Lago dos cisnes escrita por laurenjaureguiiii


Capítulo 9
O Conde




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Depois de algumas horas, Siegfried acordou na cama real do castelo de Tinibris, o reino que fazia fronteira com Label e perto de uma vila e de uma imensa floresta, ele se levantou se lembrando de tudo, pensava que tudo aquilo havia sido um sonho, mas não.

Ele olhou pra cama e viu uma linda mulher nua olhando pra ele com uma cara de deboche e fazendo uma pose na qual apoiava o braço na cama que segurava sua cabeça enquanto a mesma deitava de lado, ela era idêntica à Odette, mas havia algo nela, o olhar, o jeito, aquela não poderia ser Odette por mais idêntica que fosse, Odette era delicada, doce, gentil, tímida, não poderia ser aquela linda mulher na qual ele havia acabado de transar.

—Você não é a Odette - ele falou.

—Não, não sou, sou mais bonita na verdade - ela disse sorrindo em um tom de deboche.

—Quem é você? - ele perguntou.

—A pessoa que te fez gozar em minutos - ela respondeu ainda despreocupada.

—Estou falando sério, me diga quem é agora ou....

—Ou? - ela perguntou olhando pra ele como se estivesse zombando dele.

Derrepente a ficha havia caído, ele estava em Tinibris, aquela mulher era jovem e aparentava ser uma princesa, mas até onde ele sabia não havia nenhuma princesa em Tinibris, apenas uma rainha levando em conta que o rei havia falecido há anos, ele nunca soube o nome da rainha.

—Vou facilitar pra você, deixa eu te explicar o que aconteceu, você invadiu o castelo de Tinibris em busca do "terrível bruxo" Rothbart, como vocês chamam e acabou dormindo com a filha dele que "por acaso" é a rainha de Tinibris - Odile explicou.

—O que você fez? - o príncipe perguntou.

—Eu não fiz nada, "sua alteza" foi você que fez - ela disse e olhou pro enorme chupão em seu pescoço. - Isso vai dar um bom trabalho pra esconder, sabia? - perguntou a rainha.

—Aonde ele está?! - perguntou o príncipe furioso, segurando ela pelo braço a levantando.

—Ora ora e me disseram que você era um cavalheiro - ela debochou.

Ele soltou o braço dela.

—Diga-me - falou Siegfried.

—Você acha...que se eu soubesse aonde meu pai está nesse momento ele ainda estaria vivo? - perguntou Odile andando ao redor dele

—Então você não sabe aonde ele esta? - ele perguntou, ele se esforçava muito pra esconder o desejo ardente pela mulher que o olhava perto com um sorriso malicioso.

—Não, "alteza", não sei aonde ele está -  mentiu a rainha.

—Se eu souber que está mentindo eu te mato - falou Siegfried.

—Você  não conseguiria, vai por mim - falou ela sorrindo maldosamente, até assim ela era sexy, mais sexy do que nunca.

Siegfried que havia acabado de se vestir pegou sua espada e foi embora dali.

Odile soltou uma risada e bebeu um gole do champanhe que estava em seu quarto.

Na vila, Luna e William treinavam mais uma vez, William continuava errando a mira com as flechas mas estava começando a melhorar.

—Está indo muito bem, tô impressionada - Luna elogiou.

—Não acho, sinceramente não sei se realmente levo jeito pra arco e flecha, já lutou com espada? Eu me dou bem melhor com a espada - William disse.

—Sério? Eu pensei que você fosse um camponês - Luna disse.

—Camponeses também sabem lutar, senhorita durona, a pessoa não precisa ter sido treinada pra conseguir, quer ver, podemos lutar agora mesmo - William falou.

—Está bem, como queira - ela concordou.

Ele pegou duas espadas e deu uma pra Luna.

—Um...dois... três - William disse.

O homem mal teve chance de lutar, Luna conseguiu derrubar sua espada e o derrubar no chão apontando a espada pra ele enquanto dava um pequeno sorriso.

—Você nunca me disse que sabia lutar com espada - William falou.

—Eu nunca disse que não sabia - Luna disse e depois ajudou ele a levantar.

Eles lutaram mais vezes, mas Luna ganha todas na hora até William desistir.

—Ok, você vençeu - ele falou ofegando.

Luna deu um pequeno sorriso satisfeito.

—Escuta...seu noivo, eu reparei que ele não gosta muito de mim, ele é muito ciumento? - perguntou William.

—Na verdade não, ele não costumava ser assim, eu não sei o que aconteceu - Luna respondeu.

—Mas mesmo assim, você parece bem nervosa e aflita em relação à ele - William comentou.

—Sim, aconteceu um problema, eu ainda não contei pra ele, pois não acho que isso vai se realizar - explicou a guerreira.

—Isso o que? - ele perguntou.

Luna não iria contar, mas olhou nos olhos dele e simplesmente sentiu ou pelo menos queria sentir que poderia confiar nele, ela não sabia o que era mas William causava alguma sensação nela, alguma coisa nele mexia com ela e ela não sabia o que.

—Eu visitei um vidente e ele me falou algo que eu nunca esperava ouvir - Luna falou, mas William já sabia dessa história, só não sabia que profecia era aquela.

