Lilypedia escrita por cricket


Capítulo 2
Capítulo 01 - Atividade Extracurricular


Notas iniciais do capítulo

Eu não pretendia postar tão rápido, mas aqui estou eu sem conseguir segurar o capítulo que já estava pronto por mais tempo!! Obrigada Yoki pelo seu comentário, e nesse capítulo introduzi mais alguns personagens e espero que gostem. Aproveitem este, e nos próximos capítulos teremos algumas surpresas haha Boa leitura!



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CAPÍTULO 1 – Atividade Extracurricular

— Se você não quer ajudar o Potter a estudar, porque não conversa com o Slughorn e pede que outra pessoa faça isso? – Dorcas Meadowes, colega de quarto de Lily e Marlene, questionou a ruiva enquanto as três almoçavam no Salão Principal. Uma semana se passara desde a conversa da jovem, James e Slughorn, e Lily estava evitando o máximo que era possível cumprir com a tarefa que lhe fora confiada.

— Porque preciso das recomendações dele, da professora McGonagall e do diretor Dumbledore para me candidatar a uma vaga na universidade. As coisas estão apertadas em casa, preciso de toda ajuda possível caso queira cursar medicina realmente... – Lily respondeu num muxoxo, percebendo que sim, teria que ajudar o Potter. Por mais que preferisse passar o verão inteiro com Petúnia e a Orca Felpuda, a alguns momentos durante o ano letivo ensinando biologia a James.

— Lils, o James não é tão asqueroso quanto você pensa... – Marlene começou, com toda cautela possível ao encarar os olhos verdes da melhor amiga. – Nossas famílias são amigas de longa data, então somos obrigados a comparecer nesses jantares de gente chata, e tenho que admitir que por mais que o Black às vezes exagere nas brincadeiras, eles salvam minhas noites do tédio!

— Sei que eles até podem ser engraçados, mas não muda o fato de que não vou com a cara de nenhum dos dois. – respondeu, mesmo sabendo que estava sendo preconceituosa quanto a julgá-los por sua condição de vida, mas Lily era orgulhosa demais para voltar atrás.

— E você também não ia com a minha cara, nem com a da Marlene e nem com a de quase ninguém em Hogwarts! – Dorcas esclareceu rindo, sendo acompanhada por Lene e nem Lily pôde segurar a risada. – A sua irmã colocou tanta coisa na sua cabeça sobre os alunos daqui, que eram todos cheios de grana e sem cérebro, que você veio mais defensiva do que lutador de boxe!

— Dê uma chance ao James, ele é uma boa pessoa quando se permite conhecê-lo, ok? – Marlene indagou com um sorriso, e Dorcas concordou enquanto se servia de mais carne.

Nem mesmo ela terminou a frase, o dito cujo apareceu no Salão Principal acompanhado de Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew, que mais parecia flutuar do que caminhar, só pelo fato de estar ao lado dos outros três.

— Seja simpática! – Marlene continuou com um sorrisinho.

— Seja pelo menos educada, Lily Evans! – Dorcas complementou autoritária, fazendo Lily emburrar a cara.

As três dividiam o quarto e eram praticamente inseparáveis. Mas como Dorcas optara pelo curso de direito, nesse último ano eram poucas as aulas em que as três estavam juntas. Dorcas era baixinha, cabelos castanhos cor de cobre, olhos castanhos e era dona de um ar bastante angelical, quando de bom humor é claro. Mesmo com toda a áurea de boneca, Dorcas passava longe de apenas delicadeza e doçura. Assim como Marlene, vinha de uma família renomada, mas com a diferença de que seu pai não era o filho predileto, não depois de optar por se casar com uma confeiteira. Mas não era segredo para ninguém que Dave Meadowes pouco ligava para o que sua família achava ou deixava de achar, era um dos melhores neurocirurgiões do país e pagava suas contas sem precisar da conta bancária dos pais.

— Boa tarde garotas! – Sirius Black cumprimentou com um sorriso enigmático, sentando-se ao lado de Marlene e depositando um beijo em sua bochecha. Lene revirou os olhos, constrangida e incomodada, enquanto limpava o rosto com as costas da mão.

— Caramba loira, você já foi mais simpática comigo... – Black argumentou, fingindo estar ofendido o que fez Peter Pettigrew gargalhar, para logo depois fechar a boca, envergonhado quando todos na mesa lhe olharam sem entender.

— Posso sentar aqui, Evans? – James perguntou, parado ao lado da ruiva apontando para a cadeira vazia que restara ao seu lado. Antes que Lily pudesse negar, Dorcas lhe acertou um chute por debaixo da mesa fazendo-a chiar de dor enquanto respondia.

— Ai! Pode sentar Potter.

— Boa tarde, meninas! – Remus cumprimentou, sentado ao lado de Dorcas enquanto servia seu prato de macarrão.

