Broken - Jikook escrita por BustyOwl


Capítulo 19
18. Milagres e tragédias


Notas iniciais do capítulo

Preparem vossos corações e leiam as notas finais



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 JEONGGUK

 

Tinha passado uma semana desde o nosso primeiro encontro oficial, e ainda não podia tirar isso da minha cabeça. Tudo o que ele queria de mim naquela noite, poderia ter tido, mas ao invés disso apenas curtimos. Sim, fiquei... apaixonado, luxúria vazando de nós dois em ondas, mas só tínhamos nos despido, ficando somente com nossas roupas íntimas e nos beijamos.

Houve momentos em que falamos sobre coisas aleatórias, como sua casa de infância e coisas que gostávamos de fazer — aparentemente Jimin também, realmente gostava de natação.

Conversamos até que adormeci com seus braços ao meu redor. Seu motivo para não transar comigo foi simples: foi o nosso primeiro encontro. Ele disse que você não transa com uma pessoa no primeiro encontro... Pelo menos, é como funciona para ele. As pessoas muitas vezes dizem que o namoro é um jogo, e se for, Jimin tinha dominado como uma forma de arte. Mas foi engraçado, pelo menos para mim: o fato de nós não termos transado fez a noite toda a mais memorável.

— Dr. Park, por favor, faça a cirurgia. — Quando virei a esquina, ouvi um soluço.

Ali estava Lee Minhyuk, segurando o jaleco branco de Jimin. Seus três internos todos tentaram ajudar, mas ele apenas os afastou. —sr. Lee —

— Ela é tudo que me resta. Ela é minha garotinha, tem que haver outra coisa que você possa tentar. Nós já a cutucamos e a picamos, já bombeamos suas veias cheias de veneno! Você tem que fazer a cirurgia! 

— O tumor é —

— Foda-se o tumor! — ele gritou, liberando o jaleco de Jimin e o afastando. — Foda-se o maldito tumor! Quero isso fora dela, e se você não fizer isso, encontrarei outra pessoa que faça! — Caminhou de volta para o quarto, a porta batendo atrás.

Jimin respiru fundo, disse algo para os médicos em torno dele antes de ir em direção as escadas.

Somente quando eles foram todos embora eu virei a cabeça para a porta do paciente, segurando a pintura em minhas mãos. Inseguro ou não se eu deveria entrar, eu coloquei a pintura na porta, mas antes que eu pudesse sair, abriu-se novamente.

— Sinto muito — Eu recuei rapidamente. Minhyuk parecia compreensivelmente pior do que da última vez que o tinha visto; o círculo escuro ao redor dos seus olhos fez parecer que ele realmente não tinha dormido em anos. Seu olhar baixou, para a pintura que tinha escorregado para o quarto.

—Você trouxe? — Shin Hye acenou atrás dele.

— Fiz uma promessa, não foi? — Eu sorri, curvando-me para pegar a pintura do chão. Sem dizer uma palavra, ele se moveu para eu entrar.

Eu fui até sua cabeceira. Sua pele parecia quase cinza, e ela não conseguia nem se levantar. O cachecol dela foi o mais brilhante rosa cintilante que eu já tinha visto, e ela usava um arco no braço onde estava o IV.

Puxando a cadeira, sentei-me, colocando a pintura no meu colo. "Posso abrir para você?" Perguntei-lhe. Ela tentou seu melhor para acenar.

Retirei o papel marrom, segurei mais perto para ela ver. — O que você acha?

— Papai, é a mamãe e o bebê. — Ela estendeu a mão para tocá-lo e sorriu para o pai dela, que se inclinou contra a janela com a mão sobre a boca, olhando para o retrato da família deles.

Engolindo um nó na garganta, ele ajoelhou-se ao lado da cama, pegou na mão dela. —Sim... é sim querida — ele sussurrou.

Ao vê-los, senti meus olhos arderem.

— O que você diz para o Sr. Jeon?

— Eu realmente posso ter isso?— ela perguntou.

