MIB - Homens de Preto: O Caos Invisível escrita por Agente F


Capítulo 10
O Último Adeus à Darla




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J e L estão a caminho do carro, estacionado em frente à agência.

J aperta um botão em sua chave que faz as barras de metal das janelas do carro se encolherem para dentro das portas, revelando Darla dentro do veículo, que, quando percebe isso, volta a gritar com eles, agora podendo ser ouvida.

J e L se entreolham.

— Muita calma nessa hora. – diz J à L.

— Vou precisar. – responde L.

L abre a porta. A prima, ainda amarrada, se contorce.

— Pensei que fossem me deixar aqui o dia inteiro!

J olha para ela, de fora.

— Não quer mais biscoitos de Maçã de Vênus?

— Que biscoito o quê?! Eu quero respostas! – responde Darla, indignada.

L senta-se ao lado dela.

— Prima, não se preocupe. Vamos levá-la de volta à loja. E depois disso, não se lembrará mais de mim.

— Mas que conversa é essa? Agora que você se casou e virou mãe, sem nos avisar, é que eu não vou me esquecer mesmo!

J senta-se no banco do motorista, liga o carro e começa a dirigir.

— Na verdade, eu não me casei, nem tive um filho. – diz L.

Darla começa a se lembrar da última visão que teve antes do desmaio.

— Espera aí! É verdade! O que eu vi não foi um bebê, foi um... animal, muito estranho! Nem parecia desse planeta!

— E não é.

Darla olha de forma incrédula para a prima.

L devolve um olhar condescendente.

Darla começa a sorrir.

— Ah! Saquei. Isso tudo é uma pegadinha, né? Laurel, quando foi que começou a trabalhar na TV? Cadê a câmera? Tá por ali perto do retrovisor?

J revira os olhos enquanto dirige.

Darla continua a olhar ao redor. L chama atenção para si.

— Prima, escuta. Não tem nenhuma câmera aqui.

Darla começa a ficar séria.

— Você está pregando uma peça na sua prima? – pergunta Darla a L, em um tom de voz que parece revelar que ela captou a expressão preocupada dela.

— Não, não estou.

— E quem é ele? Vocês não estão juntos?

— Este é meu parceiro, o Agente J. E eu já não sou mais a Laurel. Sou a Agente L. Nós trabalhamos em uma organização secreta que monitora atividades alienígenas no planeta Terra.

Darla processa a informação por alguns segundos.

L fica olhando-a, de forma séria.

Ela quase chega a acreditar na credulidade da prima.

Porém, em seguida, Darla começa a gargalhar.

— Hahahaha! Acertei, uma pegadinha! Hahahaha!

L revira os olhos. Depois, percebe que deixa-la acreditar que é uma pegadinha é até melhor.

— Você nos pegou! Não é tão fácil assim te enganar! – responde L.

A prima gargalha mais alto.

— Sua louca! Por um momento, pensei que eu estava sendo sequestrada! – complementa Darla.

— E pensar que eu também quase ri na cara do K. – comenta J.

— Já eu percebi logo de cara qual era a de vocês lá no necrotério. – responde L à J, remetendo-se à ocasião em que se conheceram.

— Estava traçado. Era seu destino você ser uma agente MIB. Você foi a única testemunha que eu me lembro que sacou tudo. – conclui J.

L ri.

— Você era alguma daquelas adolescentes que ficam procurando por Teorias da Conspiração? – pergunta J.

— Eventualmente. – diz L, sorrindo. – Algo sempre me dizia que não estávamos sozinhos no Universo.

Darla para de rir.

— Vocês são incríveis! Tá bom, já podem parar de interpretar. – diz Darla.

— Como você e seus pais sempre interpretaram gostar de mim? – pergunta L à Darla.

— Xiii! – diz J, que não pôde deixar de ouvir.

Darla fica desconcertada.

— Do que está falando, Laurel?

— Ora, do que eu estou falando? De tios que nunca visitam sua sobrinha desde... Viu? Nem me lembro desde quando! – responde L.

— Papai e mamãe andam muito ocupados ultimamente.

