Legacies Season 2 escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 7
A Escola Salvatore




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P.O.V. Louis.

Todas essas pessoas, essas crianças dotadas. Mas, para todos os efeitos era uma escola. Uma escola com livros flutuantes, cercada por uma barreira mística.

—Então, quais são as novidades?

—Você se lembra de mim?

—É claro que eu lembro de você. Como eu poderia esquecer?

Ela falou para o pai que pulou num poço que na verdade era um Golem e pai do seu namorado que não se lembrava de sua existência. Então, para todos os efeitos ela havia sido completamente esquecida por seus amigos.

—Depois que eu saí do poço, percebi que estar sozinha é uma droga. O quanto senti falta dos meus amigos, das pessoas que se importavam comigo. Acho que eu precisava daquilo. Ficar completamente sozinha por tempo indeterminado num buraco que era basicamente o inferno.

—Eu sempre vou estar aqui por você, querida.

—É. Mas, agora eu quero que você pense em você.

—Eu pensei em mim e somente em mim por mil anos.

—Mas, as coisas estão diferentes agora, não estão? Você não pensa mais só em você e se tem alguém que depois de tudo merece ser feliz é você, pai. Só... tente não matar mais ninguém. Pense antes de fazer. Te amo pai.

—Também te amo querida.

Eles se abraçaram. E era verdade, ninguém parecia lembrar dela.

Apenas o pai.

P.O.V. Caroline.

É estranho pensar no Klaus pirado Mikaelson como o pai de alguém, mas pela interação entre eles, ele parecia um bom pai.

—Vou querer saber o que está pensando, amor?

—Nunca em um milhão de anos conseguiria imaginar você sendo pai de alguém.

Ele riu.

—Ainda não acredito que uma das minhas alunas se atirou dentro dum poço da perdição e ninguém fez nada para impedir.

—Esta é a prova de que você não se lembra dela. Ela é tão teimosa quanto o pai.

—É. Admito, você é um gênio. Você sempre foi um gênio. Suponho que, o problema era que o Mikael era burro. O que você tinha de inteligência, pra ele faltava. Acho que foi ai que deu tiu-tiu.

—Então, sou um gênio?

—Um cabra da peste. Sempre passava a perna na gente. Nós bolávamos um plano genial, mas você passava rasteira na gente toda vez. Ai que ódio, mas aprendi a te respeitar por isso.

P.O.V. Klaus.

Era divertido ouvir ela falar aquilo.

—Ainda não acredito que chamou Mikael de burro.

—Ele era burro. Mas, eu nunca que ia falar isso na frente dele. Era um homem ignorante, bruto, estúpido. O que tinha de força faltava de massa encefálica. Como é que a sua mãe casou com ele? Porque? Nem bonito ele não era. Ela casou com ele na força?

—Não. Ela o escolheu.

—Esther também era burra, não espera. A inteligência você herdou dela, a mulher era genial, mas era doida de pedra. Talvez ela devesse ir na terapia. Não me leve a mal não, mas estou feliz que ela se foi.

—Eu também.

—Ela era sua mãe.

—Era uma mãe horrível.

—Mas, era sua mãe. E apesar de tudo, admito que ela conseguiu parir filhos bonitos. 

—Filhos bonitos?

—E não? Parece tudo galã de novela. Só que o tiu-tiu no cérebro é hereditário. Mas, estou feliz que você parece feliz. Sempre soube que você era bom.

—Acha que o Elijah tem... como você chama, tiu-tiu no cérebro?

—Tá brincando?! Ele é o mais fodido de todos! Espero que ele não tenha me ouvido, mas acho que o Elijah sofre de algum tipo de transtorno de dupla personalidade. Talvez, bipolaridade. É dele que eu tenho mais medo.

P.O.V. Elijah.

Sempre apreciei a Caroline por sua honestidade. Ela acredita que sou bipolar.

—Porque você temeria Elijah mais do que a mim?

—Precisa mesmo perguntar? Você é... tem problemas com a raiva e admite isso, mas o Elijah? Misericórdia!

Foi engraçado vê-la fazer o sinal da cruz e se benzer.

—Ele com os terninhos engomadinhos, as roupinhas chiques, tá sempre com boa postura, sempre arrumadinho chega fazendo promessa, fazendo acordos, prometendo paz, mas ai... bum! Ele surta e tá mantando a geral. Arranca os corações, as cabeças e ai... simplesmente arruma os botões da camisa. Acho que ele precisa de mais ajuda do que você. Ele dedicou tanto tempo a ter certeza de que você estava bem, redimido e tal que não se permitia sentir eu acho. Agora, que o Niklaus já não tá mais possuído pelo capiroto, é a vez dele se sentir mal.

—Possuído pelo capiroto.

—Se acha engraçado? Como se sentia quando Mikael ameaçava você? Agora imagina um Mikael dois ponto zero.

—Nunca quis ser como ele. Eu o desprezava.

