Unstable companion escrita por Keyla Cardoso


Capítulo 24
Capítulo 23 - Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Bom, chegamos ao fim.

Decidi postar esse capítulo hoje porque nessa data, faz um ano que postei o primeiro capítulo dessa história. Nada como finalizar um ciclo na mesma data que ele foi iniciado.

Obrigada por me acompanharem até aqui. Obrigada pela paciência com as minhas demoras... Sem vocês nada disso seria possível.

MUITO, MUITO OBRIGADA.

A leitura é o alimento da alma. Bom apetite.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/781196/chapter/24

Capítulo 23 - Epílogo

—Coloca a mesa aqui. -Paul indicou o local para Sam. 

Era o primeiro aniversário das crianças e ele queria tudo perfeito para seus filhos. Depois de acordar, ele contou para todos a batalha que seu corpo enfrentou contra o veneno dos vampiros e como ver Bella e seu filho havia lhe dado forças. 

—Não precisa se estressar tanto, Paul. -Bella se aproximou por trás e o abraçou. -Eles nem vão se lembrar disso. 

—Mas eu irei. E também teremos fotos, quero que as recordações sejam bonitas. 

Bella sorriu e beijou o meio das costas dele. 

—Estou feliz que você está de volta. -Ela sussurrou. 

Desde que ele havia acordado, Bella sempre dizia o quão feliz ela era por ter ele de volta. E ele havia percebido isso. Ele havia percebido o quanto Bella o amava e o quanto ele amava Bella. 

—Olá Bella. -Emily entrou na casa do casal com um enorme sorriso. -Você poderia vir comigo até minha casa?

—Eu adoraria, Emy. Mas tem tanto a fazer por aqui… -Bella olhou para a bagunça que eles precisavam arrumar. 

—Eu posso dar conta por aqui. Vá com Emily. -Paul sorriu para ela grandemente. 

Bella se inclinou e beijou os lábios de Paul rapidamente e saiu com Emily. 

—Eu tenho um presente pra você. -Emily quando as duas chegaram na casa do casal alfa. 

—Um presente pra mim? -Bella franziu as sobrancelhas.

—Sim. Venha. -Emily a puxou para o quarto. -Ângela já deixou um banho de espumas preparado pra você. -Bella se viu empurrada para dentro do banheiro do casal. 

Emily fechou a porta e deixou uma Bella confusa encarando uma banheira cheia de espumas. 

—Não demore a entrar no banho, a água vai esfriar. -Emily gritou do lado de fora. 

Ainda confusa, Bella descartou as roupas que usava e entrou na água. A sensação foi maravilhosa. A água quente relaxando todos seus músculos. 

—Aproveitando? -A porta se abriu e Leah entrou com uma bandeja com frutas frescas. 

—Confesso que sim, mas por que isso? 

—Xiii só aproveita. -Leah disse colocando a bandeja no banquinho ao lado da banheira. -Quando for sair, use o roupão pendurado atrás da porta. 

Bella olhou para a porta e encolheu os ombros. Ninguém parecia disposto a explicar nada para ela, então ela simplesmente aproveitaria o banho e as frutas. Ela não sabia quando foi a última vez que ela relaxou na banheira. Cuidar das crianças exigia muito tempo, Bella mal tinha tempo para usar o banheiro. Quem dirá para ficar de molho na banheira… 

Quando a água esfriou, ela se enrolou no roupão azul e saiu do banheiro com um suspiro satisfeito. Emily, Sue e Leah estavam sentadas na cama, elas sorriram para Bella e a puxaram para se sentar na cama. 

—Temos uma surpresa pra você. -Emily disse e caminhou até o guarda-roupa e tirou um lindo vestido de um tecido parecido com couro. 

Bella nunca tinha visto uma roupa tradicional Quileute, mas ela sabia que aquela peça se tratava de uma. 

—Isso é um vestido tradicional? -Bella perguntou passando a mão pelo tecido. Ela pôde notar os desenhos tribais bem detalhados. Lobos, árvores e flores coloridas. 

—Sim e é seu. Vista. -Leah disse sorrindo. 