— É o que todos dizem. Andam ocupados por algumas décadas, você quer dizer!

Darla fica séria agora.

— Você também não é exatamente um poço de socialidade.

J solta uma ofegância, não deixando de ouvir tudo lá da frente.

— Sabia que ia responder na defensiva. É por isso que eu não tinha nada a perder mesmo, quando decidi me tornar uma Homem de P..., digo, uma... Mulher de Preto. Droga, J! Temos que pedir para o Zed mudar o nome da organização! – diz L.

— Tem razão. Humanos de Preto é bem melhor. Mas sabe como é, a palavra “homem” também é usada no sentido de...

— ... No sentido de se referir à toda humanidade?! Sim, não precisa me lembrar disso. O que é bastante conveniente, convenhamos. Fica até difícil pra mim me referir a mim mesma. Sempre tenho que falar “agente MIB” ao invés de “mulher de preto”!

J ri.

— Vamos falar com Zed a respeito. – salienta J.

Darla muda seu semblante.

— Prima, me desculpe por qualquer coisa. Vamos esquecer isso. Que tal passar lá em casa hoje para jantar com a gente? – pergunta Darla à L.

— Tudo bem, prima. Está perdoada. Mas agora é tarde demais. Não posso jantar com você. Nunca mais. Ou seja, as coisas não vão mudar nada. Vai continuar tudo igual.

— Daqui a pouco, o carro aqui vai encharcar de tanta roupa suja sendo lavada! – exclama J.

Darla ri um pouco.

— Seu parceiro é engraçado. – diz Darla à L.

— É, ele é sim.

 

Eles chegam à loja de conveniência.

Darla percebe que chegou ao local.

— Você tem um celular? – pergunta L à Darla.

— Sim.

— Precisamos explicar seu sumiço ao seu marido.

Darla sorri.

— É claro. Ei, mas você não me disse onde está a câmera.

Ela tira de seu bolso seu celular.

L dá o celular da prima à J. J produz uma mensagem-padrão de SMS, previamente planejada pela MIB, com um aviso falso de que o dono daquele telefone foi sorteado em um concurso, e, por isso, precisou se ausentar por mais tempo. Ele envia a mensagem. Depois, ele devolve o aparelho à L, que o devolve à prima.

— Eu queria que tivéssemos tido muito mais tempo juntas. De verdade. – diz L à prima.

— Prima, eu não sei o que está acontecendo, mas... eu sinto muito, muito mesmo.

— A maioria das pessoas só dá valor a algo ou a alguém depois que perde. Perdoe-me por nem poder lhe dar a chance de se redimir.

— Por quê está falando assim?

— Já disse. Porque não vai se lembrar de ter me visto hoje.

— Laurel...

— Veja pelo lado bom. Você vai se esquecer de mim da mesma maneira que sempre se esqueceu. Eu já não existia tanto assim pra minha família. Vou continuar não existindo.

Darla fica calada por um tempo, muito desconcertada, quase não conseguindo acreditar no que ouvia.

— Você está mesmo muito machucada.

— Só cansei de viver uma vida medíocre, só isso! Um pouco de emoções intergalácticas era o que eu estava precisando! O irônico é que papai e mamãe nunca vão saber que têm uma filha heroína.

— Ainda não pararam com a pegadinha? – pergunta Darla.

L desamarra Darla.

 

J desliga o carro, sai dele e abre a porta para elas.

— E aí? Como vai ser a neuralização? – pergunta J à L.

— Achei que já tinha pensado nisso.

— Na verdade, não pensei nos detalhes. Só sabia que o ideal era que tínhamos que trazê-la de volta à loja de conveniência.

— Pensaremos em algo.

Darla fica olhando ao casal conversando.

— Boiando de novo. Pra variar.

L olha para o movimento dentro da loja de conveniência. Há uma mulher de ternos pretos com cabelos pretos e curtos, bastante parecida com ela, lá dentro, entre muitos clientes. Seus ternos pretos destacam-se do resto.

— Conhece aquela ali? – pergunta L à J.

