Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 24
A cidade escondida


Notas iniciais do capítulo

Olá :3
Quem é vivo sempre aparece...

Desculpa pela enorme demora, passei o mês fazendo exames e passando em médico. Parece que quanto mais eu tento resolver meus problemas, novos problemas aparecem...

Agora, deixando minha saúde bagunçada de lado, cá está o capítulo novo

Boa leitura.



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Erza transferiu um pouco de magia para o rastreador e tudo ficou branco, dificultando a visão dos três. Antes que pudessem piscar, já estavam deitados na neve fria, exatamente na frente da casa de Cassandra.

— Cruzes, a casa da maluca — Happy levantou-se rapidamente.

— Hum! Então aqui é Snowball — Erza olhou ao redor. — Não tem nada aqui.

— Eu disse — sussurrou Gray, fazendo Happy rir.

— Aquilo é uma montanha? — apontou para a esquerda?

— Sim. Atrás da casa fica o Templo, lá atrás é onde está a estação.

— E para a direita?

— Não faço ideia.

— Então, está decidido, é para lá que iremos — começou a andar, sem esperar resposta.

O trio seguiu o caminho escolhido pela ruiva. Tudo o que viam era neve e mais neve. Nada de diferente, além da imensidão branca.

Andaram sem rumo, sempre atentos para qualquer coisa diferente que pudessem encontrar. Não havia sinal de nenhuma civilização, parecia impossível alguém sobreviver ali. Os três já estavam cogitando a ideia de voltar, quando Happy viu algo preto no chão.

— Olha! Um peixe! — voou animado assim que avistou um pequeno peixe no chão.

— Happy! — Gray tentou impedí-lo, mas já era tarde.

O exceed puxou o peixe com toda sua força, erguendo-o do chão. Poucos segundos depois, o chão começou a tremer, fazendo com que o gatinho se assustasse e voltasse voando para onde estavam os amigos.

Um pouco para a frente de onde antes estava o peixe, um buraco quadrado se abriu. Dentro, uma escada branca levava para um túnel subterrâneo.

— Parece que achei a cidade — disse Happy de boca cheia.

— Um peixe era a entrada? — Gray olhou com dúvida para a entrada.

— Vamos entrar! — Erza tomou a frente, descendo primeiro.

O caminho era estreito, obrigando-os a se abaixarem um pouco para que pudessem passar. As paredes e o teto de neve pareciam que iriam desabar a qualquer momento, fazendo com que acelerassem a caminhada para evitar o pior. No final do túnel, uma porta branca impedia a passagem.

Aproximando-se com cautela, Erza viu três formatos na porta: um boneco de neve no centro, um círculo na direita e um floco de neve na esquerda.

— A porta está trancada — tentou abrir, empurrando.

— Deve ter alguma chave — Happy olhou para os lados, atrás de uma.

— Não tem fechadura.

— E se preenchermos esses buracos aí com neve? — sugeriu Gray.

— Pode funcionar…

Seguindo a ideia do moreno, os três começaram a pegar um pouco de neve das paredes do túnel, preenchendo cada buraco até a porta parecer apenas um grande e completo retângulo branco.

A porta logo tremeu, derrubando toda a neve que tinham colocado, abrindo para fora. Dentro, uma escada longa levava para baixo. Olhando para frente, todos puderam ver, finalmente, a cidade de Snowball.

A cidade não tinha nada de impressionante, parecia uma cidade normal, as únicas diferente estavam na “barreira” de neve ao redor e no chão de gelo.

O trio não perdeu tempo. Desceram a escada o mais rápido que podiam e deram os primeiros passos no gelo que, por incrível que pareça, não era escorregadio. Os habitantes do local mal prestaram atenção nos novos visitantes, pareciam bem acostumados com isso.

— Qual o endereço, Gray? — perguntou Erza, focada em seu objetivo.

— Rua Boneco de Neve, 00.

— Com licença, senhora — Erza aproximou-se de uma banca de frutas. — A senhora pode nos dizer onde fica a Rua Boneco de Neve?

— Oh! Claro. Estão vendo aquela igreja branca? — apontou para o final da rua. — Virem à direta que vocês já estarão na rua certa — sorriu simpática.

— Muito obrigada! — agradeceu sorrindo. — Vamos! — mudou a expressão, andando na frente.

