13 & Team 1: Sem Rumo e Sem Vida escrita por Cassiano Souza


Capítulo 7
Gênesis de Nova Gally - parte 1


Notas iniciais do capítulo

oláaaa ameiiii!!!! Capítulo do vilão! Tenha uma fantástica leitura



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ERA RASSILON/ AUGE DA ÚLTIMA GRANDE GUERRA DO TEMPO/ CONFÍNS DA DIVINA GALÁXIA DE SANTORE

 

Um aparelho de Tempo e Dimensões Relativas no Espaço em sua forma original tombava por entre fagulhões estelares, pedras espaciais e tempestades cósmicas, a velocidade passava de 80 mil anos luz por hora, como se fugisse do próprio diabo, onde 12 naves Daleks da última geração da batalha perseguiam a pobre lataria menor por fora. Ou seja, pior do que o próprio diabo. Seus disparos não paravam! Igualmente as balas perdidas da Terra, o campo já estava em 20% e o rotor do tempo não parecia muito bem, já que tanta fumaça saía. A mulher a pilota-lo tossia bastante, como um fumante prestes a receber más notícias, suas mãos se viam loucas por todo o console, e viajar no tempo não estava funcionando. 

— Nave maldita! - resmunga a mulher se segurando, equanto faíscas expeliam-se por seu corpo. 

10% marcava o monitor. Mais alguns disparos e nave estaria estraçalhada. O que fazer? Pensou, já que havia pouco tempo, defeitos de fabrica, danos de batalha, e uma nave maior por dentro. A Rani sempre era esperta, ligeira, trapaceira, e até cruel, então o que se tornaria nas mãos dela uma TARDIS?

— Campo em 5% por cento! - berram os Daleks em suas naves. - Exterminar! 

Contudo, quem parecia estar exterminado agora eram os próprios Daleks! Suas naves se contorçeram, amassaram, e se estraçalharam, como bolas de papel, onde em seguida rodearam a máquina do tempo, como os anéis de Saturno.

— Os vejo no inferno. - disse a mulher tossindo.

As TARDISes tem muita massa, muita matéria e muita energia. A gravidade de uma é capaz de rachar planetas como se fossem ovos, mas como são maiores por dentro, toda a densidade se estabiliza no centro. Por milésimos de segundo a Senhora do Tempo reverteu isso, e o purê estava servido. 

A grisalha sorria satisfeita, mas a máquina estava descontrolada, tudo o que queria agora era um planeta, e um bem rico em oxigênio apareceu em seu marcador. 

— Fabuloso! 

A nave se materializa, e a piloto cai para o lado de fora, tossindo. A piloto era uma branca grisalha, com um corte bem curto platinado, usava um sobretudo cinza longo, uma cinta de ombro cheia de balas atravessando a camisa vermelha, calças justas pretas, sapatos pretos, um batom verde forte, e um discreto óculos de grau. 

Ao seu redor, tanta neblina quanto no filme O Nevoeiro. O chão era um cascalho negro bem quebrado, a luz solar estava fraca, e a temperadura bem baixa. A Senhora do Tempo levanta-se aliviada, encarando atordoada à bela vista.

— Covarde. - julga uma voz.

A mulher vira-se assustada em direção, mas a nevoa amiga não deixaria ver um elefante em sua frente. Sacou do sobretudo um escâner, e nenhuma forma de vida com 5kg a mais é detectada:

— Quando aparecer estará morto! - ameaçou a velha. 

— Você morrerá aqui. - disse outra voz diferente.

— Essa voz… - pareceu a conhecer, mas foi interrompida ao cair bruscamente novamente.

Havia se desequilibrado ou sido empurrada? Apenas começou a tossir de novo. Mexeu no escâner novamente, e sua leitura determinou a si mesma; falência dos orgãos em andamento, 5 minutos de vida. A mulher revira os olhos:

— Eu não quero ir. - ficou de joelhos.

— Mas não irá. Você morrerá aqui, titia.

— Apareça! - exigiu, vendo-se solitária. - Não pode ser o Kzuu.