J avista-a.

— Ah, é a Agente Asterisco.

— Agente Asterisco?

— Do Serviço de Reconstituição de Cena de Testemunhas.

— Espera aí...

L pega no braço da prima.

— Me acompanhe, prima. Espero que possa me perdoar por todo esse incidente. – diz L.

— Tudo bem. Imagina! Estou feliz em lhe rever.

— Está tão feliz assim mesmo?!

— Claro! E porque não?

 

J e L entram na loja.

J cumprimenta o balconista com a cabeça. Ele devolve; não se lembra mais que já os havia visto algumas horas antes.

Eles vão até a mulher de preto.

— Asterisco?! – pergunta J a ela.

— Olá, Agente J. – responde Asterisco.

— Prazer, sou a L, parceira do J. – diz L, cumprimentando Asterisco.

— O Agente P me enviou até aqui. – diz Asterisco.

— Sério? – pergunta L.

— Sim, ele me falou algo sobre eu me passar por você. Para alguém.

J olha para L. L liga os pontos em sua mente.

— Ah, é claro! - diz L, depois de entender o envio de P. - P, P! Essa inicial deve ser de “prestativo”, só pode. – complementa L, brincando.

Em seguida, L vira-se para J.

— Parece que, desta vez, não vai ser você que vai neuralizar a testemunha. Vá para perto do balcão, como estava da outra vez.

— Sim, senhorita. – diz J. – Ah... Acho que já entendi a situação!

J obedece, colocando seus óculos escuros e indo até o balcão.

— Se me permite, vou guiar você, Agente Asterisco. – diz L.

— Você quem manda.

L aponta para onde quer que Asterisco se posicione.

— Tudo o que você vai ter que fazer é se virar de costas para minha prima, neste lugar bem aqui.

Asterisco obedece.

Darla apenas observa tudo, não entendendo nada.

— Você tem um neuralizador aí? – pergunta L à Asterisco.

— Com certeza. – responde ela.

— Regule-o para... – L pensa um pouco. - ... Duas horas e meia atrás. Ah, e não se esqueça de diminuir a potência de alcance da luz para apenas uma pessoa.

Darla vê o neuralizador na mão de Asterisco.

— Prima, o que é isso?

L sorri.

— Você tem que sorrir para aquela luz bem ali. Faz parte do show.

Darla sorri.

— Sua danada!

L dá um abraço na prima. Provavelmente, o último abraço que ela dará nela na vida.

Ela demora um pouco mais no abraço do que esperava.

Darla começa a estranhar a longa duração do abraço, mas simplesmente aceita, passando as mãos pelas costas da prima e dando umas batidinhas, indicando reciprocidade.

Ao se demorar ainda mais, Darla começa a emitir um pequeno riso.

— Prima?! Você está bem?

— Eu estava com tanta saudade de você!

— Ownnn!

Ao se distanciar, L lagrima. Darla percebe.

— Prima?! O que foi?! Sua fofa! Você deveria mesmo vir comigo, hein?! A não ser que tenha compromissos hoje.

— Sim, eu tenho. Compromissos maiores do que você imaginaria.

— Poxa...

Asterisco posiciona o neuralizador, estando de costas para elas.

— Vamos olhar pra lá e sorrir juntas. – diz L.

— Mas, espera! A câmera fica ali dentro?

— Depois, te explico.

— Tá bom!

Darla sorri.

L coloca seus óculos escuros.

Asterisco aciona o neuralizador.

Darla fica em estado quase hipnótico, antes de finalmente voltar a si. Nesta fração de segundos, L rapidamente havia se distanciado dela.

L havia pedido para Asterisco regular o neuralizador para o exato momento em que Darla a havia visto dentro da loja, anteriormente à apreensão da alien Siryu.

Um pouco confusa, Darla olha um pouco ao seu redor. Em seguida, avista a mulher de cabelos pretos e curtos à sua frente.

Assim como da vez anterior, ela pensa se tratar de L. Porém, dessa vez, não é ela.

Ao tocá-la, a mulher se vira. É Asterisco.

