Terrenal escrita por A Grace


Capítulo 11
Bilhete


Notas iniciais do capítulo

Hellow.
Eu sei que não dou as caras por aqui a um tempo, estou completamente ciente disso mas tenho minhas razões.
Meu avô faleceu no ano novo, e desde então a minha vida, casa e família estiveram uma verdadeira zona. Eu ainda choro então, por favor, nada de pêsames, não suportei escutar então duvido que eu os consiga ler. Enfim em meio ao caos eu acabei deixando Terrenal de lado e assumi uma postura mais introspectiva. Recentemente, no ultimo mês, eu voltei a escrever, mas não foi Terrenal.
Eu sinto que esta me faltando vontade de escreve-la, apesar de saber o enredo todo e como tudo deve terminar, sinto que ninguém tem o interesse em lê-la e que talvez eu esteja construindo algo maçante e chato. Cheguei até cogitar em apaga-la, se vou ser bem sincera.
Enfim...
Espero que me desculpem. E em troca de me desculparem deixo aqui para vocês um mini capitulo, com as coisas ficando um pouco complicadas para todos.
Espero que gostem.
Boa leitura.



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—Você achou mesmo que eu não reconheceria esse garrancho que você chama de letra ? 

A voz de Rose pingava raiva e deboche, contudo suas feições não demonstravam o mesmo. Debruçada sobre a mesa da biblioteca e com um tom extremamente baixo e ameno, qualquer um que passasse por ali acharia que era apenas uma conversa familiar, totalmente amistosa, talvez pensassem que ela até estava pedindo algo  emprestado à prima. Sim, prima, pois quem sentava na cadeira quase em posição de ataque era Lily Potter. 

— Não sei do que está falando. - A mais nova falou, era a primeira vez que se falavam em meses - Madame Prince.. 

—Madame Prince não chamara minha atenção, você sabe disso, Lilian -Rose puxou a cadeira na frente da prima e logo depois o pergaminho que a mesma escrevia minutos atrás. Riu de escárnio, comprovando apenas o que já sabia. 

 Pegou o papel devidamente dobrado de dentro de sua capa e o releu em voz alta:

—“Eu sei o seu segredinho sujo, deveria ter mais cuidado com quem vai para cama, não queremos cometer o mesmo erro. Ah, Domi ia adorar saber seu segredo.” - O rosto da mais nova parecia que ia pegar fogo de tão vermelho que se encontrava, Rose riu. - Só faltou dizer que era minha admiradora secreta. 

—Sabe que eu posso agora mesmo ir lá e contar para ela. - Lily quase cuspiu as palavras. 

—O que você quer, pirralha ? - Ela se ajeitou na cadeira, antes de colocar sua varinha em riste e fazer o papel do bilhete, ridículo, de Lily queimar em frente aos olhos das duas. - Meu amor incondicional ? Poção polissuco para se passar por mim e ter o amor de Scorpius ? Ah não.. - Ela tirou a capa preta que cobria suas vestes, revelando o suéter cinza com um grande S no centro, um que Malfoy havia ganho de sua avó Molly, um que Lily Luna certamente reconheceria- Quer que eu pare de falar com Scorpius do nada . 

—Onde você arranjou esse moletom ? - Potter perguntou, parecia nervosa e com claros traços de ciúmes, o que fez o sorriso da Granger aumentar. 

— Achei perdido no meu dormitório. Gostou ? - Ela pendeu a cabeça para o lado.

A Potter mais nova começou a arrumar o material depressa, com raiva, quase deixando seu tinteiro cair sobre seu dever de casa. Iria imediatamente contar a Dominique tudo que sabia, afinal , Rosie merecia uns belos tapas ou ao menos uma bela azaração, e ela tinha certeza que sua prima linda e loira podia fazer isso. A mais velha observava a cena da princesinha dos Potter 's completamente atordoada, juntando seu material, a Granger soltou um riso malicioso, mas não se mexeu. Ela tinha um novo truque e a cabeça frágil de Lily Luna era perfeita para isso.  Quando a garota tentou passar  apressadamente  por ela, Rose agarrou seu braço e olhando no fundo dos olhos marrom esverdeados da Potter ela passou sua mensagem. 

“Se falar alguma coisa do que sabe sobre mim para qualquer um nesse colégio eu mesma vou mostrar as fotos que eu tenho para Minerva, melhor, para o Profeta Diário ”

A voz de Rose ecoará na cabeça de Lilian, em alto e bom som. Seu recado estava dado, mesmo que não tivesse sido entendido por completo.

—Você não faria isso. - A mais nova falou quase em um sussurro contido. 

—Quer pagar para ver? - O sorriso no rosto de Rose era falsamente dócil. 

—Scar não deixaria você fazer isso. 

— Sabe, ele não parecia tão preocupado assim quando posicionou a câmera.

—Ele...- Rose soltou o braço de Lily e viu os olhos dela encherem de lágrimas. Rose revirou os olhos para a cena e a dispensou com a mão.  

Lily caminhou as pessoas para a saída da biblioteca , esparrando para seu total espanto em Scorpius Malfoy entrando no recinto, ela paralisou e ele sorriu para ela, gentil, suas lágrimas caíram como cascatas e ela saiu correndo totalmente desorientada para o salão comunal da Grifinória. Scorpius ficou sem entender o que acontecia , se encaminhando para a sessão de livros sobre poções.  Não poderia fazer nada pela garota mesmo, afinal já fazia mais de um mês que havia terminado com a irmã de seu melhor amigo. E o trabalho passado por Slughorn valia metade de sua nota. Prioridades, claramente. 