— Me deixou à morte. O universo gira e Gallifrey terá a sua vingança. 

— Não pode estar aqui! 

— Por que nos abandonou, titia? - a figura do jovem gallifreyano apareceu ajoelhado ao lado. - O mundo vai queimar, e a culpa é sua.

— Pois que flameje até o inferno! Acha que eu ficaria num túmulo declarado?!

— Os Daleks me vaporizaram. 

— Sim. Então falo com uma alucinação pós intoxicação? Ou agora demônios saem do inferno pra tirar férias? 

A figura nada responde, apenas sorri, em um tom sinico e intenso, como se quisesse ver a mulher filosofar até o final. Outra figura surge, desta vez, uma menina uma pré adolescente:

— Por que me matou?

— Ah, isso é realmente um inferno. - assoprou emburrada a velha.

— Por quê? Eu confiei tanto em você, eu deixava tudo só para estar com você. 

— Os fins justificam os meios. Lhe mataria mil vezes em um dia de tédio.

— As agulhas doiam, não sou um rato de laboratório.

A Senhora do Tempo gargalha:

— Tudo exceto eu, é um rato de laboratório.

A menina então também sorri. Em seguida, vários e mais vários vultos surgem por dentro da névoa, e todos a encarar a velha, feito quando há briga e uma multidão desocupada se reune. A cara de deboche da viajante do tempo murcha, parecendo agora ser até mesmo medo, pois reconhecia cada trágico rosto:

— Que inferno é isso?

— Está na hora! - disse o sobrinho, alegre. 

A Rani sentiu duas pontadas furiosas em seus corações, sua respiração acelerou e a sua pele formigou:

— Não sei mais quantas regenerações eu tenho…

— Não tem. - o sobrinho estava com o escâner. 

— Tenho! 

— Conseguirá. Mas, apenas sacrificando algo.

— O quê? - perguntou com dificuldade. 

— Sua covardia. Salve Gallifrey. 

A Senhora do Tempo franze os olhos, além de desentendida estava se contorcendo de dores. Todos as figuras começam um coro: 

— Salve Gallifrey! Salve Gallifrey! Salve Gallifrey!

Medo, dor, dúvidas, desespero e talvez até mesmo arrependimentos, vieram na mente da decrépita de pés na cova, e enquanto sentia todo o seu interior se quebrar e queimar, o coro das vozes infernais entranhavam-se em sua mente cada vez mais. Um brilho alaranjado começou a emanar da pele da grisalha, e logo o seu corpo brilhou intenso como um farol dourado e laranja, ou uma fogueira. A figura da mulher se dissolve, onde dá lugar a um corpo masculino negro, enorme e barbudo. Ele levantou-se testando as pernas e braços, e gargalhos insanos ele deu, percebendo estar sozinho, sem mais nenhuma figura trágica, e com uma aparente missão:

— Eu vou salvar Gallifrey! - tirou os óculos. 

***

 

500 ANOS ANTES DOS EVENTOS DO DIA 29/07/20219 DO PLANETA TERRA/ DIÁRIO DE BORDO

 

Olá, código Ushas. Este é o diário de bordo do Senhor do Tempo, o Rani, o grande cientista químico, fugitivo da guerra. Após ter me regenerado, e percebido uma vigorosa forma, a nova e acelerada mente conseguiu entender que deplorável planeta era aquele, ao voltar à TARDIS, após horas perdido na palidez, e bater a cara nela. Ela se estabilizou, mas precisei de um ano para consertar as sabotagens e estragos dos Daleks. Feito, usei seus escâneres para entender aquele mundo. Do lado de fora, apenas alucinações eu via, ou ouvia. Seria o planeta, ou a minha mente quebrada? Seriam os 2? Apenas 1, pois minha mente é brilhante e não quebrada. Os escâneres diziam que era apenas um planeta, mas me recusei a acreditar. Precisava ser esperto e inteligente, então, esperto, inteligente e sem limites, como de costume. Se fosse um planeta, apenas se quebraria com a gravidade da minha TARDIS invertida, e se fosse um truque…  Se revelaria. Senhores do Tempo costumam usar os seus aparelhos de Tempo E Dimensões Relativas No Espaço apenas como ferramentas de pesquisa e trabalho, mas eu não, sei dos poderes ilimitados e proibidos que estas máquinas possuem, e quão amedrontador deixam os tolos. 

