Capítulo 45 – Dê meia volta, preciso mais de você

Três anos depois

|EMMETT|

Parei no sinal vermelho, olhando pelo retrovisor onde Henri dormia pesado e sorri para meu pontapé inicial, meu pedacinho que continuava me inspirando para seguir meus sonhos. Porque antes de amar e querer o melhor para ele, eu queria estar feliz e determinado a sempre mostrar para ele que ele poderia ter tudo se trabalhasse duro e com dedicação.

Estacionei na garagem do prédio dos nossos apartamentos – o mesmo desde que mudamos para Nova Iorque.

Com Henri em um braço, dormindo em meu pescoço, e no outro o saco de papel, subi as escadas daquele prédio antigo sem elevador. Escutei gargalhadas altas no apartamento da frente e sorri, sabendo que aquela era uma constante na vida da minha irmã.

Empurrei a porta de casa e Rosalie me olhou da cozinha, sorriu e correu para meu lado, pegando o saco de papel.

—Sabia que ia dar certo – ela falou apontando a cabeça para Henri que dormia gostoso no meu colo.

Ele estava muito agitado e não queria tirar seu cochilo da tarde, o problema é que quando ele não dormia ficava extremamente irritadiço à noite, querendo dormir logo no começo da noite e, se deixássemos, acordaria cedo demais no dia seguinte criando um ciclo perigoso – tínhamos aprendido aquilo do jeito difícil.

Dei um selinho em Rose e segui para o quarto de Henri, o deixando descansar em sua cama.

—Ei, vou dar um pulo na Bella. Levar isso – avisei pegando o pote de Nutella.

—Certo – ela sorriu – Vocês escolheram o nome?

—Acho que sim – sorri malignamente.

Rosalie negou com a cabeça, rindo de mim. Prometi voltar logo e, assim, segui apressado para o apartamento da frente.

Eu não sabia como, mas sempre tinha a impressão de que entrava em um comercial de margarina quando entrava na casa da minha irmã. A porta destrancada me deixou entrar sem problemas.

Bella estava deitada confortavelmente a poltrona, acariciando sua barriga avantajada enquanto sorria vendo Ness e Edward brincando com tinta.

—E aí, Swan Cullen? – cumprimentei risonho.

—Títíííííííí – Ness comemorou batendo a mão verde e rosa na folha de sulfite, fazendo Edward rir.

—Oi monstrinha do tio – sorri rendido.

—Oi, Emm – Bella sorriu, virando-se para me olhar, mas seu olhar não ficou no meu quando percebeu o que eu tinha na mão – É para mim? – ela indagou feliz, se forçando para fora da poltrona e correndo para meu lado.

—Bella, não se levante assim – Edward brigou com a mão no coração.

Sim, a mão cheia de tinta.

—Obrigada – Bella sorriu contente, abraçada ao pote de Nutella e indo para a cozinha.

—Preciso falar com você – avisei a seguindo.

—Vai me dizer que percebeu que foi uma aposta tola e que sente muito e não vai me traumatizar nem deixar seu sobrinho sofrer com um nome ridículo por uma brincadeira boba que os pais dele fizeram? – Bella perguntou abrindo a Nutella.

—Seria justo – escutei Edward gritar da sala.

Jasper voltou do exército completamente rendido por super apostas – principalmente depois de se lembrar de tudo.

Ah sim, tinha tido essa tour. Jasper se lembrou de todo seu passado um pouco antes de seu casamento e não contou para ninguém, apenas para nos fazer chorar que nem idiotas em seu casamento. Deu certo? Deu certo. Mas para que fazer isso com seus irmão?

Enfim, ele já tinha feito eu raspar todo pelo aparente do meu corpo – menos cabelo e sobrancelhas porque Rosalie deu um piti, mas era o plano dele. Fez Bella pintar o cabelo de laranja, Edward raspar só metade de sua cabeça e, claro, Alice ficar um dia inteiro sem falar nem uma palavra. Ele era muito bom. Bella se sentiu vingada ao fazê-lo comer carne sem poder vomitar.

Entretanto, nossa última moda era dobrar as super apostas, ou seja, dois contra dois. A última foi Jasper e eu contra Bella e Edward e como prenda ganhamos a chance de escolher o nome do nosso novo sobrinho. Depois de poucas discussões, chegamos em um consenso, mas estávamos guardando a informação porque Bella e Edward estavam pirando com as possibilidades e aquilo por si só já era engraçado demais.

Bella já estava com sete meses de gestação, o neném estava previsto para nascer em março, e eu torcendo para ele – sim, era um menino – nascer no dia do meu aniversário.

—Eu vim aqui para mais do que mimar meu menino de nome lindo – provoquei.

—Ai que inferno, fala logo qual o nome. Eu não aguento mais, faz mal para o bebê a ansiedade – Bella reclamou.

Edward veio para a cozinha, curioso como era.

—Vai nos contar o nome?

—Você deixou a Renesmee sozinha com as tintas na sala, garoto? – Bella perguntou se engasgando.

Edward sorriu amarelo e correu de volta, o seguimos logo atrás.

Ness continuava quietinha, pintando os desenhos geométricos que Edward tinha feito na folha dela.

—Escutem, eu vim pedir uma opinião... Ou devo dizer ajuda? Não sei... – comentei pensativo.

—Desenvolve – Bella pediu sentando-se no sofá lambendo sua colher de Nutella.