Era meados de novembro, o sol já não era mais visto com frequência, deixando a biblioteca com um clima sombrio e um ar gelado. Os poucos alunos que se encontravam no local  haviam se posicionado rente a grande janela, para estudar, mas Scorpius gostava da parte mais reservada da biblioteca, um canto muito específico, e certamente no inverno, muito pouco utilizado. A não ser por ela. 

—Rosie. 

—Bom dia, Scar, - ela falou quase angelical, sentada em uma poltrona com um livro de poções de nível avançado.

Ele se aproximou dela, depositou um beijo singelo em seus lábios e depois sorriu. avaliou o rosto da ruiva, sem pressa, havia algo estranho no semblante dela.

—Lily passou chorando…

—Fui eu. 

—Não deixei meu suéter com você para que fizesse a Potter chorar, Rose. 

— Você deixou porque eu estava com frio naquele seu quarto gelado. - Ela observou o loiro desenrolar o pergaminho e começar a olhar os títulos dos livros que ela havia escolhido para fazer o trabalho de Slughorn - Ela chorou pelo o que eu disse, não pelo moletom. 

— E o que você disse ? - Scorpius levantou o olhar para ela, quase tão curioso quanto insatisfeito por Rosie o usar para fazer a irmã de Albus chorar. 

  – Preocupado com a saúde mental da namoradinha ? - o sorriso de escárnio era provocativo demais. Scorpius não a respondeu, não iria ter aquela discussão novamente- Não falei nada demais. 

— Nada não faz com que pessoas saiam chorando por ai. 

— Se quiser pode ir atrás dela, Scorpius, ninguém vai te impedir.

—Por Merlin, Granger, eu não vou atrás de ninguém. - Ele a observou, a ruiva fechou a cara e fechou o livro com força, se levantando da poltrona, andou três passos rápidos até onde Scorpius estava e sentou-se em seu colo. 

—  Não quero você metido em meus problemas familiares. só isso -Sua voz saiu mansa, enquanto o loiro deixava a pena e o pergaminho de lado. Ele analisou o jogo sujo que sua garota estava tentando fazer.

—E você me quer metido onde então ? - Ele passou a mão para dentro do moletom , tocando a pele dela calmamente.

— Em mim. - Ela sussurrou em seu ouvido e riu baixinho, vermelhidão passando a ser a tonalidade de seu rosto . Scorpius revirou os olhos, apesar do sorriso malicioso.

—Preciso estudar. 

—Por Salazar, Scorpius Hyperion Malfoy acabou com meu ego com duas palavras. - Rose levantou-se do colo dele, claramente afetada.

—Não sou peão em seus jogos, Rose. Já tinha te avisado antes- Foram as últimas palavras que Scorpius direcionou à ruiva antes de se concentrar em sua tarefa. Ela, por sua vez, se dirigiu para a área restrita da biblioteca para que pudesse extravasar sua raiva sem que ninguém percebesse. 

Após o último verão muito havia mudado, inclusive seus níveis de raiva e tensão.  

 

Havia faltado todas as aulas daquele dias, feito de propósito, queria estar incomunicável, queria arquitetar um plano para fazer  Luna esquecer qualquer indicio de sua existência mas a unica coisa que conseguia lembrar era das palavras daquele maldito medico trouxa. Jamais perdoaria a si mesma por aquilo, jamais perdoaria James por aquela falta de responsabilidade. Grunhiu. Sem que percebesse, quase, teve um excesso de raiva. Jogou seus livros com força no chão.  O baque surdo a fez fechar os olhos com mais raiva ainda. Aquela pirralha poderia acabar com a sua vida mais do que aquele incidente havia acabado com a sua pequena sanidade mental. Havia aprendido a lidar com os olhares assustados e amedrontados em sua direção e talvez por isso acabou por não sentir quando Albus se aproximou dela, com a mochila pendurada no ombro e um olhar aflito. 

—Dominique já sabe de tudo.- Albus sibilou quando encontrou a prima no corredor. - Você deveria escrever para tia Mione.  

—Quem.. Quem contou? - Rose parou e concentrou toda sua atenção no primo. 

—Ela achou uma imagem nas coisas de James.

—Por Morgana, eu…- Ela não conseguia raciocinar, pela primeira vez em anos, ela estava incapaz de elaborar, sequer, uma frase. 

Albus abraçou a prima, que pela primeira vez desde o fatídico dia se permitiu chorar.  Naquele corredor deserto, perto do salão comunal da Sonserina,  Rose Granger se permitiu demonstrar fraqueza. 


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Notas finais do capítulo

LE AQUI CARALHO
Gente, socorro desculpa pelo desabafo lá em cima, acho que eu perdi um pouco a linha.
AH eu esqueci de fazer uma pergunta importante:
Voces gostariam que eu postasse no twitter sobre asa duas novas fics que eu estou escrevendo ?
Vi muita gente fazendo, amei e queria fazer igual, rs, mas não sei se tenho publico para isso.
Vou deixar meu tt( que ultimamente só está sendo usado como comentarista de bbb) aqui, e me digam nos comentários se vocês vão seguir, se querem pequenos spoiler sobre fics e plots novos
@kardashette
A única coisa que eu peço é que vocês comentem. E fiquem em casa, se puderem.
Miau



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