My Dear Secret Admirer escrita por KAT


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Vamos lá!



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“Assim que se olharam, amaram-se; assim  que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o  motivo, procuraram o remédio. – Shakespeare.”

                                           3 de março de 2022

Aperto o papel em forma de coração em minha mão ainda mais.  Isso é sério?   Cadê as câmeras?  Não sou o tipo de garota que recebe bilhetes anônimos.

  Quem é o otário que ousa brincar comigo assim?

Várias pessoas passam do meu lado e eu observo cada uma delas com desconfiança. Era um bilhete com mensagem de Shakespeare, culto demais para ser de James Wilton, o único garoto estranho o suficiente para gostar de mim em todos meus miseráveis sete anos nessa escola.

Estou andando quando de repente esbarro em alguém, abro a boca para me desculpar, porém quando me viro é nada mais nada menos que Harry Campbell. Fico imóvel o encarando, enquanto ele se abaixa educadamente para pegar minhas coisas que caíram pelo chão, não consigo contar por quanto tempo esse garoto é meu crush.

Contudo, até então, ele nunca tinha sequer olhado para mim.E logo hoje, no mesmo dia que recebo um bilhete de amor, Harry “esbarra em mim acidentalmente" transformando ainda mais meu dia em um filme clichê.

Coincidência? acho que não.

AI. MEU. DEUS

Harry Campbell anda me mandando bilhetes de amor. Só pode ser.

— Cuidado por onde anda, Malu. – Ele diz, enquanto entrega minhas coisas, contudo, só consigo ouvir Malu. Malu. 

Harry sabe meu apelido? Cada vez isto fica mais interessante.

— Como sabe meu nome? – indago, fitando por um instante seus olhos castanhos. 

— Como assim? Você não sabe o meu? Somos da mesma sala há anos – ele franze o cenho de modo engraçado  Alguém traz minha placa de maior-excluído-perdedor da escola, por favor  Harry completa em alto som para todos que passavam ao redor, gesticulando mais que o necessário, o que me fez gargalhar.

É disso que estou falando. Essa não é a história da garota que se apaixona pelo famoso jogador de lacrosse, não tenho nem disposição suficiente para viver um romance desses.

Harry é tão excluído quanto eu. É isso que me atrai nele.

— É claro que sei quem é você. Só acho curioso alguém saber quem eu sou. Não ficou sabendo? O posto de maior-excluída-perdedora da escola já é tem dona! – ele sorri para mim com cumplicidade, ele me entendia, seus olhos demostravam isso.

— Pelo que observo, está mais para um desastre ambulante do que excluída, as pessoas notam até demais em você. Sofria bullying no sexto ano, não se lembra?

o.k, agora isso está me assustando. Harry lembra de mim no sexto ano?

Harry me observa?

Como nunca percebi se sou eu quem sempre o observo por aí?

— Eu preferia não lembrar, na verdade  comento e ele sorri – dia dos namorados, né? Correios elegantes por todo lado... – dou uma gargalhada desnecessária e nervosa. Preciso de uma confirmação. Eu preciso saber quem é o dono do bilhete de shakespeare.
— Acho idiotice isso de correio elegante – ele diz, e não posso evitar me sentir decepcionada.

— Preciso ir – respondo, ao ouvir o sinal tocar – Nos vemos por aí, Harry.

— Com certeza. – confirma, enquanto pisca para mim. 

Ando em passos longos para a quadra e por sorte era horário vago e eu poderia pensar no meu único e suspeito correio elegante.

Estou na arquibancada, afastada de todos, quando ele se aproxima de mim.

Noah.

Esse é o jogador de lacrosse metido a besta que existe em toda boa história e adivinha?

É o meu melhor amigo. Eu sei, eu sei, sempre ouço essa pergunta:

como você, logo você, Maria Luiza Cooper, consegue ser amiga de um gato como Noah Adams?

Eu também não sei.

— Olha se não é a minha garota do momento, um correio elegante? Desde quando se tornou tão popular? – essas são as primeiras palavras de Noah, que arranca o papel de mim. 