—Eu quero me casar com Rosalie – falei sentindo meu coração acelerar ao dizer aquilo pela primeira vez em voz alta.

—Nossa, finalmente né, mano? Bella e eu estamos quase mandando Ness para a faculdade e vocês se apresentando como “parceiros” – Edward zombou – As pessoas não sabem se vocês estão prontos para roubar um banco ou se dormem juntos...

—Edward – Bella repreendeu tacando uma almofada em Edward, ele rebateu porque quase pegou no rosto de Renesmee, que gargalhou do reflexo rápido de seu pai – Isso não é uma competição – ela repreendeu.

—Deixa ele, mas se eu nomear o filho de vocês de: Edward Nadinha, não reclamem – falei fingindo seriedade.

—Emm, não faz isso, eu estou te defendendo – Bella pediu aflita e eu ri.

Edward enviou-me um dedo médio atrás da cabeça de Ness.

—Podemos voltar ao foco? – Edward sugeriu – O que a gente tem a ver com isso? – ele indagou curioso.

—Então... Tudo – sorri esperto.

Bella e Edward trocaram um olhar antes de voltar a me encararem.

.

Naquele ano, em meu aniversário fomos comemorar nos Hamptons porque Alice queria ir à praia e tínhamos ido ao circo no aniversário dela, então combinamos de trocar os dias de comemoração. Bella e Edward estavam menos preocupados que nós sobre a chegada do novo bebê, estavam confiantes que, caso qualquer coisa acontecesse, eles chegariam ao doutor Laurent de um jeito ou outro e – qualquer coisa – eles diziam que iriam para a emergência do local em que estivéssemos.

Rose e eu achávamos maluco como eles eram tranquilos com aquilo, a gente tinha pirado com Henri.

—Papai, vamos, a Ness já chegou. A madrinha mandou foto— Henri disse aflito correndo para meu lado com o celular de Rosalie na mão.

Sorri para a foto da minha sobrinha, além de linda ela fazia charme como ninguém, mas ainda assim seu olhinho roxo fazia meu coração doer. Ela tinha tentado descer as escadas de tonquinha quando Edward saiu para jogar o lixo e deixou a porta só encostada - é óbvio que ele quase morreu do coração e de culpa, chorou forte quando Ness o disse que ela o desculpava, que "não tinha problema, foi sem querer".

Peguei o cooler e desamarrei a prancha do teto do carro.

—Já estamos indo, macaquinho, fica aqui com o papai – pedi já que Rosalie tinha ido ao banheiro.

Henri sempre foi muito obediente e, ainda bem, aquilo não tinha mudado. Rose chegou e pegou à mão de nosso filho se negando a pegar o cooler por estar pesado de mais e a prancha por ser um trambolho, como ela bem gostava de lembrar. Então ela e Henri foram na frente e eu primeiro levei o cooler até o começo da praia, Jasper veio me ajudar, então voltei para pegar a prancha, então cheguei no lugar onde todos estavam.

—Feliz aniversário, irmãozão – Bella disse saltitante.

A barriga dela estava imensa e eu sorri dando-lhe um beijo na testa e um na barriga.

—Espero que goste do seu presente – Edward falou sorridente me dando um envelope.

—Vocês deviam estar guardando para o novo apartamento – Rosalie brincou.

Bella e Edward estavam para se mudar já que, com o novo bebê, estava insustentável um apartamento com apenas um quarto. Eles encontraram um não tão mais caro em uma boa vizinhança e mudariam assim que o novo bebê nascesse – não entendi a inteligência disso, mas Bella, Ness e o novo bebê passariam uns dias no apartamento de Alice e Jasper enquanto Edward fazia a mudança.

—Não custou nada – Bella disse, parecendo ansiosa.

Abri o envelope com um papel mal cortado dentro.

Vale um afilhado

Minha boca se abriu em choque e Bella riu.

—Você aceita? – ela indagou insegura – Na verdade, é para você e Rose – ela disse rapidamente, olhando para minha futura noiva.

Rosalie correu para meu lado para ver o papel e sorriu emocionada ao ler.

—É claro que eu aceito – falei abraçando os dois ao mesmo tempo.

—Claro que sim – Rose disse se juntando ao abraço.

Alice e Jasper, que passavam protetor em Ness e Henri, sorriram para nós quatro.

—Agora todos somos tios e padrinhos, só falta virarmos todos pais – Rosalie brincou olhando para o irmão e Alice que bufaram.

—Estamos bem – a baixinha disse – Só o Edward e a Bella que querem repopular a Terra antes dos trinta.

—Não tenho culpa que meus filhos puxaram a ansiedade do pai deles – Bella se defendeu voltando a sentar na cadeira de praia – Filha, vem cá para a mamãe arrumar seu biquíni, amor – Bella chamou com a mão esticada para Ness que correu para ela.

—A desculpa colou com a Ness, mas o EJ vem para reforçar que só tem pais descuidados mesmo – Jasper riu dobrando o vestido que Ness usava antes de ficar só de biquíni.

Bati a mão na testa para a lerdeza do garoto.

—EJ? – Edward perguntou ansioso.

Jasper e eu combinamos de contar o nome que escolhemos apenas na maternidade, mas alguém era linguarudo demais.

—Fofoqueiro – bufei desgostoso.

Ele estava com uma careta.