—E o que foi que ele falou? - perguntou o homem.

Luna se lembrava de cada palavra, só de lembrar daquilo seu coração disparava e ela ficava novamente estressada e preocupada, queria muito que fosse mentira, se recusava a acreditar na possibilidade de se apaixonar por outra pessoa que não fosse Phillipe, o homem que havia crescido com ela e que ela amava desde criança.

—Quer saber? Não importa, não vai acontecer - disse a arqueira.

William ficou calado.

—Quer voltar a treinar com o arco? - sugeriu ela.

—Claro - ele falou e os dois voltaram a treinar.

No castelo, Odile estava presente em seu quarto olhando pra janela presa em seus próprios pensamentos.

—Majestade?  - chamou o guarda Blat.

—Pois não, Blat? - ela perguntou.

—Perdoe-me o incomodo, mas o conde Raphael veio lhe fazer uma visita.

—Mande-o entrar - ordenou ela.

—Com licença - Blat falou e segundos depois, apareceu Raphael.

Raphael era um homem, alto e musculoso, tinha o cabelo ondulado e castanho e seus olhos eram castanhos escuro, apesar de seus músculos seu rosto era ossudo, ele era mais charmoso do que bonito, ele sempre havia sido um aliado da rainha fazendo de tudo pra impressionar ela, ajudando-a em seus planos e às vezes mantendo relações sexuais com ela.

—Ora ora, que surpresa - disse Odile sorrindo.

—Resolvi fazer uma visita para sua majestade, soube que está à procura da pedra de âmbar secreta - falou ele.

—Talvez - ela disse, ela gostava de fazer mistério para o conde.

—Talvez eu possa ajuda-lá - Raphael ofereceu.

—Sim, talvez você possa, não me distraindo - falou a rainha enquanto caminhava lentamente ao redor de seu quarto.

—Odile por favor, já passamos por isso, devo lembra-lá das vezes que eu livrei seus problemas e com muita rapidez por sinal, eu a ajudei em seus planos, eu lhe dei tudo o que precisava e daria mais - Raphael falou.

Ela chegou perto dele dando um pequeno sorriso maléfico.

—Ainda é majestade pra você - disse a rainha pegando nas bochechas dele com uma mão e as soltando com violência.

—Eu ainda vou provar que sou digno de você - Raphael disse.

—Raphael... por favor, olhe pra você  e olhe pra mim... a única razão de você ter me ajudado é porque eu te fiz, você não seria nada se não fosse por mim, ou será que está esquecido? - perguntou Odile.

—Espere só pra ver - foi tudo o que ele quis dizer antes de deixar o quarto.

Flashback on

Um mês havia se passado, Odile continuava enganando seu pai e o seu marido, o rei Léon III, se encontrava com Peter às escondidas o tempo todo cada vez mais apaixonada por ele, naquela noite, eles estavam em um quarto onde ficava o material de limpeza quando um guarda, Marlon Brunet, apareceu lá.

O jovem casal de adolescentes tomou um susto.

—Majestade? - perguntou Brunet.

—Sim...Brunet - Odile disse nervosa.

—Deseja alguma coisa? - Brunet perguntou estranhando.

—Ah não, o soldado Brun estava apenas me acompanhando pra se certificar de minha segurança no meio da noite - mentiu Odile.

—Mas é claro, qualquer coisa que precisar pode falar majestade, com licença - Brunet pediu e deixou o local.

Odile e Peter olharam um pro outro, eles riram e depois ela se jogou nele pra eles voltarem a se beijar.

—Quero te levar para um lugar magnífico - falou Peter.

—Não sei se é uma boa ideia, tem um monte de guardas aqui - Odile falou.

—Confie em mim, vai dar certo, nós conseguimos, vem - ele disse e pegou a mão dela, os dois conseguiram despistar os guardas e foram pra fora do castelo até chegarem em um campo sem nada além de grama e o céu estrelado.

—Deita aqui - disse Peter e os dois deitaram no chão olhando as estrelas.

—Não é lindo? - ele perguntou.

—Talvez a coisa mais linda que eu tenha visto, além de você é claro - Odile falou.

—Então obviamente não se olhou no espelho - Peter disse.

Odile riu e beijou ele ali, os dois se beijaram deitados até o beijo começar a ficar mais intenso e cheio de paixão, Peter colocou a mão em suas coxas.

—Me desculpa - ele falou logo após o ato.

—Não precisa pedir desculpa, eu quero isso, eu juro - ela disse.

—Tem certeza? - perguntou Peter.

—Nunca tive tanta certeza na minha vida - respondeu Odile.

Ele voltou a beija-lá intensamente até tirar com delicadeza suas roupas, tudo aconteceu com paixão, delicadeza e amor, Odile teria provavelmente ferido ele levando em conta que passaria por uma perda de controle caso transasse, mas aquilo não aconteceu, estar com Peter não o levou a transformação violenta e sim o contrário, ele a ajudava a controlar sua transformação.

Flashback off

Odile se transformou em cisne negro e foi novamente em busca do segundo ingrediente, não seria fácil, mas ela conseguiria realizar o seu plano e ninguém iria impedi-lá

 


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