— Mostre a sua face! - inverti a gravidade. 

O planeta, então sumiu em um piscar de olhos, com correntes elétricas e físicas, restando apenas um emaranhado de poeira. Mas, não era poeira, não poderia ser. De onde vieram as faíscas? Analisei melhor, e a verdade estava ao meu redor, sendo uma grande nano-nuvem de pequenos rôbos projetores de tecnologia dimensional e envio espacial. Em outras palavras, aquilo era a mítica tecnologia dos Antigos, e esta um Vagante Branco, defeituoso e abandonado sabe-se Santore por quem. Gargalhei e pulei contente, era como se a galáxia da deusa houvesse me atendido. Energizei a nuvem, consertei-a injetando outra nano-nuvem de pequenos reparadores,  e reprogramei a poeira, após 10 anos de tentativa. Agora, não era mais dos Antigos, era minha. 

Em seguida, nenhum tempo a perder! Mesmo tendo uma máquina do tempo. Rumo a casa, rumo a Gallifrey! Precisava parar a guerra, e com o Vagante Branco, talvez pudesse. Chegando lá… Apenas o vazio do espaço estava, mas cheio de destroços de naves e pedregulhos espaciais, porém, nenhum pedregulho bom o suficiente para ser chamado de planeta.

— Não pode estar certo… - encarava a vista pela porta. - Vou matá-los! - gritei.

Parti para as bases restantes de Skaro, o planeta dos Daleks, mas nada igualmente. Busquei informações universo afora, e a verdade era que Senhores do Tempo e Daleks haviam se acabado, e nenhum restado. Eu era o último, pensei por dias, onde gritei de ódio frente ao espelho. Fiquei dias sem comer, beber ou dormir, até, finalmente refletir se eu devia sofrer ao invés de comemorar. Eu dizia para o reflexo do espelho:

— Eles te abandonaram! Não se lembra? Gallifrey nos abandonou. Nos expulsou, nós, com tanta inteligência e sabedoria. A guerra veio, e só por ela nos reintegraram a sociedade de mentiras deles novamente. Agora… É pedra e poeira, antes do tempo. Ela queimou! E estamos livres. 

Comecei a rir:

— Livres! Para sermos o Senhor do Tempo vitorioso, o último que restou. Quem vai me impedir? Quem decide as regras? Eu sou o Senhor do Tempo, eu sou o tempo, sou o chefe dele, e tudo mais se eu quiser. Se nós quisermos… - acariciei o reflexo. - Eu sou o Senhor do Tempo! - gargalhei junto ao reflexo, onde em seguida corri para o console.

Iria salvar Gallifrey ainda, mas, da minha maneira. Eu sabia que durante a guerra centenas de lacres temporais foram feitos para impedir invasões ou fugas, onde o vórtex é invalidado e apenas o espaço livre. O que eu teria de fazer? Quebrar o lacre. Como teria de fazer? Enfiando muita energia! Bruta e pesada! Destemperada! 

— Seja forte! - gritei para a minha TARDIS, onde usei seu modo de recarregamento sugando uma estrela supernova, e direcionando a energia para o lacre, que era onde Gallifrey não mais estava. A velha máquina poderia suportar? Precisava. Faíscas saiam por todos os lados, paredes rachavam, e os sinos não paravam. Até, que finalmente o lacre se rompeu, e eu pude atravessá-lo, turbulentamente, e cair desgovernado em um deserto vermelho. Areia jorrou para todos os lados. 

***

 

Saí para fora da nave, e a velha Gallifrey eu avistei. De acordo com o meu relógio, eram as últimas semanas do planeta, e eu estava no Deserto Frio de Cristais Escarlates. Areia vermelha cheia de vários cristais pequeninos em variados tons de vermelho. Os cactos carnívoros contemplavam os sóis, e eu o ato de estar alí, estava do outro lado do planeta. Mas como sempre, não tinha tempo a perder, vesti meu casaco preto felpudo, minhas galochas, um chapéu estilo arqueólogo, penteei a barba enorme, e parti mundo afora.