Pensei em desconversar, mas Bella estava chorando e Edward emocionado.

—Nosso filho se chamará EJ? – Bella perguntou fungando, abraçando Renesmee.

—Emmett Jasper, na verdade – sorri – Nosso garoto, meu afilhado – falei sorrindo para minha irmã.

—É perfeito – Edward disse indo para o lado de sua esposa e filha.

Ele encarou Bella por um segundo, ela assentiu, dizendo que também tinha gostado.

—Escutou filho? A mamãe e eu resolvemos aceitar o nome do tio Emm e do tio Jazz. Assim como a sua irmã, você terá em seu nome a junção de duas pessoas que amamos e admiramos muito. Seus tios. Emmett é meio bobo e infantil às vezes, mas é determinado e um homem de caráter, apaixonado pela vida. Jasper é ainda mais sem senso, um verdadeiro apostador, mas é cativante e capaz de lutar com o coração, mesmo que a mente falhe. Estamos prontos para te receber, meu amor – Edward disse depositando um beijo longo na barriga de Bella.

Ela, é claro, se desmanchava em lágrimas, e reparei que todos nós estávamos emocionados com a fala do meu irmão. Eu estava tão orgulhoso do pai que ele havia se tornado. Andei até os dois, agachando perto deles.

—Gostaram mesmo? – perguntei para ter certeza.

Bella apertou meu ombro.

—É realmente perfeito. Meu pequeno EJ – ela sorriu.

Tínhamos muito o que comemorar.

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|ROSALIE|

Era bom estar em um lugar seguro em minha vida depois de tantos altos e baixos e inseguranças. Tinha pegado meu diploma naquele ano e, depois da formatura veio a promoção. Emmett estava para pegar o dele e tudo parecia tão correto e certo. Era tão satisfatório.

A Italian Pack estava fazendo sua primeira rodada de shows nos Estados Unidos.

Tínhamos marcado uma noite dos adultos com eles. Era outubro e, desde março – dois dias depois do aniversário de Emmett, quando meu afilhado nasceu – era a primeira vez que Bella e Edward sairiam sem as crianças.

Vesti-me da forma que Alice mandou, gostando da roupa que ela escolheu para mim.

Alice agora costurava suas próprias roupas. Ela passava um bom tempo na parte de costura da Calvin Klein e, por isso, tinha aprimorado sua forma de costurar. Assim que se formou, depois de ser efetivada, ela colou uma pós-graduação ao seu curso e estava animada com os horizontes que se estendiam dentro de sua carreira.

—Alice e Jasper estão prontos? – perguntei saindo do quarto.

Emmett estava andando pelo corredor. Franzi o cenho.

—Está tudo bem?

Ele parou e olhou por um instante.

—Sim, ursinha.  Está pronta? Vamos? – ele indagou sorrindo, se apressando para o meu lado.

Sorri o olhando da cabeça aos pés.

—Você está lindo – elogiei e ele riu.

—Eu decidi que não vou te falar mais que está linda, já é chato. Vou te avisar quando você estiver feia porque aí sim que será a novidade – ele brincou me fazendo gargalhar.

—Tolo – falei apaixonada.

Emmett e eu tínhamos desentendimentos, discutíamos e batíamos nossas cabeças até entrarmos em um consenso, mas eu não o trocaria por nada no mundo. Ele nunca foi nada menos do que meu parceiro. Edward nos zoava dizendo que parecíamos prontos para roubar um banco ou fugir para as Maldivas e vender nossa arte na praia quando nos chamávamos daquela forma, mas a graça é que ele estava certo. Com Emmett eu faria qualquer coisa.

—Eu amo você – Emmett murmurou como se pudesse ler minha mente.

Sorri abraçando seu pescoço.

—Também te amo, ursão – jurei o puxando para um beijo bom.

Saímos de casa juntos, ele disse que Alice e Jasper tinham ido buscar Bella e Edward. O novo apartamento deles não era mais do que duas quadras do nosso e eu sabia que Alice iria querer ter certeza de que Bella estava bem vestida, então não julguei.

No carro a música “Isn’t she lovely” tocava ao fundo das conversas amenas que Emmett puxava comigo e eu ria das besteiras que ele falava. Sequer reparei o caminho que fazíamos, até que paramos do lado de fora de um ginásio de escola. Franzi o cenho, completamente confusa.

Emmett saiu do carro apressado, correu para o meu lado e abriu a porta.

—Vamos sair para comemorar jajá, mas antes eu tenho que te mostrar uma coisa – ele sorriu com a mão esticada.

Dei a mão para ele e o segui para dentro da escola.

Quase tudo estava apagado, a não ser o caminho pelo qual Emmett me levou.

—O que está fazendo? – perguntei sentindo meu nariz e olhos pinicando.

Ele sorriu e empurrou uma porta, entrei com ele em meu enlaço. Nossas mãos se entrelaçaram no mesmo momento em que vi Tony sorrindo amplamente com uma rosa branca na mão.

—Oi, meu amor – falei sorridente.

Ele não disse nada, apenas sorriu grande, me deu a rosa e correu para o outro lado. Emmett riu e deu de ombros, andamos até onde encontramos Greg, então Julia, por fim, meus pais na frente de uma porta cheia de luzinhas.

—O que estão fazendo aqui? – perguntei emocionada.

Meu pai negou com a cabeça, me entregando mais um monte de rosas.

