Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 29
Histórias entrelaçadas


Notas iniciais do capítulo

Olá o/

Sim, estou viva. Minha vida deu um 180° e só consegui voltar agora.

Sem enrolação, vamos para a história.

Boa leitura!



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— Nada, não importa o que a gente faça — Lucy resmungou, tirando seu pé de perto do fogão acesso. 

— Eu deveria ter ativado a proteção assim que entramos… Desculpa, Lucy — disse Lina, triste.

— A culpa não é sua. Aquela mulher está nos seguindo já faz um tempo… Ela sempre sabe onde estamos e o que fazer para nos atrapalhar.

— Quem é ela, afinal?

— A avó da mulher que levou o Natsu. Não sabemos muito bem o que ela quer, mas ela não mede esforços para nos impedir de avançar.

— O QUÊ? — ouviram um grito. — Isso já está passando dos limites — reconheceram a voz de Erza.

— Juvia também acha…

— Lucy, como se sente?

— Normal, não sinto frio onde foi congelado — respondeu, aproximando-se da lácrima.

— Não importa a hora, ligue se sentir algo, sim?

— Pode deixar, Erza.

— Ok. Eu vou ligar para o Mestre. Na biblioteca deve ter algum livro sobre essas rosas e, se não tiver, vão dar um jeito de encontrar um — explicou. — Descansem por enquanto.

— Certo. Obrigada — sorriu, vendo a amiga desligar. — Podemos dormir agora?

— Sim, por favor — murmurou Happy, bocejando.

— Certo. Todos para a cama!

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Mestre? — Makarov ouviu a voz de Erza vindo da lácrima.

— Aconteceu algo, Erza?

— Infelizmente, sim… Lucy foi atacada por aquela mulher, ela jogou uma poção nela.

— Que tipo de poção?

— Uma que congela de fora para dentro. As pontas dos dedos de Lucy congelaram instantaneamente.

— Droga! Agora temos que correr atrás de algum antídoto.

— A mulher disse que pode resolver, mas pediu algo em troca.

— O que ela pediu? — perguntou, preparando-se para o que iria escutar.

— Pediu para que encontrassem as sete floresta mágicas, assim ela poderia abrir alguma caixa cinza.

— Então, a caixa cinza é importante…

— O senhor sabe de qual caixa ela fala?

— Sim. A mulher que levou o Natsu deu uma caixa para ele, está trancada. Lucy me entregou, pois não sabia como abrir — explicou. — O que será que aquela mulher quer com a caixa?

— Pelo que a Juvia me explicou, a mulher disse que sua neta e Natsu abriram um portal, mas algo falhou e agora ela mesma não consegue voltar para casa. Dentro da caixa parece ter algo que o ative.

— Interessante. Então, a mulher que estava com o Natsu usou a magia dele para abrir o portal que tem no Templo da Neve… Se deu errado, então usar magia de fogo é eficiente, mas também é a forma errada.

— O que faremos agora?

— A situação está mais complicada do que eu esperava, mas não podemos nos dar o luxo de desistir. Continuem seguindo o plano, pedirei para Levy e Freed pesquisarem sobre as flores.

— Ok. Avisarei se tivermos novidade.

— Certo. Boa noite, Erza.

— Boa noite, Mestre — despediu-se, desligando.

— Espero que todos fiquem seguros.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

Na manhã seguinte.

— Muito bem, pirralhos! Temos uma nova missão — Makarov começou a falar, sendo ignorado pela maioria. — CALEM A BOCA!

O silêncio reinou em questão de segundos, grande parte dos magos arregalou os olhos, pois nem tinha percebido que o Mestre estava falando.

— Obrigado. Como eu ia falando, temos uma nova missão!

— Qual, Mestre? — perguntou Mira do balcão.

— Descobrir o que são e para o que servem as sete flores mágicas.

