. A pílula da fala. - ele colocou um comprimido verde no saquinho. - Bom, é isso. Adeus semideuses.

Ele nos teletransportou para a floresta de Eco de novo.

_Ótimo, já foram 7 ingredientes. Faltam cinco. - ponderei. - Me deu uma vontade louca de comer uma daquelas romãs de Hera.

_Essas aqui? - perguntou Wendy, sacudindo uma sacolinha com algumas romãs dentro.

_Garota, se você não tivesse sido reclamada por Dionísio, eu juraria que você era filha de Hermes. - brinquei apanhando a romã no ar.

Eu estava certo sobre as romãs. Eram deliciosas. Doces e suculentas.

_Hey, Eco. Quer romã? - gritou Wendy.

_Romã. - repetiu, pegando a sua.


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Notas finais do capítulo

Bom, só faltam mais cinco capítulos. No próximo teremos o segredo do rompimento de Percabeth revelado e dois ingredientes. No outro teremos o segredo de Danielle Lancaster revelado e os últimos três ingredientes. No terceiro, teremos a caça ao colar de Hécate. No quarto teremos os desejos dos nossos queridos meio-sangues. E o último será o epílogo o/.
Sabe, eu estava pensando e continuar a fic com a vida da filha de Percy e Annabeth, mas o povo não lê quando eles não aparecem muito na história. Então o que vocês acham?
Muita gente está me ameaçando de morte, por causa dos mistérios e como resposta farei uma citação:
"Alguns segredos são bons, mantém o mistério e o interesse vivos" (Neal Caffrey, o maior falsificador do mundo e o mais gato agente do FBI da série White Collar).

Kisses, da autora maluca filha de Nyx.