Rindo, concordei. — É claro você pode ter. Eu fiz isso para você... os dois.

Ele olhou para mim e se levantou novamente. — Shin Hye, você ainda precisa agradecer — disse a ela.

—Obrigada!

— De nada. Continue olhando para ele, e espero que isso faça você se sentir melhor, ok? — Se apenas fosse assim tão fácil.

— Sinto-me melhor agora. — Ela tocou o rosto da sua mãe.

— Eu virei te visitar mais tarde, certo?

— Eu vou leva-lo lá fora — Seu pai disse enquanto ela assentia com a cabeça.

Ele não precisava, mas senti que não aceitaria um não como resposta. O momento em que pisei fora, ele fechou a porta atrás de nós. Ficou lá, lutando contra as lágrimas, mas falhando. Tomou uma respiração profunda, ele sorriu para mim. — Eu sei que você não me conhece muito bem, mas posso te abraçar?

Balançando a cabeça, enrolei meus braços ao redor dele.

Ele soltou um pequeno grito, mas o sufocou no melhor de sua capacidade. Parecia que ele estava caindo, ou apenas se desfazendo em meus braços. Finalmente ele me soltou e limpou seus olhos. — Como soube sobre o bebê que a mãe dela ia ter?

— Ouvi algumas enfermeiras sussurrando sobre isso. Está tudo bem — 

— Mais do que bem. Obrigado. Muito obrigado. —Ele pegou minhas mãos e voltou-se para olhar para o quarto dela. —Estou tão assustado. Não sei o que fazer. Ela está sofrendo muito, e eu não posso fazer nada, a não ser sentar aqui e assistir. Ela desmaiou esta manhã, está morrendo, e os médicos dizem que não podem operar. Eu deveria ir certo? Eu deveria tentar encontrar outras opiniões, certo?

Eu preferia que fosse uma pergunta retórica, mas ele estava realmente pedindo uma resposta. —Hyung, eu não sou um médico, não sei.

—Mas se fosse seu filho —

Suspirei. —Eu sinto muito, quem me dera poder ajudá-lo. Realmente não sei o que dizer. Não posso responder por que não tenho filhos. Não consigo entender a posição ou a dor que você está sentindo. Tudo que posso fazer é dizer-lhe para confiar em si mesmo. Fazer o que você acha que é certo para a garota. É tudo o que você pode fazer, não é?

Ele ficou em silêncio, o que era quase tão doloroso como quando ele falava. —Entra, ela está chamando por você. — Eu acenei para a pequena menina dentro.

—Obrigado! — ele sussurrou, a mão na porta.

—Disponha!

Fiquei lá por um pouco mais antes de caminhar de volta para a minha estação. Se eu sofro assim, perguntava-me como Jimin se sentia. Não podia imaginar tendo tanta pressão sobre seus ombros, e isso era apenas um dos seus pacientes.

Como ele fazia isso? Como lidava com tudo isso? Quando estava em casa, era como se ele desligasse do hospital. Nunca entrou em detalhes sobre qualquer coisa. Sempre dizia 'salvei um'... Mas e sobre as pessoas que ele não conseguia salvar?

Ele não me diz por que não acha que eu posso entender? Sabia que ele não poderia quebrar sigilo médico/paciente e eu não queria que ele o fizesse — eu só queria saber como ele estava.

—Hyung! — Taehyung veio até mim, vestido de jeans escuro e uma jaqueta de couro bem legal.

Havia notado que, depois que ele havia declarado que não ia ser um médico, sua maneira de vestir estava mudando ligeiramente. Imaginei que estava finalmente sendo quem ele realmente era. Tinha até furado a orelha.

—Ei, não vai sair em turnê? — Perguntei quando me alcançou. Ele franziu a testa.

—Mal pode esperar para me ter fora do seu caminho, não é?

—Não foi isso que quis dizer. — Ri.

—Eu sei. Parto amanhã. Só vim almoçar com minha mãe e te pedir um pequeno favor.

—O quê?