Os sussurros começaram na mesma hora, todos deixando suas duvidas escaparem e não escondendo a cara de perdidos.

— Oh! Devem ser as Rosas Mágicas! — disse o homem misterioso, recebendo toda a atenção para si.

 O homem não apresentou nenhum perigo e, como Makarov prometeu ajudá-lo, resolveu lhe dar um voto de confiança e permitir que ele saísse da enfermaria e interagisse com os demais membros da guilda. Durante a noite, voltava para a enfermaria, pois, de acordo com Polyusica, ele ainda era seu paciente.

Conforme o tempo passava, mais ele se enturmava com facilidade. Naquela manhã, o homem lembrou-se de seu nome: Stephan. Nada além disso.

— Você já ouviu sobre essas flores? — perguntou o Mestre.

— Sim. Tenho uma vaga lembrança sobre o assunto, as Sete Rosas Mágicas são flores que unidas formam uma chave que abre uma caixa. Não sei o que tem de dentro…

— Como sabe disso?

— Não faço ideia — coçou a cabeça, envergonhado. — Veio na minha cabeça assim que o senhor falou sobre…

— Lembra de algo mais?

— Cada rosa tem seu próprio guardião, por algum motivo sinto que sei a localização de alguma, mas… Desculpe.

— Tudo bem, é o suficiente, obrigado! — sorriu agradecido. — Agora temos a primeira pista. Levy e Freed, quero que encontrem mais informações na biblioteca.

— Mestre, Freed está em uma missão com seu time — informou Mira.

— Ligue para o Laxus e peça que, assim que terminarem a missão, comecem a buscar informações sobre as rosas.

— Sim, senhor.

— Ótimo, o restante de vocês continuem no personagem. Não podemos deixar essa informação vazar, a vida da Lucy depende disso — disse, sério. — Vamos, Levy, temos que começar as pesquisas.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Quase morro esmagado durante a noite, porque a Lucy não parava quieta — resmungou Happy, comendo seu sanduíche.

— Mentiroso, você que se mexeu a noite toda — retrucou a loira.

— Eu me mexi para você não me esmagar!

— Gente, vamos manter um pouco de foco, por favor… — pediu Lina, guardando o último item na mochila. — A visita daquela senhora ontem está me causando arrepios até agora.

— Lina tem razão. Margareth é nossa maior inimiga agora, foi ela quem nos impediu de avançar e tentou atrair o Gray para uma armadilha, fora a denuncia sobre onde estávamos. Quero distância dela — disse Lucy.

— A casa para onde estamos indo fica na parte mais afastada do vilarejo. Contanto que ninguém mais apareça de surpresa, é um lugar seguro para nós.

— Juvia acha melhor irmos logo, não estou com uma boa sensação…

— Vamos!

O grupo, lentamente, começou a seguir o caminho indicado por Lina. A estrutura do segundo túnel era igual a primeira, dando a sensação de que estavam voltando por onde vieram, mas Lina garantia que estavam indo pelo lugar certo e logo chegariam na passagem.

Cinco minutos de caminhada foi mais do que o suficiente para chegarem ao final do túnel, encontrando uma cordinha no teto que Lily logo puxou, revelando uma escada simples de madeira, mas resistente o suficiente.

Um por um, todos subiram a escada e olharam ao redor. Surpresos, foi assim que ficaram depois do que viram.

— Não… — murmurou Lina, colocando a mão na boca e deixando as lágrimas saírem.

O cenário era de pura destruição. Nenhuma casa estava de pé, todas tinham apenas destroços queimados em seu lugar. Os caminhos resumiam-se em paralelepípedos quebrados e jogados, parecia que uma luta havia sido travada ali.

Começaram a caminhar devagar, com cuidado para não tropeçarem em nada e acabarem se machucando. Por mais que olhassem, ninguém conseguiu identificar o início do incêndio. Não tinha uma padrão, quem quer que tivesse atacado, fez de modo aleatório.