—Não tenho roupas íntimas. -Bella sussurrou para as mulheres.

—Acredite em mim, esse vestido fica mais confortável quando você não as usa. -Sue disse de seu lugar sentada na cama.

Dito isso, Bella deixou o roupão escorregar de seu corpo e vestiu o vestido com extremo cuidado. Ele se ajustou perfeitamente sobre seu corpo. Bella se olhou no espelho na porta do guarda roupa e sorriu. 

—Agora sente-se aqui. -Emily a guiou até uma cadeira em frente a penteadeira. 

Bella havia desistido de fazer perguntas a muito tempo. Então quando Emily começou a trançar seu cabelo, ela apenas sorriu. Sue e Leah começaram a fazer desenhos na pele de seus braços e na parte do busto que o vestido deixava a mostra. Bella não sabia o que os desenhos significavam, mas ela se pegou perdida em suas formas.

Emily terminou seu cabelo e Bella se olhou no espelho. Ela estava linda. As pinturas de Sue e Leah se destacavam em seu corpo e Bella parecia uma deusa antiga. 

O telefone tocou e Emily atendeu a extensão que ficava em seu quarto. 

—Residência dos Uley, boa tarde. -Ela disse a frase de costume. -Hum, certo. Estaremos aí em breve, obrigada.

Ela desligou e sorriu para Sue e Leah. 

—Terminamos aqui? -Ela questionou as duas mulheres.

—Sim, acho que sim. -Leah disse checando as pinturas de Bella. 

—Que horas são? -Bella questionou franzindo as sobrancelhas. 

—Cerca de três da tarde. Você e Emily saíram de sua casa por volta do meio dia, você aproveitou bem o banho. -Leah respondeu.

Bella sorriu ao pensar que passou mais de uma hora no banho. Um privilégio que a tempos ela não tinha. 

—Bom, mas agora devemos voltar para casa de Bella. -Emily falou abrindo a porta. 

—Eu irei assim? -Ela questionou olhando suas roupas. 

—Sim, Bella. Agora vamos. -Leah praticamente a empurrou para fora do quarto. -E antes que pergunte, você não precisa de sapatos. 

As quatro mulheres saíram da casa de Emily e caminharam pelas ruas de La Push, atraindo olhares boquiabertos. 

—Você é uma mulher branca, não deveria utilizar de nossas tradições. -Uma senhora quileute as interceptou. 

—Srª Winter, sugiro que vá cuidar da sua vida. -Sue disse cruzando os braços a frente do corpo. -Bella é mais parte dessa reserva do que a senhora. Então, a menos que você queira que eu passe esse pequeno infortúnio ao conselho, a senhora deveria sair de nossa frente. 

A mulher fuzilou Bella com o olhar e saiu pisando duro. As quatro voltaram a andar e as sobrancelhas de Leah se franziram. 

—Mocréia preconceituosa. -Leah sussurrou olhando para a mulher que se afastava. 

Emily soltou uma risadinha e sorriu para Bella. Menos de cinco minutos depois, elas chegavam até a casa que Bella dividia com Paul. 

Elas entraram e Bella franziu as sobrancelhas. Nada estava onde ela e Paul haviam combinado que ficaria. A mesa onde o bolo das crianças ficaria, os balões de decoração… nada.

—Onde está tudo? -Ela questionou olhando para Sue. 

—Nos siga, Bells. -Emily disse se encaminhando para a porta da cozinha e consequentemente, para os fundos da casa. 

Quando chegou até o quintal dos fundos, seu queixo caiu. Não haviam balões de aniversário e nem um bolo infantil. O que havia ali, era toda a decoração de um casamento tradicional Quileute. 

Ela passou os olhos pelas pessoas distribuídas no quintal e sorriu. Sua mãe e Phill estavam ali. Agora ela entendia o porquê de sua mãe ligar dois dias atrás dizendo que não conseguiria vir para o aniversário das crianças… 

Bella olhou para frente e viu Paul vestido com nada além de uma calça com o mesmo tecido que seu vestido e uma manta sobre seus ombros, ela pode ver que pinturas iguais as dela afirmavam seus braços e seu peito. Entre Billy e Paul, uma fogueira queimava. 