O que eu faria? Carregava um saco cheio de Cubos Estases, aparelhos de extração temporal. Gaiolas de espaço tempo eternas para proteger ou aprisionar algo, mas erroneamente usados para a arte. Procurava animais, e todos os que eu ia encontrando ia prendendo, um de cada. Naquela época, animais em Gallifrey já estavam raros, mas o pouco que eu pudesse capturar, capturaria. Quase fui devorado pelo verme da areia negra, pelos dragões das montanhas e pelas aranhas das cavernas, mas no fim, escapei fria e sujamente. 

Jantei churrasco de aranhas, já que eram mais carnudas e suculentas do que uma vaca terrestre, e na semana seguinte voltei à TARDIS, já devia estar melhor, entretanto…. Seu Olho da Harmonía estava danificado, adoecido por minha culpa. A máquina não conseguia se desmaterializar para longe, e de repente a sala do console é invadida por 4 soldados:

— Mãos para cima! - estavam dos quatro lados. - Criminoso acusado de romper o lacre! 

— Repita. - provoquei.

— Romper o lacre!

— É sempre bom.

Apertei somente um botão. Fui desmaterializado para fora, enquanto deixei os 4 homens trancados, e com a radiação do Olho a ser desviada para a sala do console, no máximo. Ouvi seus gritos de agonia, e apenas revirei os olhos seguindo caminho. Eu precisava de um Olho da Harmonia novo, mas Arcádia estava há milhões de quilômetros! O que fazer? Eu tinha um mapa, e sabia que a Floresta Prateada não estava longe, só a 90 quilômetros, 3 dias de canelas para mim. Precisava escapar logo! Não poderia aceitar ser morto pela Guerra do Tempo novamente. 

Contudo, uma floresta? Sim, a floresta da Bruxa Roxa, outra renegada de Gallifrey, que após se desentender com Rassilon partiu planeta afora, sem rumo, esperança, ou paz, já que era uma oráculo do tempo. Poderia ver quase tudo do tempo e espaço, menos a própria morte, para não interromper o ponto fixo que é.  

Após horas caminhando por entre aqueles galhos contorcidos, espinhos, arbustos, troncos e cogumelos acinzentados, percebi que eu estava andando em círculos, como se um loop de espaço estivesse me rondando, e toda direção levasse na mesma direção. Ficaria naquela brincadeira até morrer de fome ou desidratação? Me recusaria até o último suspiro. Jezabel, era o nome real da Bruxa, fora do apelido pejorativo. 

— É engraçada, prometo que ainda vou rir das suas más piadas. - falei alto em uma clareira. – Pode parar. 

Ninguém me respondeu, exceto o canto dos pássaros e insetos. Eu retirei um embrulho do casaco e pus dentro do oco de uma árvore: 

— Sei que gosta. Eu usava nas trincheiras da guerra, pra aliviar e deixar rolar. Provavelmente minha antiga versão está por aí agora usando. - ri. - E tenho notícias sobre Rassilon.

— Quais notícias? - perguntou uma voz feminina bem velha, onde me virei e lá estava ela, como em um passe de mágica, e já fumando os cigarros gatuunianos. Era uma senhora trajada em um vestido roxo bem escuro, longo, capuz negro esfarapado, cabelos brancos ondulados, e golas tipicamente gallifreyanas.

— Por eras acreditei que fosse apenas folclore. Tinha medo de você no primário. "A Bruxa Roxa vai te pegar". 

— Heróis são invisibilizados para matar a alma de uma história. 

— Não diria que a prostituta particular de Rassilon seja uma heroína.

— Intimidades profissionais. - corrigiu. - E estas, as mais perigosas. Quanto mais se é íntimo de alguém, mais perigoso se torna.

— Tem algo que eu quero.

— Você quer muitas coisas.

— Preciso ir embora.

