Legacies Season 2 escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 31
Heaven Mikaelson Kirby




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P.O.V. Heaven.

Eu sou Heaven Mikaelson Kirby, um ser sobrenatural meio vampiro, meio lobisomem, meio bruxa, meio Fênix com uma irmã gêmea não tão idêntica. Na verdade, Hayley e eu de idênticas não temos nada. Eu sou loira de olhos azuis e a Hayley morena de olhos castanhos.

Sou mais parecida com a minha mãe. Passei a maior parte da minha vida como estudante na Escola Salvatore, mas agora eu tenho um emprego. Trabalho numa loja de discos de vinil, tenho uma motocicleta e não uma daquelas Biz. Não, eu tenho uma grande Kawazaki. Gosto de calças e jaquetas de couro, botas e essas coisas.

A Hayley no entanto já gosta mais de roupas floridas. Enquanto estava trancando a loja já do lado de fora eu vi um casal se beijando e senti inveja deles. 

Gosto muito de fotografia, gosto de fotos preto e branco. Eu sei, das antigas. Acho que é o que eu ganho tendo uma família de vampiros com nada mais, nada menos que mil anos de idade.

Se eu ao menos soubesse na roubada que ia me meter, talvez tivesse tomado um caminho diferente naquela noite. Fui ao hospital coletar o sangue que os médicos nos fornecem e no caminho de volta pra casa, fui atacada por membros de alguma gangue.

Eles tinham tatuagens esquisitas no pescoço das quais eu tirei fotos. Já estavam inconscientes.

Voltei pra casa e não como esses vampiros dos filmes, estou muito confortável com quem eu sou e graças á minha vó e aos acordos de paz os quais lutamos muito para conseguir, sobrenaturais não precisam mais se esconder.

Estava me alimentando quando batem á porta. Lavei o sangue da boca e das mãos porque humanos tendem a surtar quando veem o líquido escarlate. E atendi a porta.

—Olá.

—Sou a Detetive Roth, da polícia de São Francisco.

Disse estendendo o distintivo.

—O que quer que pense que eu fiz, eu não fiz.

—Estou aqui só pra conversar. Se não se importa.

—Desembucha.

—Como ainda não tentou me matar, talvez esteja curiosa para saber porque estou aqui.

—É por isso que eu pedi pra você desembuchar. O que você quer?

Ela disse que estavam me vigiando.

—Nós quem?

—Trabalho para uma divisão especial da Polícia. Veja, esta era Cassie Summers, iria se formar na academia Winter no condado de Mariana, tinha uma vida toda pela frente.

—Deixa eu adivinhar? Ela morreu. Sinto muito em dizer isso, mas humanos morrem.

—Três alunos morreram nestes dois meses de modo misterioso, um antes da Cassie, um aparente suicídio. O namorado dela Jonathan Jaques se matou na floresta.

Respirei fundo.

—É possível que o menino tenha se matado. Essas escolas não toleram nada menos que a perfeição, vai ver ele não aguentou a pressão. Olha, eu sei que é triste quando alguém com quem você se importa morre e mais triste ainda quando esta pessoa escolhe tirar a própria vida. Mas, veja pelo lado positivo. Pelo menos, ele tinha a habilidade de morrer e ficar morto. Ele tinha essa escolha.

—Como eu disse trabalho numa equipe especial e precisamos de alguém como você para se infiltrar na escola e solucionar o caso.

Eu? Como policial? Espiã?

—Para melhor ou pior, eu sou a Heaven Kirby. Sou uma figura pública. Todos sabem quem eu sou, o que eu sou, venho de quatro linhagens/famílias importantes. E você quer que eu seja espiã? Porque não outro vampiro?

—Porque você como disse é a Heaven Kirby. Eles vão se abrir pra você.

—Sério? Eu duvido. Eles são todos humanos, eu não sou. E estou bem com isso.

—Você é uma figura importante, esses filhos de ricaços só pensam em status. Vai ser moleza entrar no grupo.

—E o que eu ganho com isso?

—Vai poder fazer uma coisa boa. Ajudar outras pessoas.

Ela meio que tinha razão.

—Mas, isso não é suficiente. Eu gosto de ajudar e de bondade, mas tenho que viver.

—Vai ganhar um salário, amigos novos, escola nova e todo o sangue que possa precisar.

—Minha geladeira está cheia. Temos acordos com os governos, municipais, estaduais, federais.

—Pense á respeito, é a vida mais normal que poderá ter.

Eu ri.

—Você acha que eu quero ser normal? Normal é chato. Eu gosto de ser uma quadri-híbrida. Estou confortável com quem eu sou e o que eu sou. Gosto de ter magia, velocidade, força. Sou até um pouco egocêntrica. Mas, acho que vai ser uma experiência legal. Talvez, pelo menos alguns humanos vão parar de me ver como uma abominação chupadora de sangue. Eu só tenho uma exigência.

—E qual é?

—Você vai manter a minha irmã e a minha família fora disso, vai mantê-los a salvo. Á salvo destes fanáticos loucos. Fechado?

—Fechado.

Eu reconheci as tatuagens dos caras na delegacia e eles começaram a me testar.

—Cento e oitenta e cinco, cento e noventa e cinco. Duzentos quilômetros por hora?!

—Aumenta.

—Mas, Mac, ninguém chegou aos duzentos e dez.

—Aumenta.

Cheguei a quatrocentos. Mas, admito me enrolei com a arma de fogo. E não gostei. É muito barulhenta. Mesmo com os protetores de ouvido.

—Odiei isso. Meu ouvindo ainda está zumbindo.

Então...

—Pular obstáculos, sério?

—Só pule.

Eu pulei.

—Uau! Altura e distâncias inéditas!

O rapaz estava olhando a prancheta. Então, eu pulei e me pendurei numa das vigas do teto.

—Que tal isso?

—Fui bom, Heaven. Foi...

A agente teve que cutucá-lo e apontar pra cima.

—Desça dai por favor. Eu estou pedindo com jeitinho, por favor.

Eu desci.

—Relaxa. Não vou te atacar.

Então, testaram a minha habilidade de cura. 

—Não tenha medo, não vai doer nada. 

Ele me cortou no braço com um bisturi, foi um belo dum corte.

—O processo de regeneração celular deve começar dentro de cinco a dez minutos, o ferimento vai estar cicatrizado daqui a algumas... horas?!

Já tinha curado.

—Eu curo mais rápido do que eu sangro. O que pode ser um inconveniente para feitiços que requerem o meu sangue.

Eles botaram luzes U.V. na minha cara.

—É um índice U.V. trinta e três! É três vezes mais que a luz solar!

—Suba pra quarenta e seis.

—Sim senhora.

Eu não senti nada, foi só um pouco irritante.

—E qual é a de vocês? Achei que não podiam lidar com a luz do sol.

—Eu sou uma Quadri-híbrida meu filho, não uma puro sangue e mesmo se eu fosse uma puro sangue... sempre tem uma brecha.

O idiota do capitão da Polícia me chamou de abominação e disse que eu era o cachorrinho da agente Roth. Eu não vou engolir essa. Avancei encima do idiota.

—Eu não sou uma aberração, você só tem inveja e medo. E não sou cachorrinho de ninguém. Há uma grande diferença meu caro, entre um cachorro e um lobo! E eu sou uma loba.

Disse mostrando meus olhos de loba.

—Ela é imprevisível! Vai ficar com você. Não os recrutas, você.

—Tá bem.


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