Darla fica constrangida.

— Por favor, me desculpe! Achei que fosse outra pessoa.

— Tudo bem! – responde Asterisco, sorrindo.

Darla volta sua atenção para suas compras.

Asterisco distancia-se um pouco e vai até um corredor em que L está com a cabeça “enterrada” em um congelador de sorvetes, para evitar que a prima lhe veja.

— Está feito. – diz Asterisco à L.

— Bom trabalho, Agente Asterisco. Diz para o J ir até a prateleira de tintas de cabelo e comprar uma pra mim. – recomenda L à Asterisco, com a cara ainda dentro do congelador.

Mesmo sem entender, Asterisco anda até J, que está lendo uma revista perto do balcão.

— Caramba! Eu adorava colecionar esses brindes quando eu era moleque. – sussurra J a si mesmo, vendo alguma propaganda na revista.

— Sua parceira pediu pra você ir até a prateleira de tintas de cabelo e comprar uma para ela. – diz Asterisco, enquanto passa por ele. – Tchau, bonitão.

J fica um pouco desconcertado. Ele apanha seu transmissor para falar com L.

O transmissor dela toca. Ela leva um susto; está um pouco nervosa. Em seguida, se recompõe. Ela o atende. J aparece na tela do transmissor.

— Tinta de cabelo?

— Vou precisar alterar algo da minha aparência pra não chamar atenção à distância, se não quisermos que esse tipo de imprevisto aconteça novamente. Tenho muitos parentes em Nova York.

— Ah, boa ideia!

J deixa a revista em seu lugar, sai de perto do balcão e vai em direção à prateleira de tintas de cabelo e produtos de higiene. Ao chegar à respectiva prateleira, J vê que Darla está por perto. Com a memória totalmente apagada, mal ela sabe que acabara de conhecê-los. Os dois trocam sorrisos. Como se nunca a houvesse visto na vida, J se aproxima.

— Olá. Então, diz aí, por gentileza... Qual é a marca que você costuma usar? Sabe, não entendo muito de tintas pra cabelo.

Darla sorri educadamente.

— Ah, claro! Eu recomendo muito essa marca aqui.

— Certo.

— Bem, receio que esteja comprando pra alguém.

— Sim! Hehe. É... pra minha mulher, sabe?

— Ah, sim. De que cor é o cabelo dela?

— Bem... Ela tem cabelos bem pretos.

— Entendi. E ela deseja alguma cor específica?

— Sim... É... Bem... O mais diferente possível da cor natural dela.

— Hmmm... Então, acho que este loiro dourado seria a melhor opção.

J apanha a referida embalagem.

— Entendo. Nem sei como agradecer.

— Imagina.

Enquanto J conversava com Darla, L aproveitou para sair da loja e ir até o carro. Ela entra, ofegando. Foi por pouco.

 

Depois de alguns minutos, J retorna ao carro, com a compra em mãos.

— É isso aí! Missão cumprida! – diz J, com entusiasmo.

— É... Missão cumprida. – repete L, sem o mesmo entusiasmo, pensativa e com olhar vago.

J percebe a expressão da parceira.

Ela olha para sua prima na loja, ainda fazendo compras. L fica calada por um tempo.

J observa a parceira.

— Não sei se eu deveria estar te lembrando disso, mas... Sabe que existe a opção de voltar à vida normal, não sabe? – diz J.

— Não, tudo bem. Ela... Bem, eles... tiveram sua chance. Nunca precisaram de mim.

J apenas ouve.

— Pra mim, família nunca passou de um grupo de pessoas com apenas sobrenomes em comum... e mais nada. Pessoas que se aproveitam dos laços sanguíneos para se verem uma vez por ano em datas comemorativas e comemorar frivolidades, sem nunca verdadeiramente se importarem com você. – complementa L.

— Eu sinto muito, L.

— Tudo bem.

— Bem, me pareceu que ela gosta bastante de você. 

— Se alguém falar com você uma vez por ano, e só te ver quando precisa de sua ajuda, é gostar de você... Então, é, ela gosta bastante mesmo.