— Para quê? Acabou! Gallifrey vai cair, e Skaro. Não há alternativas.

— Salvarei Gallifrey.

— Do seu jeito?

— Do meu jeito.

— O seu jeito não é salvar, é fazer pior.

— Pior o universo não pode ficar. Eu trarei luz! A era da luz, para todo o universo. 

— É inteligente. - assoprou fumaça. - Mas seria o bastante? 

— Mais do que o bastante. 

— Qual a notícia de Rassilon?

— Vai renovar o próprio ciclo. Vida longa ao presidente, enquanto a sua… Amiga, fica fria e murcha para trás. Tem duas novas profetisas do tempo também, tão belas…

— Não pode ter vindo aqui pra isso! Acha que eu me importo? Já disse, acabou, nada mais debaixo destes céus importa. - tragou o cigarro. - Se eu fosse você, me preocuparia mais com o que está embaixo da cama.

— Não há nada embaixo da cama.

— Então entre no quarto. 

Eu não havia entendido, e ainda não, pois aguardo o sentido até então. Citei Rassilon para provocá-la, queria testá-la, fazer sentir raiva, e fumar mais, e mais. A verdade se aproximava, a Bruxa diz:

— Quer o Olho da harmonia que usei para alimentar esta floresta bio projetada, não é mesmo? Está guardada na gruta, há alguns metros. - Ela arregalou os olhos em seguida, como se não quisesse ter dito. - Por que eu disse isso?!

— É seu trabalho revelar, não é? 

— O que pôs neste cigarro? - jogou fora.

— Substâncias, meu dom. Não pode mentir, ou deixar de falar a verdade, nunca mais. 

— Há Vashta Nerada por toda a parte. - riu. - Sobre meu comando! Não comemore.

— Comemoro sim. Lembra do tronco que pegou o embrulho?

— Apenas um tronco.

— Hum, hum. - forcei uma lamentação barata. - É uma pena saber de tudo menos o dia em que vai morrer.

— O quê?! - dito isto, a Bruxa gritou e desapareceu da minha frente, após eu estalar os dedos. - Retirei meu Cubo Estase do casaco e de lá a voz dela ecoava. 

— Tire- me daqui! 

— Tropecei num Vagante Branco, como acha que capturei tão facilmente tantos animais? E tem um lindo aí dentro.

— Facínora! - percebeu o leão de 3 cabeças, que rugiu.

— Visionário. A propósito, devia ter dito, era a árvore e estava por quase toda a floresta. - ri.

— Porque minha Vashta Nerada não lhe devora?!

— Porque a sua floresta é inteligente. Tudo na natureza busca vantagem para sobreviver, então quem você acha que ela irá apoiar?

— Sua criadora!

— Não. - encarei bem profundamente o cubo. - Quem quer vantagem apoia quem traz vantagem, independente de favores passados. Tenho o Vagante Branco, o que você tem? Assim que morrer a floresta precisará de um novo zelador, e não um que já é quase poeira viva. E se me matarem antes, como você sairia? - gargalhei. - Rassilon manda abraços. 

— Também te trairá! Você quer o Olho, o Olho é vital aqui! 

— Não pretendo deixar sem.

Estalei os dedos, e meu leão controlado também por substâncias químicas, entendeu o sinal, pulando na velha. Ela gritou, a fera rugiu, ela tentou se regenerar, mas a fera não deu expectativas, apenas golpes.  Porém, antes da morte, a Bruxa ainda havia berrado: "não é o Senhor do Tempo vitorioso! O Doutor é! Sua arrogância lhe arrasta para a cova!". Mas, o Doutor? Aquele miserável e lamentável ser havia sobrevivido?! Esperava encontrá-lo logo, e esmagar a sua fútil vida, pois não se cansava de me atrapalhar. 