— Olá Remus! – as três repetiram em coro, e ninguém conseguiu controlar a risada quando Sirius, agora realmente chateado, perguntou por que com o Remus elas eram simpáticas.

— Lily... Posso te chamar de Lily, certo? – Potter perguntou incerto, e quando a ruiva concordou com um aceno de cabeça, prosseguiu. – Que dia seria melhor para você? Tenho treino de lacrosse depois do almoço, mas podíamos nos encontrar logo depois. O que acha?

— E por que eu me encontraria com você? – revidou Lily fazendo James pestanejar, ignorando o olhar irritado de Dorcas e recebendo outro chute por debaixo da mesa, dessa vez, vindo de Marlene.

— Aucht! Vocês duas, parem de me chutar! Estou brincando Potter, depois do treino de lacrosse está ótimo. – completou, olhando carrancuda para as duas amigas que tinham sorrisos vitoriosos nos lábios e depois desviando o olhar para o moreno ao seu lado.

Lily nunca, verdadeiramente, parara para analisar as feições de James Potter. Era como se a suposta personalidade dele criada em sua mente, lhe bloqueasse de prestar atenção em algo no mesmo que fosse diferente de repugnante ou esnobe. Lily não se lembrava de muita coisa da época em que eram crianças, na realidade, só lembrara-se de James ao reconhecer a cicatriz no queixo do rapaz que era a mesma que seu colega de lego que passara um verão inteiro, toda semana, indo ao consultório do pai acompanhado da mãe. Mas a verdade era que James era bonito, realmente lindo. Não como os atores de cinema ou super musculoso como os modelos de moda praia. Longe disso, porque ela percebeu que ele poderia levar um pouquinho mais de sol, mas nada disso impedia que o mesmo, todo o conjunto da obra, tivesse seu charme.

— Oi? Terra chamando Lily Evans? – Dorcas se debruçara sobre a mesa e estalava os dedos na frente de Lily. – Sei que o James é bonito à beça, mas isso já está ficando constrangedor amiga...

Todos na mesa deram gargalhada, enquanto Potter apenas escondia os lábios com uma das mãos e Lily ruborizava feito um pimentão, mas a risadeira geral sessou quando Pettigrew começou a engasgar, e Sirius lhe deu uma tapa nas costas, que com certeza deixaria a marca, dizendo “Cara, para com isso!”.

— Não, eu não... O quê? Não é o que vocês estão pensando! – Lily amaldiçoou-se por gaguejar enquanto o grupo ria da sua cara, menos Pettigrew que tentava massagear as costas. – Eu estava pensando no que vamos estudar hoje, definitivamente não é o que vocês estão pensando. Vamos começar pelo sistema muscular, certo Potter?

Mal Lily terminara a frase, o pessoal voltou a gargalhar enquanto Sirius perguntava entre risadas “Tem certeza de que não é o que estávamos pensando, Lilypedia?” e Marlene se desculpava por ter entrado na onda “Você não está me ajudando a te ajudar, Lils!”. Evans entendendo onde queriam chegar, se retificou, começando a perder a paciência.

— Não! Não vamos estudar sobre músculos hoje, não vamos analisar músculos nem nada do tipo. Ossos! Vamos estudar o sistema ósseo, Potter. Vocês não tinham um treino de lacrosse?!

— Não precisa ficar envergonhada Lily, o Sirius gosta de provocar as pessoas! – James respondeu rindo enquanto levantava da mesa, sendo seguido por Sirius e Remus que roubava batata-frita do prato de Dorcas recebendo uma carranca em troca. – Depois do treino, a gente começa então. E vamos estudar ossos, nada de músculos!

— Sumam daqui! – Lily praticamente gritou, errando por pouco a cabeça de Potter quando arremessou um pedaço de carne na sua direção.

— A gente só estava brincando Lils, se acalma! – Dorcas riu, tomando um gole de suco enquanto Marlene se servia de mais batata-frita.

Antes de Lene dar sua opinião sobre o ocorrido, Lily a cutucou por debaixo da mesa e indicou Pettigrew, que permanecia na mesa com uma coxa de galinha em cada mão, com um aceno de cabeça.

— Peter, você poderia nos dar licença? – Dorcas questionou educadamente, abrindo um pequeno, pequenininho mesmo, sorriso.

— Eu ainda estou alm...!

— Pettigrew, sai! A gente quer conversar e não dá pra fazer isso com você aqui! – Dorcas fora curta e grossa abandonando o minúsculo sorriso, e quando o garoto fez menção de responder, ela já estava o enxotando da mesa.

O garoto rechonchudo levantou-se com as coxas de frango nas mãos, e levou alguns segundos para decidir se deixava a comida e pegava a mochila, ou esquecia as coxas de frango e levava seu material. Ele olhou para suas alternativas, e optou por devorar o frango enquanto saía do Salão Principal.

