Love Potion - Drastória escrita por Anne Leger


Capítulo 11
[EXTRA] Make you mine - Draco




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Ele tinha ofendido minha noiva pela última vez. É claro que ela tinha me dado uma poção do amor, mas eu sempre estive informado disso e nem era pra mim porque, adivinhe só, ninguém amava um bastardo ingrato, nem mesmo nos meus maiores devaneios estive 100% convencido de que ela me amava e tinha aturado as farpas do meu pai pela última vez, ninguém desfaria meu casamento, só Astória e eu não duvidava que ela tivesse motivos, a multidão de convidados estava em suspenso, consigo ouvir Dafne sussurrando para a irmã ir embora com ela e rezo para que ela tenha atendido.

— Está se voltando contra mim? – Juro, aquele homem parecia surpreso apesar do sorriso debochado, ele parecia muito surpreso. Mesmo uma boa parte de mim estava surpresa. Nunca me imaginei indo contra meu pai, mas por ela, sim, eu iria. 

 
— Descubra por si. Carpe Retractum contra poção. – O frasco vem voando direto para a minha mão, meu pai parece em choque por dois segundos e ergue sua varinha na minha direção com um olhar entre pena e nojo. Não me importo com sua pena e nem com seu nojo, defendo do seu feitiço ofensivo me esquivando por uma fração de segundo. – Confundo. Estupore. – O olhar perdido antes que ele voe longe é como um prêmio pra mim, nunca fui bom em duelos, mas ainda assim eu venci esse. 

Viro-me para ir embora, as pessoas estão cochichando a minha volta. Não me importo, preciso ver minha noiva, quero estar com ela. Enfio o vidrinho no bolso do meu terno, pedindo licença para as pessoas, estou nas escadas da frente quando ouço a voz da minha mãe, ela está discutindo com alguém em um tom muito baixo para que eu possa compreender plenamente o que está sendo dito. 

— Deixe-o. – ela parece dizer. 

 
— Saia da minha frente. – A outra voz replica um tom mais alto. 

 
— Por favor, não faça iss-  O tom fica mais alto e então suas mãos agarram as costas do meu casaco ao mesmo tempo que meu pai conjura um crucio cheio de ódio e sei que era pra mim, mas quem é lançado ao chão tremendo num choramingo não sou eu. 

É minha mãe. 

— Narcisa, não... Meu amor, me perdoe. – Meu pai se precipita para a mulher que ele diz amar, eu já estou segurando ela nos braços e afasto o corpo dela para longe dele, minha mãe tenta respirar, ela mesma se afasta dele quando ele tenta tomá-la do meu abraço. – Solte, solte, deixe eu... Querida, querida...

Mamãe sufoca um gritinho quando ele a puxa para seus braços, aponto minha varinha para ele e ela nega com a cabeça.

─ Vá, filho. 

─ Mamãe, não posso deixar você sozinha com esse maníaco. 

─ Foi um acidente. – Ela disse ao mesmo tempo que meu pai argumentou que "Não era para minha querida". Honestamente, eu não podia suportar esse homem por um segundo mais e por isso, quando minha mãe insistiu para que eu fosse, aparatei para casa ainda tremendo. 


Minha noiva ainda estava em seu vestido bonito, o cabelo estava desfeito e caía como uma cortina de ondas amarrotadas pelos ombros, seus olhos estavam inchados do choro e ela cruzou nossa sala minúscula para me abraçar. 

 
Segurei seu corpo, tentando manter a calma, tentando fazê-la sentir a tranquilidade que nem mesmo eu sentia. Ainda estava trêmulo pela crueldade do meu pai, por ter cortado laços com ele, por deixar minha mãe com ele, me sentia como há muito tempo não sentia. Eu me sentia um lixo. 

Respirei fundo seu cheiro, deixando que ela me apertasse o quanto quisesse. Eu me sentia lamentável e digno de pena, mas havia um rastro de satisfação por ir contra meu pai, essa seria mesmo a última vez que ele machucaria alguém que eu amo e eu ficaria parado, apenas assistindo. 

─ Acabou, querida, ele não vai magoar você outra vez. 

─ Não me importo com isso, não me importo com ele. Você é tudo que me importa, tudo que eu quero é estar com você. Ainda vamos ficar juntos depois de hoje? – E, sua voz tremeu na última pergunta, como se fosse recomeçar a chorar.

Ela realmente tinha medo de ser deixada por mim? Oh, querida, pensei, você só será livre da minha presença no dia da minha morte. Segurei seu rosto e acariciando seu lábio inferior com o polegar. 

─ Vamos nos casar de qualquer maneira, seremos uma família e eu nunca vou te deixar escapar de mim outra vez. Exceto se me pedir com jeitinho. 

Ela sorriu e achei por um segundo que fosse morder a ponta do meu dedo porém ela fez melhor. Aqueceu meu coração. 

─ Eu te amo, nunca vou querer te deixar.

 


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