Apontou com a cabeça para o mural. —Não estarei de volta para a inauguração, e isso está me matando querendo ver o que está fazendo lá atrás. Juro que algumas pessoas já espiaram.

—Todo mundo é tão impaciente. Você não pode ver o efeito disso até você se afaste um pouco, enfim —

—Por favor, Hyung...

—Você só vai usá-lo para torturar a curiosidade da sua mãe, não é? — Ele sorriu.

—Como você me conhece tão bem?

Balançando a cabeça, levantei a cortina, permitindo-lhe entrar. Ele olhou para a tinta toda espalhada pelo chão e a camisa branca que usei enquanto pintava jogada no chão antes de olhar para cima. Deu um passo para trás e curvou a cabeça o melhor que podia, olhando para o mural inteiro.

—Isto é o —

—Sim — Não queria dizer em voz alta.

—Eles vão adorar — Deixou cair a cabeça e olhou de volta para mim. —Adorei.

—Obrigado. Sempre fico um pouco nervoso, mas sabendo que você realmente gostou, posso ir em frente sem medo. — Senti a vibração, puxei meu telefone do meu bolso.

Namjoon tinha me mandado uma mensagem.

 

K.N: Nós temos um pequeno problema. Está no hospital? Vou te buscar. '


        —Está tudo bem?— Taehyung perguntou.

Concordei, mandando uma mensagem de texto pra ele de volta. —Me faz um favor? — Eu questionei, estendendo a mão para minha outra pintura.

—Claro, o que foi?

Dei-lhe a pintura. Ele olhou para mim, confuso.

—Você se lembra da pintura que eu dei para você e seu irmão? Bem, este é o original. Eu queria dar à sua mãe hoje, mas surgiu um imprevisto e não sei quando voltarei. De a ela por mim?

—Claro que sim. Ela vai provavelmente chorar e caçá-lo para te dar um abraço mais tarde, embora.

—Estive lhe dando de graça ultimamente, então está tudo bem — Disse, saindo com ele apenas para encontrar Jimin andando em nossa direção.

Ele olhou entre nós dois.

Taehyung pôs o braço em volta de mim. —Eu confessei o meu amor eterno por ele —

—Ei! — belisquei o seu lado. O castanho estremeceu, se afastando. Jimin sorriu.

—Aparentemente ele não aceitou — Taehyung fez uma careta para nós dois, indo embora com a pintura debaixo do braço. Recebi outra mensagem de texto.

|K.N: eu estou aqui. '


         —Você mostrou a ele o mural?

—Sim, desde que ele implorou. Tae vai perder a grande inauguração e tudo mais. Mas, importa-se de falarmos depois? Desculpe-me, meu advogado tem tentado entrar em contato comigo, e ele nunca chama a menos que seja importante. E ele ainda veio aqui.

—Tudo bem. Eu tenho o que eu precisava — ele disse.

—O quê? — Não tinha feito nada.

—Consegui vê-lo.

Sorrindo, andei para trás em direção as portas. —Você é um bajulador, Dr. Park.

—Não sou? Boa sorte. — Ele acenou.

—Você, também — Eu disse, empurrando a porta de vidro. Quando eu fiz, eu vi que Namjoon já estava em pé de fora de seu carro, vestindo um terno vermelho-sangue. Nas mãos dele estava uma carta.

—O que está acontecendo?

Ele me entregou a carta. —Seu ex-noivo está te processando.

—Pelo quê?

—Quebra de contrato. Aparentemente você não responde aos seus telefonemas, e, portanto, você não foi capaz de fazer qualquer um dos projetos que ele precisa.

Eu gemia, querendo bater em mim mesmo. —É um chute na bunda não ter terminando meu contrato, não é?

—Não é óbvio? Esta é a única maneira que ele pode chegar a você, e sendo o filho da puta controlador que é, claro ele iria tão baixo — ele respondeu, puxando para fora outra carta da sua maleta Louis Vuitton branca. —Uma opção: tentamos novamente quebrar seu contrato, mas acredite isso vai ser um inferno de uma briga e você poderá perder milhões. Ele não será tão generoso como ele foi no começo. Não sei o que aconteceu, mas ele está sendo um putinho cretino. Você não tem nenhum sentimento remanescente tem?

