Dobro Pozhalovat' v Katsu escrita por Haruyuki


Capítulo 3
O Ladrão toma sua decisão.




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“Sejam bem vindos a Katsu.” Chef Yuuri Katsuki diz, sorrindo para os clientes que acabam de chegar em seu restaurante.

Mais uma noite longa e fria de inverno em São Petersburgo, que se aproxima cada vez mais do ano novo.

No interior do restaurante, em cima da estante de madeira, há a misteriosa carteira, aberta e ao lado dela, há dinheiro, cartões de crédito e de bancos, diversos cartões de visitas de locais diferentes, documentos de identificação do dono dela, notas fiscais de compras e papéis sobre uma investigação particular. Na foto dos documentos, há o familiar rosto do homem de cabelos prateados e olhos azuis, cuja presença deixou uma marca nele noites atrás.

Viktor Andreievich Nikiforov

Esse é o nome que está presente em todos os documentos ali presentes. Finalmente Yuuri tem um nome para aquele homem. E como parece que ele ainda não se deu conta de que perdeu sua carteira ou não sabe como chegar ao restaurante (algo que ele não acredita que pode ter acontecido), Yuuri decide que está na hora de ser Chaika.

Arsene (3 horas atrás)

Eu gostaria que me passe todas as informações possíveis sobre Viktor Andreievich Nikiforov.

Carmen (Agora mesmo)

Oh? Voce já está trabalhando em um novo caso?

Pode deixar. Eu já estou trabalhando nisso.

Arsene

Ok.

~x~

No dia seguinte

Em seu escritório, Viktor leva a mão no rosto e tenta se acalmar. Sua cabeça está latejando de dor e o sumiço da sua carteira o deixa cada vez mais estressado. Pelo menos Irina ainda não percebeu que há algo de errado. 

Soltando um longo suspiro, ele abre a primeira gaveta de sua cômoda e observa um grosso envelope de papel, com o nome Yuuri Katsuki escrito em caneta preta. Ok, ele possui o dinheiro que Yuuri foi forçado a pagar para Orlov, mas… Ele se esqueceu de checar o endereço de Katsu, o que faz isso ser um dos motivos para o seu estresse.

"Eu não acredito nisso." Ele diz, fechando a gaveta com força. "Onde que eu estava com a cabeça por eu não ter percebido onde fica o restaurante?"

Mas ele sabe o motivo. Afinal, até agora ele não para de pensar no cozinheiro fofo e seu cachorrinho, Vicchan.

Os pensamentos de Viktor se interrompem com uma ligação da linha interna, o fazendo franzir a testa.

"Privet.(Alô)" Ele diz ao atender o telefone.

"Senhor Nikiforov. Um entregador da Pochta Rossii (Correio russo) está aqui para lhe entregar uma encomenda, mas exige que o senhor a receba pessoalmente." A recepcionista diz, o fazendo franzir a testa.

Isso… é estranho. Ninguém deveria saber que alguém chamado Viktor Andreievich Nikiforov estaria ali.

"Você ficou maluca? Por que está me ligando?" Ele exclama, pegando uma pistola e a colocando nas costas de suas calças.

"Porque é a sua carteira que ele está entregando, senhor." A recepcionista diz, completamente assustada.

Isso o faz congelar. Afinal como isso seria possível?

"Eu estou a caminho. Tente não tirar os olhos desse entregador." Ele diz, desligando imediatamente e pegando seu paletó, o vestindo antes de sair de seu escritório.

Ao chegar na recepção do edifício comercial, ele nota que alguém usando o uniforme da Pochta Rossii está com as mãos nos bolsos, com o rosto inclinado para frente, escondido por um boné. 

"Com licença." Ele diz, erguendo a mão e a aproximando de sua pistola. "Acredito que você tenha algo meu."

"Oh!" O entregador diz, erguendo o rosto e o olhando com olhos verdes esmeralda. "Senhor Viktor Nikiforov, eu presumo."

"Sim." Ele responde, franzindo a festa.

"Então acredito que isto pertence mesmo ao senhor." O entregador lhe estende sua carteira e Viktor imediatamente a pega, a abrindo e notando que está tudo ali, do jeito que ele deixou.

Dinheiro, cartões, documentos, e 'o papel'.

"Como?" Ele pergunta, de olhos arregalados para o entregador.

"Não me pergunte, Senhor." O rapaz de olhos verdes dá de ombros e abrindo um sorriso. "Meu trabalho não é fazer perguntas e sim fazer as entregas. Agora, se me der licença, eu preciso ir fazer minha próxima entrega. Hmm, se não me engano, é em restaurante chamado Katsu. Que nome estranho para um restaurante."

Enquanto o entregador dá risadas, Viktor fica chocado. Por essa ele não esperava. Rapidamente ele se lembra do pacote em sua gaveta.

"Posso te pedir um favor?" Viktor pergunta, mordendo o lábio. "Eu tenho algo que eu gostaria de ser entregue para Yuuri Katsuki, dono do restaurante Katsu."

"Eu não me importo." O entregador diz, surpreso. 

"Então me espera aqui, por favor." E o russo de cabelos prateados sai correndo, indo até o elevador e subindo até o andar de seu escritório. 

Lá, ele rapidamente entra, abre a gaveta, pega o embrulho com o dinheiro e desce. 

"Aqui." Ele diz, ofegante, estendendo para o entregador. "Por favor, entregue isso para ele."

"Muito bem." O entregador diz, pegando o embrulho dele. "Agora com a sua licença."

"Muito obrigado." Viktor diz, observando o entregador sair do prédio.

Ele retira o papel da investigação da carteira e estende para a recepcionista.

"Mande procurar por impressões digitais." Ele ordena, friamente.