— Maluca — Gray e Happy sussurraram, seguindo a ruiva.

As ruas eram bem movimentadas, lembravam Magnólia durante o período da manhã. Apesar de estarem cercados de neve, o calor fazia presença como se estivessem em um dia quente de verão.

Assim que chegaram na rua da igreja, viraram na direção indicada pela senhora e passaram a procurar o número certo. Havia muitos comércios ali, dificultando um pouco a procura por conta do grande fluxo de pessoas.

Um pouco para o final da rua, eles viram uma placa branca com o nome da loja escrito em rosa. Nessa hora, Erza parou bruscamente.

— Não podemos entrar assim.

— Tem razão, se for a mesma Cassandra, ela pode nos reconhecer…

— Eu nunca vi ela — Happy deixou escapar.

— Ótimo! Você é quem vai entrar — a ruiva o empurrou para frente.

— O que eu faço? — perguntou desesperado.

— Diga que viu um panfleto com o nome da loja e sua amiga pediu que viesse para comprar um anel.

— Com que tipo de magia?

— Não sei...

— Pergunte se ela tem alguma que avise sobre o perigo — sugeriu Gray. — Se funcionar, a Lucy pode usar quando fugir.

— Boa ideia — Erza concordou.

— Aye! — voou.

Durante poucos segundos, os dois ficaram em silêncio sem saberem o que fazer, até Gray se tocar de algo.

— Erza, por acaso você deu dinheiro para ele?

— Eu não. Você deu?

— Também não…

— É… Ele vai voltar.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Bom dia! Meu nome é Cassandra Delino. Como posso ajudá-lo? — perguntou uma moça morena, sorrindo.

Happy já havia ouvido como era a aparência de Cassandra e isso só o deixou mais em alerta. O medo por estar na frente da possível assassina de Natsu, quase o fez dar meia volta e fugir dali. Porém, não o fez.

Uniu toda sua coragem, colocou seu melhor sorrido no rosto e permaneceu ali, firme e forte.

— Bom dia! Eu sou o Happy! Minha amiga viu um panfleto da sua loja e me mandou aqui para comprar um anel.

— Oh! Muito bem! Tenho diversos modelos — saiu de detrás do balcão e o guiou até uma estante de vidro, onde vários anéis estavam expostos.

A loja era toda branca, cheia de estantes e prateleiras de vidros, lotadas com as mais variadas joias. O balcão onde a morena estava antes, tinha vários vidros com líquidos coloridos, os quais Happy imaginou serem as magias.

Sabendo que o anel seria usado por Lucy, o exceed escolheu com cuidado. Dentro de sua “mochila”, ele tinha guardado um pouco de dinheiro e o usaria para realizar a compra. A loira sempre dizia para Happy onde guardava o que ganhava nas missões, para que ele pudesse usar se fosse preciso.

— Aquele branco, com estrelinhas desenhadas — apontou.

— Ótima escolha! Sabe o tamanho? — perguntou, abrindo a estante e mostrando os tamanhos de anéis.

— Esse aqui! — Happy sorriu, ele conhecia muito bem a loira.

— Qual magia você vai querer, pequenino?

— A senhora tem uma que avise sobre o perigo?

— Claro! Vou preparar para você — sorriu animada, causando arrepios no azulado.

Enquanto ela mergulhava o anel em uma garrafinha, Happy reparou melhor na mulher. O sorriso não saia de seu rosto, o cabelo marrom estava solto e ela vestia um vestido vinho, até os pés. Não parecia uma pessoa perigosa, mas a aparência podia enganar.

Aproveitando-se da desatenção dela, o exceed tirou uma pequena lácrima retangular da mochila. Lucy lhe dizia que ela podia guarda imagens, apesar do pequeno tamanho. Ele mirou na mulher e apertou o botão, logo guardando novamente, antes que ela visse. Se ela fosse a mesma mulher que estava com Natsu, agora eles tinham uma foto dela.

— Prontinho, meu amor — entregou uma caixinha para o exceed.

— Obrigado! — sorriu, entregando o dinheiro.

— Eu quem agradeço. Tenha cuidado pelo caminho.

— Sim! — saiu da loja, abraçando a caixinha.

Erza e Gray o esperavam em uma praça, um pouco mais à frente da loja.

— Consegui — mostrou a caixinha orgulhoso.

