Lumos Solem escrita por Noderah


Capítulo 30
Capítulo XXVIII




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Sirius apagou as luzes com um feitiço e fechou a cortina ao redor da cama depois dos dois conversarem mais um pouco, Pasca já parecia sonolenta, mas com o apagar das luzes, veio a adrenalina.

— Sirius, não consigo dormir! - Ela disse de conchinha com ele.

— Por que não? - Sua voz era sonolenta.

— Não sei, tá muito quente aqui e eu tô pensando em várias coisas.

— Já sei o que vai te distrair… - A voz era rouca agora, o que arrepiou todos os pelos de seu corpo.

Sirius pareceu perceber o efeito, porque a voz rouca riu.

— Vem aqui.

Ele a virou e segurou seu queixo com precisão e delicadeza.

— Você está enxergando? - Ela perguntou em meio ao breu.

— Um outro ponto positivo da transformação em animago. Deixa alguns resquícios. - Disse baixo.

Pasca revirou os olhos com um sorrisinho.

— Eu vi isso. - Ele disse.

Ela só conseguia escutar sua voz e sentir a mão dele em seu queixo e a outra em suas costas por cima do suéter. A sensação era interessante, ele parecia saber exatamente o que estava fazendo e sua segurança a atraía mais ainda.

Pasca levou seus lábios até os de Sirius, e deslizou sua língua ao redor dos lábios dele. Eles estavam perto o suficiente e o silêncio era grande para ela escutar o som que sua garganta fez. Sua boca estava gelada e a dele quente.

Sirius prosseguiu calmamente, mas quando a mão dela puxou seu moletom em sua direção, o controle cedeu. Um grunhido mais alto saiu de sua garganta e ele a girou na cama, pairando por cima, sem colocar seu corpo contra o dela.

Pasca arfou contra seus lábios, mais de ansiedade do que de surpresa. O coração pulava quase dolorosamente contra suas costelas e pareceu parar quando uma das mãos de Sirius veio ao queixo dela, levantando-o, para que os lábios dele tocassem seu pescoço. Pasca exalou e soltou um gemido com o contato da língua de Sirius contra a pele exposta.

— Você vai ter um ataque cardíaco se não se acalmar, Pasca. - Sirius murmurou com a voz rouca contra sua garganta, a verdade é que ela quase conseguia o escutar o ritmo cardíaco dele também. - Sinto seu coração bater bem aqui. - Ele esfregou os lábios contra uma área lateral.

Não é necessário dizer que o rosto dela estava quente, assim como todas as áreas do corpo.

— Como você consegue se controlar assim? - Ela murmurou, os lábios dele sentiam o vibrar de suas cordas vocais.

— Hum, você não sabe o controle que você exigiu de mim na Sala Precisa aquela vez que nos beijamos. - Ele disse enviando arrepios propositais pelo corpo dela.

Sirius beijou o pescoço dela, Pasca expôs mais o pescoço, gemendo em resposta e cobrindo os olhos com a palma. Ele soltou uma risada rouca.

— Não precisa ter vergonha das suas reações. - Disse tirando a mão dela do rosto.

Seus lábios voltaram para os dela e o beijo foi mais calmo dessa vez, com Sirius segurando um dos pulsos de Pasca, dois dedos em cima da veia principal. Ela bufou, se separando dele e o empurrando para o lado, de forma mais segura do que se sentia, passou uma das pernas ao redor de sua cintura e se apoiou nos cotovelos, sem ceder o corpo totalmente.

— O controle fica mais difícil assim. - Ele disse rindo de si mesmo.

— Você vai se esforçar.

Ela abaixou o rosto, beijando-o com menos calma. Sirius seguiu seu comando de forma obediente, suas mãos ultrapassaram o suéter grosso e entraram em contato com a pele quente. Os dedos eram longos e exploraram rapidamente toda a extensão e a empurraram contra ele, seus cotovelos cederam e seu peito encontrou o dele, assim como sua virilha encontrou sua ereção.

Os dois gemeram agradavelmente um contra os lábios do outro. Os dedos de Sirius começaram a passear pela cintura de Pasca, uma das mãos subindo, contornando suas costelas, o beijo voltou a ser controlado. Todos os pelos dela estavam arrepiados e em seu estômago havia a sensação de borboletas voando por todos os lados.

— Você parece distraída o suficiente da sua cabeça para poder dormir agora. - Sirius disse sobrando as pernas, de forma que Pasca estava sentada sobre as pernas dele, não mais em seu colo.