— Realmente não entendo como os garotos são amigos do Peter... – Marlene mencionou, com a feição torcida em desagrado pela cena que acabaram de presenciar. – Ele é estranho, e sei que não devia julgar o menino, mas ele é estranho! E também nojento. Vocês viram como ele enfiou os dentes naquela coxa de frango? Como se em algum momento ela fosse criar penas, bater as asas e sair voando!

— Você sabe que galinhas não voam realmente, né? Digo, elas até que batem as asinhas, mas não é nada que dê pra fugir de alguém...

— Exatamente! Essa é a questão... – Marlene finalizou fazendo Dorcas rir, mas Lily estava ocupada demais com seus próprios pensamentos.

O que ela tinha na cabeça quando encarou Potter daquela forma? Não que houvesse um motivo oculto pelo ato, apenas o fitou por educação já que estavam conversando, mas Lily não conseguia parar de se culpar por seus pensamentos terem divagado na frente de outras pessoas. Por Deus, era constrangedor demais!

“Ele é o Potter, Lily! Você não o suporta, ele é metido e se acha superior porque vem de boa família!” Mesmo repetindo a frase incessantemente na cabeça, ela podia ouvir, quase no mesmo segundo, seu subconsciente contra argumentar, “Você não sabe se ele de fato é assim, porque nunca trocou mais que algumas frases com ele. Quando eram crianças, apenas brincavam de montar casas com o lego. O que Petúnia fala sobre os caras de Hogwarts não é um veredito, você é amiga do Remus e ele é longe de ser um completo imbecil!”.

— Terra chamando Lily Evans, outra vez... – dessa vez, fora Marlene que estalava os dedos no rosto da amiga, despertando-a de seu transe. – Uma vez é até compreensível, mas duas em menos de meia hora, Lily... Estou achando que sua recusa em ajudar ao James é porque no fundo, você não quer correr o risco de se aproximar dele e não resistir!

— Por Deus, Lene! Essas coisas só acontecem nos livros que você lê de vez em quando. – a ruiva retrucou mal-humorada, como de costume quando lhe sugeriam algo sem sentido. – Você e Dorcas me azucrinam tanto com isso que estão começando a ver coisa onde não tem! Vou ajudar o James a estudar, nada mais que isso.

— James? – a amiga contrapôs tentando, inutilmente, prender o riso, o que fez Lily revirar os olhos e Dorcas soltar brincalhona “Ah Lily, nos ajude a te ajudar!” enquanto levantava da mesa, sendo seguida pelas amigas para fora do Salão Principal. Elas tinham a tarde livre, Lily teria parte da tarde livre no caso, e com isso em mente, as três se dirigiram ao dormitório enquanto Lily lamentava silenciosamente, e Lena e Dorcas conversavam sobre banalidades. Elas não voltaram a atazanar o juízo da ruiva, mas talvez não fosse sequer necessário, porque mesmo que contra sua vontade, a mente de Lily era uma confusão de pensamentos sobre os conflitos que estava enfrentando em casa e James Potter.

Desde que Petúnia anunciara o noivado com Válter, e seus pais apoiaram com a ressalva de que não poderiam bancar um casamento cheio de luxos, sempre que ligava para casa sua mãe comentava o quão “madura e apta a casar-se agora” sua irmã estava sendo ao passar os dias enfurnada dentro do quarto de cara feia, e até mesmo fazendo greve de fome por um final de semana para que seu pai mudasse de ideia quanto a não contribuir com uma pequena fortuna que não tinham para seu casamento dos sonhos. Petúnia não ficara sem comer de verdade, apenas pedia pizza quando achava que mamãe e papai estavam dormindo.

Por outro lado, a vida amorosa de Evans não era um conto de fadas, mas também não se enquadrava no clichê que Marlene e Dorcas estavam sugerindo. James era o garoto rico, de boa família, lindo e popular. Lily, em contra partida, era de classe média, filha de um dentista com uma corretora de imóveis, não acreditava se enquadrar como linda, mas também não era lá o que chamam de desprovida de beleza, era conhecida pelo internato como Lilypedia (apelido dado por James e Sirius no primeiro ano), além de todos seus conflitos com Petúnia e dúvidas quanto ao futuro. Seria uma história digna de Nicholas Sparks, contudo, espantando os pensamentos da mente e fazendo uma nota mental de ligar para a mãe no final da tarde, Lily decidiu que não seria Sparks o autor de sua irreal história com James Potter, a menos que ela quisesse que alguém terminasse morrendo no fim das contas.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Tem sido bastante divertido reescrever Lilypedia, e a experiência tem sido mt boa, mas quero saber o que vocês estão achando. Leitores fantasmas, por favor, apareçam okay? Vamos interagir!! Tentarei postar o próximo no máximo até o final de semana, mas sejam bonzinhos e me digam o que estão achando!! Algumas surpresas lhe aguardam :)