Bella olhou ao redor e não viu seus filhos e nem Ângela, então presumiu que os três estariam juntos em algum lugar da casa.

Charlie se aproximou de Bella e a cobriu com uma manta bem parecida com a de Paul. Ele pegou a mão de Bella e a guiou pelo pequeno corredor até Paul. Charlie depositou um beijo na testa de Bella e apertou a mão de Paul. 

—Cuide bem da minha menina, Lahote. -Charlie ordenou com a voz embargada. 

—O senhor sabe que eu daria a minha vida por ela, chefe. -Paul disse sorrindo. 

Bella arriscou um olhar para Renée e viu sua mãe com os olhos cheios de lágrimas. 

—Bom, estamos aqui para abençoar e celebrar o casamento de Bella Swan e Paul Lahote. -Billy começou a falar com sua voz imponente. -Que, apesar de tão jovens, já passaram por diversos infortúnios nessa vida. 

"Todos aqui devem saber que Paul sofreu um acidente que o deixou em cima por dez meses. E tem apenas alguns meses que ele conseguiu se recuperar. Isso o fez perceber que a vida e uma incerteza e que podemos partir a qualquer momento. Então pra que deixarmos para amanhã, aquilo que podemos fazer hoje? 

"É assim que eu dou início a celebração desse casamento. Paul, gostaria de fazer seus votos?"

—Bom, você apareceu na minha vida e consertou tudo. -Ele começou piscando as lágrimas que nublavam sua visão. -Antes de você, eu era uma pessoa amarga e ferida. Que tinha medo até de pensar em amar alguém. Mas então, os deuses me deram você, Bella. E eu percebi que eu não preciso ser a sombra de ninguém, que não importa quem meu pai foi. Eu sou uma pessoa diferente, capaz de amar e receber amor. 

"Eu tentei fugir desse sentimento abrasador que eu sinto por você. Mas ele é inevitável. Acho que se eu mergulhasse no mais profundo mar ou escalasse a mais alta montanha, eu não conseguiria fugir da intensidade do meu sentimento.  

"Obrigado por estar ao meu lado por todo esse tempo. Por não desistir de mim quando eu tentei te afastar, por ter insistido em nós. Obrigado pela família que você me deu. Obrigada Isabella Swan, pela chance de ser feliz pela primeira vez na vida". 

Bella sorriu e só então percebeu as lágrimas que ela estava derramando. Ela suspirou e tentou controlar as lágrimas. 

—Sua vez, Bella. -Billy disse com um sorriso. 

—Bom, eu não preparei nada porque eu nem sabia que isso estaria acontecendo. -Bella disse fazendo todos rir. -Mas vamos lá… Quando eu me perdi na floresta, foi Paul quem me encontrou. Uma bola de roupas esfarrapadas e tristeza. Ele me trouxe para casa e não permitiu que nada pior acontecesse. Mas ele era um bastardo filho da mãe, eu até dei um tapa nele. Ele não aceitava ter sentimentos por alguém. 

"Mas eu sabia que conseguiria conquistar seu coração. E eu consegui. Paul me mostrou que por trás daquele cara cheio de marra, existia alguém maravilhoso. Alguém que só precisava de um pouco de amor para mostrar seu melhor lado. 

"E eu te amo Paul Lahote. Te amo com toda a extensão da minha vida. Eu amo a forma como você faz eu me sentir, amo a forma como você cuida dos nossos filhos, amo o quão bobo e infantil você pode ser. Eu amo o seu mau humor matinal, amo seus olhos pequenos de sono quando acorda de madrugada para checar as crianças, amo suas brincadeiras e piadas sem graça e acima de tudo Paul, eu te amo.

"Obrigada por me dar uma família bem grande como eu sempre sonhei, obrigada por me proporcionar o prazer de ser mãe, obrigada por ser um pai maravilhoso e um marido incrível. Essa é apenas uma boa lembrança na nossa caixinha. Espero fazer com você, outras boas lembranças para lembrarmos quando estivermos bem velhinhos"

Bella enxugou às lágrimas e olhou para Billy com um sorriso. 

