Lumos Solem escrita por Noderah


Capítulo 18
Capítulo XVIII


Notas iniciais do capítulo

Eu adorei escrever umas passagens desse capítulo! Ele foi revisado de forma meio corrida para poder sair hoje, desculpem o horário! Aproveitem ♥



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Pasca poderia usar durante o dia inteiro os tais óculos escuros dos trouxas que uma de suas colegas de quarto nascida trouxa havia trazido para Hogwarts este ano. Sua cabeça latejava da noite passada e embaixo de seus olhos havia bolsas negras.

— E aí? Como foi o final da sua noite com Sirius? - Rachel perguntou enquanto sentava-se na frente de Pasca, juntamente a Pyrites e Torry.

Torry era a única tão destruída quanto Pasca. Pyrites e Rachel, rebeldes, estavam ótimos apesar de beberem tanto quanto elas.

— Nossa, Pasca, aprenda a beber. - Pyrites disse ao se sentar.

— … Seu rim irá cobrar no futuro, Pyrites, e você vai querer o meu. E eu não darei. - Pasca disse de forma sombria enquanto colocava mel no waffle.

— Tá, chega disso. Falemos do que importa. - Rachel disse de forma pomposa apontando a varinha para o rosto de Pasca e recitando uma longa encantação que tornou os olhos de Pasca normais novamente.

— Obrigada por isso. - A amiga disse.

Rachel assentiu com a cabeça.

— Bom… - As bochechas de Pasca adquiriram uma coloração rosada. - Deixamos Pettigrew na cama e não me lembro de muito mais… Sei que não fizemos nada. - Pasca interrompeu antes dos três ficarem animados.

— Nem um beijinho? - Pyrites perguntou fazendo biquinho.

— Ela lembraria disso. - Torry falou pela primeira vez naquele dia enquanto se servia de café da mesa da Lufa-Lufa, um garoto havia lhe passado açúcar com um sorriso no rosto.

— Faz sentido. - A outra garota disse.

— Bom, acordei antes deles e percebi que estava com esse medalhão. - Pasca mostrou o colar novo para os amigos.

A corrente era longa, ia até perto de seu umbigo, na ponta o medalhão pendia. Ele era inteiramente metálico e no centro constava uma parte inteiramente lisa e refletiva, ao redor do centro havia centenas de runas inscritas e quase apagadas. As duas faces do medalhão eram iguais.

Pasca havia analisado o presente por minutos, mas ainda não sabia para o que servia, só sabia que não era apenas decorativo.

Torry aproximou-se do colar e observou as runas, o que comentou. A colega de Pasca que dividia mesa com ela na próxima aula a chamou.

No caminho para a sala, Sirius a alcançou. Ele reparou que hoje seu cabelo não estava preso em um coque alto e sim em um longo rabo de cavalo.

— Oi.

— Oi. Pode ir na frente, Christie, te encontro lá.

— Posso te acompanhar até a sala?

Eles se puseram a caminhar lado a lado.

— Sirius… Não lembro de ontem a noite. - Pasca comentou depois de eles ficarem em silêncio.

O garoto deu um sorriso dolorido antes de falar: - Imaginei isso. Eu não fiz nada com você, se é isso que está perguntando.

— Disso eu sei! - Pasca soou ofendida por ele achar que ela pensara nisso.

— Ótimo. - Ele sorriu de verdade. - Você disse que tudo bem se dividissemos a cama, se bem que pensando melhor… Não sei se devia ter acreditado…

— Não, tudo bem! - Ela reassegurou rápido demais.

— Pensei que não lembrasse. - Sirius apoiou-se ao lado da porta da sala de Pasca.

— Tenho certeza que foi… legal. - Ela disse sem encará-lo.

— Odeio quando você usa essa palavra. Sabe caracterizar melhor do que isso. - Disse Sirius de forma provocativa em voz baixa, o tom lembrou Pasca de algo da noite passada.

— Qual palavra você gostaria de usar? - Pasca perguntou de forma incomumente provocativa.

As bochechas de Sirius coraram um pouco e ele desviou o olhar para o corredor, notando uma menina pequena e curvilínea.

— Bom dia, Charlotte. - Sirius disse.

— Pasca virou-se na direção da garota, seu rosto corou violentamente e embranqueceu logo depois, o que Sirius notou.

— Está tudo bem? - Ele virou-se de volta para Pasca.

— Preciso entrar.

Sirius observou com curiosidade Pasca entrar na sala com pouca calma. E observou com mais curiosidade ainda como Vane havia sumido rápido da esquina do corredor.