Continuando, agora eu era o novo jardineiro, mas tudo bem, quem nunca? A floresta era telepata, e a fiz revelar o caminho até a gruta, me concentrando bastante. Por fim, um caminho entre a maçaroca de arbustos e garranchos surgiu, e parti por lá. A gruta era enorme, escura, e repleta das pinturas rupestres primitivas. E bem próximo, já estava o Olho da Harmonia da Bruxa Roxa, retirado da sua TARDIS tipo 30 e implantada no ventre terreno. Havia um console ao lado também, completamente antiquado e fora de moda, mas serviu bem. Sintonizei ele com a minha TARDIS, e assim fiz uma troca, onde o meu Olho da Harmonia veio para a gruta e o da gruta para a minha TARDIS. Este novo Olho era tipo 30 e a minha nave 40, mas daria para escapar, e enfrentar mais defeitos, logo, logo. O Vagante me teletransportou para fora da floresta, e olhando para trás… Apenas a morte reinando. A radiação do Olho doente estava arrasando todo o milenar lar da Bruxa, o antigo matagal prateado, que ela fez virar floresta para poder se proteger. 

— Eu sou o Senhor do Tempo vitorioso. - segui caminho. 

*** 

 

De volta ao meu tempo em curso, após a queda de Gallifrey, fiz finalmente a minha barba, cabelo, unhas, escovei os dentes, tomei banho e troquei de roupas. Pude me olhar com atenção pela primeira vez, e gostei do que vi, eu aprovava esta regeneração, e continuo aprovando. Mas a TARDIS era grande e silenciosa demais para mim, o que eu faria para preenchê-lá? Para me preencher, já que minhas ideias para a Nova Gallifrey ainda estavam se formando? Lembrei que no meu laboratório haviam servos congelados, embriões, e alguns em incubadoras. Fui até lá, chequei meus estoques, e haviam Tetraps suficientes para me idolatrar fielmente por séculos novamente. Mas ainda não era o bastante, eu precisava de mais! Muito mais! Mais de mim mesmo. 

De volta ao console, digitei as coordenadas, e Sontari-3 estava a caminho, o maior e melhor mega laboratório de clonagem do universo. 

 


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Notas finais do capítulo

e então, gostou?Eu particularmente adorei. Está no top melhores pra mim, de todas as coisas minhas escritas, junto com o cap 4!
Um capítulo do Rani sendo o Rani e vivendo sua vida e mostrando o seu início, personalidade, motivações, como eu não amaria? E ele nem estava previsto kkkkk o próximo capítulo é que seria o 7, esse veio a ideia depois, e encaixou bem. mas tive medo, pois quebra o ritmo frenético da história, mas serve pra entrarmos na mente do vilão. Um dos…
kzuu o nome do sobrinho é original e o personagem, já que não conhecemos membro algum da família da Rani, e a fiz tia porque pelos que velodçs na serie jalais seria mãe.
Agora os detalhes, a Bruxa Roxa é original e não Acho que o Rassi faça sexo kkkk muito assexuais os senhores do tempo, mas queria enriquecer o universo e amei a personagem. Bem semelhante a Caipora, não? Quis referenciar. Minha avó contava que meu avô quando ia caçar levava fumo de corda, pra oferecer a Caipora, pois assim se conseguiria caça e não se perderia. E quando ele e o irmão não levavam, não matavam nada… uau.
As descrições e animais de Gallifrey também inventei, porque quase não sabemos nada sobre, mas tendo aquela vibe fantasiosa fez todo sentido aqui. Tem um livro chamado Gallifrey Chronicles, e ele que descreve melhor o planeta em imagino, só não li ainda porque nem no Brasil chegou.
E imagina Idris Elba nesse cenário e fazendo tudo isso ai! Seria demais.
Ushas é um dos nomes por qual a Rani é conhecida, e Sontari-3 é invenção minha. Santore é do Russell e é citado na terceira temporada.
Os cubos estases são lá do especial de 50 anos, e o especial é sobre o fim da guerra.
O Vagante já foi explicado anteriormente. E também amei a versão senhora Rani no começo do capítulo, a Rani War, e como aquele mundo de "fantasmas" colaborou pra criar o novo Rani. imagina o Doctor War e a Rani War. Brilhante!
Enfim, muita empolgação e próximo capítulo temos já a Doutora e seus amigos novamente. NEXT TIME… Gênesis de Nova Gally parte 2



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