—Bom, tragam o símbolo dessa união. -Billy disse e Bella olhou para trás. 

Lily e Dylan estavam vestidos como ela e Paul, e traziam uma pequena cestinha adornada com desenhos tribais. 

—Mama. -Dylan gritou e começou a correr para Bella. 

Lily seguiu seu irmão e se jogou nos braços de Paul. Todos riram e Paul e Bella se colocaram as crianças no chão. 

Dylan entregou a cestinha para Paul e caminhou lentamente até Emily. Lily beijou os dedos de Bella e correu atrás do irmão. Os dois se voltaram para Billy e cada um pegou um anel nas mãos. 

Bella reparou que o anel em sua mão estava preso por uma corrente dourada. 

—Pra eu não perder quando me transformar.  -Ele sussurrou.

—Bom, essas alianças são apenas metais. Mas simbolizam uma aliança entre vocês e entre os deuses. Vocês irão cuidar um do outro e se ajudarem nos momentos difíceis, essas alianças são a promessa de fidelidade e carinho. -Billy disse olhando para eles atentamente. -Paul, repita depois de mim. 

 Paul pegou a mão esquerda de Bella e começou a repetir as palavras de Billy.

—Isabella, a partir desse momento, eu te recebo como minha esposa. Com a benção dos deuses eu prometo te amar e cuidar de você e da nossa família. -Ele disse deslizando a aliança pelo dedo dela.

—Bella, sua vez. -Billy disse olhando para ela. 

—Paul, a partir desse momento, eu te recebo como meu esposo. Com a benção dos deuses eu prometo te amar e cuidar de você e da nossa família. -Ela disse prendendo a corrente no pescoço dele.

—Pode trazer. -Billy disse e Sam e Jacob trouxeram um novo cobertor. -Essas mantas com as quais vocês estão cobertos, simbolizam suas vidas antes do casamento. Essa nova manta que Sam e Jacob estão trazendo, simboliza a nova vida de vocês. A vida que vocês irão compartilhar. 

Paul jogou sua manta na fogueira a frente deles e Bella seguiu suas ações. Paul encolheu Bella sob um braço e permitiu que a manta fosse deslizada sobre eles. 

Eles observaram as duas mantas queimarem. Quando as mantas terminaram de queimar, Billy olhou pra eles e sorriu. 

—A partir de hoje vocês são considerados marido marido e mulher. -Billy disse. -Apenas assinem esse documento. 

Bella pegou a pasta da mão de Billy e foi a primeira a assinar. Paul seguiu seu exemplo e beijou a bochecha dela. 

Eles estavam casados. Definitivamente casados e ele não podia estar mais feliz por isso. 

Quando os dois se voltaram para os convidados, foram envolvidos pelos braços de toda a matilha. Bella riu e olhou para Emily. 

—Casamento surpresa, hem? -Bella disse para a amiga, que encolheu os ombros. 

—Paul pediu nossa ajuda, nada como ajudar um amigo. -Emily disse e beijou a bochecha de Bella. 

Depois de muitos abraços e parabéns, Bella, Paul e as crianças se colocaram atrás da mesa onde estavam dois bolos, o de casamento e o de aniversário. Eles cantaram parabéns para as crianças e Bella sorriu para eles. 

—Se juntem todos, vou tirar uma foto de vocês. -Renee disse quando todos comiam um pedaço do bolo. 

—Você tem que aparecer também, mamãe. -Bella gritou e Renée olhou ao redor. 

A mulher puxou uma mesa e apoiou a câmera fotográfica. Ela correu até eles no momento em que o flash da câmera disparou. Bella olhou para sua família e se sentiu a pessoa mais feliz do mundo. 

Ela não imaginava sua vida sem nenhum deles. Naquele momento, ela agradeceu aos deuses por Edward ter ido embora. Ela agradeceu aos deuses por ainda ser humana e ter a melhor e maior família do mundo.

FIM! 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mais uma vez, muito obrigada por me acompanharem até aqui.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unstable companion" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.