J ofega.

— Mais uma vez... Sinto muito.

— E mais uma vez, tudo bem. Mas, ei, porque disse que não sabe se deveria estar me lembrando de voltar à vida comum?

— Porque se eu perdesse minha parceira, eu iria ficar muito mal.

L sorri para J. Em seguida, toca em sua mão, que está apoiada sobre a marcha.

— Viu? Talvez isso sim seja uma família de verdade. – diz L.

J emite um som com o atrito entre a língua e os dentes, transmitindo uma ironia.

— Pois é. Um bando de homens de ternos pretos que a cada 5 segundos podem te alertar sobre... por exemplo, um meteoro prestes a colidir com a Terra?

— Bem mais emocionante. Sempre gostei de viver... perigosamente.

— Boa escolha, garota.

— Não vai precisar se preocupar em me perder. Não tem nada lá fora que seja melhor do que tenho com você... digo... do que tenho na MIB.

— Sei. – diz J, sorrindo carinhosamente.

Asterisco passa pelo carro deles.

— Agradecemos por sua inteligente contribuição, Agente L. Os prêmios de sua prima estão a caminho. Até mais.

J e L se entreolham.

— Mas o quê?! – exclama L. – Inteligente contribuição? Como assim?

— Também não entendi. Será que ela estava sendo irônica, pois você se permitiu acidentalmente ser vista por...?

Alguns homens e mulheres segurando cestinhas que levam um kit de beleza entram na loja e se dirigem até Darla. São agentes MIB à paisana, se passando por funcionários de uma empresa. Com um alto-falante, anunciam que ela foi premiada com kits exclusivos de beleza da marca de tinta que ela recomendou à J. Ela é pega de surpresa e não consegue disfarçar a alegria. Tudo isso faz parte das diretrizes da MIB: quando um civil vê acidentalmente um parente que se tornou um agente MIB, a organização providencia um prêmio de um falso sorteio para justificar a ausência prolongada do civil no âmbito de sua presente atividade, caso ela não possa ser neuralizada de imediato. Este foi o caso de Darla.

— Deixa pra lá. – diz J, percebendo a invalidez de sua conclusão quase emitida anteriormente.

L olha para J.

— Eu juro que eu nem planejei isso. – diz L.

— Eles aproveitaram o que fizemos para construir a ideia do falso sorteio em cima disso. Bingo!

— Cara! Às vezes, até mesmo eu sou pega de surpresa por outros agentes. É como se eu mesma fosse uma civil.

— Nem me fale.

J liga o carro.

— Bem, próxima parada, Laboratórios da MIB!

L toca no ombro de J.

— Espera! Preciso vê-la por mais tempo. – diz L.

J entende e desliga o carro.

Darla está contagiada pela euforia do momento, agradecendo a todos ao seu redor pelos presentes. Em determinado momento, ela parece atender o celular. É seu marido ligando, preocupado. Ela explica a ele que ainda está na loja e que vai demorar um pouco mais para chegar em casa, pois foi inesperadamente sorteada enquanto fazia compras.

L sorri por ver a euforia da prima. Ela fica olhando-a por alguns minutos. J aproveita para comer alguns biscoitos de Maçã de Vênus.

— Adeus, prima. Pra sempre. – sussurra L para si mesma, enquanto seus olhos lagrimam.

Após ver que a prima está se dirigindo ao caixa, L enxuga suas lágrimas e se ajeita no assento do carro. Ela vira-se para J.

— Tá. Podemos ir.

J volta a ligar o carro. Eles seguem.

L coloca um minúsculo CD de Ópera Klatooniana para tocar no rádio do carro.

— Tem certeza que não prefere um Pop Saturnino? - pergunta J.

— Não... Hoje é o dia que eu escolho, lembra?

— Mas eu jurava que você curtia uma Disco Zero-Colombiana.

— Não mais do que a Ópera Klatooniana.

— Mas esses gritos são importáveis!

— É a cantora Bara Nichto. Ela é uma soprano. São entonações agudas.

— É... De alguém que parece que está parindo!

— Só dirige.


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