—Não, ele está fazendo isso porque eu estou saindo com outra pessoa.

—Você está? — Ele levantou sua sobrancelha.

—Sim — Eu disse com orgulho. —E eu não quero perder milhões, ou estar em uma briga com ele por meses ou anos. Qual é a minha outra opção?

Namjoon deu um passo para o lado e abriu a porta do seu carro. —Podemos ir encontrar com ele e elaborar um novo cronograma, uma vez que você está trabalhando em outros projetos. Seu contrato termina em poucos meses, de qualquer forma; não adianta ir para a guerra agora.

—Bem. Mas tente me impedir de assassiná-lo enquanto estivermos lá — eu murmurei, enquanto entrava no carro.

—Se ele me der um motivo, vou processá-lo por qualquer coisa que eu possa pensar. — Ele estava tentando me fazer sentir melhor, e estava funcionando.

Kim Yugyeom era um idiota e covarde.

 


JIMIN

 

Entrei no escritório da minha mãe, e a primeira coisa que vi foi ela chorando nos braços de Taehyung. —O que —

Apontou com a cabeça para a pintura em cima da mesa e murmurou 'Jeon Jeongguk'.

Ele ataca novamente.

Eu tinha ido ao quarto de Minhyuk e Shin Hye novamente, para vê-los olhando para a pintura, rindo e conversando sobre isso. Eles estavam tão felizes, quase esqueci que ela estava mesmo doente. Foi por isso que eu queria ir ver Jeongguk. Tomei um assento em frente a eles, e tentei tocar a pintura.

Minha mãe bateu em minha mão. —Mãe! — Gritei, puxando minha mão para trás.

Ela limpou os olhos. —Ninguém toca até que eu possa tê-la emoldurada e colocada no escritório do seu pai.

Em todos esses anos, ela não tinha movido qualquer coisa do meu pai da casa. Como se ele fosse voltar a qualquer momento. Ela sabia que não ia, mas disse que ela gostava de fechar os olhos e às vezes esquecer.

—Ele ainda está aqui? — perguntou, olhando para baixo.

—Não, ele tinha um compromisso — Respondi.

—Avise-me quando voltar — sussurrou, balançando a cabeça pra si mesma. —Se parece tanto com ele. Ele ainda fez a cicatriz do lado do seu queixo, que ele ganhou jogando futebol.

—Jeon disse que quando veio visitá-la em seu escritório, deu uma boa olhada em todas as imagens aqui, e ele foi capaz de vê-lo ao vivo — disse com um sorriso.

—Quando vocês estão todos assim, crescidos, posso realmente vê-lo. Os dois são como ele de muitas maneiras. Sabia que ele também queria desistir da medicina? — Ela olhou entre nós.

—O que? Não, ele não fez. — Não pude acreditar.

Ela assentiu com a cabeça. —Ele era um saxofonista maravilhoso. Gostava muito de jazz. Mas no final, ele disse que sempre seria um bom passatempo.

—Ponto para os músicos — Taehyung assentiu com a cabeça para mim, apoiando-se na cadeira.

Ignorando ele, olhei para ela. —Por que você não disse nada?

— Porque você sempre quis ser como ele. Eu sabia que você, como eu, não podia tocar um instrumento para salvar sua vida, então deixei você se concentrar em seus livros. — O mais novo riu tanto que bufou. Ela bateu-lhe na perna.

—Mãe! — ele gritou, esfregando sua coxa e então sorriu.

—Não ria de seu irmão mais velho. Se não fosse por ele dar um bom exemplo para você, Deus sabe que teria vivido mergulhado em bares.

—Obrigado pelo voto de confiança, mãe. — Franziu a testa, olhando na minha direção.