Minha mãe sorriu abrindo a porta, então comecei a escutar as batidas da música “We Found Love” da Rihanna. Tinha uma piscina enorme e ao redor dela – além de algumas pessoas desconhecidas, todos nossos amigos e irmãos vestidos iguais.

—É tudo por você – Emmett falou antes de Bella começar a cantar.

Emmett me ajudou a sentar em uma cadeira alta e jurou que logo voltava, mas eu estava focada na coreografia que se desenrolava em minha frente.

As lágrimas já rolavam sem pausa em meu rosto enquanto eu sorria amplamente para o quão bem coreografado tudo estava. Tina começou a cantar do outro lado da piscina com meninas que nunca vi e reparei nos meus irmãos também entrando na piscina, me surpreendi ao entender que eles também tinham se coordenado para fazer a apresentação. A coreografia toda era feita virada para mim, mesmo que as pessoas que estavam na arquibancada estivessem do lado oposto. Os casais dançavam juntos, até Lisa estava ali com Bobby. Percebi que não era eles cantando ao vivo, tinham gravado em algum momento e eu certamente queria aquela música para mim. Jasper passou sendo carregado pelas meninas do nado sincronizado e mandou um beijo para mim antes de se jogar na piscina.

Reparei que Kate tirava fotos de mim enquanto um homem desconhecido filmava. Mandei um beijo para ela e um aceno para ele. As pessoas que eu amava de dentro da piscina foram na direção oposta da borda em que eu estava enquanto as pessoas do nado sincronizado continuavam a bela coreografia. Sorri ao reparar Emmett e Henri com a mesma roupa andando até a borda, chegaram até a ponta de uma passarela de acrílico e Emmett jogou a cartola longe, Henri pulou em Edward e Emmett se jogou na piscina, nadando até mim, ele saiu da piscina pingando.

A música finalizou e ele abriu um enorme sorriso para mim. Segurou minhas mãos e todo o ginásio ficou em silêncio.

—Vai me explicar o que significa tudo isso? – pedi chorando.

—Eu nunca pedi para você ser minha namorada porque você sempre foi minha parceira, companheira de todo tempo, pau para toda obra – ele sorriu emocionado – Eu sei que não precisamos de títulos, temos uma soma nossa correndo por esse planeta, cada dia mais lindo e, para todo plano que eu te apresento, você ressoa um “sim” confiante que faz eu acreditar mais em mim do que qualquer outra coisa. Mas meu coração é só seu, e há nesse mundo uma forma de explicar para todo mundo como eu me sinto, é te jurando que eu nunca vou querer você menos do que plenamente feliz. É prometendo que seremos sempre um o apoio do outro dentro de cada dificuldade que tivermos. Há muitos anos eu fugi por medo do que eu sentia por você, mas você me tomou de volta dando-me o melhor presente que eu poderia sequer imaginar. Eu preciso te pautar de certezas, te jurar que nunca mais vou correr de você, não importa o quanto o que eu sinto me deixe confuso – ele sorriu se ajoelhando, tirou um saco plástico do bolso o que me fez rir, então mostrou a aliança bonita que tinha escolhido – Casa comigo, minha parceira, amor da minha vida inteira. Eu não quero ir para nenhum lugar sem você.

Eu pulei da cadeira, coloquei o buquê ali em cima e ajoelhei na frente de Emmett, chorando como uma boba.

—Quando e onde você quiser – jurei sorrindo, esticando a mão para ele colocar o anel do lugar onde ele não mais sairia – Eu amo você.

—Eu te amo, baby – ele disse deslizando o anel em meu dedo anelar, sua mão tremia e eu ri para o absurdo dele se sentir inseguro.

O abracei mesmo que aquilo tivesse me feito ficar encharcada. Atingi um nível de felicidade que quase me deu medo, mas eu estava com meu porto seguro pressionado contra mim, nada me alcançaria.

—Mamãe, papai – escutamos a única coisa que faria nós nos separarmos.

Sorrimos com as testas coladas, então me afastei, virando para o lado onde Henri vinha correndo para nós. Ele nos abraçou e eu vi todos saindo da piscina e as pessoas descendo da arquibancada para nos parabenizar.

—Agora é oficial – Emmett sorriu ao me ajudar a levantar.

—Sempre foi – eu sorri antes de ser tomada por um abraço conjunto de Bella e Alice que pulavam em animação.

Eu tinha tudo.

.

Depois de ver Bella e Edward planejarem e executarem seu casamento ideal em um mês, perguntei a Alice se tínhamos como fazer o meu em seis e ela e Bella se desdobraram para ter certeza de que aconteceria.

Conseguimos horário para abril no Plaza Hotel em Nova Iorque, era o melhor que existia, mas eu e Emmett vínhamos guardando e investindo dinheiro então decidimos que era o que merecíamos, meu pai tomou a frente e pagou algumas coisas também. Eu estava mais do que apenas satisfeita com tudo o que tínhamos decidido e contente por não ter esperado mais do que aquilo para que nos casássemos.

Claro que com toda a preocupação e detalhes que vinha decidindo, foi uma surpresa quando me vi no jantar de ensaio do meu casamento sem surtar. Tudo estava perfeito. Era sexta-feira e o jantar começaria às sete da noite.