Sirius Black caminhou confuso na direção do banco substituto invernal da árvore do jardim, onde os marotos sempre se sentavam. No meio tempo, ele esbarrou em um cara magricela. O garoto se desculpou e lhe entregou seu livro, o qual o primeiro havia deixado cair, tudo sem olhar para ele.

— Cara, que hipogrifo te mordeu? - James perguntou quando o amigo chegou até eles. - Você esbarrou no Snape e foi… legal com ele. Perdeu uma baita de uma oportunidade.

James estava sentado no banco, um pomo de ouro entre seus dedos por tempo breve. Ele o soltava e o pegava no ar antes que pudesse fugir. Peter estava sentado ao lado de James e Lupin permanecia em pé, apoiado na parede com um livro nas mãos.

— Estou pensando em uma coisa. - Sirius falou de forma distante.

— Bem, compartilhe. - Peter disse.

— Onde está Lily? - Sirius perguntou.

— Mané, você nunca vai decorar nossos horários? - James revirou os olhos. - Ela está em aula.

— Eu não decoro os meus. - Sirius disse levantando a manga do suéter, mostrando uma tatuagem temporária de seu horário escolar.

James assentiu - Por que precisa de Lil?

— É um problema de garota.

— Nós somos bons com garotas. - James disse parando de arremessar o pomo de ouro para o alto.

O amigo olhou para Lupin e Peter e logo reiterou.

— Bom, eu sou bom com garotas. - James disse.

Remo revirou os olhos e Pettigrew exclamou um “ei!”.

— Não, não. Não melhor do que eu. - Sirius disparou um sorriso convencido.

— Além do mais, - Sirius falou - Tem que ser a Lily porque ela conhece muitas meninas.

James foi convencido com aquele argumento e os garotos procederam a conversar sobre as besteiras de sempre. Volta e meia Lupin lia parte de alguma reportagem terrível do Profeta Diário sobre algum Comensal da Morte torturando pessoas ou famílias fugindo de casa, deixando móveis e vidas para trás.

O dia continuou normal para Sirius, agitado para a maior parte dos alunos do ano deles, pois as provas começariam na semana que vem. Durante o jantar, os marotos e Lily suspiraram pela chegada do final de semana.

— Lily! Preciso te perguntar uma coisa! - Sirius disse agitado na frente do bolo de carne.

— Sim, Sirius? - Ela disse distraidamente.

— Vane. O que tem com ela?

James, Peter e Lupin, os três fofoqueiros, pareciam tão atentos a conversa quanto Sirius.

— Bom, ela é muito agressiva, né. E é chefe do seu fã clube.

Sirius revirou os olhos com o termo que ela usara para chamar as meninas que o perseguiam.

— Disso eu sei, mas você escutou alguma coisa sobre ela envolvendo Pasca?

Lily franziu a testa, achando a pergunta estranha e depois realizando o que Sirius estava pensando.

— Você acha que a líder do seu fã clube e a sua futura namorada estão tendo atritos.

Sirius virou o rosto para a jarra de água a sua direita, evitando o olhar dos amigos em cima de suas bochechas quentes.

— Não é bem assim. - Ele disse e pôs-se a contar do encontro mais cedo com as duas.

— Hummm. - James murmurou.

Enquanto os amigos discutiam sobre o que aquilo significava - entre as teorias o ciúmes de Vane estava ganhando -, Lupin enterrava sua cabeça cada vez mais dentro do prato com pernil, sabendo o atrito entre a lufana e a grifinória.

No final do jantar, o garoto alcançou Pasca, que conversava com Torry.

— Você precisa contar para Sirius o que aconteceu entre você e Vane.

Pasca fez uma careta antes de responder.

— Ele realmente precisa saber?

— Seria bom, sim.

Pasca assentiu desanimada com a cabeça. Ela seguiu para o Salão Comunal da Lufa-Lufa, perto da cozinha. Ela decidira que hoje não iria estudar, iria tirar apenas essa noite só para ela e assim que deitou-se na cama macia e quentinha, apagou. Teve sonhos cobertos de sombras com corpos quentes e definidos.

Sirius também havia sonhado com ela. Seus sonhos começaram mais tarde, mas foram embalados pelo cheiro de Pasca no travesseiro do garoto. Ele acordou sentindo-se descansado e feliz, além de com vontade de falar com ela. O que ela fez mais tarde.


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Notas finais do capítulo

Comenteeem! Como acham que vai ser a conversa da Pasca e Sirius?



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