—Oh Jimin, tenho algo a lhe dizer. Jieun pediu para ser transferida para uma das clínicas do centro da cidade por um tempo. Não faço ideia do por que. O que você disse a ela?

—A verdade — disse, retirando meu pager que estava zumbido. Levantei-me, já na porta. —Eu tenho que ir. — Não esperei para ouvir a sua resposta, ou mesmo esperei pelo elevador. Abrindo a porta das escadas, corri três degraus de cada vez, em disparada até chegar ao seu andar. Uma enfermeira já se dirigia para o quarto, ao meu lado. —O que aconteceu? — Gritei, movendo-me em direção a cama.

O minúsculo corpo de Shin Hye não parava de tremer, seus olhos rolando na parte de trás da cabeça. E então ela só ficou imóvel.

—Hye! Preciso de um carrinho aqui! — Eu gritei. —Shin Hye! Shin Hye, querida, acorda! Hye —

—Saia! — Eu gritei sobre ela, enquanto a enfermeira me entregava o desfibrilador.

Vamos, Lee Shin Hye.

 

JEONGGUK

 

Depois que Yugyeom me deixou, disse a mim mesmo para ouvir meus instintos a partir daí. Sabia que algo estava anormal naquele dia, mas ignorei. Eu não ia cometer esse erro novamente.

Ouviria meu instinto, não importa o que aconteceria. E sentado ali com ele, tudo dentro de mim me disse para não ficar lá mais tempo do que eu precisava.

Seu escritório foi preenchido com a mesma porcaria excessivamente cara, como antes. Ele tinha pisos feitos em mármore, acabamento em madeira fina e todos os seus prêmios pendurados na parede atrás dele com orgulho. Na mesa dele havia uma placa de identificação pomposa, esculpida em vidro com fundador & CEO à direita debaixo do nome dele.

Eu entrei.

Ele se levantou, abotoando seu terno marinho e caminhou para frente de sua mesa, seus braços sobre o peito. —Você veio —

—Esse lugar fede a merda. Sr.Kim, podemos ir direto o ponto? — disse, tomando um assento. Namjoon estava bem ao lado da minha cadeira.

—Gguk —

—Sr. Jeon! Gostaria de me desculpar por não atender qualquer um dos seus pedidos, embora eu acredite que a culpa é em parte do seu gabinete por não usar os canais corretos. Se você tem um trabalho para meu cliente, você deve falar com seu agente, que passará o pedido para a Sr. Jeon. Tenho certeza de que qualquer juiz vai concordar comigo. — Namjoon jogou seu processo de volta para sua mesa.

Ele não olhou para Namjoon, apenas me encarou. — Peço desculpa se eu te machuquei.

—Você não vê este sorriso? Eu estou bem, Sr. Kim. Como poderia um homem como você me magoar?

—GGUK! —ele gritou.

—Sr. Kim, grite com meu cliente novamente, e eu não vou apenas processá-lo por assédio, mas irei me certificar de adicionar um sofrimento emocional à lista. Sente-se emocional, Sr. Jeon?

Fiz uma careta. —Agora que falou nisso —

—Gguk, por favor. — Ele suspirou.

Namjoon estava prestes a dizer algo, mas eu balancei minha cabeça. —Diga o que você quer, Yugyeom.

Ele sentou-se reto, movendo-se para ficar bem diante de mim. —Eu sei que o que eu fiz foi horrível. Eu te magoei, e verdadeiramente sinto, porque não há nenhuma pessoa na terra que eu amo tanto quanto você. Não pude ver isso. Estava tão nervoso sobre nós... preocupado em não dar certo, como os meus pais. Lembra-se? Minha mãe nos abandonou, e eu não queria me machucar assim de novo. Cada vez que fecho os olhos, vejo você. Lembro-me como você me segurou quando te levei para ver o Cirque Du Soleil, como ia a geladeira para mim, mesmo quando eu dizia não, e como você ia reorganizar o apartamento e a dança na sala de estar. Sinto sua falta, Gguk. Vou passar todos os dias da minha vida tentando fazer as pazes com você... Você é a única pessoa neste mundo para mim.