Finalizei minha maquiagem, calcei o sapato e sorri para o meu reflexo no espelho, satisfeita com o resultado, então saí do quarto encontrando Jasper na antessala do quarto de hotel em que eu dormiria naquela noite.

—Uau, você está linda, Rose – ele elogiou ao se levantar.

—Obrigada, gêmeo. Você também está muito elegante – elogiei e ele fez uma reverência exagerada – Vamos?

O jantar estava acontecendo no menor salão do hotel. Havia uma bela de uma escadaria e era onde Emmett estava me esperando com Alice ao seu lado.

—Puta merda, eu devo ser o filho da puta mais sortudo do meta universo – Emmett disse ao me ver.

—Estamos empatados – garanti ao perceber que ele estava lindo demais.

Alice estava ajeitando o vestido em minhas costas.

—Eu sou sensacional, olha – Alice riu – Que vestido bem acabado, lindo, pensado para você em todos os aspectos...

Claro, ela quem tinha desenhado esse e o do meu casamento para mim. Sorri para minha irmã.

—Você é a melhor de todas – concordei porque eu tinha mesmo pirado naquele vestido.

—Por isso que eu te amo – ela riu me abraçando.

Garantiu que tudo estava perfeito, ela ajeitou a calda para descer corretamente nas escadas, então desceu apressada com Jasper.

Emmett enlaçou minha cintura me tomando em um beijo cheio de significados.

Edward e Bella estavam nos esperando e, batendo o garfo na taça, Jasper chamou a atenção de todos e Bella anunciou a nossa chegada.

—Temos que ir, senhora Swan – Emmett suspirou entrelaçando a mão na minha.

Escutamos os aplausos quando começamos a descer as escadas e eu sorri para os fotógrafos.

Apenas os convidados mais chegados estavam ali já que teríamos bastante gente em nosso casamento. O balanço perfeito entre a loucura de Alice e Jasper de chamar cada ser vivo de Forks e a sensatez descomedida de Bella e Edward de não quererem quem não os amava em seu casamento.

—Está tudo bem, noiva? – Bella perguntou ao meu lado e sorri.

—Tudo perfeito, madrinha – garanti para minha irmã que sorriu contente.

Ela parecia mais séria com o cabelo curto daquela forma, eu tinha gostado.

Era um corte novo, Alice quase a assassinou dizendo que elas tinham combinado um penteado que não daria para fazer com aquele cabelo curto, mas Bella não ligou. Desde que EJ tinha nascido ela estava ainda mais prática que o de costume, foi apenas ótimo que Ness tivesse gostado tanto do cabelo da mãe que quis copiá-lo. Edward estava completamente rendido pelas duas e seus novos visuais.

—EJ tem um presente aqui – Edward avisou pegando a mala do encosto da cadeira.

—Quer que eu vá? – Bella perguntou preocupada ao meu lado.

—Relaxa, amor, você é uma peça central do casamento, eu sou apenas um padrinho qualquer para eles – Edward exagerou, como sempre e mostrei a língua para o irritante.

O resto do noite foi focada em conversas amenas e grande ansiedade para o dia seguinte.

Antes de dormir, enquanto eu dividia uma cama com Ness, ao lado da cama que Alice dividia com Bella e EJ, escutei o celular vibrar na mesa de cabeceira do hotel e sorri ao ver o remetente.

Ursão: É a minha última noite de solteiro, o sonho de muitos homens não parece tão apelativo para mim. Eu não poderia estar mais ansioso para mudar o meu status. Você será ainda mais minha amanhã e eu não consigo descrever o quão feliz você me faz todos os dias. Acho que o que realmente quero te dizer hoje é: obrigado. Obrigado por ser você, maravilhosa, linda, apenas você. Obrigado por me transbordar, prometo te devolver isso até o final das nossas vidas. Eu amo você, Rosalie Lilian Hale-Swan. Até o fim dos dias.

Tudo pareceu ainda mais real com aquela mensagem.

R: Eu te amo com tudo o que eu tenho. Tudo é recíproco. Eu te vejo dentro de algumas horas e depois disso não tem volta. Para sempre meu. Para sempre sua. Para sempre nosso.

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|EMMETT|

Eu tinha deixado meu celular para despertar às nove, mas fui acordado às oito e meia pelo meu filho. O dia estava ali.

—Vamos nos casar hoje, papai? – Henri perguntou sorridente, o rosto inchado de quem tinha dormido demais.

Eu ri com a colocação dele.

—O papai vai se casar com a mamãe, filho. Você ainda tem uns anos para achar seu par ideal – falei e ele franziu um cenho.

Beijei sua testa e me levantei para começar nosso dia.

Não tínhamos muito o que fazer, então eu improvisei. Preparamos lanches e fomos fazer um picnic no Central Park e depois fomos jogar um pouco de bola, depois desenhamos até a hora do almoço, Edward nos chamou para ir para o apartamento dele, Jasper estava lá com nossas roupas.  

Fiz macarrão com queijo para nós, Edward cochilou com EJ –  que ele tinha buscado naquela manhã no hotel, reclamando de ter dormido mal sem sua família –  e Jasper ficou fazendo o que mais amava: nada. Henri me ajudou, se negando a deixar o meu lado naquele dia.

Rosalie sequer recebia as mensagens com fotos minhas e de Henri que eu a enviava, eu imaginava o que ela estava vivendo, esperava que fosse tudo o que ela sempre sonhou.

