Katsuki estava deitado em sua cama mexendo no celular quando ouviu um leve bater na porta. Resmungou um “cai fora” e viu Eijirou entrar e logo acomodar-se ao seu lado.

— Bakubro! — Cumprimentou.

— O que você quer? — Murmurou em resposta, o olhando de esguelha.

— Ah, eu estava entediado...

— Eu sou a porra de um palhaço para te entreter? — O tom bruto costumeiro estava presente em sua voz.

— Nah... relaxa bro... o que você ‘tá fazendo?

— Nada.

Um silêncio preencheu o ambiente que Katsuki estranhou, afinal era Kirishima que estava em seu quarto. Quando o fitou e percebeu que o garoto tinha as bochechas coradas e mexia as mãos de forma nervosa, Bakugou constatou que havia algo errado.

— O que foi, Cabelo de Merda?

— Hm... não foi nada....

— Você vem até meu quarto do nada, fica quieto e vermelho e agora me diz que não é nada? Pareço o idiota do Pikachu, por acaso?

— Ok... ok... não precisa se irritar — Eijirou levantou as mãos em sinal de rendimento — é só que... bom... eu estava pensando... hm...

— Fala logo.

— É que... Katsuki, você já beijou alguém?

O garoto loiro o encarou de olhos arregalados. Depois de passar a surpresa, corou levemente.

— ‘Pra que você quer saber?

— É que eu... bem... queria saber como é...

— Eu nunca fiz, então não sei...

— Você quer tentar? — Eijirou estava mais vermelho que nunca.

Katsuki olhou para o garoto ao seu lado. Sempre que Eijirou estava por perto, ele sentia-se estranho. Nunca havia pensado em beijá-lo, mas agora a ideia soava bastante tentadora.

— Tsc — crispou os lábios para disfarçar o embaraço — pode ser.

— Ok! Aqui vou eu... — aproximou-se com cuidado, pousando as mãos nas bochechas do outro. Pressionou os lábios nos deles, permanecendo assim por alguns segundos, afastando-se enquanto ainda o encara — e então?

— Não sei — sussurrou, embora fosse incomum —faz de novo... só para eu ter certeza se é bom…

Eijirou repetiu o gesto várias vezes. Em determinado momento Bakugou tomou coragem, passando a ponta da língua nos lábios do garoto, como que para pedir abertura. O primeiro beijo fez com que a pequena fagulha de sentimento tomasse forma e força.