Namjoon olhou para mim, com a sobrancelha levantada.

—Gyeom — eu disse baixinho, sentando sobre a borda da minha cadeira.

—Gguk — Ele sorriu.

—Estava cego quando estava com você e ouvir o que você falou agora me faz querer me esmurrar. Lembro-me do Cirque Du Soleil. Segurei em você porque eu tenho medo de altura, e eu pensei que eu ia ter um ataque de pânico, assistindo-o. A razão pela qual que eu enchi sua geladeira o tempo todo foi porque antes de me mudar, nunca fez isso sozinho. E se você fez, nenhuma vez comprou alguma coisa que eu gostava de comer. Eu tive que reorganizar o apartamento porque você comprou móveis enormes depois que eu disse que não queria nada lá dentro. Você só pensa em si mesmo. Você não é o único homem no mundo para mim. Então, por favor. POR FAVOR. Pare. Os óculos escuros estão fora. Não estou mais cego pelo grande Kim Yugyeom. Não use processos estúpidos para chamar-me aqui. Não me chame no meio da noite. Pare, porque se não o fizer, vou ter uma ordem de restrição contra você. Tenho certeza de que iria matar os últimos meses que eu tenho no contrato, certo, Namjoon?

—Você deveria ter me dito que ele te ligou no meio da noite. Eu iria solicitar uma ordem de restrição ao Juiz Suk na mesma noite — ele respondeu.

Levantei-me. —Qualquer coisa que você precisar que eu faça, por favor, resolva isso com o meu agente. Tara irá certificar-se de que eu o atenda. Adeus, Sr. Kim, — disse, fechando a porta.

Só quando estávamos no elevador Namjoon falou. —Vamos apenas fazer isto de uma vez — ele me disse, levantando o punho para eu batê-lo.

Sorrindo, eu bati meu punho contra o dele. — Agora nunca mais falaremos disso novamente.

—É claro — Eu tentei soar tão frio como gelo, como ele, mas foi muito engraçado.

Saindo do prédio, meu telefone tocou. Quando verifiquei, eu vi que era ninguém menos que a mãe de Bo Young. —Tia? Está tudo bem?

—Oi, Gguk. Desculpa te ligar do nada assim. Eu estava tentando falar com sua mãe, mas continuou indo para a caixa postal.

Eu sabia o por que. Minha mãe odiava falar em telefones por longos períodos de tempo, e Tia Park poderia continuar por dias às vezes. —O que posso fazer por você, Tia?

—Bem, rapidamente, você sabe o nome do médico do seu pai? O que ele foi depois do ataque de coração? Quero ter certeza de levar Min Ho. Eu juro que o homem não acredita em mim quando digo que toda essa comida vai matá-lo. Você sabe o que ele tinha a última n — 

—Espere. Sinto muito, você disse que meu pai teve um ataque cardíaco? — o que? Talvez ela estivesse confusa.

—Sim. Foi há três semanas, não foi? Min Ho, querido, quando Won Bin teve seu ataque do coração? — ela gritou, esquecendo-se de afastar o telefone. —Sim, foi há cerca de três semanas e meia atrás —

— Tia, depois te retorno a ligação.

 


JIMIN

 

—É um milagre que ela sobreviveu — disse Bunhead atrás de mim enquanto eu olhava os gráficos acima na parede.

—Qual é nosso próximo passo, Dr. Park? — Dr. Espicho surgiu ao meu lado, e quando eu me virei para ele, ele deu um passo para trás. —Dr. Park —

—Pare de falar! — Perdi o controle, e todos eles pularam. —Pare de falar. Pare de dizer o fato de que ela estar viva é um milagre, porque não é. Feche a boca e olhe para o raio-x. O tumor parece estranho para qualquer um de vocês?

Dr. Quatro Olhos ajustou seus óculos e se adiantou. —Parece que alguns se mudaram para a direita.