—Acho que até recentemente, apesar de você alegar que o desprezava, você embaixo de toda aquela pose de malvado ainda era só aquele garotinho que queria que o pai o amasse.

—Desde quando virou psicóloga?

—Ser a mãe da Lizzie Saltzman me fez ter que ser uma ávida estudante de Freud e Jung e um monte de outros pais da psicanálise.

—Que eu saiba o Freud é o pai da psicanálise.

—Tanto faz, já li tantos livros, já fui á tantos terapeutas diferentes que eu praticamente tirei diploma. A Josie também. Você teve uma só. Pra mim foi dose dupla. Uma que se acha o centro do universo e a outra que se acha um grão de areia. Mas, não trocaria por nada.

—Nem eu.

Um aluno veio correndo.

—Temos um problema de briga.

—Uma briga?

P.O.V. Caroline.

Quando eu cheguei lá... 

—Minha nossa senhora de Misericórdia!

—Ajuda Diretora Forbes!

—E quer que eu faça o que? Cutuque o lobisomem com a vara? Eu já volto.

Dois alunos lobisomens transformados brigando e destruindo a sala de estar. Então era hora da arma secreta.

Fui até o meu escritório, abri a gaveta coloquei os meus protetores de ouvido e peguei a minha arma secreta. Os dois rosnavam e rolavam e quebravam a mobilha.

—Parem com isso! Ei, dispersem!

Eles não me ouviram.

—É. Eu tentei do jeito fácil.

Ai eu toquei a buzina e eles dispersaram.

P.O.V. Klaus.

De repente, todos os alunos taparam os ouvidos. Eu não entendi o que estava acontecendo já que não estava ouvindo nada, mas desejei ter tapado quando ouvi aquela buzina. Aquilo me deixou atordoado. Era uma daquelas buzinas de ar.

—Quem foi o idiota que tocou essa maldita buzina?!

—A Diretora Forbes. Ela usa para dispersar brigas que fogem do controle. Especialmente de lobisomens.

—Porque a Caroline tocaria uma corneta?

Ela veio naquele terninho e tirou dois protetores de ouvido de dentro das orelhas.

—O que era pra eu fazer? Me meter no meio e morrer? A buzina é mais segura e mais eficiente.

—Talvez devêssemos usar tranquilizantes Caroline.

—Não. Já tentamos Rick. A buzina é mais eficiente. Eles associam a briga com o barulho ensurdecedor.

—É crueldade Caroline.

—Não disse que não era. Tentamos outros métodos Rick, tranquilizante e eles quase arrancaram sua cabeça. Conversar e eles quase arrancaram a minha cabeça. Isso, até eu arrumar a minha buzina na lojinha de um e noventa e nove. O nível de brigas diminuiu drasticamente. Lobos, vampiros, vampiros e lobos, bruxas. Eu toco a buzina e pronto. Eles dispersa.

Alaric não disse nada ele apenas, moveu a cabeça em sinal de negação.

—Tínhamos que deixar que se resolvessem sozinhos Caroline.

—Não dava pra se resolver aqui fora?! E o que aconteceu com a minha louça, aquela pintada á mão que eu guardava no armário?

—Foi uma das crises da Lizzie.

—A minha louça? Aquela lá era chique! A com as florzinha... ai, Lizzie.

—Ei mãe.

—Elizabeth, amor... acabo de saber que aquela louça, de florzinha que eu ganhei no meu enxoval de casamento...

—Desculpe mãe.

—Bom, agora é só caco né minha filha? Olha eu sei, sobre o seu problema e é preferível que quebre louças do que o pescoço de alguém, mas a minha louça de florzinha! Aquela era porcelana Elizabeth! Era uma antiguidade, estava família Salvatore á gerações. Desde que a mãe do Stefan estava viva! Ai, eu tenho que me sentar.

Caroline sentou no banco e começou a chorar.

—Tudo isso por causa de louças de florzinha?

—Não! É por causa da fusão. Tentei tudo, fui até a China literalmente para impedir esse ritual idiota e fracassei. Um dos gêmeos sempre morre quando acaba o processo. Vou perder uma das minhas filhas. Eu fracassei. Sou uma mãe horrível. Uma pessoa desprezível.

—Você não é uma mãe horrível ou uma pessoa desprezível. É uma das melhores pessoas que já conheci.

—Acho que o Klaus Mikaelson foi abduzido e botaram um clone no lugar.

Eu ri.

—Oh, eu ainda continuo sendo eu, amor.

P.O.V. Lizzie.

Mamãe descobriu sobre a louça e ela ficou pistola.

—Eram só xícaras. Ela não precisava chorar por causa...

—Ela não está chorando pela louça! Ela está chorando por nossa causa. Por causa da fusão. Se sente culpada.

—Não tinha nada o que ela pudesse fazer.

—Mas, ela tentou. Não quer que nenhuma de nós morra.


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