— A vila está vazia, não vejo traços de civilização — informou Lily, depois de sobrevoar o lugar.

— Tomara que estejam todos bem…

— Qual o nome da vila, Lina? — perguntou Juvia.

— Não tem um nome. Como são poucos habitantes, ninguém se importou em nomear…

— Gente, uma das casas está inteira — Happy sorriu, apontando para a frente.

— Vamos, Lina. Pode ter alguém lá! — Lucy sorriu esperançosa.

— Sim!

A casa encontrada por Happy, parecia uma cabana simples com as paredes e teto feitos de madeira escura. Por estar mais afastadas das demais, o fogo nem teve chance de a alcançar.

— É a casa da minha amiga! — Lina sorriu e correu até uma plantinha na janela, tirando uma chave de dentro da terra.

— Juvia acha que esse é um lugar perigoso para se colocar uma chave…

— Vai ver a amiga da Lina era maluca igual a Lucy — Happy riu.

— Vou fingir que não ouvi, Happy — Lucy sorriu amorosamente.

— Ela vai me matar, Juvia.

— Juvia acha bem feito.

— Nossa! Quanta consideração!

— Abriu — Lina ficou parada na porta, sem coragem para entrar.

— Força, Lina. Talvez a gente encontre alguma pista — Lucy a incentivou.

— Você tem razão! Vamos entrar!

A entrada da casa dava direto para uma sala bem pequena, com apenas um sofá branco e uma mesinha de centro. Um pouco atrás do sofá, ficava uma mesa com duas cadeiras, seguida pela cozinha. No lado esquerdo havia duas portas, a primeira um quarto e a segunda o banheiro.

O lugar cheirava a mofo, com razão, já que fazia anos que ninguém entrava ali. A poeira tomou conta dos móveis e do chão, cada passo dado lá dentro formava uma pegada.

— Está exatamente como eu me lembrava — Lina sorriu, nostálgica.

— Tem um bilhete aqui — Lily voou até a mesa da cozinha, pousando com cuidado. — Posso ler?

— Sim, por favor.

“Não sei por onde começar, mas não quero guardar isso só para mim. Recebi uma proposta irrecusável e, depois de muito pensar, decidi que essa era a chance perfeita para que eu pudesse mudar o rumo da minha vida.

Deixar minha casa para trás não estava nos planos, mas foi necessário.

Lina, se for você quem está lendo isso, peço desculpas por sair sem me despedir. Saiba que estou viva e bem, estou correndo atrás de meus sonhos.”

— Eu deveria ter entrado aqui antes… — Lina sorriu, as lágrimas molhando seu rosto.

— A tinta está fresca, parece recente.

— Você está querendo dizer que ela passou por aqui dias atrás? — perguntou, arregalando os olhos.

— É o que parece, embora não tenha marcas de passos no chão.

— A cama está com lençóis limpos, Juvia tem certeza que alguém esteve aqui.

— Cassandra.

— LUXY! — Happy voou até a loira, saindo do quarto onde ele e Juvia estavam

— O que foi, Happy?

— É ela! É ela!

— Ela?

— Ela, Lucy. Ela!

— Quem é ela?

— Lucy-san, Juvia acha melhor você olhar isso aqui — chamou.

Aproximando-se devagar, Lucy entrou no quarto e olhou para onde Juvia apontava. Na parede, pendurada em um quadro redondo, estava a foto de uma mulher morena, sorrindo para a câmera.

— Deve ser a amiga da Lina.

— É ela mesmo — Lina sorriu ao rever a foto da amiga. — Sinto falta dela.

— Qual o problema com a foto, Happy?

— Foi ela — Happy fungou.

— Por que está chorando? — perguntou preocupada.

— Foi ela, Lucy — Happy respirou fundo, esfregando as patinhas no rosto. — Ela é a mulher que levou o Natsu embora.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos no próximo o/



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