— Solta esse bilhete, ainda nem deu tempo de emoldurar – brinco e ele gargalha.

— Você gostou? – ele pergunta, enquanto me investiga com os olhos. 

— Eu gostei Noah, sabe o que dizem: o primeiro a gente nunca esquece. E você, qual foi o preferido dos trezentos que recebeu? – devolvi a pergunta com ironia, mas ele não parece reparar, deve mesmo ter ganhado trezentos, afinal. Não me surpreenderia. 

— O que eu mais gostei foi o que recebi do Jonas. Ficou sabendo? O garoto que estava dentro do armário desde que chegou aqui, ele me enviou e todos da escola acabaram descobrindo. – contou, é incrível como ele sempre está envolvido nas maiores confusões.

— Coitado  berrei, as pessoas daqui conseguem ser horríveis quando o assunto é bullying. Digo por experiência própria. 

Antes de conhecer Noah eu sofria constantemente com vários comentários maldosos, mas depois que viramos amigos, não aconteceu mais. 

Ninguém ousaria encostar em mim sendo a "protegida" dele e  também, eu perdi uns quilos desde então.

Como eu disse: pessoas são cruéis.

— Não, está tudo bem. — falou, enquanto deitava-se na arquibancada com a cabeça em meu colo — Jonas me contou que estava cansado de se esconder. – explicou, jogando a bola que estava em sua mão para o alto. 

— E como você está se sentindo com isso? – Noah ama essa pergunta, por isso sempre a faço. 

— É disso que estou falando, é incrível ser o motivo que fez alguém se descobrir em algo assim ele fala com tanto orgulho que me impressiona, quero dizer, é claro que Noah Adams seria o motivo para alguém sair do armário. 

 

 

É isso que me faz ter certeza que ele merece mesmo toda essa atenção de todos. Qualquer outro garoto dessa escola, ficaria bravo por receber um bilhete gay, típico preconceito machista. Menos meu melhor amigo.

— Acho que Harry Campbell me mandou o bilhete  solto sem pensar e Noah começa a rir  o que foi?

— Harry da nossa sala? — ele para de jogar a bola pro alto  ele não é gay?

— Não – berro como se fosse óbvio.

— Sério? Que droga — o loiro pragueja — tinha prometido para o garoto que me mandou o bilhete que ia arrumar alguém pra ele já que ainda não estou disposto a explorar meus lados bissexuais – a cada palavra que ele solta fico mais incrédula, é tão fácil qualquer assunto voltar pra ele de alguma maneira.

— Espera, você é bissexual? – pergunto, realmente curiosa.

— Talvez eu seja, quer dizer, transaria fácil com Dylan O'brien. nunca pensou nisso?

— Em transar com Dylan O'brien? penso sempre  respondi, o fazendo revirar os olhos.

— Você entendeu. sobre ser bissexual – explicou-se – Nunca pensou em como os peitos da Demi Lovato devem ser macios?

— É fácil se tornar bissexual assim. – contestei.

— É disso que estou falando. – ele bate as mãos, como se tivesse provado algum ponto.

— Como o assunto veio parar aqui? – estamos rindo feito bobos agora.

— me diz mais sobre sua ideia de que Harry Campbell é apaixonado por você.  não pude deixar de notar seu tom de ironia e isso me incomodou.

— Seria tão inesperado assim?  pergunto, cruzando os braços  Você fala como se fosse impossível.

— Por que é. Harry não faz seu tipo, ele é tão…

— Excluído? – pergunto  se não percebeu, eu também sou.

— Que droga Malu  ele revira os olhos  só acho que… ele é pouco demais pra você. – toda minha inferioridade some por alguns instantes.

Afinal, se Noah me acha demais para Harry Campbell, significa que eu posso tudo, não é?

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Se você está lendo isso,
primeiro: obrigada por dar essa chance a fanfic.
segundo: passe a acompanhar, garanto que não vou lhe decepcionar.
terceiro: comentaaaaaaaa, por favor, já deve ter escrito uma história e sabe como um pequeno comentário faz toda a diferença.
Até logo!



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