— Onde arranjou dinheiro? — perguntou Gray, olhando o anel.

— Lucy sempre me avisa onde tem dinheiro. Eu fui lá e peguei — deu de ombros. — Ah! Eu tirei uma foto da maluca — tirou a lácrima da mochila e mostrou para os amigos.

— Erza… É ela, a mulher que levou o Natsu. Ela está agindo normalmente, como se nada tivesse acontecido…

— Não tem erro… Vocês sabem o que isso quer dizer?

— O quê?

— O homem que está na guilda já teve contato com ela.

— Ele pode estar envolvido com o crime…

— Sim… Vamos voltar para a guilda, o Mestre precisa saber disso!

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— O que você disse? — Polyusica arregalou os olhos.

— Natsu morreu e Lucy está presa — Makarov repetiu com um olhar triste.

Polyusica tinha chegado na guilda pouco depois que Erza, Happy e Gray tinham saído. Trazia consigo uma garrafa cheia de chá para dar para Natsu, quando recebeu a trágica notícia.

Durante todo o tempo em que permaneceu fora, tentou ser o mais rápida possível para comprar e achar os ingredientes. Não esperava que aconteceria tanta coisa em tão pouco tempo.

— Como eu não fiquei sabendo disso?

— Eu não faço ideia. Tentei te ligar várias vezes…

— Estranho… Minha lácrima não tocou nenhuma vez…

— O que aconteceu com o garoto?

— Envenenamento. Foi congelado de dentro para fora.

— E Lucy?

— Tentou de todas as formas ajudar nas investigações, mas acabou tudo voltando contra ela… Aliás, quero que você a examine.

— Alguma doença conhecida?

— Não sei. Ela está vendo aparições de um fantasma do Natsu.

— Isso não é muito normal, ainda mais em alguém saudável com ela…

— Concordo.

— Ela pode receber visitas na prisão?

— Na teoria, sim. Vai tentar?

— Vou, não tenho muito a perder.

— Boa sorte! Custou fazer a Erza conseguir visitá-la.

— Quando vai ser a fuga? — perguntou, sem rodeios.

— Fuga? — olhou-a surpreso.

— Não tente me enganar, Makarov. Eu conheço muito bem essa guilda e seus membros, sei muito bem que alguém já deve ter planejado a fuga da garota.

— Ok! Você me pegou.

— Quando? — insistiu, sem paciência.

— Hoje à noite. Gajeel irá até lá.

— Não a trarão para Magnólia, não é? Aqui será o primeiro lugar que irão procurá-la.

— Não. Gray alugou uma casa afastada para ela.

— Muito bem! Irei até lá, se eu não conseguir, esperarei ela na tal casa.

— Ótima ideia. Esse é o endereço — entregou um papel para a rosada.

— Obrigada! — agradeceu, saindo da sala.

— Espero que tenha sorte, Polyusica.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

A rosada chegou na sede do Conselho pela tarde. Entrou e fez todos os procedimentos para visitantes, desde a vistoria até o preenchimento da ficha.

Estava saindo da sala de armas, quando foi barrada, antes de descer a escada que dava para as celas.

— Por que não posso visitar a garota?

— Ordens do meu superior, desculpe — explicou Mendy.

— Soube que Lucy está doente, quero examiná-la pessoalmente.

— Está? O nosso médico disse que era apenas coisa da cabeça dela…

— Se acontecer algo com ela, o Conselho será responsabilizado.

— Eu sei, mas não posso fazer nada para ajudar a senhora, por mais que eu queira…

— Entendo perfeitamente… Nesse caso, voltarei outra hora para tentar uma nova visita.

— Como a senhora desejar — sorriu compreensiva.

Polyusica saiu da sede do Conselho já com destino certo. Sabia que seria difícil entrar para visitar Lucy, mas não esperava ter o acesso negado logo depois de já ter conseguido a permissão. Alguém não estava querendo facilitar para a loira, disso ela tinha certeza.

A sua maior suspeita é de que o real assassino tinha alguém infiltrado no Conselho, para ajudar a mudar os caminhos da investigação. Uma hora a verdade apareceria, então ela saberia se estava certa.

Esperaria por Lucy na casa indicada e a examinaria, tinha certeza de que descobriria o que estava acontecendo com a loira sem maiores problemas.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo o/



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