—Não é bom? Você não podia operar por causa da localização, mas se ele se moveu ou encolheu — 

—Ele não se mexeu — Dr. Espicho sussurrou, olhando entre seu velho raio-x e seus novos.

—Ela tem dois tumores. A quimioterapia ajudou o maior a encolher, mas ela tem um segundo bem próximo a ele. Esse tipo de meduloblastoma representa menos de 12 por cento de todos os cânceres de cérebro — eu disse, dando um passo à frente e colocando mais dos exames dela. 

—Cirurgia e quimioterapia foram apostas altas para ela desde o início. Agora, o câncer está se espalhando. O corpo dela está morrendo e nós a trouxemos de volta hoje, mas estamos trabalhando com tempo emprestado. Ela não sobreviverá a isso até o fim da semana.

—Vai dizer ao seu pai? — Bunhead sussurrou.

—Eu já disse — Enfrentei-os. —Peguem seus papéis e todas as suas informações e enviem por fax para o Dr. Birell do Comprehensive Cancer Center em Johns Hopki— 

—Dr. Park! — Uma enfermeira chamou.

Eu já sabia por que, e corri em direção ao quarto que estive duas horas antes. Desta vez eu estava assistindo Hoseok, que tinha desistido do desfibrilador e agora estava usando as mãos.

—Há quanto tempo ela esta sem pulso? —Perguntei-lhe.

—Um pouco mais de três minutos. — Ele suspirou, parando porque ele sabia o que eu sabia.

—O que você está fazendo? — Minhyuk gritou comigo. —A salve! Salve-a! O que está fazendo?!

—Sr. Lee, sua filha teve um colapso esta manhã, ela teve uma convulsão há duas horas, e o coração dela parou agora. Nada mais está torturando-a. O corpo dela não pode aguentar mais. Eu sinto muito. Eu realmente sinto. Sinto muito pela sua perda, mas ela se foi. — Olhando para Hoseok, ele acenou com a cabeça, em seguida, olhou para o seu relógio quando eu desconectei tudo do seu corpo.

—Hora da morte, 20:43 — ele sussurrou.

Minhyuk desabou ao lado de sua cama, chorando em cima de seu corpo. Senti como se meu peito, estivesse pegando fogo. Senti como se tivesse tirado desse homem tudo o que lhe restava. Porque eu não era suficientemente bom, custou-lhe sua filha. Saindo do quarto, não parei para ninguém, apenas andando, talvez correndo — não sei o que meu corpo estava fazendo. Tudo se passou em um borrão, até que me encontrei lá fora, respirando pesadamente sob a chuva.

Eu falhei. Deus. Onde foi que eu falhei?

—Ahh! — Eu gritei para a chuva.

—Jimin! — Jeongguk correu para mais perto de mim, a mão pra cima, como se isso fosse parar o aguaceiro. —Jimin, o que é? O que há de errado?

Por alguma razão, eu tentei sorrir para ele, mas não pude. —Eu. Eu sou o que está errado. Você deve ir para casa sozinho hoje — 

—Jimin, fale comigo.

—Não quero falar! Estou cansado de falar. Só falei o dia todo! — Eu gritei.

Suspirando, passei minhas mãos pelo meu cabelo. —Por favor, não me espere ou olhe para mim.

Caminhando de volta para o hospital, tentei ignorar o quanto minha cabeça e meu peito doíam.


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Notas finais do capítulo

Um capitulo bem tenso né??
A vida é bem assim mesmo e os medicos nem sempre podem salvar todos.
Tudo bem galeraa???
Espero que tenham gostado do capitulo, um tanto triste demais, mas necessario para muitas coisas no futuro.

Nossa tag ainda esta de pé #EuAmoMeuGureum. Usem para falar de Broken, para espalhar a fic.
Comentem e deixem seu votinho. Os proximos capitulos dependem de vcs ^^

Espalhar e ter bastante engajamento é bom para incentivar a postar mais ^^

Desculpem os erros, Beijo na bunda



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