— E com mais calor. - Ela disse.

Sirius, delicadamente, a tirou de cima dele e levantou-se da cama. Pasca permaneceu no breu por um curto instante, até ele voltar com uma camisa de manga.

— Vira para lá. - Pasca apontou para a cabeceira da cama, lembrando da visão ótima de Sirius.

Ele obedeceu e ela virou-se de costas para ele. Rapidamente tirou o suéter e substituiu-o pela camisa de algodão.

Pasca deitou-se na cama e ele a imitou. Naquela noite, nenhum dos dois sabe como conseguiram dormir. A adrenalina de Pasca havia passado, e com isso veio o cansaço, que venceu a excitação.



No dia seguinte, Sirius amanheceu completamente sozinho. E atrasado para as aulas. Ele chegou na aula de Transformação vestindo a capa do uniforme.

— Ah, Sr. Black, que bom que nos agraciou com sua presença hoje! - Professora McGonnagal disse após girar em seus calcanhares para olhar para a porta.

— Desculpe, professora. - Sirius disse correndo para sentar-se ao lado de James, que parecia recém acordado de um cochilo contra a mesa.

McGonagall suspirou e continuou a aula.

— Você está péssimo. - Sirius sussurrou para James.

— Você… parece que teve uma ótima noite. - James disse.

O cabelo de Potter parecia completamente fora do controle, até seu óculos estava torto.

— A noite pode até ter sido. A manhã… nem tanto. - Disse bufando.

— Se acertaram? - Perguntou.

— Não sei se completamente… Mas com certeza estamos em um pé melhor.

Sirius resumiu a noite passada e contou que acordou atrasado e ela não estava no quarto. Os dois olharam para onde Pasca estava sentada. Seu cabelo estava reunido em um coque no alto da cabeça, alguns cachos loiros caíam pelo pescoço.

Sirius não disse nada enquanto puxava Pasca pelo cotovelo ao final da aula. Ela tentou protestar contra seu avanço, mas Black ignorou, fechando a porta de uma sala gêmea a que estavam.

Ele colocou as costas contra a porta e empertigou-se para olhar Pasca, sua sobrancelha direita levantada.

— O que foi isso? - Pasca perguntou arfando com a mão no peito.

— Parecia o único jeito de fazer você falar comigo. - Disse enquanto dava um passo na direção dela.

— Como assim? Você nem tentou outros. - Pasca deu um passo para trás.

— Por que não me acordou para a aula hoje? - Outro passo de Sirius.

— Acordei cedo, fui tomar um banho. - Passo para trás.

— Está chateada com algo. - Mais um passo.

— Não me conhece o suficiente para saber isso. - Passo para trás.

— O suficiente. - Passo para frente.

As costas de Pasca esbarraram contra uma cadeira e logo as mãos de Sirius estavam ao redor de sua cintura.

— Por que não me chamou? - Ele perguntou em quando a mão direita subia pelas costas dela, ele conseguia sentir uma blusa fina, que ela usava por baixo do suéter.

— Para onde? - Ela apoiou suas mãos na cadeira às suas costas.

— Para o banho. - Ele disse puxando-a para perto, o cheiro dela era intoxicante, seu pescoço estava exposto para ele.

Pasca não disse nada, Sirius arriscou olhar para seu rosto. Seus olhos estavam fechados, os lábios entreabertos, um leve corar brincava em suas bochechas. Ele se afastou.

— Por que está chateada comigo? - Sirius perguntou virando-se de costas, como se algo na sala pudesse chamar mais sua atenção do que ela.

Ele escutou quando ela bateu novamente contra a cadeira, desequilibrando-se.

— Você não ter confiado em mim deixou-me chateada.

— Não era um segredo só meu. - Sirius disse virando-se de volta para ela.

— É só por isso? - Ela retrucou automaticamente.

Sirius perdeu o timing, demorando demais para responder, virou-se para encontrar o rosto dela em vitória, ela sabia que tinha algo mais.

— Não é nada com você. - Ele disse.

Ela revirou os olhos. Sirius suspirou.

— Não pode acreditar em mim?

— Como você acreditou em mim?

Os lábios de Sirius afinaram-se um contra o outro, ela tinha todas as respostas.

— Eu te vejo mais tarde. - Ele disse e se afastou em direção à porta.

Escutou os passos de Pasca, mas ela parece ter desistido de insistir.


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Notas finais do capítulo

Odeio escrever D.R.

Até domingo!



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