Meu pai chegou lá com tio Carlisle pouco depois do almoço e fizemos do apartamento da minha irmã o centro dos homens. Bebemos um pouco, então fui tomar banho e Henri também, cada um foi por um momento.

Escutei um choro agudo um minuto depois que Edward entrou no banheiro, fiz menção de ir para o quarto das crianças, mas meu pai se apressou.

—ESTÁ TUDO BEM, EDWARD, TOME SEU BANHO – meu pai gritou no corredor, logo voltando para o quarto com meu afilhado no colo.

—Ele é a cara da Bella, olha esse nariz – tio Carlisle disse chegando perto de seu neto.

Era verdade, as fotos de neném dela não mentiam, EJ veio uma cópia fiel.

Nos trocamos, perfumamos, arrumamos os cabelos e decidimos que estávamos prontos. Henri se divertia com tudo. Edward terminou de guardar as coisas de EJ na mala de neném dele e guardou algumas coisas para Renesmee na mochila dela de dinossauros.

—Quem vai ser responsável pelo que? – Edward perguntou para nossos pais.

Tio Carlisle pegou a mochila de Ness já que segurava EJ e meu pai pegou a mochila do neném. Jasper estava digitando algo rápido no celular. Eu pensava o que mais precisava pegar.

—Seus votos – Jasper falou guardando o celular no bolso, a mão esticada.

ALELUIA QUE ELE TINHA PEDIDO AQUILO.

Corri para perto do armário e tirei as folhas surradas da palmilha do meu tênis.

—Que nojo – ele reclamou.

—Sua irmã é xereta – dei de ombros.

—Eu que lute – ele murmurou – Certo, e as alianças? – ele perguntou.

—Vamos passar na Tiffany’s para buscar – falei e ele assentiu, então saímos do apartamento de Edward.

Edward seguiu para o salão com nossos pais, EJ e Henri – depois de promessas de que ele veria a mãe dele. E Jasper e eu seguimos para a loja.

—Como se sente? – Jazz perguntou enquanto esperávamos.

—Completo, eu acho. Exultante – sorri animado – Queria voltar para o momento depois que percebi o tamanho de tudo o que eu sentia por ela e dizer: Imbecil, você vai sentir isso para sempre, pode tentar correr, transar com metade da cidade e fugir para outro continente... Será ela o tempo todo.

Jasper sorriu.

—Eu quis te chutar da primeira vez que você foi embora.

—Eu sei – suspirei.

—Sorte sua que eu sempre fui mais magrelo que você – ele finalizou quando a mulher bem vestida voltou com nossa caixa.

Abri para conferir, então agradeci – já que já tinha pagado.

No salão as coisas aconteceram mais rápidas. A organizadora logo mandou Jasper, Edward, Nick, Nate, Aidan e eu esperarmos no altar.

—Graças a Deus que você é o último dos meus amigos emocionados, não aguento mais usar smoking nessa caralha de vida – Aidan disse me fazendo rir.

—Eu nem queria te convidar, Rose que fez questão – bufei.

Ele revirou os olhos.

—Como se você não me amasse com tudo o que tem – ridicularizou.

Houve uma mudança sutil na ponta do salão, mas eu reparei, a porta abriu minimamente eu conseguia ver minha irmã – a primeira madrinha.

Sorri ansioso.

A banda orquestral que Rosalie escolheu começou a tocar uma música que eu gostava e sorri para aquilo. Bella entrou, linda. Ela sorria para todas as pessoas. Logo atrás veio Alice, então Victoria, Julia e Nora. A música parou.

A orquestra tocou outra música e, até onde eu estava preocupado, poderia ser uma melodia fúnebre, nada importava, porque na ponta do local, as portas revelaram Rosalie parecendo um verdadeiro anjo. Seu cabelo estava solto, enrolado de uma forma bonita, o vestido lindo, ao seu lado nosso menino e do outro seu pai, ela sorria amplamente para mim. Eu senti meu rosto molhado antes de perceber que eu já chorava.

Ela era tudo.

Quando ela chegou mais perto, limpei meu rosto. Rose se abaixou para beijar e agradecer nosso filho e eu estiquei minha mão para o meu sogro.

Desde a gravidez de Henri ele nunca mais foi meu tio John, mas naquele momento ele era o pai da mulher que eu amava e aquilo era grande.

—Continue cuidando deles com seu imenso coração, Emmett, desejo toda a felicidade do mundo para vocês – ele disse e eu sorri, o agradecendo.

Ele ajudou Rose a se levantar e eu abaixei, beijando a cabeça do meu filho.

—Obrigado por trazer a mamãe em segurança, macaquinho – sorri amorosamente sabendo que ele era uma das razões de estarmos ali naquele momento.

—Cuida da minha mãe – ele mandou e eu ri, a risada de Jasper me deixou saber que ele mesmo tinha treinado aquilo com Henri.

—E de você também – prometi me levantando – Eu te amo, amor, vai com o vovô e nos vemos já, sim? – sugeri e ele assentiu, pedindo colo para meu sogro que o atendeu de pronto.

Finalmente olhei para Rosalie.

—Pronta? – perguntei e ela sorriu, assentindo.

Demos os poucos passos até onde o juiz de paz estava.

A cerimônia não era a coisa mais divertida, mas escutei tudo com certa atenção. Ao meu lado direito eu escutava Jasper e Edward cochichando, vez ou outra eu mesmo cochichava com Rosalie e, mais de uma vez, peguei Bella e Alice segurando a risada.