"Sim, senhor." A recepcionista diz, cobrindo a carteira com um plástico e a guardando.

~x~

Yuuri fica surpreso quando Viktor lhe pede para entregar algo para si mesmo. Ah, que ironia. Pensando nas circunstâncias e no peso do embrulho, ele já imagina seu conteúdo. O que ele deveria fazer? Receber esse dinheiro assim, do nada? Não. Esse não é o estilo de Chaika. Mas ainda sim, ele não deixa de abrir um sorriso ao deduzir que Viktor decidiu dar para Yuuri o dinheiro que ele supostamente havia perdido para Orlov. Por isso, ao andar em direção ao seu carro, ele toma uma decisão.

De seu bolso, ele pega uma caneta preta e escreve o endereço de Katsu embaixo de seu nome e do outro lado, ele escreve: 'Chaika o saúda, Senhor Nikiforov, e tem o prazer de informar que Senhor Katsuki já recebeu de o dinheiro de Alexander Orlov. Espero que goste do presente que lhe deixei do outro lado deste embrulho. Tenho certeza de que Senhor Katsuki ficaria lisonjeado em saber que o Senhor esteve disposto a devolver o dinheiro, e eu faço questão de informar isso para ele.'

Satisfeito, ele  finaliza com o desenho de uma gaivota e usa uma das caixas da empresa de correios, colocando no destinatário o nome de Viktor e o endereço dele. Do outro lado, ele desenha novamente a gaivota. Olhando em volta, ele precisa saber como fazer com que a encomenda seja entregue para as mãos de Viktor sem ter que voltar para a recepcionista. Nisso, ele observa uma mulher na frente de uma vitrine de uma loja, penteando seus cabelos embaraçados. No chão perto dela, há 3 sacolas de compras.

Com a pequena caixa azul escura em mãos, ele sai do carro e se aproxima dela, a observando amarrar seus cabelos loiros em um rabo de cavalo e retocar a maquiagem. Ele nota que ela não usa aliança na sua mão direita, embora ele saiba que ela é casada. Com Viktor. Ele deixa a embalagem cair dentro de uma das sacolas dela e continua andando até entrar em um beco. De lá, ele observa ela recolher as sacolas e ir para dentro do prédio sem perceber nada.

De volta para seu carro, ele olha para os papéis que estão no banco do carona. Papéis com fotos de Viktor e da mulher de antes, Irina Nikiforova, previamente chamada Irina Medvedeva. E uma foto de Viktor com dois homens. Um deles, Alexander Orlov. Nós papéis, todas as informações encontradas por Carmen dos dois.

~x~

"Vitya, querido." Irina diz, ao entrar no escritório dele. "Podemos ir jantar fora? Eu comprei um vestido e sapatos novos que eu quero muito usar."

"Claro." Viktor apenas diz, concentrado em seu trabalho.

Irina, ignorando esse fato, ergue as sacolas e começa a tirar as coisas de dentro. 

"Hm? O que é isso?" Ela pergunta, pegando a caixa e a girando. "Oh, é uma encomenda para você, Vitya!"

Isso o faz parar de trabalhar e a olhar em choque. E o sangue dele congela quando ele vê o desenho de gaivota como remetente. O mesmo desenho do cartão que ele tirou de Orlov.

Chaika.

Ele se levanta de sua cadeira e pega a caixa da mãos dela.

"Desculpa, mas parece que o jantar vai ter que ficar para outro dia." Ele diz, sequer se importando que ela reclame com ele e saia do escritório batendo a porta.

Ele abre a embalagem lentamente e se surpreende ao pegar de dentro embrulho familiar. Lendo a mensagem de Chaika, ele arregala os olhos ao ver que há o endereço de Katsu embaixo do nome de Yuuri. 

Oh.

Aí. Meu. Deus.

Ele pode voltar a ver Yuuri.

Ele pode comer novamente a comida de Yuuri.

Viktor cai na gargalhada, ao perceber que o entregador de antes era Chaika. Que decidiu lhe devolver o dinheiro, já que Yuuri recebeu de volta o dinheiro de Orlov.

Por falar em jantar… 

~x~

Yuuri coloca na porta da entrada do restaurante um aviso sobre jantar especial de ano novos de graça. Vicchan está ao lado dele, sentado no tapete e vestindo roupinhas de frio. 

"Vamos passear, Vicchan?" Yuuri pergunta, em japonês.

"Yip." O mini poodle marrom faz, fazendo seu dono o olhar com um sorriso no rosto.

Ele tranca a porta do restaurante e se afasta, segurando firmemente a coleira azul marinho do seu poodle. Mas ele não anda muito, pois logo na frente dele está Viktor, que acabara de sair de um carro preto junto com uma Poodle marrom usando roupinhas cor de rosa.

"Yuuri." Ele diz, sorrindo para ele. "Esta é Makkachin, minha fiel companheira."

"Oh?" Yuuri e Vicchan se aproximam deles.

Yuuri fica de joelhos, retirando a luva de sua mão esquerda e a estendendo para a Poodle lhe cheirar.

"Olá Makkachin, é um enorme prazer em conhecer uma princesa tão bela." Yuuri diz, dando risadas ao ser lambido por ela. "Uma pena que eu não posso dizer o mesmo de seu dono."

Yuuri observa Viktor arregalar os olhos.

"Ai meu deus, é verdade!" Ele diz, se agachando. "Meu nome é Viktor. E é um prazer em conhecer você."

"Igualmente, Victor." Yuuri diz, abrindo um largo sorriso. "Eu e Vicchan estamos indo passear. Gostaria de ir conosco?"

"Com prazer." Viktor sorri também e se levanta estendendo a mão para Yuuri, que a pega.

Juntos, os dois homens e os cachorros andam juntos pelas ruas frias do subúrbio de São Petersburgo.


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