—Há alguém contra esse casamento? – o homem perguntou olhando sugestivamente entre nós seis e, em uníssono, nós seis começamos a rir, escutando ecos pelo salão.

Mas ninguém disse nada. Eu, tranquilamente, sairia no soco com qualquer pessoa que dissesse algo. Então ele pediu as alianças e Jasper o entregou.

—Estamos prontos para os votos – ele anunciou.

Rose e eu quisemos trocar os votos e as alianças ao mesmo tempo.

Jasper me passou meu papel surrado e vi a linda folha de Rosalie, até consegui sentir o aroma delicado que tinha.

Ela começava, segurou o microfone com força, olhando do papel para mim.

—Meu amor, obrigada por fazer desse o dia mais importante da minha vida. Quero que comemoremos esse dia não apenas todo ano, mas toda a semana, mês, dia ou hora. Porque tudo o que eu vivo com você é uma comemoração e, não, não digo isso apenas por suas piadas constantes e, às vezes, não tão engraçadas, mas porque você é o prêmio da minha maior vitória, minha maior batalha. Se alguém aqui acha que amar você foi fácil, tenho uma novidade – ela brincou – Foi complicado, algumas vezes até mesmo doloroso, mas hoje não consigo pensar em mudar qualquer coisa da que vivemos, tudo compensou. Você fez tudo valer a pena – ela olhou em meus olhos ao dizer aquilo e eu sorri, limpando as lágrimas que me desidratariam a qualquer momento – Obrigada por ser esse pai, melhor amigo, companheiro, parceiro maravilhoso. Tenho certeza de que será um marido incrível. Eu amo você mais do que amei ontem, mas com certeza menos do que amarei amanhã. Nós estamos juntos. Até o fim – jurou.

Limpei as lágrimas dela, reparando que a maquiagem deveria ser boa porque ela continuava intacta.

—Até muito depois disso, ursinha – sussurrei.

Ela pegou a aliança que estava na mesa, reparou que tinha seu nome gravado do lado de fora e eu sorri para a surpresa dela. Por fim, ela deslizou a aliança em meu dedo anelar da mão esquerda.

—É seguro te dizer que você é a minha vida. Junto com certo loirinho da primeira fileira – eu disse.

—Sou eu – escutei meu filho comemorar, não tão baixo assim.

Risadas pelo salão, pisquei para ele antes de voltar a atenção para Rosalie.

—Vocês dois são tudo para mim, minha família. Hoje é um dos dias mais importantes de toda a minha vida e eu só quero te dizer que eu amo você. Amo muito, amo tudo, amo desde sempre. Prometo continuar trabalhando em nós dois, mesmo quando estamos em momentos difíceis que parece que eu falo alemão e você responde em chinês – brinquei – Hoje eu deixo claro para todos nossos convidados que você é a única mulher que eu quero dividir todas as batalhas e conquistas por toda minha vida. Quero discutir, comer todos os bolos que você queima, ser corrigido quando conjugo qualquer verbo errado, dividir desde a falta de grana até uma viagem bem cara. Quero tudo com você, já começamos isso há algum tempo, mas quis estar hoje aqui para deixar claro para toda a sociedade e Deus, acho. Eu amo você, você é única – jurei.

Devolvi o microfone para o juiz, e deslizei o anel na mão dela que meio chorava meio sorria, beijei a aliança na mão dela.

—Rosalie Lilian Hale-Swan, você aceita Emmett Lorenzo Hale-Swan como seu legítimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo até o fim de suas vidas? – o homem indagou.

—Eu aceito – Rosalie jurou olhando para dentro de meus olhos.

Eu me sentia nu, ela enxergava tudo.

—Emmett Lorenzo Hale-Swan, você aceita Rosalie Lilian-

Puxei o microfone para mim, sorrindo.

—Juro que sim – falei apressado.

Ele assentiu, rindo.

—Eu os declaro casados – o homem disse.

Abracei a cintura de Rosalie que abraçou meu pescoço e a beijei com toda a ansiedade que eu senti desde que me despedi dela depois do nosso jantar de ensaio. Tínhamos compromisso firmado. Éramos um do outro.

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|ROSALIE|

Emmett e eu tiramos um tempo em uma sessão de fotos enquanto ainda estávamos bonitos, já que eu esperava sair destruída de tanto pular e comemorar com todos que eu amava. Quando chegamos no salão em que a festa aconteceria – depois de anunciados pela organizadora – começamos a pular com a música animada que tocava, as mãos entrelaçadas levantadas para mostrar para todos que tínhamos chegados ali, tínhamos conseguido.

Meu irmão apareceu com Henri em seu colo e sorri para meu macaquinho dando o colo que ele pedia.

—Henri também gosta de foto, mamãe – ele disse e eu ri, sabendo que alguém deveria ter dito a ele que Emmett e eu estávamos tirando foto.

—É verdade, amor, vamos tirar foto com as pessoas? – sugeri e ele concordou.

Tiramos foto com nossos padrinhos, família, amigos, conhecidos. Todos os nossos convidados apareceriam, pelo menos, uma vez em nosso álbum.

Sentei-me na mesa principal por fim e Ness pulou em meu colo, me olhando maravilhada.

—Titia, bocê palece a Sininho – ela disse abraçando meu pescoço.

—Será que eu sou tão linda assim?

—Multo mais – ela jurou estalando os dedinhos e eu gargalhei a enchendo de beijos.

Jantamos juntos na mesa.

—Rose! – escutei atrás de mim e virei, sorrindo para Kate.

Kate Denali tinha sido uma surpresa incrível na minha vida. O nome que antes me fazia querer socar a cabeça de Emmett, depois do casamento de Alice, era um nome sempre escutado junto com Garrett – sim, o sócio de Emmett. Os dois se conheceram no casamento do meu irmão e, desde então, não se separaram mais.

Eu gostava da combinação, Garrett era uma ótima pessoa e Kate era melhor do que eu imaginava. Ela me parabenizou, se desculpou pela demora em chegar – ela era fotógrafa e estava cobrindo um ensaio de uma revista grande.

—Garrett disse que foi tudo lindo – ela sorriu depois de me abraçar – Quero ser a primeira a assistir tudo quando chegar.

—Vai ser, garanto – sorri.

—Ótimo. Ah, eu trouxe um presente de casamento – ela se lembrou, remexendo na bolsa.

—Tem champanhe bom nesse casamento de rico – Garrett falou chegando perto dela, lhe entregando uma taça.

—Não esperava nada menos da herdeira Hale – Kate brincou – Ah, aqui – ela puxou um pen-drive dourado da bolsa e peguei confusa, então entendi.

—É o pedido de casamento? – indaguei e ela confirmou.

—Espero que goste, podemos reeditar se quiser – ela ofereceu e eu neguei de pronto, a abraçado quase derrubando seu champanhe, salvo por Garrett.

—Obrigada, Kate. Sei que está perfeito – sorri animada.

—Um garoto grande livre de xixis – Emmett anunciou de mãos dadas com Henri – Olhe só, Katherina, como vai? – ele cumprimentou nossa amiga com um abraço.

—Com fome, mas feliz de não ter perdido a comemoração – ela falou sorrindo.

—Esperta que é, pulou a cerimônia chata – escutei Victoria dizer e lhe enviei o dedo do meio, ela gargalhou – Sou sincera, amiga. Vocês estavam lindos, votos emocionantes, mas vai te foder aquele tio chato do cartório – ela bufou.

—Olha a linguagem – Emmett repreendeu com nosso filho ao lado.

—Opa, desculpa, gatinho da tia – ela sorriu abaixando na altura de Henri – Vamos dançar?

Henri concordou de pronto, agarrando a mão de Vic.

—Não vou os monopolizar, a gente se vê logo – Kate disse.

—Espera – pedi e chamei o fotógrafo – Falta sua foto sóbria para o álbum – eu disse e ela gargalhou.

—Sempre bom garantir uma.

A abracei pelos ombros, Garrett do outro lado e Emmett ao lado de Garrett, o flash brilhou e eu agradeci a eles que garantiram que logo nos achariam.

—Você é a vergonha da Rosalie de uns anos atrás – Bella provocou chegando para se sentar na mesa.

—Por quê? – indaguei confusa.

—Confraternizando com Kate Denali? Como ousa? – ela zombou.

—Troca a fita, provocadorazinha – Emmett bufou e Bella gargalhou.

—Ele não me ama – tia Esme disse ao se aproximar da mesa com o bebê no colo.

—Claro que ama – Bella riu pegando EJ inquieto do colo da avó.

Emmett me passou um prato com bolinhas de queijo, minhas favoritas e sorri. Mesmo que já tivesse jantado, mastiguei algumas.

—Acho que ele está cansado só, está na hora de neném nanar – minha amiga disse para a sogra, que acabou concordando.

Bella logo subiu para o quarto de hotel em que dormimos, tínhamos mais uma diária lá que meu pai pagou e foi onde deixamos para a babá cuidar das crianças. Edward subiu com Ness pouco tempo depois. Logo os dois apareceram.

—Eu não vou encher meu cu de tequila não, né? – Bella ironizou nos fazendo gargalhar.

Edward começou a gritar de animação porque desde que Ness nasceu Bella nunca mais tinha bebido, mas ela disse que aquela era uma situação mais do que apenas um pouco especial, então ele correu para o bar e voltou com uma garrafa, saleiro e Jasper segurando limões cortados e copos de shots.

Senti a luz de uma filmadora em mim, mas não me importei. Estava com as minhas pessoas.

Eles enfileiraram e encheram os copinhos, Alice despejou sal nas nossas mãos e Bella dividiu os limões. Comecei a dançar com a nova música animada.

—Vamos fazer nossa contagem? – Emmett sugeriu e concordamos – Rosie – ele gritou levantando seu copo.

—Emm – juntei a mão na dele.

—Allie – Jazz sorriu.

—Jazzy.

—Bebella.

—Ed – Bella gritou.

Brindamos enquanto lambíamos o sal de nossas mãos, então viramos o shot e chupamos os limões balançando a cabeça com vontade.

Aidan apareceu perto de nós.

—É ISSO QUE O PAÍS GOSTA DE VER – ele gritou pulando.

Aquela era uma das últimas lembranças que eu tinha da minha festa de casamento, meses depois, as filmagens nos deixaram saber que a ressaca valeu a pena, tínhamos nos divertido como era o costume quando estávamos juntos – o que era sempre, sempre estávamos juntos e sempre estaríamos.